A mão e a luva

A mão e a luva Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - A mão e a luva


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Michela Wakami 28/07/2022

De leitura fácil e rápida, um romance gostoso de ser ler.
Aonde o casal se encaixam um ao outro, como uma luva a mão.
Maravilhoso.
Aline Oliveira 28/07/2022minha estante
Dá vontade de ler tudo do Machado, ?


Michela Wakami 28/07/2022minha estante
Verdade, Aline. Amo.??


Carolina.Gomes 29/07/2022minha estante
Amo??


Michela Wakami 29/07/2022minha estante
Carolina ????????




Isabellacnc 05/01/2010

Entre fim e finalidade

Inicialmente influenciado pelo romantismo, que rondava ainda sobre a época, ao final do século XIX, Machado de Assis fez em A mão e a luva algo que posteriormente não adotaria. Posto que a obra foi concebida ao começo de sua carreira, tinha uma estética (com razão) não muito definida. No entanto, mesmo precocemente, Machado já demonstrava uma posição sobre algumas de suas características que se firmam mais ao longo de sua carreira, como o notável uso da linguagem sarcástica.
A obra machadiana gira em torno de Guiomar, uma jovem órfã bastante ambiciosa e humilde que decide, de forma determinada, o alcance de seus objetivos materiais, sua ambição pela posição social e fortuna. Durante a trama, ela é disputada por três jovens rapazes com estereótipos tradicionais. Estevão, que faz a linha romântica, é sensível e apaixonado. Entretanto, Machado o apresenta de uma forma ridícula, o que traz em sua aparição na obra, um teor simplista e diminuto. Luis Alves, grande amigo de Estevão, e que, inicialmente, não apresenta interesse por Guiomar, passa a vê-la com outros olhos quando entende o gênio ambicioso da moça. Essa percepção faz com que o jovem compreenda seus motivos, e isso o encanta, pois, é também, um ambicioso puro. Jorge é o tipo pastelão, tem interesse pela moça, mas é de certa forma indiferente. Se a tiver, ótimo, se não, não muda muita coisa. Sua personalidade é vazia e simples, não tem grandes planos de vida e dá, durante a trama, uma sensação de inércia.
Guiomar, que fazia de tudo para agradar sua madrinha, uma rica baronesa, não imaginava que esta preferia, dentre os três, Jorge, que era da família. No entanto, por nunca ter se mostrado ausente ou feito algo errôneo, a velha baronesa confiava e botava créditos no sobrinho, pois era uma boa pessoa. A ambiciosa afilhada não queria se casar nem com Estevão, que aos seus olhos, parecia algo patético, nem com Jorge, em quem não via nada de mais (não era bom nem ruim). Nenhum dos dois despertava a curiosidade de Guiomar, exceto Luis Alves. Para ela, o jovem rapaz parecia misterioso, mas ao mesmo tempo astuto, sabia o que falar e como falar, admirava-o pela sua esperteza.
Entre o desejo do coração e a ambição, Guiomar encontrou em Luis Alves as duas coisas. Um homem que desejava poder social e político, e alguém que a amava pelos mesmos motivos que a fazia amá-lo. A união entre eles parecia a perfeição e, durante toda a obra, já se via esse final. Porém, o intuito de Machado não era criar algo inesperado, mas sim, demonstrar as características de se fazê-lo assim, previsível. A mão e a luva não é o tipo de narrativa em que se observa como os fatos se desencadeiam, mas com que propósito. E o que ele mostra é que entre Guiomar e Luis Alves havia a verdadeira sintonia, o encaixe perfeito que uma mão consegue ao colocar uma luva. Os dois tinham ideais parecidos e iriam lutar por eles, assim como retrata o último diálogo do livro.
O livro veio em formato de folhetim, tipicamente utilizado no século XIX, quando a imprensa brasileira se instalava com força no país. O gênero era muito usual e servia de auxilio às vendas dos periódicos. As obras eram escritas em sequência, e feitas, geralmente, para gerar a expectativa do leitor pelo próximo capítulo. O folhetim atingiu seu auge na segunda metade do século, juntamente quando essa trama surgiu. Não se pode dizer que, por ter sido feita nesse formato, houve diminuição da qualidade machadiana. Mesmo que muitas obras tenham perdido a complexidade que se "exige" em um romance, a obra machadiana não se afetou, sendo vista em A mão e a luva personagens intensos e descrições fortes.
Graças a Francisco de Paula Brito, notório jornalista da época, Joaquim Maria Machado de Assis pôde se estabelecer e criar um universo literário mundialmente conhecido. Paula de Brito foi um grande defensor do Folhetim, da informação e, enfim, do saber.
CamyTom 22/10/2011minha estante
A resenha tá tão impessoal. Parece até que foi tirado de um livro didático.


Marina516 21/11/2013minha estante
Uau! Uma descrição simples e completa da obra.


Lili 17/10/2020minha estante
Ouvi o livro narrado por Viktor D. Salis. Simplesmente perfeito!!! Vale a pena procurar por livros narrados por esse professor universitário!!!


robertallaura 11/12/2021minha estante
Está obra é magnífica, e a forma como você descreveu desperta ainda mais a vontade de reler. Incrível!!




taiz 15/11/2022

Digo e repito sempre: meu autor favorito
Minha segunda leitura de Machado esse ano e sempre vai ser prazeroso pra mim, independente do teor do texto, do tamanho do livro ou se é uma obra não tão aclamada dele.

Machado tem um "que" que faz tudo ficar maravilhoso, mesmo que os personagens desse livro em questão não sejam tão cativantes.

Guiomar é chata, Estevão é dramático, Jorge é sem personalidade e Luís Alves é falso. Mas, no geral, a leitura é muito gostosa, com final previsível e intrigas, que já é característico do autor.
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Isa_04 16/02/2024

Esse é um livro curtinho de Machado de Assis, até rápido de se ler, mas sempre bom ler devagarzinho mesmo, contemplando cada detalhe. Creio que ao ler esse livro cada pessoa irá se identificar com algum personagem. No momento que escrevo, acho que me sinto como o sr. Estevão, por achar que poderia amar alguém e esse alguém poderia me corresponder, mas nada acontece como desejamos. Creio que dentro de mim cabe um ser intenso como ele, que se apaixonou em um momento que poderia pensar que isso não aconteceria, que pensou que isso passaria, mas acabou reacendendo algo dentro de si com o passar do tempo. Estevão foi um homem corajoso e forte. Corajoso por ir atrás, mesmo sabendo que poderia ter um não. Forte ao final para superar aquilo que não teria, forte por ter controlado seus pensamentos e continuar a viver. Afinal a vida continua, apesar dos pesares, apesar dos desamores vividos. Olho para Estevão e penso se não seria como eu, um alguém melancólico e intenso ao mesmo tempo, seria um paradoxo ou não, essa situação. Afinal, quem é você dentro dessa história?

“ Amores não se encomendam como vestidos; sobretudo não se fingem, ou não se devem fingir nunca.”
Maria 16/02/2024minha estante
Que resenha gostosa de ler!!




Janaina Edwiges 10/03/2022

"A felicidade é isso mesmo; raro lhe sobra memória para as dores alheias"
Em A mão e a luva, Machado de Assis nos convida a refletir sobre a ambição e como este sentimento reverbera nas escolhas e atitudes das pessoas. A convivência entre Luís Alves e Estêvão também traz uma ponderação importante acerca da amizade: qual é o papel de um amigo diante das angústias de quem lhe é próximo?

Um dos prazeres de ler Machado é a possibilidade de sempre aprender um pouco mais sobre a nossa própria história. Em muitas passagens do livro, há menção à epidemia de cólera no Rio de Janeiro, ocorrida em 1855-1856:

"A Corte divertia-se, apesar dos recentes estragos do cólera -; bailava-se, cantava-se, ia-se ao teatro. O Cassino abria os seus salões, como os abria o Clube, como os abria o Congresso, todos três fluminenses no nome e na alma."

"O argumento que mais influía no ânimo de todos, o que devera ter afastado a ideia de semelhante viagem, era o perigo de afrontar o cólera-morbus que por aquele tempo percorria alguns pontos do interior."

Esta história não é tão excepcional como Dom Casmurro, mas vale muito a pena conhecê-la!
resenhasemsentido 22/04/2022minha estante
Amei!!!!




Márcia Luz 29/03/2020

Sensacional!
No começo achei que fosse detestar, mas quando percebi não conseguia parar de ler. Amei o estilo de escrita, realmente me conquistou!
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Aimee.Eduarda 12/12/2021

A mão e a luva
Como eu amei ter lido este romance, como Machado de Assis me encanta, tanto que sinto muita saudade de ler seus livros, durante os períodos mais puxados da faculdade.
A mão e a luva, é sem dúvida o livro que mais gostei dele até hoje!
Me vi em Guiomar, como não me vi em nenhum outro personagem.
E é esse o objetivo da literatura, servir como um espelho, ver nossos defeitos e virtudes, e de alguma maneira mudar nosso jeito de agir.
Sou grata por esse livro ser produto Brasileiro, e quem dera se nosso povo o valorizasse e levasse a nossa grande literatura pelo mundo.
Letícia 12/12/2021minha estante
Amei sua resenha!




Carolina.Gomes 11/05/2021

Guiomar: ambiciosa e pragmática
Em seu segundo romance, Machado conta a história de Guiomar: uma protagonista com P maiúsculo. Uma mulher que, longe de se contentar com um destino previamente escolhido, tomou as rédeas da própria vida e escolheu o que quis.
Narrativa perfeita, personagens muito bem construídos, além de todos os elementos que fazem desse um romance tipicamente machadiano.

Amei!
Katia Rodrigues 11/05/2021minha estante
Resumiu perfeitamente ? Concordo plenamente com tudo. A Guiomar é uma personagem maravilhosa, sou fã.


Carolina.Gomes 11/05/2021minha estante
Maravilhosa!! ??????




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Allan 28/09/2021

Amores, desamores e mais amores.
Finalizei mais um romance do Machado, to adorando esse projeto der ler as obras dele em ordem cronológica!

Mais uma vez aqui nos deparamos com uma história de amor, orgulho e teimosia, o que o Machado faz de melhor! Hahaha

Gostei bastante da narrativa, os momentos de quebra da quarta parede são deliciosos. Apesar de ser uma história curta, os personagens são muito bem desenvolvidos.

Logo nas primeiras interações você percebe que tipo de pessoa é cada personagem. Você certamente vai se identificar com algumas das personalidades aqui, talvez só não seja quem você queira!
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Débora 25/07/2021

?...Ela vivia do presente e do futuro e tamanho era o seu futuro, quero dizer as ambições que lho enchiam, tamanho, que bastava a ocupar-lhe o pensamento, ainda que o presente nada mais lhe dera. Do passado nada queria saber; provavelmente havia-o esquecido.?
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amandafffdo 26/06/2022

Tudo é aliado do homem que sabe querer
Penso no termo "antibiblioteca" - esse livro está na estante há muitos e muitos anos e hoje, finalmente, olhou pra mim. Existe algo real nisso, não difícil de entender: os livros não fazem distinção de leitor mas escolhem o seu momento.
Li num suspiro. Amei pela oportunidade, fluidez e desenvolvimento narrativo.

Machado...
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Victor Vale 01/06/2020

Machado atravessa o Romantismo vigente dando ares humanos realista a seus personagens, principalmente no casal formado, estes completamente cínicos!
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Elk 24/08/2020

Um conto que vale a pena ser lido, porém, nada obrigatório.
Mesmo no início de sua carreira, Machado já demonstrava ser um escritor com um grande leque de palavra, além de ser ótimo em criar descrições! "A mão e a luva" pode não ter uma história muito complexa ou profunda, mas o autor consegue fazer com que o simples se torne interessante por saber desenvolver bem uma história. Ainda que os personagens não sejam dos mais interessantes, é a forma como Machado conduz seu conto que faz dessa leitura proveitosa.

Se você apenas gosta de ler, por gostar de uma história rica, não perca seu tempo. Agora, se você gosta de se deliciar com excelentes escritas, vai fundo.
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Gabriel Leite 04/09/2012

É legal como o Machado consegue ser romântico sem ser retardado. A mocinha não é uma lesma, como a maioria das mocinhas do gênero são, e o enredo, se não surpreende, pelo menos vem cheio de ótimas frases.
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