Aventuras na História Nº 103 (Fevereiro de 2012)

Aventuras na História Nº 103 (Fevereiro de 2012) Abril



Resenhas - AVENTURAS NA HISTÓRIA nº 103


1 encontrados | exibindo 1 a 1


z..... 10/12/2020

Fevereiro de 2012
"Marco Polo pode não ter ido a China"
De duas, uma: ou foi farsante como especula o texto (entre outras coisas, por descrições parecidas a de narrativas e livros do contexto, além de erros sobre datas e locais), ou foi observador pouco cuidadoso (como é possível passar muitos anos na China e nada registrar sobre as famosas muralhas?).
Seja como for, "Il milione", o livro das viagens (ou das maravilhas) de Marco Polo tem histórias incríveis, inusitadas e curiosas. Vou até ressaltar como dica de leitura.

"A Linha Maginot"
Complexo de defesa com várias fortificações construídas pelos franceses na fronteira com a Alemanha, no período entre as guerras, prevendo possível conflito no contexto de ascensão nazista. Os alemães, porém, nos desdobramentos da guerra, sabendo que se dariam mal batendo de frente com o complexo, invadiram a França pela Bélgica, contornando a linha e, em termos informais, consquistando-a pela retaguarda.

"De onde vem o aplauso?"
Do que foi apresentado, fico com a percepção de gesto de aclamação.
Algo interessante que veio-me à lembrança, sobre a questão de aclamação, está no Salmo 98, em que os salmista metaforicamente conclama até os rios a baterem palmas ao Senhor. CLAP! CLAP! CLAP!

"O homem dos homenzinhos"
Sobre o austríaco Otto Neurath e a criação do Isotype (sigla em inglês para Sistema de Educação Tipográfica Pictórica), referente aqueles bonequinhos em múltiplas representações simbólicas para placas e informações diversas. O sujeito foi idealizador e a representatividade, estudada por especialistas da informação, está na importância da simplicidade para percepção fácil e universal das ideias. Destaque na reportagem.

"Isso é que é lider"
Uma imagem pode traduzir mil palavras, fato, mas essas podem ser mentirosas.
Vemos nessa reportagem um álbum de cartazes de certos líderes, em retratos que ressaltam visão de grande benfeitor, líder amado, humilde, participativo, atencioso ao povo e "otras cositas más".

"As relíquias de Hitler"
Falando em propaganda política, essa reportagem vai por aí, com Hitler sendo mostrado na posse de artefatos ligados a misticismo e simbolismos atrativos, obviamente, em reforço a construção de imagem bem vista pela população.
Faz pensar no fascínio de se deixar levar por ídolos... Caminhos para suscetibilidades onde a cegueira é capaz de mascarar muita coisa, como a razão...

"A Auto-estrada de Santiago"
Ué! Era mais fácil dizer Caminho de Santiago...
Taí algo que não imaginava: não existe uma, mais várias rotas chamadas de Caminho de Santiago (a revista mostra seis). Tem caminhos que saem da França (os mais famosos) e outros da Espanha e Portugal, todos rumando para certa igreja em Compostela, onde os peregrinos acreditam que estejam os restos mortais do apóstolo Tiago (chamam tradicionalmente de Tiago Maior, mas prefiro Tiago irmão do apóstolo João). Biblicamente sua morte foi citada em Jesusalém a mando de Herodes. Só uma lenda, como de fato é, para transpor o corpo para a Espanha. Muitos acreditam, mas o caminho é percorrido também por razões turísticas, de apreciação ao cenário ambiental ou histórico.
Cá com meus botões, acredito que a peregrinação não tem apenas razão na fé (como é para a maioria dos peregrinos), mas na possível ancestralidade de rituais pagãos. A cidade de Compostela, em um detalhe curioso, é a que tem localização mais ocidental na Europa.
A reportagem cita "Diário de um mago", de Paulo Coelho, que conta sua peregrinação de jeito surreal. Não curti a leitura, muito ruim em minha experimentação.

"Ladrões de cadáveres"
O mais espantoso na reportagem não foram relatos sobre violação de túmulos, mas na formação de um comércio hediondo que atraía pessoas, assassinadas para venda a universidades (que faziam vista grossa) em séculos passados. O texto traz algumas histórias sinistras nesse contexto. Tem outra! Esse comércio pode ainda existir diante de certas tradições em alguns países. Obviamente estes não apoiam, mas o hábito perdura entre alguns clandestinamente, em coisas como "casamentos no além" (mais informações no texto da revista).

"Os descobrimentos do Brasil"
É lógico que estiveram aqui outros navegadores, basta pensar no Tratado de Tordesilhas, que estabelecia limites antes de descobertas continentais oficiais.
Não se sabe quantos, mas há registros de pelo menos três navegadores antes de Cabral: o português Duarte Pacheco em 1498 (teria navegado pelo Caribe, costa do Maranhão e foz do Amazonas); o espanhol Vicente Pinzon em Janeiro de 1500 (descobridor do rio Oiapoque, teve até conflitos com indígenas na Amazônia); e o espanhol Diego de Lepe em fevereiro de 1500 (visitou também a costa norte).
Mas é o Cabral? É consenso que não manjava de navegação e assumiu (ou foi colocado pelo rei) como líder por ser nobre, trazendo mais representatividade e glamour para o evento oficial. Diga-se de passagem, sua expedição teve dois propósitos: de oficializar a descoberta do Brasil e estabelecer comércio interesseiro na Índia.
Li em outro momento que Vasco da Gama (pioneiro português na rota indiana) não foi bem sucedido por lá porque teria causado má impressão pela aparência desleixada e hábitos pouco higiênicos, comuns no contexto europeu. Cabral foi então escolhido pela boa pinta, nobreza, sendo ainda recomendado a enfatizar a pompa e glamour. Pura ostentação...
Não lembro onde li...

Leitura no contexto da pandemia em Macapá...
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR