hhiinana 12/04/2024
O auto castigo de Raskólnikov
Acompanhamos Raskólnikov, um ex estudante de direito que após cometer um crime, seu castigo - posso dizer assim - é sua auto perturbação.
ficamos em sua cabeça quase a todo tempo, e o vemos criar esta certeza de que foi um crime "justo" que não teria necessidade de uma consequência, pois afinal, a vítima não era lá muito querida, não faria falta à alguém, injusto seria deixa-la viva.
após inúmeras páginas de perturbação, quando se confessa, há uma certa redenção, como se Raskólnikov passasse por um processo de se tornar humano novamente.
li algumas fontes para digerir melhor este livro e - particularmente - discordo com a sensação de ficarmos do lado do personagem (claro que já vimos muitos enredos assim, e realmente este pode funcionar para alguns, por ser um pioneiro neste tipo de narrativa), pois em [minha opinião] Raskólnikov é totalmente detestável, e não consegui só deixar seu crime passar, tive raiva dele, torci por seu castigo, torci para ser pego.
o livro trata de alguns extremos, como alcoolismo, doenças, pobreza, o que acaba sendo interessante para alguma pausa da mente de Raskólnikov.
emocionalmente este livro não me pegou tanto quanto o esperado, de forma crítica o acho extremamente revolucionário para aquela época (1866), importantíssimo, e digo que você deve ler pelo menos uma vez em sua vida, crime e castigo é um livro que depois que você o lê, consegue identificá-lo como fonte em diversas obras, até mesmo cinematográficas.
PS: Começar a ler Dostoiévski por este livro é recomendável? haha.