Nos Cumes do Desespero

Nos Cumes do Desespero Emil Cioran




Resenhas - Nos Cumes do Desespero


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Lais544 28/01/2021

Nos cumes do desespero foi o primeiro livro escrito por Cioran,foi pensado originalmente como o longo testamento de um suicida ? que acabou não se matando justamente por escrevê-lo.
Explosão de angústia ,esta obra não tinha outra pretensão que não a de expressar a dor de existir, observando o que ele diz, percebi que  muitas pessoas vivem o mesmo que ele hoje em dia o que tornar o livro bem atual e com algumas explicações plausíveis.
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Dressa Oficial 12/07/2013

Resenha - Nos Cumes do Desespero
Olá , tudo bem com vocês ?

Hoje venho trazer uma resenha diferente, esse livro foi o primeiro com o tema de filosofia que eu li e achei sensacional, por isso vim aqui trazer a resenha dele para vocês. Acho interessante abrir um leque de novas opções de leitura, isso agrega meu valor e me faz pensar que outras pessoas vivendo em épocas diferentes já teve o mesmo tipo pensamento que o meu.

O livro é baseado em fatos reais e foi escrito pelo filósofo Emil Cioran. Esses relatos que estão no livro eram pensamentos que o filósofo escrevia quando sofria de insônia e através desses relatos, foi o que evitou o mesmo a cometer um suicídio, o livro foi lançado em 1934 e até hoje é muito elogiado, apesar da data de lançamento do livro ser antiga e existirem algumas palavras e ter uma maneira de escrita bem diferente dos tempos atuais, parando para pensar e observando o que ele diz, percebi que muitas pessoas vivem o mesmo que ele hoje em dia o que faz tornar o livro bem atual e com algumas explicações plausíveis.

Emil deve ter sofrido muito em suas noites de insônia, para muitos ele pode ter sido considerado um louco, mas muitos pensamentos que o mesmo tinha se refere a pessoas que sofrem de solidão ou tristeza profunda como a depressão e que até hoje todos tentam entender e não conseguem.

Ele questiona o que Jesus fez por nós e acha que não é feliz, pois além de sofrer por ele sofre por todos, não consegue entender toda a miséria que existe no mundo.

Página 50
"Se alguém se sacrificou para que eu fosse feliz agora, sou então mais infeliz que ele. Há momentos em que eu me sinto responsável por toda a miséria da história, em que não compreendo porque alguém derramou sangue por nós".

Com esse livro consegui definir o estado de tristeza, que é quando temos um motivo para estrar tristes e também saber o que é melancolia , que é estar triste e não ter um motivo para isso, muito parecido com o a angustia e depressão.

Página 55
"Sei porque estou triste, mas não sei porque estou melancólico. Os estados melancólicos duram bastante, sem atingir uma intensidade particular".

E ai vem o pensamento que todos nós já fizemos pelos menos um dia na vida, e quem ainda não fez um dia com certeza vai fazer, que seria o motivo principal de nossa existência o porque temos que trabalhar e seguir uma vida de regras nos privando de muitos momentos agradáveis ao lado de quem amamos para seguir regras trabalhando, por exemplo.


Página 65
"Como eu gostaria que todas as pessoas que têm ocupações ou missões, casadas ou não, jovens e velhas, homens e mulheres, sérias ou superficiais, tristes ou alegres, saíssem um dia de suas casas e escritórios e, renunciando a todo tipo de deveres e obrigações, tomassem as ruas e não quisessem fazer mais nada. Toda essa gente embrutecida, que trabalha para as gerações futuras movida pelo impulso da mais sinistra ilusão, viveria em semelhantes momentos capitais de vingança por toda mediocridade de uma vida nula e estéril, por todo o desperdício de energia que nada emprestou da excelência das grandes transfigurações. Como eu me deliciaria com os momentos em que ninguém mais necessitasse da ilusão dos ideais, em que toda satisfação imediata da vida e toda resignação ilusória se tornariam impossíveis, em que todos os limites da vida normal rebentariam definitivamente!".

Isso me fez lembrar essas manifestações que vem ocorrendo em todo o Brasil, de uma certa forma uma parte da população realizou o sonho de Emil , rsrs muitos acordaram para algumas situações e levantaram a bandeira de "Ei estou aqui e não concordo com isso!".

Ele questiona muito a questão de ser feliz, acho que no fundo ele não chegou a conhecer essa felicidade de viver, que muitos de nós somos privilegiados mas nem sempre nos damos conta.

Pagina 87
"Vocês nos propõem a alegria: mas como recebê-la de fora? Pois, se ela não crescer a partir de nós, se não brotar das reservas e do nosso próprio ritmo interno, qualquer intervenção exterior será estéril.
É tão fácil recomendar alegria a quem não pode se alegrar! E como nos alegramos se a cada momento somos torturados pela obsessão da loucura? Será que quem recomenda a alegria com excessiva facilidade percebe o que significa temer a loucura iminente, o que significa ser torturado a cada instante pelo pressentimento de uma terrível loucura? Como nos alegrarmos se sentimos que vamos enlouquecer?".

Não sei vocês, mas esse trecho acima do livro me fez parar para pensar em quando vejo uma pessoa triste acaba sendo meio que automático falar que ela precisa ver o lado bom das coisas, tudo bem até concordo que tudo tenha um lado positivo e negativo mas acho importante respeitar o momento de cada um, até porque não sabemos que tipo de sentimento podemos estar interferindo a pessoa que não vê alegria em nada esta sentindo, e saber respeitar isso é importante para a pessoa que sofre de depressão ou esta tendo sintomas assim conseguir se sentir melhor e não um patinho fora da lagoa, enfim é um livro que muitas passagens me fez refletir sobre muitas questões da vida.

Um livro diferente, que fez parar para pensar em muitas questões existenciais o que normalmente não costumo parar para pensar e um coisa que me fez dar um valor enorme agradecer meu sono. É super comum, todo mundo dorme, porém esse filósofo não conseguia dormir, imagine tudo que ele não passou e os tormentos que sentiu sem poder dormir porque o sono não vinha ? De fato é para qualquer um ficar doidinho!


Página 103
"A insônia, por outro lado, gera uma sensação de agonia, uma tristeza eterna e irremediável, um desespero absoluto.
Os loucos sofrem muito de insônia , daí as terríveis depressões em que vivem, o desgosto pela vida e a tendência ao suicídio. É impossível amar a vida quando não se pode dormir".

Espero que tenham gostado da resenha e caso não se interessem pelo livro pelo menos agradeçam que consigam dormir, isso é um privilégio e podemos nos considerar abençoados por esse bem.

Beijos

Até mais..

Andressa

site: http://www.livrosechocolatequente.blogspot.com.br/
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Marcelo 13/01/2014

Quanta verdade um espírito pode suportar?
A insonia do mundo canta a ópera da agonia. O sonâmbulo contempla a paisagem decifrada, tal como uma criança que acaba de nascer: daí o desespero, o choro que se debruça no nada.

Nietzsche, certo dia, perguntou-se: quanta verdade um espírito pode suportar? Cioran, no cume solitário das vozes geladas, responde: o limite eu não sei, mas que o inferno pode ser encontrado na terra, isso é um fato que podemos sentir, quando despojados das bolhinhas de sabão que sopramos no ar, a fim de que possamos dar um sentido para o ar, nosso lar, e assim, nos distrairmos do nosso status, do ponto de vista do universo, e não do nosso umbigo, facebook e seus derivados.
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herbert.goncalves 28/04/2020

desgraçamento total
um conselho pra quem for ler essa obra prima nesse isolamento social: prepare bem a cabeça antes de entrar nesse universo caótico do cioran, mas prepare mesmo, pois isso aqui não é pra ser lido a qualquer momento. doses cavalares de realidade enfiadas sem dó pela goela abaixo. espetacularmente aterrador e profundo. que livro!!!

site: https://filmow.com/usuario/herbert_
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Raul Álison 27/11/2020

Um livro para poucos
Cioran coloca nesta obra o seu mais íntimo pensamento sobre a vida e afins.
O autor escreve de forma brilhante um texto que por vezes parece um confissão, uma desabafo do autor sobre suas inquietudes.
Mas é um livro pra poucos. É preciso estar em sintonia com o autor para entender a grandiosidade da obra.
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Pedro Medeiros 19/02/2023

Uma carta de suicídio
O livro é fiel ao que se destina: uma carta de suicídio. Percebe-se a profunda angústia do autor, e sua visão pessimista, ainda que não se saiba a origem. Conceitos extremistas e menosprezo a alguns temas são facilmente identificados. A obra, como um todo, é pobre de valor, mas deve ser lida e compreendida no contexto ao qual se aplica. Busquei ler a obra como sendo uma conversa com alguém na situação a qual o autor se encontrava.
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Lívia 05/12/2018

Leia de madrugada, perfeito para quem adora um existencialismo.
"A tragédia do homem, animal exilado na existência, detém-se no fato de que ele não pode se satisfazer com os dados e valores da vida. Para o animal, a vida é tudo; para o homem, ela é um ponto de interrogação. Ponto de interrogação definitivo, pois o homem nunca recebeu (nem receberá) uma resposta para as suas perguntas. Não somente a vida não tem qualquer sentido, mas ela não pode ter um."
(Um pequeno trecho do livro)

O livro tem capítulos curtos, traz muitas reflexões, e os sentimentos da agonia do autor, pelo longo episódio de insônia que ele teve. (Escreveu o livro com 22 anos)
Sempre lia esse livro a noite. Cioran é incrível, sentia que ele conversava comigo por vezes.
Um dos meus livros favoritos..
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Amanda Bento 24/01/2019

Livro que todo jovem desesperado devia ler
O desespero não está presente só no título, é um tema decorrente. Estar nos cumes é uma metáfora chamativa para mostrar o quão alto e distante da realidade pode se isolar um homem que passar pelas agonias das primeiras fases da vida. As páginas correm destrinchando a alma de um jovem que não é igual ao meio que se insere e que despreza os sábios. Um livro indispensável para quem tem a alma dolorida e inquieta, é bom ler algo que nos faz sentir que não somos os únicos a sentir alguma coisa estranha. Um dos meus favoritos.
vanessa 21/05/2019minha estante
"Para quem tem a alma dolorida e inquieta", opa! Então é comigo mesma? vou ler.


vanessa 21/05/2019minha estante
Pra quem tem a alma inquieta e dolorida?tô dentro!




Ramon Diego 25/01/2022

Gostei do livro e, apesar da atmosfera mórbida, dei risada algumas vezes por causa do estilo ácido e mordaz do autor. Morte, Obsessão, suicídio e melancolia. Esses são os temas desse livro do filósofo romeno Emil Cioran adepto da perspectiva pessimista e que flerta ora com o ensaio, ora com o gênero diário. Apesar de ter muitas críticas à filiação político partidária do autor, reconheço seu olhar aguçado para a crítica dos valores morais, para ideia de dignidade no auto-elogio e do trabalho como aquilo que dignifica o homem. Não recomendo esse livro, no entanto, para quem está melancólico ou em depressão, algumas passagens podem gerar determinados gatilhos pela sua morbidez e falta de esperança na vida.
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Stella.Castilhos 19/02/2023

À beira da loucura.
Devo dizer que este foi, até hoje, o livro mais impressionante que já li. Como comentei algumas vezes, é sim uma leitura densa e não recomendo para qualquer pessoa, tendo em vista que o Cioran era um filósofo extremamente pessimista e que esse livro foi escrito por ele aos 22 anos de idade como um manifesto suicida.

Não é um livro que todo mundo vai gostar e provavelmente muita gente vai achar que o cara é maluco, mas, do meu ponto de vista, como pessoa diagnosticada com transtornos mentais e como suicida, devo dizer que o cara era um gênio.

O livro é pequeno e é separado por pequenos tópicos/capítulos. Neles, ele fala sobre a tristeza, sobre a melancolia, sobre o sofrimento, sobre os prazeres, sobre sabedoria, mas, principalmente, sobre a falta de importância das coisas e a falta de sentido na vida (bem niilista - no seu sentido puramente existencial -). Acho que isso eu já esperava, tendo em vista o nome do livro e a fama do Cioran.

O que me surpreendeu, de fato, foi o olhar do autor sobre sua própria condição. Apesar de se ver ?amaldiçoado? pelo sofrimento decorrente da consciência das antinomias da existência, também não trocaria seu saber por uma vida ?comum?, sem suas loucuras, sem o risco, a paixão, a consciência e os desesperos que o levam à beira do precipício.

Me identifico muito com isso, principalmente por ter um transtorno de personalidade e perceber que essa loucura que me consome como fogo (e a consciência decorrente de uma vida na qual, desde cedo, fui jogada contra todos os limites da saúde mental e de mim mesma - o que me fez querer observar o outro e o universo) faz parte do meu eu; da substância do meu ser. E como é difícil (sobre)viver desse jeito? o Cioran sabia e eu sei. Mas, assim como ele, a morte me parece infinitas vezes mais agradável que a possibilidade de não viver isso (e do que a de viver também - deixa a gente ser pessimista!).

?Sou uma fera com um sorriso grotesco, que se contrai e se dilata até ao infinito, que morre e cresce ao mesmo tempo, exaltado entre a esperança do nada e o desespero do tudo, alimentado de fragrâncias e de veneno, queimado pelo amor e pelo ódio, aniquilado pelas luzes e pelas sombras. O meu símbolo é a morte da luz e a chama da morte.?

Lerei este livro muitas vezes ainda.
Favorito ?? cabeceira.
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Edmar.Dragonne 24/08/2020

Nos cumes do niilismo.
Obra absolutamente necessária para quem quer entender melhor o pensamento niilista e pessimista da perspectiva de um autor mais contemporânea, e diria eu, um pouco mais acessível, de mais fácil leitura, porém, não menos complexo que os clássicos.
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Gabriel 16/01/2019

"Nos cumes do desespero" foi escrito em 1933 por Emil Cioran, quando ele tinha apenas 22 anos. O tom confessional das curtas reflexões garantem ao leitor um vislumbre da alma do autor sem censuras nem barreiras. Beirando a morbidez, mas sem se importar com o significado disso, ele usa a tinta e o papel como confessionário, como se falasse apenas para si. É diferente dos outros livros que li com esse mesmo tom porque Cioran confessa-se para si próprio. Quem faz confissões para outrem, invariavelmente comete omissão ou autocensura em algum momento. Quem faz confissões para si mesmo, deixa tudo escancarado, como quem precisa disso para sobreviver. E é assim que Cioran apresenta a obra em seu prefácio: "Voilà em que estado de espírito eu concebi este livro, que foi para mim uma espécie de liberação, de explosão salutar. Se eu não o houvesse escrito, eu teria certamente colocado um termo às minhas noites...".

Às vezes eu bebo enquanto leio, por opção. Pra terminar este livro, em alguns trechos, foi por necessidade.
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Luan 24/11/2022

Meu grito
A sensação de ler esse livro foi de me embriagar com o desespero ao ponto de nunca mais querer beber na vida. Mas eu sei que ainda vou querer tomar mais um gole, pois esse vício pela agonia não é voluntário. É compulsivo. Eu quero me livrar do pessimismo, mas é esse mesmo pessimismo que me faz aproveitar muito mais os bons momentos da vida. É meu grito de alívio.
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