Resenhas - Papisa Joana

Ester 08/12/2012

Minha opiniao
O livro é um dos melhores que eu já li. Não se deixe enganar pela capa, que aparenta ter um conteúdo muito chato e apenas histórico, o que não é. O livro é muito bem escrito. Este e o tipo de livro que quando começa, não dá vontade de parar de ler e quando acaba, quer ler de novo. Conta a vida da unica mulher papa da história. Fascinante! Talvez nem tudo que esteja escrito seja verdadeiro, mas ele é sim baseado na vida dela, e ela realmente existiu. A maior parte dos fatos existentes no livro são reais. Indico para todas as idades, não e uma leitura difícil. Quem gosta de livros de historia, amará lê-lo e quem não gosta, provavelmente também achará legal, pois não relata apenas o modo como as pessoas viviam naquela determinada época e local. Relata também situações que as pessoas vivem hoje em dia, mesmo a mudança que ocorreu durante todos esses seculos que se passaram. Muito bom e recomendado.

Vivi.Montarde 09/01/2021

Um dos melhores livros que já li
Que livrão hein! Socorro! Baita livro!

História maravilhosa, surpreendente e muito bem construída. Se você gosta de romances históricos precisa ler esse livro.

Além de ser uma história incrível, é muito dinâmica, em cada capítulo tem algo importante acontecendo. Ficamos presos na história em cada linha que vamos lendo.

Importante ressaltar que não é uma biografia ou estudo histórico. É um romance. Com personagens, diálogos e enredo. No epílogo a própria autora explica a opção por escrever um romance, uma vez que é impossível determinar com absoluta certeza se Joana existiu ou não.

Mas independente da sua opinião sobre a veracidade da história, se você acreditar que Joana existiu ou que tudo não passa de lenda, leia! Não deixe de ler, se emocionar e se surpreender.

Tatá 28/12/2020

Um dos melhores desse ano.
Um livro que nos faz ver as atrocidades e a força de uma forma muito peculiar.
Joana foi simplesmente uma mulher de inteligência e garra imensuráveis, eu a amei.

Vou deixar aqui um trecho polêmico, mas que eu gostei bastante .

"? Sua ignorância, menina, fica evidente nessa pergunta. Pois o próprio são Paulo afirmou esta verdade, que as mulheres são inferiores aos homens em concepção, em lugar, e em vontade.
? Em concepção, em lugar, e em vontade? ? repetiu Joana.
? Sim ? Odo falou muito pausadamente, como se estivesse se dirigindo a um imbecil. ? Em concepção porque Adão foi criado primeiro e Eva depois; em lugar porque Eva foi criada para servir Adão como companheira;
em vontade porque Eva não pôde resistir à tentação do diabo e comeu a maçã.
Ao longo das mesas, cabeças assentiram. A expressão do bispo era de seriedade. Do lado dele, o cavaleiro ruivo não demonstrava o que estava pensando.
Odo sorriu afetadamente. Joana sentiu uma profunda antipatia por aquele homem de cara delgada. Por um instante ficou silenciosa, puxando o seu nariz.
? Por que a mulher seria inferior em concepção? ? ela perguntou por fim. ? Pois embora tenha sido criada depois, ela foi feita da costela de Adão,
ao passo que Adão foi feito de mero barro.
Houve diversos risinhos apreciativos nas mesas da parte de trás do salão.
? Em lugar ? as palavras iam saindo na velocidade do pensamento de Joana ? a mulher deveria preceder o homem, porque Eva foi criada dentro do Paraíso, e Adão fora dele.
Houve outro zunzum da audiência. O sorriso na cara de Odo murchou.
Joana prosseguiu, interessada demais na sua linha de argumentação para levar em conta o que estava fazendo.
? Quanto a vontade, a mulher deveria ser considerada superior ao homem ? aquilo era muito ousado, mas não havia como voltar atrás agora ?, pois Eva comeu da maçã por amor à cultura e ao conhecimento, enquanto Adão comeu simplesmente porque ela pediu que ele comesse."

Isabella.Wenderros 10/06/2022

“Onde quer que vejais uma lenda, podeis ter certeza, se a investigardes a fundo, que encontrareis uma história”.
Quando o Papa João VIII caiu de seu cavalo durante uma procissão em 855, a população ficou preocupada que o santo homem tivesse sido acometido por alguma doença e o alvoroço foi instantâneo. Porém, o caos foi realmente instaurado quando um recém-nascido surgiu por baixo das roupas cerimoniais e foi revelado que o papa era, na verdade, uma papisa.

Joana nasceu em Ingelheim em 814, filha de um inglês e uma mulher franca convertida à força ao cristianismo. Desde muito jovem, sua sede por conhecimento era imensa. Apesar dos castigos físicos impostos pelo pai, ela contou, primeiro, com a bondade de seu irmão para se alfabetizar e se desenvolver; quando isso não foi mais possível, por sorte – ou Providência Divina? – seus caminhos se cruzaram com um sábio homem que enxergou seu potencial e decidiu que iria incentivar aquela mente vivaz e curiosa. Aliás, o poder de raciocínio e de debate dessa personagem foi uma das coisas mais prazerosas de acompanhar durante a leitura. Joana desistiu de muitas coisas e experimentou muitas dores em uma época em que a sabedoria era um luxo para poucas pessoas – e todas elas do sexo masculino. Depois de uma tragédia, ela enxerga a possibilidade de criar uma vida nova para si ao abrir mão de sua identidade e adotar outro nome: é assim que nasce João Ânglico. Conforme sua inteligência é reconhecida, seus passos levam até Roma e é lá que aquela jovem sonhadora alcança a maior das glórias.

Joana vive uma luta interna constante: vestida como homem, mas sentindo e desejando como mulher; vivendo como um sacerdote cristão, mas duvidando dos desígnios, até mesmo da existência de Deus; racional, mas muito passional. Sua vontade de aprender, sua boa-vontade e seu tratamento justo para com o próximo são características reconhecidas por todos ao seu redor – mas, enquanto mulher, menosprezada; como homem, admirado.

Com uma escrita rica em detalhes, usando alguns personagens históricos, a autora recriou e me transportou para uma época na qual eu, com toda certeza, não gostaria de estar. Foi só na minha terceira tentativa que consegui finalizar o livro, não por ele ser ruim, mas por ser penoso ler sobre o tratamento dado às mulheres naquele período. Era algo que ultrapassava o machismo – misógino talvez seja uma palavra melhor. Apesar de ser um romance ficcional, no epílogo Donna deixa claro que acredita na existência de Joana e de seu “reinado” – que teria começado por volta de 853 e terminado em 855. Explicando detalhadamente todos os meios e motivos pelos quais Joana teria sido apagada, ela conseguiu me deixou uma pergunta no ar: será mesmo? Apesar de tudo que é tomado como certo, será possível que uma mulher tenha conseguido realmente ocupar o trono de São Pedro?

Como vários “E se...?’ da história humana, talvez isso nunca seja respondido. Particularmente, acredito que toda lenda tenha um pouco de verdade – aquele velho ditado de que onde há fumaça, há fogo. Se a Papisa Joana realmente existiu, eu não sei, mas confesso que teria sido uma coisa incrível ver uma mulher ocupando um lugar tão simbolicamente masculino. Seu fim também foi perfeitamente emblemático: uma mulher no momento da sua feminilidade mais visceral, atuando numa posição sempre tomada por homens.

Um mergulho em outro século, cheio de intrigas políticas e entremeado por um romance proibido. Recomendo!

Dai Michaelsen 25/05/2013

Encantador
Sou suspeita para falar deste livro, pois para mim ele é simplesmente fantástico. Tomei conhecimento dele através do filme homônimo, gostei tanto que logo imaginei que deveria de haver o livro.
Para começar a capa já encanta, é linda!
A estória então... é controversa, claro. Católicos ortodoxos provavelmente não irão gostar.
O livro é baseado em documentos reais. A autora apenas preencheu as lacunas com a sua imaginação.
Feminista, como sou, não pude sentir nada além de amor por esta obra.
Joana talvez não seja tão diferente das mulheres de sua época, os desejos dela talvez não eram tão raros... Raro foi a sua coragem.
A vontade de aprender de Joana falou mais alto que o desejo padrão de constituir família. E o seu caráter e sua extraordinária inteligência a levaram a ser a suposta Papisa.
Enfim, recomendo sem hesitar!

Flávio 07/05/2023

Intenso e triste, mas um ótimo livro.
Uma história maravilhosa, fatos baseados na realidade antiga, mas que de alguma forma perdura na atualidade. Um livro Intenso, triste e forte, mas com uma leitura fácil. A vontade é não parar de ler de tão bom que é. Vale muito.

kety 29/08/2022

esse livro é absolutamente perfeito!!!!
me fez sentir um milhão de emoções, a Joana é extremamente forte, e uma mulher admirável, fiquei intrigada ao saber que ninguém sabe se ela realmente existiu, ou é só uma lenda...
uma pessoa completamente a frente do seu tempo, com uma personalidade surreal, eu amei demais ler esse livro, ele é grande mas vale muiiiiito a pena. e o final me surpreendeu também, achei que iria acabar de outro jeito, mas gostei, de qualquer forma, ela fez história e com certeza se tornou inesquecível

Rique Viola 18/08/2022

Um achado
Me lembro bem que descobri este livro de forma totalmente despretensiosa e aleatória em uma espécie de biblioteca virtual. Acreditem, eu realmente não estava procurando por ele, mas ele foi um verdadeiro achado! De início me deparei com o título e achei um tanto curioso. Papisa? Como assim? Mas ao mesmo tempo me despertou o interesse para descobrir se era um mito ou se Joana realmente existiu.

Sem mais delongas, Papisa Joana é um romance que se passa no século IX, época com costumes muito retrógrados, onde somente os homens tinham direito ao estudo, ao trabalho e ao crescimento pessoal e social como um todo. Joana nasce justamente nesta realidade e, devido à sua inteligência e rápido aprendizado, logo consegue desenvolver muito mais habilidades (como leitura e escrita) que seus irmãos, o que seu pai não consegue tolerar, chegando ao ponto inclusive de chamá-la de "filha do diabo". É neste cenário triste de recriminação que a história se desenrola, até que Joana consegue finalmente abrir suas asas e escapar, tendo que se vestir como um jovem e se juntar a um mosteiro.

A partir daí, devido ao seu altíssimo conhecimento e raciocínio rápido, Joana consegue grande destaque e ganha cada vez mais reconhecimento na sociedade, chegando inclusive a se tornar a médica pessoal do Papa da época, até que ela mesma consegue alcançar este título (ainda que por pouco tempo).

Então é neste clima de reviravoltas que a história vai cada vez mais prendendo o leitor na intenção de descobrir o desenrolar da vida de Joana (disfarçada de Joan). E aqui fica um conselho: não se deixe levar pela capa que aparenta trazer um conteúdo técnico e histórico, pois garanto que irá se surpreender na fluidez da leitura nestas 496 páginas.

Definitivamente um dos favoritos da vida!

Kelly362 14/11/2023

Livro otimo de se ler, recomendo ele apenas para pessoas que gosta de uma leitura dificil, pois ele é bem dificil de entender por sua escrita antiga, mas de pensar que talvez a historia de Joana pode ser real e que pessoas cristãs a escondem para n admitirem que houve uma mulher acima de todos e mais inteligente.
Sinceramente livro perfeito

Laynara.Coutinho 28/06/2020

Simplesmente incrível!!!
Um dos melhores livro que já li, a história te prende de uma maneira que não se consegue parar de ler. Aparenta ser chato pela capa, mas o livro te faz viajar no século IX. Carrega um bom romance junto com contexto histórico.

Akemi.Matsune 16/03/2021

Maravilhoso!
Um dos meus preferidos sobre mulheres fortes e f*das! Adoraria que fosse baseada em fatos reais, que ela tenha realmente existido, expõe o quanto a sociedade e a igreja católica é machista. Recomendo muito!

Rafael 17/06/2022

Mito ou verdade?
Me sinto uma fraude por ter lido esse livro há 5 anos atrás e nunca ter comentado sobre ele aqui, desde então devo ter lido ele umas 5 vezes porque me coloco a meta de lê-lo todos os anos na época do natal, não sei porque...
É um dos melhores livros que li na vida, se não o melhor, se trata da história de Joana, que de alguma forma chega a se tornar papa ou papisa, a única mulher da história a alcançar tal feito, só que ninguém sabe disso pois ela se disfarça de 'homem' o tempo todo para que toda a sociedade romana não perceba...
Esse não é nem de longe o melhor fato dessa história, a escrita impecável da autora nos deixa imersos nessa história medieval em que as mulheres eram tratadas como o abaixo do nada, remete a era em que as bruxas eram queimadas em praça pública como forma de lição e é daí a ladeira abaixo...
Leitura obrigatória a todos!

Thaisliz 09/03/2020

História magnífica de resistência feminina
A história da papisa Joana, é uma história de sobrevivência e demonstração da força feminina em épocas tão sombrias, em que a mulher era vista como um ser inferior e indigno de receber os mistérios do conhecimento. Joana que desde cedo demonstrava grande sede pelo aprendizado, precisou passar por várias provações para conseguir seguir firme em seus estudos. Em certa fase da vida, para conseguir ser aceita na sociedade intelectual que era exclusivamente reservada para os homens, Joana precisou assumir um disfarce masculino (João Ânglico) para conseguir dar prosseguimento na sua jornada em busca de conhecimento. Uma série de acontecimentos na vida de Joana, faz com que seja eleita para assumir o papado, sendo proclamada papa João, por ser "um homem" possuidor de uma grande sabedoria, considerada rara até entre os estudiosos da época.
Existem várias contradições em relação à autenticidade dos fatos referentes a vida da papisa Joana na história do papado. A igreja católica nega sua existência. Entretanto, incoerências históricas e vários relatos antigos confirmam a veracidade de sua vida e de suas grandes conquistas.