Maria Bia 09/11/2021As trevas que habitam o BatmanAcho que é a minha leitura preferida do Morcego até agora.
Veneno entregou tudo! A trama é rica e extremamente competente em mostrar a vulnerabilidade do Batman/Bruce ao mesmo tempo em que expõe o motivo pelo qual Gotham precisa dele, tecendo uma crítica ao uso de substâncias químicas como forma de encobrir dores emocionais ou suprimir alguma fraqueza física.
Após ter a sua fé em si mesmo abalada duas vezes, Batman se rende ao uso de substâncias químicas produzidas pelo químico Randolph Porter e se vê completamente intoxicado e dependente da substância.
A droga aumenta a sua força física e ele começa a pensar que talvez agora consiga salvar outras pessoas, de maneira que nunca mais outra garotinha indefesa morrerá por sua culpa... Mergulhado nas trevas e envaidecido com as suas novas habilidades e resistência física, Bruce não percebe que pouco a pouco está deixando de ser quem é, perdendo a sua moralidade, o seu senso de justiça e chegando ao ponto de perder o seu maior pilar: Alfred.
Cada vez mais robusto e menos detetivesco, as emoções de Bruce alternam-se entre a completa insanidade e o nojo que ele sente de si mesmo ao perceber em quem está se transformando: um monstro deformado e sozinho.
Quando finalmente percebe que está sendo usado de como um fantoche pelo Doutor Porter e o General Slaycroft, Bruce implora ajuda a Alfred em uma cena que ouso dizer ser a mais triste da história do morcego, parte o coração até de quem não tem um HSUAHSUAHS, e assim, após logos 06 (sim seis meses), Bruce se livra do Veneno fabricado pelo Doutor Porter e segue ao seu encalço, objetando evitar que ele o General façam mais vítimas inocentes.
Longe de Gotham, Bruce e Alfred partem para Santa Prisca, um fictício país latino-americano em que Porter e Slaycroft realizam experimento em humanos, tornando-os super soldados com o uso intensivo do veneno do químico maluco.
Nesse momento descobrimos o que aconteceu ao Timmy, filho do General Slaycroft, e a podridão que habita em seu pai (em todos os sentidos, hahahaha, só agora fiz o paralelo das piadinhas. Genial!). Também descobrimos a obsessão do Doutor Porter em acabar com o que ele considera "fraqueza humana" e as consequência disso são repulsivas.
Enfim, o plot é muito bom e eu não consigo pensar em um único motivo para que qualquer amante de uma boa história não leia essa obra. O ritmo dela é tão alucinante que você não vê o tempo passar. Não é maçante e é extremamente fechadinha. Não vi nenhum momento "mé" na história e ouso dizer que ela será a minha favorita por um tempo nessa minha caminhada pela batcaverna hahahaha.