Um defeito de cor

Um defeito de cor Ana Maria Gonçalves




Resenhas - Um Defeito de Cor


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Bookster Pedro Pacifico 16/11/2021

Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
Sabe aquela leitura que você mal começa e já quer sair indicando? Então, com “Um defeito de cor” foi bem assim. Levei mais de 2 meses para ler as quase mil páginas e fiquei esse tempo todo ansioso para poder fazer essa resenha para vocês e recomendar a leitura!

O livro é uma verdadeira aula sobre a formação da sociedade brasileira e sua estreita relação com o triste processo de escravidão que marcou o nosso país. Acompanhamos a história de Kehinde, uma garota nascida no começo do século XIX em Savalu (atual Benin). Depois de vivenciar tragédias em sua família, acaba sendo capturada e transportada para o Brasil, uma terra totalmente desconhecida, com o objetivo de ser vendida para algum senhor de engenho. E a autora detalha todo esse traumático episódio, narrando as condições desumanas que os futuros escravizados sofriam nas embarcações e na chegada ao país.

No Brasil, Kehinde será batizada e receberá o nome de Luisa, já que os colonizadores simplesmente ignoravam a cultura e tradições dos povos capturados no continente africano. Kehinde, no entanto, se recusa - da forma que pode - a esquecer seu passado. São muitas as dificuldades vividas por uma criança sozinha em um país desconhecido. A narrativa faz um mergulho tão profundo na vida de Kehinde que fica impossível a tarefa de contar sobre a sua trajetória em uma resenha.

Por isso, o importante é compartilhar o que aprendi. Aprendi sobre a origem de diversos elementos que compõem a cultura brasileira. Entendi o lento processo que culminou na abolição da escravidão no país, ao mesmo tempo que me revoltei muito pelo sofrimento a que os escravizados eram submetidos. Há passagens que demandam uma pausa, tamanha a crueldade do colonizador.

Também é muito interessante a construção da personagem principal. Ana Maria não pretende criar uma heroína, mas sim uma mulher real, que luta para sobreviver e proteger quem ama, mas que não deixa de apresentar defeitos e tomar atitudes com base apenas na emoção.

Esse é um livro que merece ser lido por todos. Não sei como ainda não foi traduzido para outros idiomas, já que é um retrato riquíssimo da história do nosso país.

Nota 10/10

site: http://instagram.com/book.ster
João Paulo 16/11/2021minha estante
Acabei de comprar através de seu cupom. Não vejo a hora de começar ler ?


Vítor 17/11/2021minha estante
que babadoooo


Rafa.Barros 18/11/2021minha estante
Nossa, tô super curiosa!


Fabrício 22/11/2021minha estante
Um livros mais perfeitos que já li na vida.


@estantedamarcia 20/12/2021minha estante
Meu livro da vida??


Taty 04/01/2022minha estante
Vontade de ler imediatamente ?


Lin 19/03/2022minha estante
Nossa! Vc conseguiu fazer uma resenha incrível! Também amei esse livro!


Raphael 28/03/2022minha estante
Estou lendo sem pressa e que livro absurdo, arrebatador.


Giuliana.Grechi 04/01/2023minha estante
Lendo, amando... Sem dúvida está na lista de melhores


Eliane 23/01/2023minha estante
Iniciando a leitura! Ansiosa !


Daniel.Malaquias 05/02/2023minha estante
Muito bom sua resenha, lendo-a deu até vontade de começar a ler a obra.




Rosangela Max 19/05/2021

Espetacular!
Essa história é tão rica que me falta palavras para expressar o meu prazer por ter realizado esta leitura.
Só lendo mesmo pra saber o tanto de cultura, principalmente africana e brasileira, que são apresentadas nesse livro.
Com certeza entrou para os meus favoritos.
Sensível, forte, emblemático, comovente, revolucionário ? tudo na medida certa.
A escrita da autora é maravilhosa!
Como nem tudo são flores, acho que pecou um pouco no final. Esperava um desfecho melhor.
Cristiane 19/05/2021minha estante
Tive está sensação ao ler "Torto Arado".


Rosangela Max 19/05/2021minha estante
?Torto Arado? está na minha lista de leitura, mas vou esperar um pouco para me desvincular do tema e não confundir as histórias. Afinal, foram quase mil páginas de ?Um Defeito de Cor?.
Se vc curte esta temática, recomendo muito esta leitura. ??


Cristiane 19/05/2021minha estante
Nossa é tão grande assim... Ufa!


Laiza0 19/05/2021minha estante
Quero ler?


Théo 20/05/2021minha estante
Concordo contigo, Rosangela. Maravilhoso, absurdamente importante, contextualização perfeita, narrativa nem se fala... Mas também esperei um outro desfecho


Cris.Baptista 26/05/2021minha estante
Um livro sensacional! Muito bem escrito, com uma pesquisa histórica de encher os olhos. Eu realmente gostei muito.




Newton Nitro 19/05/2015

Pode um romance conter toda uma vida?

Um romance é capaz de conter toda a vida de uma pessoa, com suas complexidades, paradoxos, contradições, alegrias e tristezas? Um romance é capaz de conter toda o sofrimento de um povo? Se você ainda tem dúvida, leia "Um Defeito de Cor", esse já clássico da literatura brasileira, um romance tão maravilhoso como necessário, escrito pela Ana Maria Gonçalves, que considero uma das melhores escritoras que ja li na minha vida.

Um romance cosmogônico, uma saga impressionante e muito bem escrita, um clássico da literatura mesmo sendo tão recente. Não conheço outro livro semelhante na nossa literatura que seja tão épico, tão extenso e que trate de maneira tão sensível e íntima o ponto de vista feminino da tragédia e dos horrores da escravidão no Brasil, o nosso imenso Holocausto, que sempre foi insuficientemente estudado e discutido pelo nosso péssimo sistema educacional.

Defeito de Cor é uma história de origem contada pelo ponto de vista de Kehinde, uma africana arrancada da região de Daomé, na África e levada como escrava para o Brasil. Toda a narrativa é feita dentro da premissa de Kehinde contando sua história pessoal, desde sua infância até sua velhice, uma história que vai sendo transcrita por uma de suas amigas para ser entregue ao filho, agora adulto, que foi tirado quando criança dela enquanto estava no Brasil. Essa estrutura é muito interessante, pois transforma o leitor no filho de Kehinde, me senti como se a narradora falava diretamente para mim, e de certa forma, todos os brasileiros são "filhos de Kehinde".

A técnica narrativa usada foi a do discurso indireto em primeira pessoa, que funciona muito bem em romances históricos, torna a exposição de contexto histórico mais natural. Gostei demais do estilo de Ana, conciso, sem muitas firulas, linguagem direta e enganosamente simples, ao mesmo tempo que a oralidade do texto cria efeitos poéticos no leitor. Eu engasguei e me emocionei muitas, mas muitas vezes durante a leitura desse tijolão, o que eu adoro, quem vem aqui no blog sabe, curto livros gigantescos, e "Um Defeito de Cor" tem quase mil páginas! E olha que terminei o livro querendo mais, querendo que Kehinde continuasse suas infinitas histórias; essa Sherazade de Daomé. Outra coisa que amei foi a força de Kehinde, isso é que é protagonista, fortíssima, inspiradora, valente, perseverante, fantástica, uma bela adição para o rol de personagens da literatura brasileira.

E esse é um romance com muita exposição, mesclando a história pessoal de Kehinde com fatos históricos, revoluções, com quase uma enciclopédia de cultura afro-brasileira, um glossário maravilhoso e um guia para as diversas matizes das religiões africanas e suas variações brasileiras, tudo sob o ponto de vista de Kehinde e dos negros brasileiros e africanos do período colonial e imperial no Brasil, um ponto de vista que quase nunca mereceu a atenção necessária. O livro revela a grande lacuna e falha na história tradicional do Brasil que omite todas as incontáveis rebeliões de escravos que sempre aconteceram durante a escravidão brasileira, uma omissão criminosa na nossa educação.

E a questão da escravidão é mostrada em toda sua complexidade, não existe maniqueísmo no livro, com brancos cruéis ao lado de brancos que se empatizam e até lutam pela liberdade dos negros. No lado africano, temos expostos a brutal realidade tribal africana, a sanguinolência das disputas tribais, a tirania dos chefes de tribos e dos reis africanos, fazendo sua parte dentro do horrendo comércio de escravos.

Outro aspecto interessante é o mergulho no ponto de vista da espiritualidade afro-brasileira, com seu sincretismo e com o modo poético de experimentar a vida, com os voduns, orixás, eguns, e outras forças vindas do orum para guiar, aconselhar, proteger e orientar cada passo. Fiquei até com um desejo impossível e romântico de vivenciar essa visão mistica da vida, que parece encher tudo de mistério, de sinais e sinas, de significado e sentido, mas para isso tenho a literatura, para viver outras vidas, ver outras realidades e me emocionar com a beleza sofrida da experiência humana.

Agora fica um aviso, o livro é também muito sofrido, muitas passagens bem dolorosas e cruéis, bem tristes, de encher de vergonha e de revolta pela escravidão no Brasil, essa parte horrenda da história de nosso país, uma tragédia que deixa marcas e consequências até hoje. Precisamos de mais livros como "Defeito de Cor", muitos outros livros como esse. É uma pena que ninguém mais lê, que as pessoas lêem cada vez menos, uma pena mesmo.

Fica a dica do livro, vale cada linha, cada palavra, e espero que como eu, você se apaixone por Kehinde.

Ah, como é bom ler um livro assim, daqueles que marcam a gente para sempre!



ANOTAÇÕES FEITAS DURANTE A LEITURA (PODEM CONTER SPOILERS)

Narrativa segue o amadurecimento do narrador, comeca trágico.

A brutal realidade tribal africana, das disputas tribais, e o medo da feitiçaria que gera violência contra mulheres velhas e sábias, curandeiras, etc.

Visão de mundo mítica, oa mortos são tão importantes quanto os vivos

A violência e o horror da travessia, dentro do ponto de vista da Kehinde.

Técnica Narrativa - pov de primeira pessoa, descrições diretas e concisas, voz muito pessoal e forte.

Protagonista fortíssima.

Descrições maravilhosas, e um pov sem melodrama, o que aumenta a tragédia.

As histórias dos negros, os mitos tradicionais unindo tribos.

Ponto de vista imerso na espiritualidade africana, maravilhoso.

O dia a dia daa escravas que serviam dentro da casa grande, o medo constante da punição, e progressiva colonização cultural, a mudança do olhar, a violência do esquecimento das raízes.

A vaidade pessoal de Kehinde como uma estratégia de resistência.

Sincretismo religioso como estratégia de resistência

O horror das fugas e a hipocrisia da igreja da época.

A importância dos musurumin, is africanos muçulmanos na resistência cultural e psicológica.

O quilombo como um sonho de vida livre, como esperança.

Conventos, a opressão sobre as mulheres brancas, patriarcado colonial.

Estratégias de sobrevivência, Kehinde é fantástica, inteligente, criativa. Uso do comércio como um caminho para a liberdade. Dinheiro como a única opção de liberdade social, mesmo que ilusória, sem violência.

Livros e a leitura como o caminho para a libertação da alma.

A sinhá de Kehinde é um monstro, e o mais assustador é que sua personagem segue a consequência natural do racismo colonial.



A religião africana como proteção psicológica contra o assalto cultural do catolicismo colonial.

Religião mudando no contexto brasileiro.

Oralidade e capítulos bem delineados tornam a leitura deliciosa, e gente fica querendo que a história não acabasse nunca.

Mesmo com tanta injustiça e angústia, a narrativa alterna com momentos de paz, amor, alegria e amizade, que me emocionaram muito.

O romance clássico de nascimento.

Símbolos recorrentes : riozinho de sangue, a cobra misteriosa que surge em momentos chaves da narrativa, a presença dos orixás e voduns.

Kehinde, empreendedora, usa seu dinheiro para livrar outros escravos.

Uma das histórias dos escravos, da mãe que mata os filhos por desespero me lembrou Beloved de Toni Morrison.

Kahinde tem muitos elementos do arquétipo do Trapaceiro, em uma versão feminina diferente da Sedutora, mais próxima do Ladino, quebrando o topo tradicional.

Registro dos rituais e cultos dos negros das diversas culturas que viviam na Bahia no período, um registro fascinante.

A partir de uma parte do romance, a narrativa é feita em primeira pessoa mas se dirigindo ao leitor em segunda pessoa, como se o leitor se transformasse em um dos filhos de Kahinde, adorei! :)

Kahinde tem espírito empreendedor, uma energia incrível, invencível, a encarnação da força de vontade imbatível do povo africano.

Técnica narrativa - capítulos curtos encerrados com ganchos tipo "o pior ainda estava porvir"

Técnica narrativa - exposição feita por meio de contação oral, ajudada pelo fascínio das informações e do desejo do leitor em conhecer a cultura africana.

Kehinde se transforma em uma heroína épica, eternamente em sua buaca pela felicidade.

A terceira e última parte do romance se passa no Rio.

I romance tem um necessário tom didático sobre o cotidiano brasileiro do século 19 do ponto de vista dos pretos.

Belissimas descrições da capoeira, arrepiei e me lembre dos muitos anos que joguei capoeira, saudades.

Quase no final do livro - estou apaixonado por Kehinde, acho que o leitor não tem outra escolha senão se apaixonar por Kehinde.

Espiritualidade africana muito ligada ao inconsciente, ou melhor, em uma leitura jungiana, eles são os mestres da interpretação dos movimentos do inconsciente coletivo.

Na última parte, a amoralidade do comércio, inevitável para a sobrevivência no período.

Ex-escravos retornando para África e se tornando mercadores de escravos.

Rivalidade entre is Retornados e os Africanos, muitos que eram enviados para a África forçados, imploravam para voltar ao Brasil, meamo em condição de escravo.

A brutalidade e a ação coruptora da miséria e das gueras tribais constantes na Africa da época.

No Brasil, os escravos tentavam manter as raízes africanas, os que retornavam para a África, tentavam manter os costumes brasileiros.

Histórias dentro de histórias, uma biblioteca de histórias do ponto de vista dos negros africanos e brasileiros.

O livro tembum lado glossário de termos da cultura africana e afro-brasileira.

Uma das espinhas principais da narrativa é uma rara visão "de dentro" da espiritualidade africana, base do nosso sincretismo, uma religião mais próxima da arte, da criação e criatividade artística.

O choque de Kehinde ao ver os rituais de sacrifício humano na África para a celebração fa morte de um quase-rei mostra a influência da cultura cristã nos africanos retornados para a Africa do Brasil, é o processo sem fim de influência cultural entre os povos.

No final do livro, na relação entre Kehinde e sua filha ilustrada na França, mostra os problemas das mulheres que tinham cultura na época e sua solidão, pela rejeição dos homens machistas.

edu basílio 19/05/2015minha estante
parabéns pela vibrante resenha! ^_^


Thyago 13/08/2015minha estante
Resenha incrivel! Parabéns.


Tiago Doreia 19/12/2016minha estante
Muito boa a resenha, desperta o desejo de ler essa obra.


Joana 18/07/2017minha estante
Já desejava ler este livro. Sua resenha aumentou esse desejo. Parabéns!


valdivina.franc 08/03/2019minha estante
Amei ler Um defeito de cor. Pretendo reler. Parabéns, Ana Maria Gonçalves e parabéns pela bela resenha.




spoiler visualizar
Apenas Evelim 14/10/2022minha estante
Adorei a resenha! Vontade enorme de ler!


@larinovaes.solar 14/10/2022minha estante
Tentei ler em 2014 mas não consegui. Ainda não sei se estou pronta, como uma mulher preta, alguns gatilhos podem ser acionados com a leitura. Gostei demais da sua resenha resgatou o desejo de ler. Quem sabe uns anos a frente eu consiga mergulhar nesse livro. Vou recolocar na listinha s2


Jorlaíne 14/10/2022minha estante
Lari, tem muitos gatilhos mesmo. E é una leitura lenta. Não é aquele livro pra devorar. Tenho certeza que na próxima vez você vai conseguir. Um abraço!


Jorlaíne 14/10/2022minha estante
Obrigada, Evelim. Boa leitura pra você!


Fausto.Mota 15/10/2022minha estante
Sua resenha fez aumentar a minha vontade de ler esse livro.


Jorlaíne 15/10/2022minha estante
Fico feliz, Phausto. Recomendo muito!




@_leandropaixao 12/10/2022

“... apesar de não ter culpa por ser africana e preta, eu seria constantemente punida por isso...”
Aqui vamos acompanhar a história da incrível Kehinde, ou posteriormente chamada de Luísa Mahin. A história se inicia com o sequestro de Kehinde, sua irmã gêmea e sua avó na África, todas elas capturaras a fim de serem escravizadas aqui no Brasil, porém infelizmente nem todas chegam aqui. Nessa época todos os africanos, antes de pisarem em terras brasileiras, precisavam ser batizados com nomes “cristãos,” o que nos faz pensar até que ponto era praticada a intolerância religiosa na época. Já em terras brasileiras essa criança que protagoniza o livro irá encontrar e conhecer pessoas ao longo do livro que se tornam essenciais para sua formação, mesmo passando por momentos extremamente absurdos, desumanos e repugnantes ela sempre se manteve forte e pensando muito além dos demais que ali estavam na mesma situação.
Esse livro tem um tipo de narrativa em terceira pessoa que não dispõe de diálogos, cuja a qual, me perdoem por não saber qual o nome caso tenha, mas que na minha opinião não funcionou pra mim, é indiscutível o fato dessa obra ser rica em estudos e documentos estupendos, longe de mim desmerecer essa riqueza, mas quero ressaltar que isso pode ser sim um ponto negativo para pessoas que não estão habituadas a esse tipo de narrativa, mas também sentem essa necessidade de diálogos de marcados né maneira tradicional. Além disso, temos um livro de quase mil páginas que poderia muito bem ser reduzido sem a perda da qualidade, uma vez que ultrapassamos 70% da leitura vemos a introdução de muitos acontecimentos que não somam para a história como um todo mesmo sendo interessante e que chega a ser maçante muitas vezes.
Foquem nos relatos históricos e na riqueza de detalhes sobre essa época que marcou a humanidade para sempre!
Edicleia 29/10/2023minha estante
Sim concordo, já estou passando da metade do livro e não aguento mais tantos relatos massantes, leitura muito cansativ???


@_leandropaixao 29/10/2023minha estante
Simmm ele é mesmo, eu tentei focar nos relatos históricos e coisas que realmente agragavam aos relados da escravidão, mas não deixa de ser um livro incrível!


Gabriel.Henrique 01/11/2023minha estante
Após a páginas 600 eu senti o peso da história, muitos acontecimentos ou nada acontecendo, achei extremamente cansativa em alguns pontos.


@_leandropaixao 02/11/2023minha estante
Sim, tem muito disso mesmo




Cleber 29/03/2023

Conhecendo as raízes do Brasil
Lendo na LC do canal lerantesdemorrer. Uma leitura super válida e importante para conhecer mais sobre a nossa história.
Miquéias Marques 29/03/2023minha estante
Cleber o devorador de livros.... rsrsrs... como consegue ler tanto assim?
Eu gosto das resenhas dela, também sigo o canal.


Miryan Jussara 30/03/2023minha estante
Quero super ler!


Cleber 30/03/2023minha estante
Também adoro as resenhas da Isa :)




Lista de Livros 15/04/2014

Lista de Livros: Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves
“Amigo é como um vizinho quando Deus está distraído.”
*
“Acho que essa é até uma palavra melhor que tristeza, a palavra conformismo, porque é uma palavra que acaba com os sonhos das pessoas.”
*
“As crianças esquecem com facilidade, têm a vida toda para repovoar a memória com lembranças boas, e por isso não têm muita necessidade de lamentar as más recordações.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2014/04/um-defeito-de-cor-ana-maria-goncalves.html
Kesy 02/01/2024minha estante
Vai ser uma das minhas próximas leituras


Lista de Livros 02/01/2024minha estante
Boa sorte, é um calhamaço!




Aline Oliveira 30/03/2023

A história da Kehinde é bonita, marcada por inúmeros obstáculos e superações. Gostei da resiliência, da força, do crescimento mediante tudo que ela passou. Ela queria viver e viveu.
E apesar de ter achado interessante ler detalhes do Brasil daquele tempo, modos de vida, e de ter lido e entendido um pouco mais sobre religiões de matriz africana, fiquei aliviada por terminar, a leitura desse livro me cansou de uma forma...Como se eu estivesse lendo há anos e anos.
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caspaeletrica 18/01/2023

9/10: Vanessa da Mata #
Nunca vi em vida um livro tão rico historicamente em fatos e detalhes. É uma história viva que te faz sentir presente o tempo inteiro ali, sofrendo junto com os personagens. Confesso que achei o livro um pouco extenso demais, não que seja um problema para mim, mas no caso desse livro achei que não eram necessárias algumas partes.

Uma autobiografia ficcional rica em detalhes históricos que mostra com maestria as lutas no dia-a-dia dos afrodescendentes de nosso país; dos que já estiveram aqui e dos que ainda perduram.

Atemporal;
matheusfellpps 18/01/2023minha estante
??????


caspaeletrica 18/01/2023minha estante
obrigado mat me tirando da flop era amo


Max 18/01/2023minha estante
Um livro pra entender o que somos. Também gostei muito!?




camilavitoria_ 16/03/2021

pelo amor de deus gente eu nunca mais quero ler nada em toda a minha vida eu to muito triste
annacmores 16/03/2021minha estante
Sinal de que o livro é bom hahaha


camilavitoria_ 16/03/2021minha estante
sim!!! é incrível!!!!!!;


Giulia29 16/03/2021minha estante
To com Ele na minha lista ???


camilavitoria_ 16/03/2021minha estante
depois que você começar não vai conseguir parar! é muito envolvente! vai com tudo e vai preparada! kkk




Brenda.Podanosqui 06/03/2023

O poder de uma boa história
O livro é extenso, um calhamaço, se bem que nem parece tanto, pois o conteúdo é tão bom, seja sobre algum fato histórico ou mesmo sobre a vida da personagem, a heroína Kehinde, escravizada na África e trazida para o Brasil ainda criança, que a leitura flui de um modo muito agradável.
Apesar de ser ficcional, a autora foi beber na fonte de textos históricos e apresentou um relato rico de detalhes sobre a vida de uma pessoa escravizada no século XIX.
Gostei do ritmo da narrativa, pra mim em nenhum momento ficou enfadonha ou cansativa e aprendi bastante sobre o cotidiano da vida no Brasil da época. Em alguns momentos a autora trouxe cenas cruéis para logo seguir com o fluxo dos acontecimentos então acho que ela soube trabalhar muito bem todos os temas, sem exagero, sem pieguismo.
A narradora é a heroína da história, que superou todos os desafios e venceu a escravidão. Apesar de não ser assim na vida real é bom ler esse tipo de relato, eu vejo como uma valorização do povo negro, da sua luta.
Como não gosto de pesquisar muito sobre o livro antes de ler só descobri já no final da leitura que é uma narrativa da perspectiva da mãe do Luís Gama. E fiquei ainda mais feliz por isso, esse reconhecimento.
Encarei o desafio, me surpreendi, aprendi. Por mais histórias como essa!
Cleber 07/03/2023minha estante
Estou gostando também, mas ainda não cheguei nem na metade


Brenda.Podanosqui 07/03/2023minha estante
Parei as outras leituras e foquei nessa hehe




Carolina.Gomes 01/04/2024

A personagem perdida
Comecei essa leitura gostando muito da linguagem da autora e da história da personagem. Parecia que ali se tratava de uma sobrevivente, ousada e destemida. O carisma de Kehinde me envolveu.

Torci fervorosamente para vê-la virar o jogo e se tornar a dona da P* toda mas do meio para o fim, a coisa desandou.

A despeito do riquíssimo trabalho de pesquisa da autora, senti que a personagem perdeu força e coerência. Em meio a tanta informação e personagens satélites, a principal história ficou solta e eu confesso que perdi o ritmo de leitura e o livro me cansou.

Na última parte já não me interessava mais o destino da personagem porque senti que ela própria se perdeu.

Talvez a culpa seja da expectativa criada no inicio, talvez eu não tenha gostado muito e fim.

Gostei de ter lido, mas me decepcionei um tanto.
Eliza.Beth 01/04/2024minha estante
É isso? e vida que segue.
Adorei a resenha


Natália Carolina 02/04/2024minha estante
Pra mim esse livro é um dos melhores da vida ??


Carolina.Gomes 03/04/2024minha estante
Algumas, no clube, tb acharam, Nath! Eu fui minoria.


Natália Carolina 03/04/2024minha estante
E essa é a maravilha dos livros, cada um tem uma conversa particular com cada leitor.




Jamile157 21/10/2023

Um clássico.
Eu nem sei como começar uma resenha tamanha é a grandiosidade desse livro, eu fui impactada em diversos momentos durante toda a leitura. Logo no prefácio a autora me deixou encantada com a história do livro, de como o destino fez todo seu trabalho para que essa obra prima fosse construída.

A forma que a história é contada foi de uma genialidade ímpar, me conectei logo de cara. A personagem principal é uma mulher extraordinária, que desde criança precisou ser forte para sobreviver a todas as atrocidades da escravidão. Não foi uma leitura fácil, em diversos momentos eu senti raiva, repulsa, tive que parar para respirar, é tudo muito gráfico, as descrições são detalhadas, tanto dos eventos, quando da arquitetura e das cidades, eu fechava o olho e conseguia imaginar tudo.

O livro é uma jornada na vida da kehinde, que  desde criança quando foi raptada da África, até a velhice quando ela retorna ao Brasil. Uma aula de história sobre o processo de escravidão, contada por quem viveu na pele.

Foi uma experiência incrível, que sem sombra de dúvida foi favoritado, jamais vou esquecer de tudo que li. Um clássico da literatura brasileira, que em algum momento da vida todos deveriam ler.
Vania.Cristina 21/10/2023minha estante
Puxa, Jamile! Eu já queria ler esse livro agora quero ainda mais. Obrigada pela resenha


Jamile157 21/10/2023minha estante
Vânia leia, vale cada página. Obrigada ?.




Francisco240 13/01/2023

A melhor Ficção histórica brasileira
Uma das melhores leituras do ano já no primeiro mês, sem sombra de dúvidas a escrita envolvente, a trama e o seus personagens super complexos fundidos com elementos históricos fazenda narrativa ? Angustiante, intrigante, interessante, convidativa e tocante.
Em minha sincera opinião o ponto forte do livro são as mesclar agem históricas e diversos citações da história do Brasil durante a narrativa e o mais interessante é a forma de Como usar acontecimentos históricos influenciam diretamente e indiretamente na vida dos personagens ou no ambiente no qual os personagens estão inseridos.
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