Carina151 27/03/2020
Texto do Livro
Pão Nosso
Chico Xavier
Pelo Espírito Emmanuel.
@febeditora
Piedade.
Fala-se muito em Piedade na Terra, todavia, quando assinalados referência a semelhante virtude, dificilmente discernimos entre compaixão e humilhação.
Ajudo, mas este homem é viciado.
Atenderei, entretanto, está mulher é ignorante e má.
Penalizo-me, contudo, esse irmão é ingrato e cruel.
Compadeço-me, todavia, trata-se de pessoa imprestável.
Tais afirmativas são reiteradas a cada passo por lábios que se afirmam cristãos.
Realmente, de maneira geral, só encontramos na Terra essa compaixão de voz macia e mãos espinhosas.
Deita mel e veneno.
Balsamiza feridas e dilacera-as.
Estende os braços e cobra dívidas de reconhecimento.
Socorre e espanca.
Ampara e desestimula.
Oferece boas palavras e lança reptos hostis.
Sacia a fome dos viajores faz experiência com Pães recheados e fel.
A verdadeira piedade, no entendo, é filha legítima do amor.
Não perde tempo na identificação do mal.
Interessa-se excessivamente no bem para descurar-se dele em troca de ninharias e sabe que o minuto é precioso na economia da vida.
O Evangelho não nos fala dessa piedade mentirosa, cheio de ilusões e exigências.
Quem revela energia suficiente para abraçar a vida cristã encontra recursos de auxiliar alegremente.
Não se prende às teias da crítica destrutiva e sabe semear o bem, fortificar-lhe os germes, cultivar-lhes os rebentos esperar-lhe a frutificação.
Diz-nos Paulo que a piedade com contentamento é grande ganho para a alma e, em verdade, não sabemos de outra que nos possa trazer prosperidade ao coração.
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