O Sol Também Se Levanta

O Sol Também Se Levanta Ernest Hemingway




Resenhas - O Sol Também Se Levanta


200 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Bernardo.Braune 04/08/2020

Irreverente e com nuances ocultas. Certo de muitas risadas e muito agradável.
comentários(0)comente



Caroline Gurgel 12/09/2016

Hemingway e sua simplicidade profunda...
Não sou das maiores entusiastas do minimalismo, ao menos não na literatura, mas Hemingway sempre desmonta minhas implicâncias. Mais uma vez, veio provar que não importa o estilo, quando quem o escreve tem um quê de genialidade.

O sol também se levanta nos traz o dia a dia de Jake, um jornalista e o narrador dessa história, de Lady Brett Ashley, uma viúva por quem todos se encantam [inclusive Jake], de Robert Cohn, um escritor em busca de inspiração, e de Mike, um playboy meio escanteado, e a ida deles à Festa de San Fermín, em Pamplona. Juntos formam um grupo de expatriados ingleses e norte-americanos – inspirados no círculo de amizade do próprio autor – vivendo em Paris no período após a Primeira Guerra Mundial.

O livro foi escrito em 1926 e é preciso que o leitor se atente não só ao contexto do pós-guerra, mas ao das touradas. Até então a Festa de San Fermín e suas touradas não eram alvos de protestos. Era simplesmente uma grande e vibrante festa com séculos de tradição. Ser contra as touradas não me fez, portanto, gostar menos desse livro.

Hemingway tem um estilo muito peculiar de texto que é seco, direto, sucinto e aparentemente simples. Usa praticamente tudo que eu digo que não gosto em um livro, como frases curtas, diálogos em excesso [e também curtíssimos] e quase nada de adjetivos. O resultado deveria ser um livro sem graça, com personagens rasos. Deveria. Seria. Se não fosse Hemingway.

Ele diz muito mais do que está escrito, passamos a conhecer profundamente seus personagens sem que ele tenha sequer nos apresentado. Talvez, conseguir deixar implícito nas palavras não ditas a personalidade de cada um seja tão ou mais difícil quanto dizê-las em alto e bom som.

Eles parecem superficiais, mas são apenas personagens marcados pela Guerra, que, mesmo ambiciosos em sua vida artística e intelectual, carecem de sonhos e se embebedam para fugir da realidade e fingir divertimento em busca de inspiração. São integrantes da famosa Geração Perdida, batizada por Gertrude Stein.

É impressionante como o autor conseguiu captar e retratar bem essa geração, não só de forma ficcional como nesta obra, mas também em Paris é uma festa, livro póstumo com suas memórias dos anos vividos em Paris.

O sol também se levanta é vívido, mesmo que um pouco degradante. É gostoso de ler, mesmo que suas páginas só contemplem um bando de bêbados. É simples sem ser, é complexo sem aparentar. Talvez não seja para todos os gostos {nada o é}, mas vale a tentativa, ao menos pela embriaguez sem que sequer precisemos beber.

4.5 estrelas
4 corações

ig: @historiasdepapel_

site: www.historiasdepapel.com.br
Marco.RogArio 08/03/2024minha estante
Olha, amigo, para falar a verdade, não gostei do livro! Mas se ele tivesse mais dez páginas talvez tivesse que pedir um Epocler, pois dá para figar bêbado só de lê-lo kkkkkkkkkkk




Jonara 19/12/2012

Este livro parece um diário de viagem de um sujeito decadente e infeliz. Apesar de tudo, ele tem que continuar vivendo. Ele e seus amigos estão completamente entediados e suas vidas são deprimentes e vazias. Pra se distrair decidem ir a uma "fiesta" na Espanha, onde acontecem touradas e outras atividades típicas. Jake é um sujeito inteligente e dá pra notar isso pela maneira como ele percebe o olhar dos outros para ele. Ele sabe que seus companheiros são bem desagradáveis... no entanto, convive com eles. Ele precisa preencher o vazio de alguma forma...
Os outros personagens também são deprimentes e cínicos. Brett espalha infelicidade por onde passa. Mike, coitado, é um infeliz. Bill não é de todo mal. Cohn é imperdoavel.
Fiquei meio deprimida depois de ler porque detesto ver gente completamente sem rumo na vida, sendo esnobe e demonstrando tédio. Mas é um bom livro e retrata um pouco a decadência do pós-guerra.
Não vou me esquecer de quando eles saem para pescar as carpas, gostei especialmente deste capítulo. É o momento em que esquecem de tudo, das feridas, de Brett, Mike e Cohn... só olhar a paisagem e pescar. É bem bonito. As descrições das touradas também são muito boas, creio que o Hemingway era um "aficionado", passa muitos detalhes e uma certa paixão. É bom ver um pouco de empolgação no meio de tanto desânimo.
comentários(0)comente



Roberto 07/01/2023

(Sobre)vivendo 24 horas por dia
Uma grata surpresa,pois poucos autores conseguem narrar a rotina de pessoas comuns com seus hábitos ordinários e planos frustrados sem cair em monotonia, anacronismos e reflexões niilistas pedantes( e muitas vzs infantis), e é aqui que Hemingway mostra seu diferencial; descrevendo seus personagens com poucas linhas e mostrando quem são através de suas poucas ações, em uma linguagem seca e direta
A falta de uma "história " e os personagens demasiadamente humanos para serem agradáveis pode espantar alguns leitores que desejam algo mais tradicional, mas precisamos levar em conta que é um livro sobre os personagens , cada qual um pequeno e complexo universo, não sobre uma história em específico.
comentários(0)comente



Lanah 20/06/2020

Arrastando-se por cafés
Esse é o primeiro romance publicado por Hemingway e ele contém tudo aquilo que se espera dele: bebida, mulheres, pescaria, boxe e touros. A base do romance são experiências reais que o autor teve enquanto se auto exilava em Paris pouco depois da 1 Guerra Mundial juntamente com outros artistas da chamada geração perdida.

O sol também se levanta tem como protagonista Jake Barnes, um jornalista americano morando em Paris, que decide ir a Pamplona (Espanha) para a Fiesta de San Fermín, uma comemoração católica repleta de touradas. Um grupo de amigos o acompanha e dentre eles estão Brett, uma viúva britânica que é o interesse romântico de Barnes e Robert Cohn, escritor amigo de Jake.

É na verdade um relato da boêmia e, como diz a descrição na orelha do livro, os personagens parecem escombros humanos, entre o caos e a salvação: indo de café em café e bebendo do despertar ao adormecer, vivendo paixões impossíveis, repletos de ciúmes, violência e cansaço. A escrita de Hemingway é despida de todo e qualquer sentimentalismo e a maior parte do livro está no que ele não diz, é uma leitura que pede atenção do leitor pra não se tornar rasa.

Opinião:Tudo no livro é conciso e muito bom. Me impressiono com a eficiência de Hemingway passar tantas características e sentimentos sem descreve-los diretamente nenhuma vez. É estranho, mas você entende sem o autor precisar contar. O enredo é legal, com toda a decadência, os touros e os amores peculiares, mas o que eu realmente gostei mais foi o estilo Hemingway. Acho que é uma boa porta de entrada pra quem nunca leu nada desse autor.
Nota: 8,5

@iniciantesnaliteratura
comentários(0)comente



Caroline Vital 19/12/2023

Já li outros livros de Hemingway, mas foi esse que me mostrou porque ele é um autor tão renomado. Possui narração simples, como os outros, mas senti que esse é mais profundo, cheio de diálogos e cenas que querem dizer mais do que são. Agora sim, entendi de onde vem a fama toda de Hemingway. Me lembrou O encontro marcado, de Sabino.
comentários(0)comente



Edmar.Michiles 19/01/2022

Não foi um dos melhores que já li mas entendo a importância.
A história se passa pós primeira guerra mundial e narra a história de ricos americanos que buscam sair do marasmo habitual causado pela guerra.
De bar em bar, a diversão deles é no álcool, buscando um sentido para a vida. Além disso há no meio da história um romance... Um mutilado de guerra incapaz de se entregar à mulher amada...
Os amigos então partem para a Espanha, para assistir a FIESTA, procissões, danças, músicas, bebidas e principalmente a tourada.
comentários(0)comente



Ju 16/10/2023

A vida e o amor
"Tudo o que desejava era saber como viver. Talvez, aprendendo como viver, acabemos compreendendo o que há realmente no fundo de tudo isso."

Mal dá para acreditar que esse foi o primeiro romance de Hemingway, sua escrita tão fluida e minimalista carrega mais bagagens do que muitas escritas repletas de floreios.

Ele cria situações inimagináveis e as transcreve como se fosse um simples acontecimento do dia a dia, vivemos o amor, as amizades e as noites solitárias. Sentimos a dor, a desconfiança e a vontade de se ver livre de amarras.

Ernest leva para a ficção partes do que viveu, mas sua vida tão boêmia e viajada traz certa nostalgia aos leitores. É um belo convite à vida sem fronteiras, a qual nunca alcançaremos de fato, pois os tempos são outros, mas talvez os sentimentos permaneçam os mesmos.

Ansiosa para o próximo.
comentários(0)comente



Nick 14/07/2021

O sol também se levanta - Ernest Hemingway
" - Escute, Robert, tanto faz um país como outro. Não podemos sair de dentro de nós mesmos. Não adianta."

A trama de O sol também se levanta gira em torno de Jake, um jornalista norte-americano que foi gravemente ferido durante a primeira guerra mundial, tornando-se impotente sexualmente. Tal ferida o impediu para sempre de se unir à mulher que mais amava, Brett Ashley. Em um cenário pós-guerra, no início dos anos 20, "os anos loucos" da boêmia, das farras regadas de álcool, das constantes músicas, danças, encontros, viagens, do hedonismo que tentava mascarar o rastro de sangue deixado pela grande guerra, Jake vive em Paris com outros amigos norte-americanos expatriados, como Cohn e Bill.

Todos tentam levar a vida como escritores e basicamente vivem se encontrando nos bares e restaurantes, sempre bebendo para afastar seus gritos mais dolorosos e profundos de solidão, depressão, ansiedade e incertezas quanto ao sentido de suas próprias existências.

Falando desse jeito, o livro até parece dramático e denso, pelo contrário - é extremamente leve, de leitura rápida e capítulos curtos recheados de diálogos muito naturais (Hemingway sabia escrever um diálogo)!

Os amigos, junto com Brett, resolvem então passar as férias em Pamplona,na Espanha, onde se festejavam as touradas, evento que reunia centenas de turistas e camponeses locais em um mesmo centro, recheado de música, festas e bebedeiras sem fim. Brett, essa moça infeliz com crises de idade e existência, se apaixona pelo toureiro Romero.

Para desavisados, o enredo pode parecer bem aleatório e monótono, mas compreendendo um pouco quem foi Hemingway, podemos enxergá-lo nas entrelinhas de suas histórias. Assim como Jake, Hemingway também foi um jornalista ferido na guerra e também possuia seu grupo literário de amigos (como Pound, Joyce e Fitzgerlad). Admirava as touradas e o boxe, elementos encontrados na história e apreciava o bom vinho, como pode-se confirmar em uma frase do próprio livro, dita por Jake: "Uma garrafa de vinho é uma boa companhia!". Jake é o próprio Hemingway nos anos 20!

@maladelivros
comentários(0)comente



Pablo Italo. 13/08/2011

Quando começei a ler o livro, me deparei com uma experiência nova. Ele não possue uma trama complexa nem ao menos uma sequência de acontecimentos que iriam acarretar uma emoção forte no final.
Em vez disso, somos atraídos para o mundo pervertido e decadente das bebedeiras. Quando você se dá conta, já está sentido o gosto da bebida descendo pela sua garganta, a atmosfera dos bares já invadiu seus sentidos e você até já começa a sentir ressaca! Achei o livro perfeito em todos os capítulos. Essa viagem à Pamplona e as personagens que a realizaram (Jake, Brett, Bill, Mike e Cohn) não vai sair de minha cabeça tão cedo. O início da obra é toda trabalhada em um ambiente coletivo, um ambiente em que todos são amigos (exceto Cohn).
Já no final do livro, quando o narrador-personagem fica sozinho, esperimentei a mesma sensação de saudade dos outros e da "fiesta" que, com certeza, o personagem sentiu.
Hemingway me deu uma visão da chamada "fiesta" e suas touradas que eu não possuia.
Peterson Boll 29/09/2011minha estante
Exato! A gente fica mesmo com saudade dos amigos que partiram, Hemingway faz com que o leitor sinta-se igual ao protagonista, o Jake. (e também como descreveste, percebe-se realmente nesta obra o fascínio do escritor pela bebida, afinal de contas,ele era alcóolatra).




Geovani 05/06/2022

O Sol também se levanta para as pessoas tristes
Livro sobre pessoas tristes que sempre procuram a tristeza e não se contentam com a possibilidade de felicidade.
Leitura ligeira com uso de diálogos a maior parte do tempo, principalmente quando o autor quer passar a sensação de urgência. O ritmo do romance é dominado pelo autor de forma magnífica.
comentários(0)comente



Mel 15/01/2013

Por ouvir falar tanto em Hemingway e pegar a dica de O Sol também se levanta do prefácio de um clássico mundial, pequei por esperar muito do romance. Esperava mais emoção.
Achei que ou o autor se preocupou apenas em narrar a história ou eu, realmente, não peguei a essência do livro - salvo algumas passagens das touradas, principalmente a batalha final que me fez sentir muitas coisas e refletir também.
Pouco me apeguei à ele, mas gostei do final (previsível) e de conseguir me imaginar na Espanha de 1924.
comentários(0)comente



Edgar 26/06/2019

Ressaca pós leitura
O excesso de vinho, martinis, melancolia e desorientação faz com que a leitura deste livro termine numa grande ressaca literária. Hemingway se sucedeu ao criar o clima de desolação da geração pós guerra com seus personagens beberrões, fúteis e infelizes. E pecou ao mesmo tempo em manter toda a obra neste mesmo tom, o que faz com que a leitura seja arrastada e monótona.
Os personagens são tragicômicos, como o pobre coitado apaixonado do Robert Cohn, Mike - o bebum endividado e a sempre infeliz Lady Brett (jovem, bela, cortejada e bancada por todos onde passa - quem dera poder ser infeliz dessa forma! rs).
Para a minha sorte e também do romance, a obra termina de uma forma mais interessante, onde toda a a frustração e alcoolismo dos personagens atinge o ápice em meio a charmosa fiesta (coitados dos touros!), diluindo todo o marasmo e drama em muito vinho espanhol.
comentários(0)comente



Ricardo 18/09/2013

No fundo o que Hemingway faz é descrever a si e a "geração perdida" Parisiense do início do século 20.
É possível encontrar lirismo na obra. Mas de forma geral, parece simplesmente a estória de um grupo de bêbados depressivos dominados por uma fêmea-alfa sedutora/ dominadora, que se diverte em Pamplona na fiesta a base de muito absinto e touradas (de gosto duvidoso, desconsiderando-se o viés cultural e temporal). Resumindo: é chato.
comentários(0)comente



Guilherme.Borges 01/05/2020

Divertido
Me diverti com as histórias de Jake, Cohn, Bill e Bett as touradas e as noites de bebedeira!
comentários(0)comente



200 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR