Bru 26/07/2019É um livro leve e bom de se ler, ao mesmo tempo com mistério e abordagens de problemas sociais.
O livro é contado em primeira pessoa nos capítulos da Rachel e em terceira pessoa nos demais personagens, o que achei bem interessante.
A Rachel, única sobrevivente de uma queda que vai se esclarecendo durante a leitura, tem que viver com a incógnita sobre ser ou não negra.
Muitas pessoas também não sabem distinguir o que ela é. Também é possível identificar que uma pessoa negra com características brancas é aceita na sociedade de forma mais fácil quando comparada com pessoas "apenas negras", como Brick se descreve em determinado momento.
O livro nos faz pensar sobre o peso que o racismo traz para as pessoas e o quanto isso pode prejudicar, agredir e despedaçar. Jamais será "mimimi".
Gostei também da abordagem sobre maternidade, parternidade e machismo. Por que as pessoas nunca perguntavam para a Rachel onde estava o seu pai, mas sim, por que a sua mãe não podia cuidar dela? E sobre ser culpada, pela sua avó, quando está descobrindo coisas na adolescência e não ver o rapaz que está com ela ser questionado também, entre outras coisas.
Amei a história de Brick também. Um personagem apaixonante que deu um toque muito especial como romance que não foi romance. Talvez.