Dressa Oficial 12/07/2013Resenha - Nos Cumes do Desespero Olá , tudo bem com vocês ?
Hoje venho trazer uma resenha diferente, esse livro foi o primeiro com o tema de filosofia que eu li e achei sensacional, por isso vim aqui trazer a resenha dele para vocês. Acho interessante abrir um leque de novas opções de leitura, isso agrega meu valor e me faz pensar que outras pessoas vivendo em épocas diferentes já teve o mesmo tipo pensamento que o meu.
O livro é baseado em fatos reais e foi escrito pelo filósofo Emil Cioran. Esses relatos que estão no livro eram pensamentos que o filósofo escrevia quando sofria de insônia e através desses relatos, foi o que evitou o mesmo a cometer um suicídio, o livro foi lançado em 1934 e até hoje é muito elogiado, apesar da data de lançamento do livro ser antiga e existirem algumas palavras e ter uma maneira de escrita bem diferente dos tempos atuais, parando para pensar e observando o que ele diz, percebi que muitas pessoas vivem o mesmo que ele hoje em dia o que faz tornar o livro bem atual e com algumas explicações plausíveis.
Emil deve ter sofrido muito em suas noites de insônia, para muitos ele pode ter sido considerado um louco, mas muitos pensamentos que o mesmo tinha se refere a pessoas que sofrem de solidão ou tristeza profunda como a depressão e que até hoje todos tentam entender e não conseguem.
Ele questiona o que Jesus fez por nós e acha que não é feliz, pois além de sofrer por ele sofre por todos, não consegue entender toda a miséria que existe no mundo.
Página 50
"Se alguém se sacrificou para que eu fosse feliz agora, sou então mais infeliz que ele. Há momentos em que eu me sinto responsável por toda a miséria da história, em que não compreendo porque alguém derramou sangue por nós".
Com esse livro consegui definir o estado de tristeza, que é quando temos um motivo para estrar tristes e também saber o que é melancolia , que é estar triste e não ter um motivo para isso, muito parecido com o a angustia e depressão.
Página 55
"Sei porque estou triste, mas não sei porque estou melancólico. Os estados melancólicos duram bastante, sem atingir uma intensidade particular".
E ai vem o pensamento que todos nós já fizemos pelos menos um dia na vida, e quem ainda não fez um dia com certeza vai fazer, que seria o motivo principal de nossa existência o porque temos que trabalhar e seguir uma vida de regras nos privando de muitos momentos agradáveis ao lado de quem amamos para seguir regras trabalhando, por exemplo.
Página 65
"Como eu gostaria que todas as pessoas que têm ocupações ou missões, casadas ou não, jovens e velhas, homens e mulheres, sérias ou superficiais, tristes ou alegres, saíssem um dia de suas casas e escritórios e, renunciando a todo tipo de deveres e obrigações, tomassem as ruas e não quisessem fazer mais nada. Toda essa gente embrutecida, que trabalha para as gerações futuras movida pelo impulso da mais sinistra ilusão, viveria em semelhantes momentos capitais de vingança por toda mediocridade de uma vida nula e estéril, por todo o desperdício de energia que nada emprestou da excelência das grandes transfigurações. Como eu me deliciaria com os momentos em que ninguém mais necessitasse da ilusão dos ideais, em que toda satisfação imediata da vida e toda resignação ilusória se tornariam impossíveis, em que todos os limites da vida normal rebentariam definitivamente!".
Isso me fez lembrar essas manifestações que vem ocorrendo em todo o Brasil, de uma certa forma uma parte da população realizou o sonho de Emil , rsrs muitos acordaram para algumas situações e levantaram a bandeira de "Ei estou aqui e não concordo com isso!".
Ele questiona muito a questão de ser feliz, acho que no fundo ele não chegou a conhecer essa felicidade de viver, que muitos de nós somos privilegiados mas nem sempre nos damos conta.
Pagina 87
"Vocês nos propõem a alegria: mas como recebê-la de fora? Pois, se ela não crescer a partir de nós, se não brotar das reservas e do nosso próprio ritmo interno, qualquer intervenção exterior será estéril.
É tão fácil recomendar alegria a quem não pode se alegrar! E como nos alegramos se a cada momento somos torturados pela obsessão da loucura? Será que quem recomenda a alegria com excessiva facilidade percebe o que significa temer a loucura iminente, o que significa ser torturado a cada instante pelo pressentimento de uma terrível loucura? Como nos alegrarmos se sentimos que vamos enlouquecer?".
Não sei vocês, mas esse trecho acima do livro me fez parar para pensar em quando vejo uma pessoa triste acaba sendo meio que automático falar que ela precisa ver o lado bom das coisas, tudo bem até concordo que tudo tenha um lado positivo e negativo mas acho importante respeitar o momento de cada um, até porque não sabemos que tipo de sentimento podemos estar interferindo a pessoa que não vê alegria em nada esta sentindo, e saber respeitar isso é importante para a pessoa que sofre de depressão ou esta tendo sintomas assim conseguir se sentir melhor e não um patinho fora da lagoa, enfim é um livro que muitas passagens me fez refletir sobre muitas questões da vida.
Um livro diferente, que fez parar para pensar em muitas questões existenciais o que normalmente não costumo parar para pensar e um coisa que me fez dar um valor enorme agradecer meu sono. É super comum, todo mundo dorme, porém esse filósofo não conseguia dormir, imagine tudo que ele não passou e os tormentos que sentiu sem poder dormir porque o sono não vinha ? De fato é para qualquer um ficar doidinho!
Página 103
"A insônia, por outro lado, gera uma sensação de agonia, uma tristeza eterna e irremediável, um desespero absoluto.
Os loucos sofrem muito de insônia , daí as terríveis depressões em que vivem, o desgosto pela vida e a tendência ao suicídio. É impossível amar a vida quando não se pode dormir".
Espero que tenham gostado da resenha e caso não se interessem pelo livro pelo menos agradeçam que consigam dormir, isso é um privilégio e podemos nos considerar abençoados por esse bem.
Beijos
Até mais..
Andressa
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