Iaiá Garcia

Iaiá Garcia Machado de Assis




Resenhas - Iaiá Garcia


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Wagner 26/01/2019

DORES E CÓLERAS

(...) Há dores secas, como há cóleras mudas (...)

in: ASSIS, Machado de . Iaiá Garcia. São Paulo: Ática, 1977. pg 149.
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Daniel.Oliveira 09/07/2019

Edição sensacional!O livro possui um enredo simples e leve (assimila-se às vezes com obras de José de Alencar e Visconde de Taunay)
Mais uma obra da fase romântica machadiana,Lina(iaia)Garcia tem os sentimentos como foco,os personagens do romance são guiados pelos sentimentos.Gostei do enredo,e os personagens são bem explicados e a linguagem é didática,com notas para expressões difíceis,o livro tem algumas ilustrações que ajudam no entendimento e mantem parte do texto original,para quem faz faculdade ou vestibular isso ajuda muito,enfim,a edição é sensacional.Final não me surpreendeu,em todos os livros de Machado que li até agora,todos seguem o mesmo molde.
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Maitê 03/11/2019

Acho que o mais me marca nesse livro é essa heroína que prova do próprio veneno.
De uma forma brilhante passa de menina, a adolescente boba e mulher com um desejo de vingança, mas que no fim é tomada por isso de uma forma que nos envolve sem nunca deixar de acompanhar esse desenvolvimento.
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Leonel Cupertino 15/03/2013

Nível inferior
Eu já li algumas obras do Machado de Assis e com toda a certeza Iaiá Garcia foi a que menos me chamou atenção. A descrição é, como toda obra machadiana, brilhante, mas a história é arrastada demais e os acontecimentos que te prenderiam a tal narrativa acontecem em espaçamentos muito grandes de "encheção de linguiça" o que torna a história massante - e até massacrante fazendo com que a obra seja um pouco mais pobre - não em vocábulos, mas em acontecimentos - que algumas outras do autor.
É compreensível porque Iaiá Garcia marca a transição de Machado de Assis. Ele haveria de definir de fato o realismo após essa obra, deixando-o explícito em seus romances futuros.
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Lucas 05/01/2020

Fecham-se as páginas do romantismo: O último trabalho machadiano antes do realismo
Ler qualquer trabalho de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) traz, no leitor mais assíduo, as características inequívocas que tornam o "Bruxo do Cosme Velho" como o principal nome da história da literatura brasileira. Mais que um autor, ele é um símbolo de criatividade e dinamismo, tamanha a sua habilidade em escrever nos diversos estilos (romantismo e posteriormente realismo), como também na sua imensa produção literária (dez romances, mais de duas centenas de contos e várias peças de teatro e poemas).

Além dessa importância histórica, ter um trabalho de Machado de Assis em mãos quase obriga o leitor a situar dentro da carreira do autor a que movimento ele se refere. Isso porque Machado iniciou sua trajetória ainda dentro do movimento romântico da segunda metade do século XIX e, sutilmente, partiu para o realismo e esta transposição o fez responsável pela implantação no Brasil da literatura realista, seguindo um movimento europeu que já vinha desde a década de 1850. Detalhes biográficos do escritor definem-no como um homem muito ligado a aparências sociais, mas que não se preocupava com rótulos acadêmicos (ele nunca frequentou uma universidade), não tendo assim "amarras" próprias que, inevitavelmente, iam traçando o caminho que os grandes escritores daquele tempo acabavam percorrendo. Talvez por isso a mudança de estilo em Machado tenha sido tão simultaneamente abrupta e natural.

Da carreira de dez romances, os quatro primeiros são os ditos românticos de Machado de Assis, aqueles ainda dentro do movimento predominante da época. O último desses trabalhos é Iaiá Garcia, lançado em folhetim no jornal diário O Cruzeiro, nos primeiros três meses de 1878 e posteriormente publicado em volume único, ainda no mesmo ano.

Iaiá Garcia se passa entre 1866 e 1871 (aproximadamente) e narra a história de todo um círculo social que gira em torno da personagem que dá título ao romance. Inicialmente uma menina de onze anos, apenas aos poucos Iaiá vai assumindo os ares de protagonista que o título sugere e este aspecto corresponde a um traço criativo de Machado de Assis, assim como é visto em Helena (1876). Este círculo social mencionado parte da figura de Jorge, rico e abastado jovem pertencente à sociedade carioca mais rica e sua mãe, Valéria. Órfão de pai, Jorge acaba gerando em sua mãe preocupações naturais para que se arranjasse um casamento que estivesse a sua altura (algo também recorrente em Machado de Assis, a sua crítica sutil aos arranjos matrimoniais, que eram muito comuns na época).

Valéria era uma mulher materialista, de fato, mas não assume ares de vilania por agir de forma protetora ao seu único filho. Em tese, ela se ressente por Jorge não possuir a figura paterna, sempre essencial ao mancebo que se via diante da introdução mais decisiva na sociedade adulta. Por isso, a obra começa com Valéria pedindo conselhos ao viúvo Luís Garcia, pai de Iaiá, de classe média, mas um protegido do falecido pai de Jorge e que cuja opinião era sempre levada em conta. O drama de Valéria tem a ver com uma paixão não resolvida de Jorge com uma moça de um estrato social "inferior".

Este drama particular lança luz a dois outros personagens do livro: o primeiro é Estela, uma moça protegida de Valéria, criada pela mãe de Jorge e que passou boa parte da sua vida até então vivendo com eles. Estela, também órfã de mãe assim como Iaiá (chama a atenção a questão da viuvez no romance) era filha do Sr. Antunes, que também possuía relações com o marido de Valéria, mas que era nitidamente pertencente a uma classe social mais baixa. O segundo personagem mencionado, esse não fictício, é a Guerra do Paraguai (1864-1870), vencida pela Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai. Detalhes bélicos ou mais específicos com relação ao conflito (que dizimou o Paraguai) não são mencionados pela narrativa, mas a guerra assume um papel de destaque no primeiro terço da obra e provoca algumas reviravoltas até surpreendentes nos destinos dos personagens citados.

Tem-se assim um círculo amoroso de difícil solução, marcado por um ceticismo narrativo que não condiz muito com o romantismo em voga na época. Aliás, este é o estilo romântico de Machado de Assis: suas histórias nessa primeira fase da sua carreira não são marcadas por sentimentos como devoção cega, pureza total ou excessivos floreios e cavalheirismos. De fato, declarações de amor poéticas e sentimentais são sim enfocadas na narrativa, mas de uma forma bem pontual; o traço maior do narrador (que assim como em Helena é onisciente e não participa da história) é contar ao leitor um romance mais objetivo e direto. A pouca frequência de diálogos e as concisas descrições dos sentimentos de determinados personagens por meio de argumentações do narrador são traços mais claros desse mecanismo narrativo que, se não emocionam o (a) leitor (a) mais romântico (a), são incapazes de afetar nem mesmo minimamente a qualidade do que está sendo narrado.

Jorge, o protagonista masculino do livro, condensa para si esse papel de objetividade dentro do romance, sendo um cavalheiro que não parece ser capaz de exceder os limites da razão em nome do amor, mas que tem a sensibilidade necessária para compreender a importância desse sentimento. Colocando-o dentro da já citada fase de transição que marcou a obra dentro da carreira de Machado de Assis (seu livro seguinte, Memórias Póstumas de Brás Cubas lançado em 1881 implantou o realismo no Brasil), ele também toma para si a maioria dos nuances realistas que tão bem marcaram esse movimento, como a ironia e a descrença, que em Jorge aparece em momentos pontuais. Por estes motivos, a figura de Jorge é literariamente importante, não apenas para o romance, como também para tudo o que se viu depois nos escritos de Machado de Assis.

Iaiá Garcia é o derradeiro e o mais representativo dos trabalhos da fase romântica de Machado de Assis. De leitura breve, leve e bem instigante, o autor se despedia da fase romântica com traços cirúrgicos do realismo que tão bem o marcou nos anos e trabalhos seguintes. E essa despedida merece ser lida, seja para que se compreenda esse movimento de mudança de estilo dentro da oralidade de Machado, seja para que se mergulhe num romance longe de emocionar, mas com uma sagacidade sentimental significativa sem ser exagerada.
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Regina 28/02/2020

Machado de Assis ainda não se encontrava no realismo quando escreveu este livro, mas sim no fim de sua fase romântica e narra uma história singela de casamentos arranjados, amores proibidos e até mesmo jogos interesse, retratando a diferença social entre as classes, a moral e o orgulho de determinados personagens
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Biblioteca da Pry 01/03/2020

Como não amar, Machado?
A melhor leitura para mim é aquela que fecho o livro e fico me perguntando como alguém consegue fazer nascer tais sentimentos eu mim apenas com simples palavras. Amo Machado de Assis, a sua forma de descrever os acontecimentos para mim é inigualável.
Nesse livro ele transforma uma simples história em algo avassalador, divertido e dramático. Seus personagens despertam em nós todos os sentimentos em poucas páginas e com riqueza de detalhes.
Para quem nunca leio um clássico desse autor, recomendo começar por Iaiá Garcia!
Comecei bem minha meta de leitura 2020!
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Wesley 21/02/2012

O inicio é bem massante, como todos os romances mais romantescos pra mim. Com o passar do livro eu fiquei esperando uma reviravolta tipica machadiana que não ocorreu, do meio em diante a narrativa vai ficando detalhista ao melhor estilo Machado de ser, os personagens antes apenas peças de um romance comum vão ganhando profundidade e se torna uma leitura altamente agradável, Não tem grandes momentos mas tem ótimos diálogos e reflexões tipicas do autor. Serviu para que eu confirmasse o apresso do autor pelo livro Macbeth de Shakespeare (é o segundo livro de machado que vejo uma citação a esse outro). Obrigatório pra quem gosta de literatura.
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Vinicius De Miranda 20/04/2020

Nova perspectiva literaria
O romance "IaIá Garcia" de Machado de Assis se passa por volta de 1886, a historia roda em torno do personagem principal chamado Jorge, o livro conta sobre duas paixões de Jorge, inicialmente Estela e posteriormente IaIá Garcia, e um pouco da vida delas. A pesar de não ser o melhor romance de Machado de Assis, a mim foi de suma importância para uma grande transição literária, e uma bela apresentação a escrita e descrição de Machado, além de me situar a época e costumes, também me ajudou muito a desenvolver melhor minha coesão sobre certas palavras e expressões que ainda não eram de meu conhecimento. Uma leitura um pouco cansativa ao meu ver, provavelmente não estar acostumado a ler estes clássicos, mas com bastante calma entendi bem e soube apreciar esta linda historia que deve ser perpetuada.
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Tamires 25/04/2020

Um livro bom mas durante a leitura chegou numa parte onde eu já conseguia prever tudo o que ia acontecer.
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Bia 29/04/2020

"É duro de ouvir, minha filha, mas não há nada eterno neste mundo; nada, nada. As mais profundas paixões morrem com o tempo."
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Padfoots 12/05/2020

Experiência sem igual
Foi amor à primeira vista. ‘Iaiá Garcia’, o último livro do período romântico de Machado de Assis, me conquistou logo em suas primeiras páginas. Não houve meio termo, não houve demora. Bastou-me conhecer Jorge, Iaiá e Estela e lá estava eu, já rendida à magistral experiência que só os livros de Machado são capazes de proporcionar.
Todos os personagens principais me cativaram. O amor e dedicação de Iaiá a seu pai, e vice-versa, foi um dos destaques para mim, mas acredito que o que mais me chamou a atenção foi a evolução e amadurecimento de Jorge no decorrer do livro. Foi muito interessante ver como a imaturidade demonstrada diante da primeira rejeição amorosa foi aos poucos se modificando e, ao fim do livro, Jorge já se mostra homem feito, responsável e preparado para viver um amor de verdade com Iaiá.
Este livro, para mim, foi uma experiência sem igual e acabou se tornando o meu favorito do autor, por enquanto. Definitivamente ganhou um lugar na listinha dos favoritos da vida.
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