Carmen e outras histórias

Carmen e outras histórias Prosper Mérimée
Prosper Mérimée
Prosper Mérimée




Resenhas - Carmem


19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Laura 27/12/2023

O conto é muito bem escrito, pelo tamanho reduzido característico do gênero, os personagens têm profundidade, as ações e os espaços são bem detalhados. Contudo, embora seja de 1800 e pouco, a visão de um francês sobre espanhóis, mais especificamente ciganos, me incomodou durante a leitura. Ainda que seja necessário não invalidar o contexto histórico, as passagens carregadas de preconceito, racismo, machismo, me causaram desconforto.
comentários(0)comente



Ryan.Grancieri 15/08/2023

"Os garotos, as garotas Todos gostam de Carmen" Lana Del Rey
Carmen é um livro incrível, juntamente com A Vênus de Ille foram os melhores para mim. A escrita é muito detalhista em quesito de caracterizar um personagem. O único problema dessas duas histórias é que você lê e nem percebe que já está no final.
Livro muito bom.
comentários(0)comente



Fabio Noret 20/09/2022

Carmem como referência para Capitu
Interessante foi ler esse conto e juntar mais uma peça do quebra-cabeça que Dom Casmurro deixa para nós durante a leitura. Ler esse conto foi como reconstituir todo um cenário de referências e, verdadeiramente, entender como é erguida a imagem de Capitu: à imagem e semelhança de Carmem. Definitivamente, após a leitura desse clássico, também gostei de como a visão dos franceses sobre os espanhóis influencia também na forma como a história é narrada, isto é, um espanhol pelo olhar francês. Isso foi algo que me fez pensar um pouco sobre o conceito de orientalismo, que seria o oriente pelo olhar do ocidente. Long story short: um clássico de excelência que, com certeza, me exorta a querer buscar mais e mais de Merrimé!
comentários(0)comente



Cris.Aguiar 06/04/2022

Excelente
Esse livro está um primor em sua edição e ainda trás Mario Quintana como tradutor.
As notas são de alta qualidade.

O livro é um compêndio com 18 histórias de Prosper Merimée, incluindo o conto ?Carmen? que deu origem à ópera.

Mas todos os contos são ótimos, a escrita de Merimee é deliciosa. Um grande contador de casos.

Recomendadíssimo!!
comentários(0)comente



Mariah 07/02/2022

Charm
1.1
____ Havia lido que: "O conto fala sobre liberdade, amor obsessivo e ciúme mortal. Os personagens principais são Carmem e dom José, sendo que o amor extremado de dom José pela cigana acaba fazendo com que ele a mate."
____ Mas, não identifiquei essa morte na obra. Para mim teve muito mais de pesquisa e estudo sobre ciganos do que um amor obsessivo, assassinato de amante, ou qualquer outra coisa que o ciúmes traga. Não sei se li rápido e perdi essa parte que ela morre, não sei o que aconteceu, já que só tinha estudo de etnia.

Vale ressaltar que,
"Carmem foi publicada originalmente na Revue des Deux Mondes (01/10/1845) e não incluía esse quarto capítulo, que só aparecerá em 1847, na primeira edição em livro. Nesse capítulo, que parece destoar do fluxo da narrativa, talvez não se deva ver só uma possível intromissão arbitrária do Autor, mas um fino trabalho de ironia."

1.2
I. Dom José: é destinado a uma carreira militar, mas sucumbe ao charme de Carmem e se torna um bandido. Seu amor pela cigana o faz cometer crimes, mas dom José acaba matando a cigana quando ela diz que não o ama mais.

II. Narrador: é um personagem ingênuo, que também sucumbe aos encantos de Carmem, mas que é salvo por dom José. Tal como o autor, se interessa por arqueologia.

III. Melhor detalhe da obra, ao meu ver, é logo no começo:
O conto começa com uma epígrafe que cita o poeta grego Palladas. Mérimée a traduz assim: "toda mulher é amarga como o fel; mas ela tem duas boas horas, uma na cama, outra na sua morte".

1.3
Não havia entendido como poderia ser uma obra de 3 capítulos se teve tanto reconhecimento.
"Carmen" surgiu em 1845 na Revista dos Dois Mundos. No ano seguinte, o conto foi editado sob a forma de livro em Paris pela editora Irmãos Michel Levy, junto com outros dois contos: "Arsène Guillot" e "O abade Aubain".

Outra versão da obra:
____ Em 2018, Sophie Rabau lançou o romance "Carmem, para variar, variação de um conto de Prosper Mérimée", com alterações na história original que fazem com que Carmem não morra. Ademais, anteriormente já havia uma variação em quadirnhos, Georges Pichard adaptou em 1981.
Homenagem:
____ Em 2013, uma praça no vigésimo distrito de Paris foi nomeada como "praça Carmen" para homenagear a personagem.

(1907 em diante diversos filmes mudos)
Filmes posteriores que a existência mais me chamou atenção
1963: Carmen 63, filme franco-italiano de Carmine Gallone
1968: L'Homme, l'Orgueil et la Vengeance, filme italiano de Luigi Bazzoni
1983: Carmen, adaptação flamenca de Carlos Saura
1984: Carmen, filme de ópera de Francesco Rosi, com Julia Migenes e Placido Domingo
1984 : La Tragédie de Carmen, três filmes de Peter Brook
2004: Carmen de Khayelitsha (U-Carmen e-Khayelitsha), filme sul-africano de Mark Dornford-May

Referências
«Carmen». Consultado em 3 de outubro de 2020
Briggs, A. D. P. (2008). "Did Carmen really come from Russia (with a little help from Turgenev)?", in Andrew, Joe; Offord Derek; Reid, Robert (eds.), Turgenev and Russian Culture: Essays to Honour Richard Peace. [S.l.]: Rodopi. pp. pp. 83–102. ISBN 90-420-2399-6
«Notice bibliographique». Consultado em 5 de outubro de 2020
«Carmen, pour changer». Consultado em 5 de outubro de 2020
«Carmen». Consultado em 5 de outubro de 2020
«PROJET DE DELIBERATION». Consultado em 6 de outubro de 2020

comentários(0)comente



cams 27/07/2021

Carmem
?Eu não quero ser atormentada nem comandada. O que desejo é ser livre e fazer o que me agrada? a frase que mais me marcou nesse livro, Carmen é uma mulher livre e forte que só faz o que deseja, não quer ser comandada muito menos silenciada. Vale muito a pena a leitura!
comentários(0)comente



IvaldoRocha 31/03/2021

Bom, muito bom mesmo.
Edição exemplar de contos e novelas de Prosper Mérimée. Trabalho editorial muito bem feito, cheio de informações e notas de rodapé, ajuda muito na contextualização das histórias.
Carmen, sua novela mais famosa, até por ter sido a inspiração para a ópera de Bizet, realmente é muito boa e dá nome ao livro.
Uma coisa que Prosper Mérimée dizia era a necessidade da “Cor local”, expressão emprestada dos pintores da época e que passa a ser usada pelos escritores de então. O primeiro conto “Mateus Falcone” vai te dar uma ideia do que seja isso.
Os contos surpreendem, mesmo quando se aproximam do fim e você considera que o final será uma barbada, geralmente você será surpreendido.
Conhecia pouca coisa de Prosper Mérimée, me lembrava vagamente do “Vaso Etrusco” e de “A Vênus de Ille”, mas foi muito bom poder conhece-lo um pouco mais.
Apenas para aguçar a sua curiosidade, “Federico” conta história de um jogador fracassado que recebe a visita de Jesus e seus Apóstolos, é muito bom. “As almas do purgatório” contam a história de D. Juan (Um dos muitos), “O Padre Aubain” curto, simples e preciso. “Colomba” o meu preferido, “O Quarto Azul”, “Lokis” e “Djumane” fecham o livro de maneira primorosa. Não teve um conto ou novela que não me surpreendesse de alguma maneira. Histórias que se passam em terras, mares e épocas distantes e diversas.
Prosper, filho de pintor e professor de desenho na Escola Politécnica, teve boa educação e cresceu em meio a burgueses artísticos. Ainda jovem falava vários idiomas, se torna amigo de vários escritores, Victor Hugo entre eles, além da imperatriz Eugenia.
Arqueólogo, historiador e filólogo, é nomeado Inspetor Geral dos monumentos históricos, e essa era uma das suas maiores paixões, a preservação da maioria dos monumentos franceses se deve a ele.
Uma coisa que chama a atenção é que em várias ocasiões, os narradores dos contos e novelas, são historiadores ou filólogos em viagem.
Um livro de 532 páginas, mas quando percebi que estava acabando realmente lamentei, queria mais. Vale cada página, certeza de que você irá se divertir.
Luchi 11/08/2021minha estante
Nss, tô pensando em comprar, vale a pena?? Fiquei bastante curiosa...


IvaldoRocha 17/08/2021minha estante
Vale muito, mas não se assute com o primeiro conto, tenha coragem e vá até o final, vai valer a pena. Muito diferente do usual.




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Emanuel Xampy Fontinhas 08/01/2021

...
Já este é um daqueles livros que você tem que segurar a leitura para não acabar cedo demais... E, mesmo assim, não foi o suficiente para mim. Se soubesse que Carmem me levaria embora o coração, teria lido letra por letra, num vagar que prolongasse por todo o tempo possível esse prazer. Ou melhor, já sabia, pois apesar de nunca ter lido o livro, sempre fui apaixonado pela ópera e a leitura só me confirmou Carmem como um dos maiores personagens já escritos.
comentários(0)comente



Pablo Paz 28/01/2020

Biscoito Fino
Um dos melhores livros que já li na vida...
Luchi 12/08/2021minha estante
Nss, tô muito ansiosa pra ler, vi pouquíssimas pessoas falando sobre esse livro... vc gostou da edição??


Pablo Paz 12/08/2021minha estante
Essa edição é a melhor que temos. Pode comprar que não irá se arrepender ?




Henrique Fendrich 12/08/2018

Este não foi o livro que eu li, eu li "Histórias Imparciais", mas o Skoob lamentavelmente não me permite cadastrar esse livro por ser antigo e não ter ISBN. Mas acho que os comentários serão válidos sobre este livro também;

Eu descobri Mérimée na antologia “Maravilhas do Conto Francês”, do qual participa com o cruel, crudelíssimo conto “Mateo Falcone”. Além do enredo em si, chamou-me a atenção um certo tom “seco” na narrativa, que também não se perdia em descrições desnecessárias – bem ao meu gosto, portanto. Foi um dos contos de que mais gostei dessa antologia e então achei que poderia ler um livro só dele. E o fiz com “Histórias imparciais”, em uma edição velhíssima da Cultrix.

Ora, encontrei contos muito bons também nessa edição. “A Vênus de Ille”, história de uma perigosa estátua, é um verdadeiro achado. Muito bem contado, muito bem conduzido e o texto bastante enxuto e ágil. Outro conto que me agradou bastante foi “Tamango”. Separei dois momentos de deliciosa ironia neste conto, quando o autor fala de escravos em um navio negreiro:

“... os escravos foram entregues aos marinheiros franceses, que se apressaram em substituir os forcados de madeira por golilhas e algemas de ferro; o que bem evidencia a superioridade da civilização europeia”.

"Concederam-lhe a liberdade, isto é, fizeram-no trabalhar para o governo".

São frases sutis que parecem ir na contramão da “imparcialidade” que se atribui às histórias, embora elas realmente estejam bem escondidas no texto. Mas parece que o texto mais famoso do autor é “Carmen”, não tanto pelo texto em si, mas pela ópera que se originou da história. Eu gostei da narrativa da história, mas ela não está entre as minhas preferidas. Há quem faça paralelos com a Capitu. Parece que o Machado gostava do Mérimée, o que não me admira: o cara é bom mesmo.

Embora mais previsível, eu gostei também de “O quarto azul”, sobre um casal em um hotel e um suposto crime que teria ocorrido no quarto ao lado. Esse conto termina bem, ao contrário de outros que terminam de uma maneira trágica. E vários contos flertam com o fantástico ou o misterioso. Enfim, gostei muito de ler e de conhecer. Mérimée é muito agradável de se ler. Na introdução do livro, Paulo Rónai o compara até a Maupassant, que veio depois.

E, como se não bastasse, parece que devemos a ele que o sucesso que os russos passaram a fazer na Europa, pois foi quem primeiro traduziu os escritores vindos de lá.

Ah sim, é preciso dizer que o homem tinha uma bagagem cultural invejável também, e que isso transparece em vários contos. Gostava muito de aprender línguas e estudar sobre elas e isso se observa em boa parte dos contos. Gostava especialmente da cultura espanhola e entendia de cultura romana.

É um escritor que merece ser muito mais conhecido entre nós, ainda que a sua produção não tenha sido tão vasta assim.
Mariah 07/02/2022minha estante
cadastre com o isbn de um outro livro dele que tenha como uma traducao alemã italiana ou ate mesmo francesa que nao esteja cadastrada no skoob ainda, pegue o ISBN dela e cadastre seu livro. Um abraço!!


Mariah 07/02/2022minha estante
nao tem problema o isbn nao ser exatamente do livro que vc esta cadastrando pois o skoob nao é um site internacional, os italianos nao usam ele, eu ja pesquisei e procurei muito sobre, entao use algum livro traduzido nessa lingua para usar do isbn para cadastrar isso tb serve para outros lugares da europa que nao portugal. boas leituras!




Leila de Carvalho e Gonçalves 18/07/2018

L?Amour Est Un Oiseau Rebelle
Poucas óperas são tão populares como "Carmem" de Georges Bizet e com certeza você já deve ter ouvido e até mesmo sabe cantarolar alguns versos de sua ária mais famosas, a "Habanera".

Essa novela de Prosper Mérimée é sua fonte inspiradora, porém, apresenta inúmeras diferenças. Sobretudo, trata-se de um texto mais sombrio cujo protagonista, condenado a morte, relata sua vida poucas horas antes do enforcamento.

Isso mesmo, é Dom José quem centraliza a narrativa. Além de contrabandista e ladrão, ele também se revela um perigoso assassino, responsável por inúmeras delitos.

Outra personagem, radicalmente diferente, é Escamillo, o garboso toureiro e a imagem do galã. Na narrativa, é apresentado como um dos amantes de Carmem e chamado Lucas é somente um rude "picador" de mulas.

Esqueça Micaela, a noiva virgem e puritana de Dom José. Ela foi criada pelos libretistas Henri Meilhac e Ludovic Halévy com o intuito de tornar a obra mais digerível para a moral burguesa do século XIX, marcada pela hipocrisia.

Enfim, só Carmem se exibe com sua integridade ficcional não deturpada. Tal qual uma mariposa atraída pela luz, ela é seduzida pelas paixões. Uma prostituta sagaz que sabe manipular os homens, fazendo gato e sapato de quem ousa dela se aproximar.

Recomendo a leitura e sugiro ainda dois vídeos que você pode acessar pelo YouTube: a Habanera com Maria Callas, simplesmente magistral, e a peça dramática na íntegra com a Vienna Opera (1978).
comentários(0)comente



Carlos 01/05/2018

Interessante
Mérimée criou um romance rápido e muito interessante entre a cigana Cármem e Dom José.
Nessa breve história podemos observar um pouco da cultura cigana e desvaneios de um casal apaixonado e as suas conseguências.
comentários(0)comente



Caroline Gurgel 04/01/2018

Pena que é tão curtinho
Desde que soube que a ópera Carmen, do compositor Georges Bizet, fora inspirada em um conto homônimo do francês Prosper Mérimée, quis conhecer seu texto. Carmen é uma das óperas que mais aprecio e também uma das mais populares no mundo. Eu esperava que a história original fosse boa, claro, mas não imaginava que gostaria tanto.

Carmen, ou Carmencita, é uma bela cigana de cabelos negros e olhos marcantes, que usa sua beleza para seduzir – e roubar – os homens. Por ela, D. José Navarro se perde e se transforma em um bandido perigoso, muito procurado, que vai contar sua trágica história de amor com a cigana para nosso narrador, que, claro, também se apaixonara pela carmencita.

O conto tem quatro partes, sendo a terceira delas a que serviu de base para a ópera de Bizet, e a quarta, apenas algumas explicações do autor sobre seus conhecimentos gitanos. Não sei se fui muito influenciada pelo espetáculo que eu já conhecia, mas o texto é realmente a cara de uma ópera e a Carmen do papel é tão sensacional quanto a dos palcos. Que personagem vibrante! Parece estranho falar assim de uma impostora, mas ela é, de fato, inesquecível.

A rica escrita de Mérimée foi a melhor surpresa da leitura. Cheia de orações em ordem indireta – que eu amo -, ela me transportou para um palco de ópera ao ar livre, e aí não sei até que ponto tem culpa o tradutor, ninguém menos que Mário Quintana. (editora Zahar)

Como amante da ópera, sou um pouco suspeita para falar do conto, pois posso ter sido muito influenciada pela música, já que ela tocou em minha cabeça durante toda a leitura. Só tem um defeito: é muito curto, ficamos salivando por mais e mais páginas, e elas não existem. Fora isso, um espetáculo!

*****
Sobre as edições: li pela edição comentada, em capa dura, da Zahar, que traz todas as novelas e contos do autor, com tradução de Mário Quintana. A editora 34 lançou sua edição apenas com o conto Carmen, com outro tradutor, e, até onde entendi, ilustrações de Pablo Picasso, o que me deixou bem curiosa.

site: www.historiasdepapel.com.br
comentários(0)comente



19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR