Crime e Castigo

Crime e Castigo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Crime e Castigo


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Francine122 03/03/2024

Obrigada, Dostoiévski
?Mas não era da cabeça raspada e dos grilhões que se envergonhava: seu orgulho estava fortemente ferido; era de orgulho ferido que estava doente. Oh, como seria feliz se pudesse acusar-se a si próprio! Aí suportaria tudo, até a vergonha e a humilhação.?

O livro é como um cálice de vodka no estômago de um faminto. Que estrago que faz!
Raskólnikov dá uma de Jack Torrance, mas depois não aguenta o tranco e só o deus baco para socorrê-lo. Uma atmosfera febril o toma e ele sente-se vil, infame, sórdido, canalha e hirto o tempo todo. No entanto, não se equivoque, pois, os estados de delírio e semiconsciência não são, e nunca foram, sinônimos de culpa. 
Mesmo assim, é facinho identificar-se com o bichinho sorumbático, pálido, alheio e medonho. Isso se deve ao fato de que a ação criminosa não tem autonomia. Há um ser humano, um criminoso, por trás dos crimes. Mas haja cabeça para o cinismo de morte! A banalização do crime aqui é bem complexa. Acabou aquela história do "errado" e "certo", vamos usar melhor as nossas cabeças. 
Além disso, a contraditoriedade vertiginosa do cara acerca dos homens de carne e homens de bronze, homens ordinários e extraordinários é TERRÍVEL. Você fica pensando por horas e horas e dependendo da moleza, é capaz de se tornar um hipocondríaco delirante. 
Estou ciente que o livro não é de terror, mas meus amigos, eu vi cada rosto deformado em desespero. Rostos inertes e desconhecidos, adentrarem o cubículo desesperador do jovem. ATÉ A ARQUITETURA DESSE LIVRO É INSANA! O que por escrito parecia uma gota, a minha imaginação transformou em oceano. Medonho!!! Vi fantasmas de olhos abertos, esquecidos pela eternidade! Enxerguei no sorriso sórdido e na tenção das cenas o sujo das paredes e a oleosidade das testas. 
A parte que eles debatem sobre a possibilidade do crime ser um protesto contra a anormalidade do sistema social, fruto do meio, doença ou inato ao homem É ABSURDA!!!
Ródia e o seu catecismo sombrio que se tornara a fé e a lei dele. A FORMA COM QUE ELES FALAM DE RELIGIÃO NESSE LIVRO! O AMOR, A CONFUSÃO DE SENTIMENTOS, O ÓDIO RELUTANTE, A VOLÚPIA E O ORGULHO!!!
E o Razumíkhin é um gostoso do início ao fim! A Dúnia é gigante!
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starrr_ 03/03/2024

"no mundo, existem dois tipos de pessoas..."
Essa foi a minha primeira vez tendo contato com a literatura russa clássica, e acho que esse livro foi sinceramente uma ótima escolha pra "começar", digamos assim!
no início a leitura não me cativou muito bem, minha atenção desviava fácil, mas a história foi desenrolando, e honestamente eu só quis ver aonde que o miserável Raskólnikov ia parar depois de TUDO o que ele fez. o crime, a forma que ele tratava as pessoas, a forma que ele tratava a si mesmo, o jeito que ele pensava sobre o mundo e sobre sua própria vida e seu suposto propósito no mundo...
confesso que eu achava que não ia extrair mensagem nenhuma desse livro, porque eu geralmente sou meio "lesa" pra ler clássicos. parece que eu simplesmente faço a leitura por fazer e pronto, sabe? mas eu sinto que isso não se aplica a Crime e Castigo.
é interessante ver como alguém vai longe ao ponto de tentar "provar" suas próprias ideias, independentemente da visão da sociedade a respeito de seus atos. são poucos os corajosos que realmente fazem isso. também é bom ter um "choque de realidade" de vez em quando, e me lembrar que nem tudo são flores, até mesmo na hora de ler um bom livro ? já que essa é uma das minhas formas de dar uma escapada da realidade em si.
enfim, gostei bastante desse livro. acho que uma pessoa que tem a mente aberta, que gosta de filosofar pensando sobre os limites da humanidade, não só pode como DEVE ler essa obra!
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Vitor922 02/03/2024

Leiaaa de preferência com uma boa edição, eu amo esse livro, primeiro vez que chorei lendo, foi um tempinho ate a leitura encantar pra mim mas quando foi meu Deus, obrigado quadro em branco por te me apresentado essa obra.
como pode um cara tão detestável a certo ponto ser tão real, você vê que as coisas não são 8 ou 80, o ser humano é complexo, mas no final das contas o amor e o perdão esses temas tão mundanos ou batidos são sim um resgate da alma humana, enfim leiaaaa
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Nazha 02/03/2024

Classico necessário
Como li o texto adaptado, achei o entendimento bem simples e pratico.
A mensagem é extremamente clara, e deixa explícita a filosofia que levou Raskolnikov a cometer um crime.

No decorrer da narrativa, o autor te permite algumas reflexões sobre o íntimo do ser humano com algumas questões, como: loucura, inveja, egoísmo e culpa. Essa última entra em pauta depois da metade do livro, e as discussões nos fazem pensar sobre os mais diversos tipos do sentimento de culpa.

Em geral, é uma boa história reflexiva, porém recomendo a leitura do texto original traduzido, e não de uma adaptação, acredito que a experiência seja melhor.
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igsuehtam 02/03/2024

Sou um homem ou um piolho?
Um grande livro, literalmente, sobre até que ponto a maldade humana pode parar. Um belo discurso, baseado no Evangelho de Lázaro. Várias reflexões e vários debates podem ser tirados daqui. Um dos melhores sempre!
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Lady Zulis 27/02/2024

"Quanto suplício insuportável e quanta felicidade sem fim!"
Descrever essa obra é meramente impossível. O que posso falar de um dos maiores escritores da literatura mundial? Poderia escrever um livro e mesmo assim, seria insuficiente. Dostoiévski é mais que um autor, é puramente um sentimento. Eu o amo! Amo-o absurdamente! Amo a sua genialidade de transformar meras palavras em um agregado de sentimentos.

Foi sete dias de tirar o fôlego! Sete dias que não poderia dizer se estava sonhando ou alucinando. Dormia e acordava só pensando nesse livro. Chegou numa fase que não poderia determinar se estava apenas lendo um livro ou vivendo toda aquela história através da janela. Que experiência avassaladora! É, sem sombras de dúvidas, uma das melhores obras já escritas na face da terra. Sim, atemporal, mas ouso dizer, imortal.

Raskólnikov, um jovem estudante de direito, mergulhado em sua filosofia sobre grandes homens que foram absolvidos pela história, cometeu um crime, acreditando que isso resolveria sua situação e "salvaria" o mundo. Obviamente, a história não o absolveu. Eis, então, o martírio e o delírio do jovem Rodka. Entretanto, ele não reconhece o crime. Reconhecia apenas o fato de não ter aguentado e ter confessado a culpa. De fato, não foi como Napoleão.

"Crime? Que crime? O fato de eu haver matado um piolho nojento, nocivo, uma velhota usurária, que não faz falta a ninguém? Quem mata esse ladrão tem cem anos de perdão! Que sugava a seiva dos pobres, isso lá é crime?"
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maria.ravazzi 27/02/2024

4 estrelas porque é apenas a primeira parte
Descobri esse livro perdido na estante da minha avó, ela nunca leu e eu acabei pegando emprestado porque já tinha ouvido muito falar do Dostoiévski. Comecei super animada mas a leitura foi ficando pesada, não é um livro que te prende do começo ao fim, mas vale a pena ler. Tem seus altos e baixos. No começo, me incomodava o tamanho dos diálogos e descrições de personagens secundários, que não tinham importância, mas ao longo da leitura fui me adaptando a isso.
Confesso que me decepcionei ao descobrir que o ponto alto do livro é por volta da página 100. Antes disso, não me localizava na história direito, pois não sabia quando as coisas iriam acontecer e isso acabou fazendo com que eu arrastasse a leitura. Ao longo do tempo, vemos que o tamanho das reflexões de cada personagem faz jus ao que o autor quer passar. Não seria a mesma coisa com descrições, pensamentos e diálogos menores, só assim podemos ver a real profundidade que o personagem exerce.
Não é um livro fácil de se ler, tem diversas reflexões sobre o cárater humano, de forma com que possamos entender a natureza dos sentimentos e a forma com que cada um enxerga o mundo. Para mim foi difícil conseguir distinguir quando a narrativa contava algo real ou apenas ilusório, como quando o Raskólhnikov via as pessoas quando tinha suas crises. Mas em geral, é um ótimo livro, o final nos deixa intrigado para ler a segunda parte. Adorei a forma como o Dostoiévski descreve o comportamento humano, foi o primeiro livro que li dele.
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@bastos_fraan 27/02/2024

Impactante
Meu primeiro contato com onagro e foi simplesmente uau!
Sempre pensei que seria algo completamente difícil e rebuscado demais, mas tudo que posso dizer é que a leitura voou, eu terminava um capítulo e logo pensava, ?caramba, preciso saber o que vem agora?
Sem sombra de dúvidas eu me coloquei no lugar do protagonista em alguns momentos, me questionando o que faria se fosse ele rs não eu não imagino que teria coragem de cometer o crime, mas fora isso, eu deseja que ele espiasse sem punição haha
Definitivamente eu quero ler mais sobre o autor e do autor, preciso conhecer outras obras e se forem desta forma, tenho certeza que vou amar também!
Um livro que mexe com o psicológico, que nos ?coloca? na mente do criminoso, e faz pensar sobre tudo, ademais os outros personagens também nos fazem pensar? gostei demais.
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madu.zi 27/02/2024

Grandioso e Impecável!
Crime e Castigo foi uma das leituras mais difíceis que já tive na minha vida, mas não por ser ruim, e sim por ser altamente viciante num nível angustiante, eu não conseguia parar de pensar um minute se quer nele durante quase um ano. Foi o meu primeiro contato com o grande Dostoiévski, obviamente foi um baque esse início de leitura, mas com o tempo, tudo correu bem.
Crime e Castigo é uma obra altamente reflexiva, por muitas vezes, senti tanto medo e aflição quanto o nosso Ródia, fiquei soando frio por diversos momentos ao longo da leitura, isso se deve a excelência da escrita de Dostoiévski completamente imersiva e descritiva. O livro aborda os demônios e pertubações do jovem Raskólnikov, que devido a sua vida e condição miserável, seu orgulho e arrogância e seu complexo de grandiosidade para com tudo e todos, foi levado ao extremo desespero ao cometer dois assassinados seguidos de roubo com a ideia de se manter, mas caiu em um delírio nervoso e filosófico com as consequências e o peso de seu crime.
Dostoiévski foi GIGANTE na construção impecável dessa obra e todas as críticas nela contida. A inveja, ganância, desespero, delírio, orgulho, egoísmo, amor, aflição, ódio, tristeza e a tragédia são determinantes para toda a consagração da obra.
Eu gostaria de ter mais jeito com as palavras e me estender mais nessa resenha, mas tudo o que posso dizer com convicção é que essa é uma das melhores obras já escritas em toda a face da Terra, é por merecido o seu posto entre as obras mais atemporais do mundo. Fiódor Dostoiévski é simplesmente um gênio literário, completamente afrente de seu tempo.
Lady Zulis 27/02/2024minha estante
Apenas o grandíssimo Dostoiévski!




Henrique 27/02/2024

A Grandiosidade de Crime e Castigo
Recentemente terminei a leitura do livro Crime e Castigo, tal obra remete-me a várias reflexões sofre a psique humana, o personagem principal Raskolnikov é singular e complexo em suas ações, entretanto a engenhosidade do autor em descrever suas ações, criar sub dramas, e explorar as nuances por trás de cada ação, isto é o que enriquece o texto, deixando-o mais fluido e palpável.

A construção do personagem é interessante, ao invés de focar somente no lado sombrio, o autor também contrasta seu lado humano, mostrando a dicotomia vivida pelo mesmo, um homem perdido em uma teoria, tenta-se convencer da sua grandiosidade, por consequência vai perdendo sua autoconsciência, deturpando sua moral até culminar em um crime.
Raskolnikov, na tentativa de colocar em prática sua teoria, acaba causando um fissura na própria consciência, sofrendo pelo que fez, mas não entendendo o motivo de tal angústia, a partir dessa deturpação, ele vai afastando-se de todos em sua volta, o isolamento é uma demonstração de vergonha e arrependimento, entretanto seu orgulho não deixa-o admitir o erro, acredita-se ser Napoleão, mas no final continua sendo somente um homem.
Os antagonistas do livro tem um objetivo próprio, tais objetivos não estão diretamente ligados ao personagem principal, Petrovich é um jovem ganancioso, cujo o interesse é tornar-se alguém importante e renomado, mesmo passando por cima de outros, este personagem em especifico é utilizado para fazer um critica na desigualdade social da época, o livro foi escrito no século 19, a revolução industrial estava à todo vapor, por ventura a desigualdade era aterradora para os empregados, Petrovich defendia essa exploração, argumentando que o patrão deveria ganhar mais, pois repartiria de forma justa estes valores com os funcionários, porém na realidade é demonstrada o oposto, tanto a classe baixa como a alta estavam registrando um aumento significativo no número de mortes, por conta disto Raskolnikov não teve apreço por ele.

Outro antagonista é o Svidrigailov, homem asqueroso, mentiroso, e manipulador, a irmã de Raskolnikov era tutoria de sua família, desenvolveu uma paixão doentia pela mesma, a qual prejudicou sua imagem, ele é um personagem tardio na obra, entretanto tem um importância significativa na mesma, a relação dele com o personagem principal é ligada estreitamente com seu interesse na irmã do mesmo, acaba sendo intrigante suas ações, em alguns momentos ajuda e da suporte, mas ao mesmo tempo prática atos lascivos e nojentos.
No final é uma bela obra, realmente um clássico atemporal, Dostoievsky nos lembra o quão importante é o autoconhecimento, o cuidado com a moral, e com as nossas ações, pois não prejudicamos somente nós, mas outrem.
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JoAo366 26/02/2024

Crime e castigo: livro para pessoas extraordinárias
Primeiro livro de autor russo que eu leio, escolhi essa edição por parecer mais fácil o entendimento do livro.
Gostei muito dos detalhes sobre os personagens, sobre o espaço (dá pra entender muitas coisas sobre o personagem principal prestando atenção na construção do quarto dele) e a história em si.
Um livro cheio de filosofias, clímax praticamente em todo fim de capítulo que te faz querer começar o próximo já.
Recomendo!
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Sofia.Ornellas 25/02/2024

Novela do século XIX
Demorei muito tempo para terminar de ler esse por pura preguiça, acho que essa demora para ler o livro me fez não ter uma experiência tão imersiva. Gostei muito do livro, a história é muito interessante e preocupante ao mesmo tempo.
Adoro a forma como o autor escreve os diálogos, me senti lendo um script de uma novela.
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