Shibumi

Shibumi Trevanian




Resenhas - Shibumi


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Reccanello 15/03/2022

Por difícil que seja traduzir seu conceito, "Shibumi" é uma palavra japonesa que nos remete à "percepção da simplicidade da beleza das coisas imperfeitas", a "uma espécie rara de perfeição”. Já o livro Shibumi é uma história clássica de espionagem, um thriller ambientado na década de 1970 que detalha a luta entre um conglomerado de empresas de energia que, secretamente, controla grande parte do mundo ocidental, e o assassino profissional Nicholaï Hel. Este, nascido em Xangai durante o caos do Pós-Primeira Guerra Mundial e filho de uma mãe russa aristocrática e de um pai alemão desconhecido, é um protegido de um mestre japonês de Go (jogo de tabuleiros oriental, dito como infinitamente mais complexo que o xadrez) que, sobrevivendo à destruição de Hiroshima, emerge como o amante mais astuto do mundo e seu assassino mais talentoso e bem pago. Um gênio, um místico e um mestre da linguagem e da cultura, o segredo de Hel é sua determinação em atingir um tipo raro de excelência pessoal, um estado de perfeição sem esforço conhecido apenas como "shibumi".
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Escrito com riqueza ímpar de detalhes, numa trama que envolve tecnologia, os males do consumismo irracional, o lado espiritual da natureza humana e algo de sensualidade, o livro ainda destaca aquelas facetas do ser humano que somente conhecemos quando ele é exposto a seus limites psicológico e físico. De forma bastante cáustica, o autor Trevanian detona o capitalismo americano, bem como a maioria dos países europeus e o mundo árabe (do qual trata de forma que chega a ser incomodamente caricata). Ainda assim, o livro é ágil, com passagens angustiantemente belas, com fortes pitadas de erotismo (mas nunca de forma apelativa), e nos enreda com suas reviravoltas espetaculares, prendendo nossa atenção até a última linha. Por meio da aproximação com a filosofia oriental, o livro nos mergulha em reflexões sobre nossa existência, merecendo destaque uma de suas frases: "cada hora fere, a última mata".
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Curiosidade sobre o autor: a identidade real de Trevanian, Rodney William Whitaker, sempre foi um mistério, e somente foi conhecida após sua morte (todas as suas entrevistas eram feitas por telefone).

site: https://www.instagram.com/p/CWWfC0MlOkj/
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Fabio Shiva 31/08/2010

Como se diz aqui em Salvador...
...fiquei “de cara” com esse livro!!! Se eu estivesse no Rio, diria assim: esse livro me deixou “boladão”!!!

Há tempos não lia algo que mexesse tanto comigo!

Amei e odiei! Admirei e desprezei! Aprendi com o que gostei e com o que não gostei!

Muita sincronicidade envolvida nesse inestimável presente recebido de Lua. Que surpresa e tanto descobrir esse livro que é o mais próximo do que eu mesmo estou escrevendo (mesmo não tendo nada a ver).

Fiquei intrigadíssimo com a personalidade do autor, que durante anos escondeu-se detrás do pseudônimo Trevanian. Ao terminar o livro, cheguei a elaborar um perfil do autor, segundo o que eu pensei ter captado. Depois fui pesquisar na internet e descobri que o seu verdadeiro nome foi Rodney William Whitaker (1931 – 2005). O fato do retrato que fiz mentalmente ter passado longe da biografia real do autor, fez a balança pesar mais a favor da impressão favorável. Trevanian pode ser um fingidor e fingir tão completamente...

O livro como um todo é envolvente, apaixonante e realmente possui um clima único, um “sabor” diferente e todo especial.

Minha conclusão, em resumo, é que poucas vezes será tão bem aplicado o conselho de Schopenhauer: “nunca leia um livro sem ter pensado primeiro no assunto por conta própria”. Uma cabeça fraca pode se perder nesse livro.

Justamente por ser tão sedutor, “Shibumi” é também um livro perigoso. Pois há nele verdades profundas misturadas com perversas mentiras, a tal ponto que é difícil distinguir qual é qual.

Bem parecido com a própria vida!

(13.08.10)
Léia Viana 21/11/2010minha estante
Deve ter sido uma leitura intensa!


Rê_bsb 04/10/2013minha estante
Fábio, adicionando a sua intriga com o livro e especialmente atiçando sua curiosidade, não é consenso entre os leitores que Trevanian foi mesmo Rodney Whitaker. Há teorias de que houve mais um outro autor que usou o pseudônimo e até mesmo que Trevanian está vivinho da Silva mas não tem interesse de escrever mais sob esse pseudônimo. Assim que li esse livro também pesquisei sobre quem seria ele e me cheguei a minha conclusão pessoal de que não Rodney não escreveu como Trevanian. Nem a própria editora sabia quem era ele e era comum (dizem) que outra pessoa levasse os manuscritos para a editora - no caso, Rodney. Até porque ele era defensor da independência do povo basco e poderia ser perseguido. Enfim, minha teoria, né? Quem sabe o perfil que você elaborou não está tão distante assim da realidade?

Enfim...eu amo esse livro! Está entre os meus favoritos, mesmo com as descrições detalhadas até demais em algumas cenas, vale muito a pena! E o cara é o supra-sumo da perfeição do ideal masculino.




Maxwell.Barbosa 09/02/2023

fascinante
Não sou a melhor pessoa pra esmuciar um livro como SHIBUMI, então vou me atentar ao que me prendeu desde a primeira página: Ritmo.
Ler o livro é quase como ouvir um bom amigo contando suas experiências, falando bem ou mal dos amigos que não estão na conversa. Cada personagem por mais breve que seja citado parece logo um conhecido de longa data, ou aquela pessoa misteriosa que você nunca conversou mas tem muitas teorias sobre ela.
Embora siga trajet´rorias dramáticas, o autor nunca deixa isso abalar o leitor profundamente. As coisas acontecem, você aprende com elas, ou se submete. Isso de fortma alguma tira o peso dos acontecimentos, mas é a chama que, assim como na vida, te faz querer continuar.
O leitor vai ficar extasiado se, atento ao mundo atual, perceber como alguns conceitos aparentemente complexos para os personagens, hoje nos chegam com certa facilidade e abundância, mas o autor não banaliza essas questões: vc vai sentir que não mudou nada, apnas esta mais ao alcnace de sua mão.
Bom, espero que esses gatilhos deixem você interessado. Eu li este livro em meados dos anos 90, um rpesente de minha professora de química, que cuidava da biblioteca. Eu a agradeço regularmente até hoje pro me apresentar uma leitura tão fascinante e atemporal. obrigado.
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Herbert 06/03/2012

"Shibumi" é um termo japonês intraduzível, Leminski o faz como "gosto adstringente" ou "sobriedade elegante", algo como o "bittersweet" da lingua do império. Falando em Yankees o desprezo que o autor destila sobre a cultura americana chega a ser saboroso, vc degusta o ódio requintado e não tem permissão sequer de discordar da qualidade do produto servida pelo chef...

Trevanian, eis o nome o autor, um anagrama, creio, permanece anonimo, escreve em 4 tipos diferentes de pseudonimos para tratar de temas que vã do direito até a historia da arte, o faz assim para ter liberalidade de tato e paladar, conta a lenda que é um ermitão que reside em um castelo no país Basco, tal qual Nicolai Hel,o anti heroi do livro.

É um autor frio, deve ser bem antipático pessoalmente...só tive contato com outro romance seu, "O Verão de Katya"...uma pequena masturbaçãozinha freudiana de verão se comparado ao monumento orgiastico que é Shibumi. É um dos livros que amo, por ser um abismo, vc pula no livro e em suas profundezas e sai de lá achando que sabe algo, seja sobre exploração de cavernas, putas do ceilão, do IRA, do jogo de Go, da Matrix (sim,, ela!é um dos personagens principais), da tecnocracia americana, do bom gosto aristocratico, da estupidez e grandeza da guerra, da amizade, da inocencia etc, etc e etcetera.

Nicolai Hel enfrenta sozinho o governo americano, os russos, o Setembro Negro, os carteis da OPEP e sai dessa com relativo pouco danos fisicos e orgulho intocado. Esta é a máxima sintese que consigo

Shibumi deixou marcas indeléveis na minha adolecencia e vai continuar deixando meu apetite atento e critico a cada mergulho.
May Immortal 17/07/2013minha estante
"Vc pula no livro e em suas profundezas e sai de lá achando que sabe algo"
Não poderia ter definido melhor o que senti ao final do livro.




@Agulha3al 13/01/2010

Recomendo
Um dos melhores livros de ação que já li e sem cenas de lutas(consegue imagina isso?).

Um livro que me prendeu do início ao fim. O autor despertar o interesse do leitor para jogos e hobby poucos conhecidos e crítica de forma mordaz a globalização.(apesar do livro se passa na década de 1970).
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mila antares 03/06/2014

Esse livro é incrível.

Nicholai Hel é filho de pai alemão e mãe russa, de linhagem aristocrática.

É educado na China no pós Primeira Guerra e no Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, temos um vislumbre do lado oriental dos fatos.

Torna-se capaz de enfrentar grupos terroristas de todas as facções; além da CIA e OLP, corporações de inteligência americana e palestina, respectivamente.

Em japonês, Shibumi significa a essência da beleza, uma espécie de rara perfeição, e o que acompanhamos no texto é esse herói imprevisível numa trajetória emocionante, que nos apresenta essa filosofia de vida de forma intensa e apaixonante.

É muita história, enredo impecável, e atribulações demais para uma alma humana só.
O ritmo da leitura é excelente, a vontade é de devorar as páginas sem parar nunca. Irresistível e leitura obrigatória!
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Jumpin J. Flash 20/08/2009

Muito bom!
Se o leitor não for um empedernido metido a intelectual, deverá gostar desse livro. A história é movimentada e boa, e incidentalmente trata de dois assuntos pouco comuns: a espeleologia e o jogo Go (Wei Chi em Chinês ou Baduk em Coreano). Vale a pena conhecer um pouco mais sobre eles.
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Thyara 25/06/2014

Um livro para sair do lugar comum
Vou dizer o que este livro não é: para principiantes. A não ser que você esteja cansado de ser um, não leia este livro!
Shibumi é uma grata surpresa em meio a um mundo de obviedades. Esse livro não se desenvolve conforme o curso da literatura atual. Assim, para os que estão habituados a uma leitura veloz e concisa, Shibumi será enfadonho e enrolado. A riqueza de detalhes, se não causar tais desconfortos, certamente o levará a mergulhar no ambiente criado pelo autor. Uma ruptura com a forma ocidental de ver e viver a vida se descortinará diante dos seus olhos.
Chama a atenção as dicotomias que o autor apresenta entre as culturas ocidental e oriental. Quando se trata da honra e da justiça conforme a cultura oriental, geralmente os escritores emporcalham feio o tema, tecendo dramas grotescos que não captam a profundidade de consciência e entendimento milenares. Shibumi alcança essa profundidade, especialmente por causa da personalidade do protagonista: orgulhoso demais, Nicolai Hel não permite que o autor dramatize sua história, mas a construa em cima de valores sólidos.
Nesse sentido, Shibumi põe em choque o mundo e os valores do leitor, que terá a oportunidade de, se não mudar um pouco sua própria forma de enxergar a vida, pelo menos de mudar a forma como lê.
É impossível não ser uma pessoa pelo menos um pouquinho diferente após ler esse livro. É impossível não se sentir ofendido e humilhado pelas comparações do protagonista com o nosso estilo de vida ocidental, depois odiá-lo, achando-o um arrogante imbecil, e depois amá-lo, quando enfim aceitamos nossas diferenças e aprendemos com ele.
Beth 27/06/2014minha estante
Thyara, como alguém pode comentar um livro de forma tão clara e lúcida? Fiquei maravilhada.


Thyara 08/07/2014minha estante
Obrigada Beth! Comecei um blog sobre leituras e cozinha. Se quiser conhecer e ler a resenha completa, entre em http://cozinhaelivros.wordpress.com/2014/07/08/primeiro-post-porque-escrever-sobre-comida-e-livros-e-shibumi/




San... 20/02/2009

Uma viagem
Um livro é bom quando nos leva por caminhos que fisicamente dificilmente percorreremos. Este é um deles.
newton16 05/10/2016minha estante
Perfeito o seu comentário.




Nany Pereira 11/07/2011

Shibumi
O melhor livro de todos os tempos. Não inteiramente pelo conteúdo apresentado, mas principalmente pela forma irônica que caracteriza a escrita de Trevanian. Fabuloso!
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HARRY BOSCH 06/08/2013

Shibumi
Uma obra muito bem construida,que consegue prender a atenção do leitor a cada pagina,muito rica no que diz respeito aos aspectos historicos e culturais do oriente.
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Rita Nunes 20/10/2014

Não sabia o que esperar deste livro quando comecei. Achei a história de vida de Nikolai fascinante. O livro me prendeu do início ao fim. Tudo é muito bem relatado e tudo tem um porquê, as coisas se conectam para o desfecho. Gostei e recomendo.
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mila antares 03/06/2014

Esse livro é incrível.

Nicholai Hel é filho de pai alemão e mãe russa, de linhagem aristocrática.

É educado na China no pós Primeira Guerra e no Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, temos um vislumbre do lado oriental dos fatos.

Torna-se capaz de enfrentar grupos terroristas de todas as facções; além da CIA e OLP, corporações de inteligência americana e palestina, respectivamente.

Em japonês, Shibumi significa a essência da beleza, uma espécie de rara perfeição, e o que acompanhamos no texto é esse herói imprevisível numa trajetória emocionante, enquanto nos apresenta essa filosofia de vida de forma intensa e apaixonante.

É muita história, enredo impecável, e atribulações demais para uma alma humana só.
O ritmo da leitura é excelente, a vontade é de devorar as páginas sem parar nunca. Irresistível e leitura obrigatória!
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