VII Demônios

VII Demônios Alliah
Richard Diegues




Resenhas - VII Demônios


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Carol Mancini 09/11/2012

O veneno da sanidade. A doença antiga.
Rafael Montes: “As Irmãs, Valia, Velma e Vonda”
Donde brota a inveja? Ela deseja aquele que tem, ou aquilo que pertence ao outro. Até onde vai o querer ser outro? Rafael Montes, trás no seu conto, que abre a antologia, personagens que se descobrem a medida que também nos são reveladas e os sentimentos crescem, seguindo por um caminho confuso, difícil de entender, assim como o tal sentimento obscuro. E chega então a crueldade para fazer valer o sofrimento. Aqui, essas três irmãs tem para si um final inacreditável, escritas por linhas tortas, mentirosas e maculadas com sangue.

Richard Diegues: “O Ferro é Palha, o Bronze Pau Podre”
Aqui, o autor nos brinda outra vez com seu, já costumeiro, texto peculiarmente bem escrito e lapidado. Pensado em cada detalhe, de falas certeiras que envolvem e aprisionam. Uma história que na verdade é uma passagem. Uma fantasia junto à distopia. Uma criatura demoníaca junto a alguém que muito deseja e nada tem a perder.

Fabiane Guimarães: “Duas Vezes Ana”
Pode seu outro, igual a ti, invejar o que é? Nesta história a confusão entre real e imaginário, entre as nuances de uma mente perturbada ou uma criatura espectral e soturna conduzem a história. É fácil se apiedar do mal e daquele que sofre. É impossível distinguir. Mas a inveja destruidora está lá, matando e mentindo como o torto reflexo de uma mente turva no espelho.

Valentina Silva Ferreira: “Chora, Mia, Chora”
Neste conto a autora não poupa sangue e crueldade para os atos de sua personagem. O cotidiano da loucura que é matar pela inveja, assemelha-se a cozinhar. Para sua personagem principal não há limites, nem lugar certo onde chegar, há apenas o caminhar, o fazer, o ato continuo, quase ininterrupto de se vingar, de se fazer valer, de velar sua indignação, seu vazio, seus sentimentos angulares e cruéis. Uma vontade que nunca será saciada, mas que precisa de alimento constante em seguidas noites de rios de sangue e pó de putrefação.

Davi M. Gonzales: “Pablo, Meu Querido Irmão”
Esta história começa de uma forma totalmente diferente, assemelhando-se a um relato de um estudioso sobre certo poder místico. E depois, vai para o ceio de uma família, onde dois irmãos enfrentam um mal do qual parece não haver escapatória, provindo de uma inércia constate e fatídica que acomete um deles. Muito é feito, muito mais ainda é ignorado. E a vida segue. Quando menos se espera a revelação é feita. Cruel, fria, aniquilando as esperanças, e aqui, a inveja vence em uma sinfonia teatral.

Lemos Milani: “Inumana”
Se a inveja é um sentimento humano, demoníaco ou animalesco, ela poderia ser também provinda de um ser inanimado? Mas caso isso fosse possível, não passaria esse que a tem, a ser tão humano quanto aqueles que lhes despertam tal sentimento? Passado tal estranhamento, o que temos é o terror, aquele mais antigo, aquele mais ardiloso, que é não se saber ter um inimigo que lhe espreita e que, não podendo ter aquilo que deseja, se vinga. A história de uma família é vista aqui sobre outro ponto de vista, uma espectador comum a todos, mas silencioso e que trás arrepios em uma trama que se encerra de um modo cruel e forte.

Evandro Guerra: “O Círculo do Demônio”
Mais um laço familiar se quebra. Apesar de algumas criaturas aparecem e sumirem do texto sem que se entenda bem o porquê, (afinal podiam ser simples guerreiros inimigos), mas esse estranhamento passa logo no começo, e o que de fato importa tem início. Um toma o lugar do outro, mas não como se imagina, não por ser cruel. Tudo então é o contrário. Aquele que perde, perde não pelo desejo do outro, e sim por suas próprias falhas, por seu próprio egoísmo ou talvez, orgulho. E então, a inveja nasce para aquele que perdeu. As vozes sopram em sua mente. Nada é exatamente o que parece ser nesta história muito bela e tocante.

Eriwelton Alves: “Desejo de Pecar”
Criaturas. Um conto de terror, muito bem arquitetado e de arrepiar, onde se ganha o que se deseja, a um preço incrivelmente alto. A inveja aqui, porém, ao menos no personagem principal é motivada pela vontade de vingar-se. Um diferencial dos outros contos onde a inveja é que faz nascer a aniquilação daquilo ou daquele que se deseja. Em “Desejo de Pecar” o que há, é um ser bom que, embebido pela dor e pela perda, quer ter a mais impiedosa e vil capacidade, e por isso se vende e tem sua paga. Um conto que me agradou demais. De causar calafrios.

Leona Volpe: “O Lago”
Um conto atemporal como os contos de fadas, perdido na própria imaginação como uma fábula. Aqui, as atitudes daqueles que são diferentes no mesmo tanto que se parecem conduzem uma trama que mais parece uma história soprada pelo vento. Um conto muito belo e triste, onde a inveja não quer que se concretize e se tenha o objeto de desejo, e sim, apenas e puramente fazer com que deixe de existir. O conto que mais me fez refletir.

Maurício Pessoa Pecin: “O Veneno da Alma”
Uma personagem feminina em busca da tão sonhada perfeição física vai ao extremo para consegui-la. Uma trama cruel e um caminho truculento e cheio de sangue marca essa jornada, de um modo que parece nunca findar, revelando ainda alguns segredos. Magia e a força demoníaca se manifestam por um final sem nenhum “final feliz”. Um conto onde só existe um vencedor, a própria inveja e sua manifestação. Um conto onde autopiedade, determinação e poder se unem drasticamente.

Alliah: “Fogo Negro”
O simples momento de se degustar um chá se transforma no incrédulo. Um lugar pacato que esconde o mal onde e naquele que menos se espera. Uma história ornamentada que se passa em um único e derradeiro instante, sugando energia e derramando passado. Personagens profundos, únicos, inimagináveis com medos antigos e sentimentos confusos. Um drama tocante.

George Amaral: “Momentos Engarrafados”
George Amaral nos leva a um ambiente comum, até mesmo pobre, cotidiano, poluidamente metropolitano em um prédio no centro da cidade, onde, o personagem principal se vê entre seu casamento que desaba por falta de carinho (mesmo que seus amigos o invejem) e um mistério nublado e vaporoso e úmido que os envolve. Aqui, a inveja é tanto um sentimento de foco, de único objeto de desejo, como por outro lado, um sentimento magnânimo, incontrolável como a cleptomania, que não tem destino ou querer próprio, ela apenas se manifesta, ganha força, agarra-se com tentáculos a tudo que vê e não pode ter. Um sentimento, não suicida, mas indomável, que prende em sua teia, todos, através de criaturas misteriosas que se confundem com lembranças de sonhos ou memórias apagadas. Um conto de cair o queixo. Inebriante e que segura-nos às palavras do começo ao fim. Este é, sem dúvida, meu conto favorito desta antologia.

Sheilla Liz: “O Fruto de Abarondê”
Tendo como cenário uma tribo indígena, a mais remota das remotas, e colonos europeus, uma índia confessa seus atos, distribui sua culpa e sentencia seus sentimentos. Aqui, a busca pelo que é do outro, leva a personagem ao mais cruel ato que pela magia cria o seu desejo. A sentença é dada, mas o pesar recai sobre todos em um conto de ótima ambientação, repleto de dor, paixão e culpa.

Ghad Arddhu: “O Obsessor no Caminho de Ígneo de Bodisatva”
Uma escrita rebuscada, onírica, e cheia de artefatos cria esse novo mundo de energias, novos limites, luzes e sentimentos. Uma batalha tremenda, a epifania do herói e o caos. Elementos de um conto complexo, parte de um todo corrompido também pela inveja. O início de uma saga que tem como foco, aparentemente, mostrar o bem.

Como conteúdo, este primeiro volume da série de sete livros intitulada “VII Demônios” trás uma coleção de contos de estruturas e escritas muito diferentes entre si, caminhando por estradas iguais ou paralelas desse sentimento. Uns, abusando de novas ou improváveis ambientações, outros trazendo diferentes inimigos fantásticos, alguns falando principalmente do humano, do frágil, e outros ainda, personificando o próprio Leviathan a seu modo.
A leitura tem um grande peso reflexivo e alguns cantos inóspitos a serem desbravados – assim como Ana, do conto de Fabiane Guimarães, posso pensar diante a leitura "até onde me espelho?" – e então, mas apenas talvez, seja está massa carnal e instintiva a inveja: os cantos obscuros de nossa humanidade. Afinal, quem nunca a teve dentro de si, por mais remotamente que tenha sido, este pecado? E será que somo capazes de confessá-la, como a índia de Sheilla Liz, nos tornando nus perante a nossa imperfeição? O fato é que, muito provavelmente, a maioria de nós se contenha com tentar anular este sentimento, ou buscar sacia-lo de modo não tão sanguinário e cruel. Mas e nosso pensamento... nossos sonhos, até onde vão? Assim, esses contos escritos no passado, no presente, no futuro ou em qualquer tempo não nomeado, são esses deságues do que é muito mais humano do que se possa imaginar, se, por ventura, nos apropriamos em elucubrações do que seria capaz o demônio Leviathan ter criado.

Já na parte física do livro, uma capa linda e forte, cheia de detalhes e densa e confusa abre essa coleção, com a primorosa diagramação da Ed. Estronho em um estilo que está tanto no velho, no delicado, quanto para o morto e o antigo. O detalhes são inúmeros e estão em cada pequeno espaço da diagramação cuidada e adornada.

No todo, através dessa seleção de textos, este livro é um amarelado (metafórico) de páginas que nos levam àquilo que nos é muito intimo e antigo, afinal, não foi o primeiro anjo que invejou o criador?


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Leitora Viciada 26/07/2012

Li primeiramente o livro Gula, Belzebu, desta mesma série e somente depois percebi que o volume um é o Inveja, Leviathan. Acho que fui gulosa e não percebi este detalhe. De qualquer forma, a série, que será constituída por sete volumes no total, cada um voltado à um pecado capital e seu respectivo demônio, não necessita ser lida em ordem alguma; cada livro de contos é independente e o leitor pode escolher qual lerá, na ordem que preferir. Então não pequei.
Aconselho: se gostar de Gula ou Inveja, leia o outro, pois ambos possuem o mesmo estilo e qualidade, tanto na parte gráfica quanto literária e formarão uma bela coleção juntamente com os cinco próximos se a Estronho mantiver o mesmo trabalho.
Como expliquei na resenha de Gula, Belzebu, não tinha gostado muito das capas pelas imagens vistas pela internet, porém com os livros em mãos, as adorei. Muitos detalhes que tudo tem a ver com o tema, imagens medievais.

A única diferença entre Gula e Inveja é que Inveja possui algumas páginas a mais. A própria introdução sobre Leviathan ocupa duas páginas, enquanto a de Belzebu apenas uma. Inveja possui um conto a mais. Alguns autores possuem contos em ambos os livros: Valentina Silva Ferreira, Lemos Milani, Raphael Montes, Fabiane Guimarães e Ghad Arddhu. As diferenças são bem leves, os dois volumes seguem um padrão.

Antes de cada conto, as informações sobre o autor(a) estão presentes, exceto no terceiro conto, onde consta apenas o nome da autora, porque ela não enviou sua biografia, a editora me informou sobre isso.
O livro está excelente na revisão e diagramação. Adoro os detalhes enfeitando as páginas e as figuras de ares medievais.

O primeiro conto é um dos melhores. Na verdade gostei mais do início do livro que do final. O título é As Irmãs Valia, Velma e Vanda e foi escrito por Raphael Montes. Uma leitura inesperada que prende a atenção a cada linha e transforma o amor em inveja. A admiração pelas irmãs perde para o ego. Qual delas será a pecadora? Surpreendente.
Uma villa fria, que me parece ser a mesma presente no conto Banquete em Gula, Belzebu, escrito pelo mesmo autor.

Além de excelentemente bem escrito, narrado em primeira pessoa e mergulhando o leitor em odores, texturas e sensações, o conto O Ferro é a Palha, o Bronze Pau Podre é uma surpresa. Não esperava encontrar uma história tão criativa e diferente dentro da temática inveja/Leviathan.
Richard Diegues me fez lembrar de algumas histórias em quadrinhos adultas, principalmente Hellblazer (com John Constantine).

Mesmo desconfiando do segredo e do desfecho da história, o texto não deixa de ser sensacional.
Embora não tenha gostado muito do conto de Fabiane Guimarães em Gula, Belzebu, eu adorei este em Inveja, Leviathan por completo! Duas Vezes Ana é excelente, inquietante, maduro e de texto fluido.

Mais um conto da Valentina Silva Ferreira que combina o charmoso português de Portugal, à genialidade de seu uso e almas e mentes sofridas de personagens que são levados à hediondos crimes. Em Chora, Mia, Chora, assim como em seu livro Distúrbio ou outros contos que li da autora, senti diversas reações físicas e emocionais durante a leitura.
Desta vez, por mais que a protagonista seja uma serial-killer motivada pela inveja, existe outro sentimento sinistro por detrás de seus atos. Embora isto nunca sirva como justificativa, por um momento me provocou pena dela. Senti pena e ódio ao mesmo tempo. Realista e provocante. Uma crítica aos padrões de beleza impostos pela sociedade, mídia, cultura.

Em Pablo, meu Querido Irmão, a narrativa é ágil misturando o misticismo oculto africano à história de uma família próspera de cinco irmãos. Uma família estrangeira trabalha na propriedade dessa família protagonista e fatos negativos começam a ocorrer com um dos irmãos.
Interessante a história ser contada de forma perfeita e pelo irmão corretamente escolhido por Davi M. Gonzales. Maldição e muito mistério que realmente só é desvendado na última linha.

Certamente um dos contos mais originais e criativos que já li. Lemos Milani desconcerta e surpreende o leitor completamente na escolha do narrador em Inumana. E com maestria os fatos nos são contados com riqueza, de forma dinâmica e em formato de depoimento.
A inveja presente neste conto é formidável e o destino de todos que sofrem por ela ou com ela é interessante. Início e final ótimos, que se encaixam harmoniosamente com a história em si.

O Círculo do Demônio é um conto feito para quem curte histórias de cavaleiros, com batalhas, intrigas e dragões. Evandro Guerra apresenta o Reino de Inarc protegido por sua elite de guerreiros: Os Chacais com suas vestes negras. Mais alguns ingredientes da trama: Os misteriosos "folhas" atacam o Reino, uma princesa decidida e de personalidade definida e dois primos que são mais que irmãos sofrem fatalidades, a intervenção do demônio e da inveja em suas vidas.
Excelente conto; somente achei desnecessária a breve introdução.

Apesar de a inveja ser o pecado principal de Desejo de Pecar é interessante perceber como outros pecados aparecem discretamente interligados a ela, como a ira, a avareza e até mesmo levemente a gula; mas sempre regidos pela inveja.
Uma história de honra, com morte, sofrimento, lutas, sangue, zumbis e demônios. Ótimo conto de Eriwelton Alves.

Embora O Lago seja um conto com boas descrições e narrativa bem elaborada em terceira pessoa, a história não me prendeu a atenção como as anteriores, salvo pelo detalhe de As Viúvas, o ponto mais interessante. Mesmo com elementos fantásticos, com muita ação e o uso do pecado da inveja e do Leviathan não me empolguei muito com a história de Leona Volpe, apesar de seu bom trabalho.

O Veneno da Alma é uma história com muitas reviravoltas e surpresas. Além da inveja da protagonista que a leva a cometer atos horrendos, um pacto dela com Leviathan está selado e seu prêmio, montado aos poucos. E isso assusta!
Porém além das vítimas existe mais uma personagem enigmática. Um conto macabro com término inesperado escrito por Maurício Pessoa Pecin.

Em seguida, um conto curto e ousado escrito por Alliah: Fogo Negro. A inveja é elevada a um nível extremo e sem retorno. Existe um sutil e sagaz simbolismo com o lagarto e o conto leva o leitor a refletir sobre como às vezes inveja-se algo que na realidade é bem diferente do que vemos.

Momentos Engarrafados é o conto mais criativo no título que se inicia com um ar de crônica, mostrando o cotidiano de um condomínio onde cada apartamento inveja o outro.
A calmaria interrompida por um desastre e seres e fatos misteriosos é percebida somente pelo protagonista, alvo e gerador de inveja.
Um conto bem escrito por George Amaral, que junta o fantástico à normalidade de vidas habituais e não deixa o leitor se esquecer que essa inveja pequena e tão comum entre vizinhos pode ser a mais incômoda.

Sheilla Liz traz um conto com ambientação indígena brasileira de 1865. Em O Fruto de Abarondê ela mostra o encontro entre homens brancos estrangeiros e índios locais que nunca haviam tido contato com estrangeiros.
História narrada por uma índia, e ela mostra como a inveja veio trazida pelos homens de fora, uma palavra e sentimento antes inexistente na tribo. Dominada ela própria pela inveja, conta detalhes macabros.
Ótimo conto com final que choca. Possui um sumário do final para compreendermos os termos indígenas, gostei.

O último conto é O Obsessor no Caminho Ígneo do Bodisatva. Uma mistura de Ficção Científica com magia num conto excelente e bastante atraente. Ghad Arddhu criou toda a ambientação e fantasia de forma concreta e original, trazendo à tona a batalha do bem contra o mal, este é a mais pura inveja personificada através de Leviathan. O protagonista mostra ao leitor, além de poderes fenomenais, o oposto da inveja, a única forma de vencer esse vil sentimento.
O autor utiliza da ficção para deixar uma bonita mensagem contra a inveja, de forma discreta e finalizando muito bem o livro.

Inveja, Leviathan é tão bom quanto Gula, Belzebu, embora eu tenha pessoalmente preferido Gula. A Estronho está de parabéns com o trabalho realizado nos dois primeiros volumes, me deixando com maiores expectativas para os próximos!

Contos que mais gostei: As Irmãs Valior, Velma e Vanda; O Ferro é a Palha, o Feltro a Madeira; Duas Vezes Ana; Chora, Mia, Chora; Inumana; e Momentos Engarrafados.

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André Goeldner 11/06/2012

VÁLIDO
Cada vez mais gosto de ler contos. Um gênero que não permite enrolações, a captura do leitor tem que ser instantânea.
Muito boa a ideia dos contos sobre os pecados capitais, sobretudo, a inveja. Tema tão presente e inesgotável; capaz de trazer à tona o mais podre, pútrido e fétido do ser humano.
Recomendo.
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