Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol Corban Addison




Resenhas - Cruzando o Caminho do Sol


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Ju 22/01/2013

Cruzando o Caminho do Sol
Cruzando o Caminho do Sol trata de um assunto muito delicado e doloroso: o tráfico de seres humanos. É um livro que mexe com a gente. Eu me senti uma inútil por não estar fazendo nada a esse respeito.

O livro conta a história de Sita e Ahalya, duas irmãs que vivem na Índia, com os pais e a avó. Têm uma vida sossegada, ao lado do mar. Até que um tsunami atinge a região em que vivem. As meninas perdem sua família, mas conseguem entrar em contato com o colégio que frequentam. Lá, estão dispostos a acolhê-las, só que para isso elas precisam chegar até o lugar, que fica em outra cidade. Sem parentes, sem dinheiro, sem amigos, as garotas caminham até a cidade vizinha para tentar conseguir um meio de transporte.

Encontram um conhecido de seu pai, e pedem ajuda a ele. É quando começa o martírio que elas passam. São vendidas pela primeira vez. O que se espera delas? Que se tornem prostitutas (ou beshyas, como são chamadas por lá). A mente das garotas é constantemente trabalhada para que aceitem seu destino, e se resignem com a situação, com falas como as seguintes:

"Não adianta lutar contra o seu carma. Aceite a provação que Deus impôs e talvez você renasça em um lugar melhor."

"O desejo é meu inimigo. O desejo pelo passado, pelo futuro, por um amor, por uma família. Por tudo. Uma beshya tem que se desapegar de todos os sentimentos e aceitar seu carma."

Felizmente as personagens principais são pessoas fortes, que não se esquecem em momento algum de quem são. Fazem o necessário para sobreviver, mas apenas para que possam continuar lutando para um dia reconquistar sua liberdade.

Ela seguiu as instruções da mulher e construiu dentro de si uma blindagem contra o sofrimento. Instintivamente, ela compreendeu que demonstrar fraqueza serviria apenas para promover novos abusos.

O livro passa-se inicialmente da Índia, mas depois o cenário muda, incluindo a América do Norte e a Europa nos acontecimentos. Acompanhei, boquiaberta, a rota do tráfico de seres humanos, e pude conhecer várias facetas dele. Aterrorizante.

"Não quero ser pessimista. A guerra pode ser vencida. Mas não colocando os traficantes atrás das grades. O tráfico vai acabar quando os homens deixarem de comprar mulheres. Até lá, o melhor que podemos fazer é vencer uma batalha de cada vez."

No fim, tudo se resume à velha lei da oferta e da procura. Sem demanda, não há oferta. Mas a procura é grande. Triste fato, mas real.

Acredito que Cruzando o Caminho do Sol não possa ser encarado simplesmente como um livro de ficção. A meu ver, está mais para um documentário do tráfico de seres humanos, embora utilize uma história de fundo para cumprir seu papel. Um livro que tem algumas partes felizes, mas que não traz de forma alguma uma história bonitinha.

Sim, eu sempre soube da existência do problema. Mas nunca com tantos detalhes. Apesar de uma leve mensagem de esperança, o livro é um tanto quanto deprimente. Leia quando estiver bem.

Postada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2012/08/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
Leilane 14/02/2013minha estante
Pena que só ganhei o livro no segundo final de semana da Bienal, acabei ficando sem autógrafo e foto com o Corban. Estou muito curiosa para ler, com o pouco de receio em relação a temática, mas acho que será um excelente aprendizado.
Beijo!


Lua 01/03/2013minha estante
Esse tema mexe com qualquer um, deve se ter uma mente muito perversa para fazer isso com outras pessoas. O livro já me chamou atenção pelo tema, e parece ser muito bem escrito, adoraria lê-lo também.


Adriane Rod 01/04/2013minha estante
Eu quero muito ler esse livro, e até coloquei na minha lista de desejados.

Esse assunto do tráfico é muito série e eu quero ter mais conhecimento.

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Thaís 12/04/2013minha estante
Parece bem interessante, não sei se é cansativo mas axo que eu iria gostar! Precisamos cada vez mais saber sobre a nossa realidade e que o mundo n é um conto de fadas!


Baah 14/04/2013minha estante
bem intrigante esse livro, gostei demais do toque misterioso da capa , narrativa boa! um otimo livro


Dani 16/04/2013minha estante
Eu acredito 100% que a história é boa mas acho forte demais pra mim... fico deprimida quando leio algo assim =/




Leandro | @obibliofilo_ 19/04/2012

http://leandro-de-lira.com/
John Grisham não estava exagerando quando disse: "Um romance belíssimo com uma importante mensagem.". É um livro forte, que mexeu comigo de todas as maneiras possíveis. E mesmo após ter concluído a leitura, ainda não consegui esquecê-lo. Ele conseguiu superar minhas expectativas e ainda me mostrou um outro lado do mundo, onde as pessoas — mas principalmente mulheres e crianças —, são tratadas como mercadoria e não como seres humanos, dotados de sentimentos e fragilidades.

"Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um... Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou. Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos. Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano."

Sita e Ahalya — duas irmãs adolescentes, que possuiam uma vida agradável, moravam com seus pais e praticamente não se preocupavam com praticamente nada. Em um determinado dia, seus pais as levaram para verem o nascer do sol. Um dia comum, como qualquer outro. Porém, o destino, às vezes, consegue ser traiçoeiro. De repente, o que parecia ser um lindo passeio entre família, tornou-se um desastre total. Um tsunami aconteceu e destruiu não só uma parte da vida de cada uma, como também toda a costa leste do país onde moravam.

Em meio a todo aquele caos, várias perguntas começaram a surgir em minha cabeça: O que será que irá acontecer com ambas? Elas sobreviverão a todo aquele desastre? Elas irão conseguir alguma ajuda? Essas e outras perguntas foram surgindo e eu consegui sentir todo o sofrimento que ambas estavam passando. Foi realmente doloroso observar todo o sofrimento delas.

Os únicos parentes que restavam na família moravam muito longe e a única solução — ou melhor, explicando, melhor abrigo — era no colégio interno onde estudavam e que ficava muito longe; em outra cidade. E ir a pé, era praticamente impossível. E é justamente quando vão procurar ajuda para ir até o colégio, que tudo muda; muda para pior.

Do outro lado do continente, Thomas — um renomado advogado, filho de um prestigiado Juiz — não se encontrava em um bom momento da sua vida. Na empresa onde trabalhava; onde dedicou alguns anos de sua vida para ajudá-la, depois de um erro cometido, resolvem inesperadamente darem a ele, um ano de licença sabática. Ele tinha que tomar uma decisão difícil e com o apoio da sua mãe, resolveu voltar para a Índia — onde sua mulher, Pryia, estava — e reconquistá-la.

E é justamente quando ele volta para a Índia, que os caminhos entre ele e as irmãs — Sita e Ahalya — se cruzam e toda a história flui ainda mais. Ele vai estagiar na Aces — uma ONG que trabalha no combate ao tráfico humano.

"Como aconteceu para dormir, as meninas brigaram pela comida. O estômago de Sita doía de fome, mas ela não queria participar do combate. Ela ficou quieta em um canto, esperando que uma das meninas sentisse no coração o desejo de compartilhar. Nenhuma fez isso."
Pág.: 359

Ficou claro que ambas — Sita e Ahalya — sofreram bastante. Porém, em minha opinião, Ahalya sofreu um pouco mais. Ficou bastante perceptível — pelo menos para mim —, o sofrimento dela em proteger a sua irmã e a si mesma e acima de tudo, sobreviver a tudo aquilo que estava acontecendo com ela.

"— Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa."
Pág.: 394

Eu fiquei completamente admirado com o talento do autor. Gostei muito da sua maneira de narrar — principalmente em determinados momentos, onde ele soube conduzir de uma maneira bastante real, passando uma sensação de realidade — o que não deixa de ser, apesar de se tratar de uma obra fictícia.

O livro já está entre os meus favoritos! Foi realmente uma leitura perturbadora e ao mesmo tempo bela. O autor me impressionou de várias maneiras positivamente. Espero poder ler outras obras dele e me surpreender ainda mais. É uma leitura que deixará qualquer leitor — mesmo ao concluí-la —, pensando nela algumas vezes.

Recomendo!
Silvia 25/04/2012minha estante
Tipo de livro que eu gosto.


Leandro | @obibliofilo_ 01/05/2012minha estante
É muito bom!


Leandro | @obibliofilo_ 02/05/2012minha estante
Concordo plenamente com você, Suh! :)


Marcia.Lara 01/08/2023minha estante
Acabei hj... gostei muito


Leandro | @obibliofilo_ 02/08/2023minha estante
É realmente muito bom! Quero reler em breve.




Silvia 20/07/2012

Cruzando o Caminho do Sol
Lindo, lindo, lindo...

Duas irmãs vêem as suas vidas serem destruidas pelo tsunami, toda a sua família morreu com o desastre; somente Ahalya com 17 e Sita com 15 anos sobreviveram. Quando Ahalya e Sita acham que ja passaram pelo o pior momento de suas vidas elas são sequestradas e vendidas como escravas sexuais. Ahalya tenta com todas as suas forças sobreviver a mais este infortúnio e a sua única meta é proteger a inocência de sua irmã. Mas o mundo parece conspirar contra as duas, será que elas conseguirão vencer este Mundo de horror? Onde meninas e adolescentes são vendidas e tratadas pior do que animais.
Apesar de todo o horror vivido por estas duas meninas, o livro mostra a força do amor mais puro e mais lindo entre irmãs desde as primeiras páginas.

Este livro é forte e é impossível que você não chore em algum momento; principalmente por se tratar de uma infeliz realidade o tráfico de seres humanos, seja para o sexo ou para o trabalho forçado. É o tipo de livro que após a leitura você vai acreditar que sim o inferno existe e está aqui na terra.

Telma 21/07/2012minha estante
resenha tocante, Silvia.
Parabéns por ela.
O meu está guardadinho, esperando para ser lido.


denis.caldas 21/07/2012minha estante
A Telma tem razão, você resumiu com emoção o livro; espero logo lê-lo.


silviacrika 21/07/2012minha estante
Nossa...parece muito bom!
Estou ansiosa pra ler.


Ana 22/07/2012minha estante
Entrou na lista de desejados pela resenha, por suas palavras muito expressivas, espero ler essa história emocionante.


Aghata Christinny 27/08/2012minha estante
Parabéns pela resenha!
Fiquei ansiosa para ler ^^




RUDY 21/04/2012

Resumo Sinóptico:
“Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um...

Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.

Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.

Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.”

Ahalya e Sita são duas adolescentes da classe média indiana com família e educação bem estruturadas, que vêem seu mundo desabar após um desastre natural. Veem-se sem os pais e a ‘secretária’ da família que as ajudou a criar. Partem em busca do abrigo na Escola de freiras que estudam, entretanto, nem todas as pessoas que as auxiliaram, eram confiáveis e elas acabaram envolvidas com o tráfico de pessoas, drogas e o submundo do crime.
Thomas Clarke é advogado de uma firma conceituada em Washington D.C. e vê sua vida desestruturada após a perda da filha com poucos meses de nascida, a qual não pode acompanhar o crescimento, devido ao seu total envolvimento com o trabalho, fazendo-o sentir-se culpado por não dar atenção devida a esposa e filha. Priya o abandona e retorna para Índia e a família. Em uma dessas coincidências que a vida prepara, tem a oportunidade de ir fazer estágio em uma Ong envolvida com tráfico de mulheres na Índia.
Logo os caminhos de Thomas, Ahalya e Sita vão se cruzar de forma impressionante e intensa.

Para ler a resenha completa e avaliação, visite os blogs e deixe seu comentário:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/04/resenha-24-cruzando-o-caminho-do-sol.html


BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/04/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html


site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/04/resenha-24-cruzando-o-caminho-do-sol.html
Jessie 21/04/2012minha estante
A historia desse livro parece ser bem interessante so de ler a resenha parece que eu ja esto lendo o livro


Erika 21/04/2012minha estante
aahh, esse livro ta me deixando louca, rsrs..
muito bom..


Michelle 13/02/2023minha estante
que livrooooo




Rodrigo1001 18/07/2017

Um arranca-lágrimas daqueles! (Sem Spoiler)
Terminei de ler Cruzando o Caminho do Sol na semana passada, mas o impacto da história reverbera até agora. Foram quase 450 páginas e praticamente 407 nós na garganta. O livro de estreia de Corban Addison é cáustico, chocante e trágico - um dos mais altos graus de tragicidade com que já tive contato na literatura.

Indo direto ao ponto, se você procura por fortes emoções, esse é o seu livro! A coluna dorsal do enredo é o submundo do tráfico humano e da exploração sexual. Mesclando realidade com ficção, Corban Addison leva os leitores ao limite da desesperança, da raiva e da incredulidade. Embora seja uma obra de ficção, o paralelo que se traça com o mundo real está por todos os lados. E isso incomoda. Causa desconforto. Diminui a nossa fé na humanidade.

Cru como tem que ser, o livro mergulha o leitor em temas profundos, fortes e polêmicos como a prostituição, a corrupção, a pedofilia, a escravidão e as drogas. Ao mesmo tempo em que lida com assuntos tão delicados, o autor também abre passagem para o coração dos personagens durante o desenrolar da história. Seus sentimentos sempre estão em evidência e isso proporciona uma identificação quase que imediata com tudo o que está acontecendo: sentimos a dor, sentimos o desespero. Esse livro corta na carne, expõe o nervo e causa aquela angústia em trazer à luz assuntos que preferimos deixar nas sombras, de tão dolorosos.

Talvez falte um pouco de estilística aqui e ali, pequenas desconexões entre poética e retórica, mas nada que atrapalhe. O principal objetivo do livro é emocionar e despertar a consciência para os temas que aborda e isso ele consegue alcançar com bastante facilidade. A parte gráfica também não deixa a desejar ? o livro foi dividido em quatro partes, e em cada começo de capítulo há poemas e desenhos da cultura indiana. A flor de lótus está ali e é bacana perceber, mais próximo do desfecho, como esta flor tem uma função poética e mística na história.

Enfim, a experiência causou impacto e recomendo a leitura para todos que tenham coragem o bastante para enfrentar temas que alguns preferem varrer para debaixo do tapete, mas que estão bem, bem na frente dos nossos narizes.
Deco 18/07/2017minha estante
Li esse livro esse ano e adorei a historia, o senso de realidade é algo que me impressionou.. gostei muito e percebi que esse livro é pouco lido.. o que acho injusto, pois é maravilhoso..


Rodrigo1001 18/07/2017minha estante
Eu teria dado 5 estrelas não fosse a overdose de tragédia e alguns furos no enredo, mas, de modo geral, é um bom livro. A conscientização sobre os temas principais é o seu grande triunfo.


Deco 19/07/2017minha estante
sim vdd.. foquei na mensagem e etc... o mais importante.. hehe




Bru 22/06/2012

Sita e Ahalya são duas irmãs indianas, com 15 e 17 anos respectivamente, elas viviam a sua vida tranquila junto com a sua família em uma casa perto da praia.
Mas o que parecia ser apenas mais uma manhã como qualquer outra, acaba mudando completamente a vida delas. Um tsunami na região matou toda a sua família e destruiu sua casa.
Sozinhas, elas tentam ir atrás de ajuda, mas no caminho elas encontram um "amigo" do pai delas que as vende para uma rede de tráfico humano. Como se já não bastasse a perda dos pais elas ainda terão que lidar com a fome, frio e o pior de tudo: serem obrigadas a fazer coisas horríveis.


A visão e os sons da depravação humana eram fortes demais para serem esquecidos.
"É isso o inferno?", o pensamento passou por sua mente.
"Se não é, onde está Deus?
página 306

Enquanto isso, nos Estados Unidos o advogado Thomas Clarke, após enfrentar problemas pessoais e profissionais, se muda para Mumbai, na Índia, para tentar reajustar sua vida. Ele vai para trabalhar na ACES (Aliança Contra a Exploração Sexual), uma ONG que luta para acabar com o tráfico humano e aproveita para tentar reconquistar Priya, sua esposa indiana que o abandonou.

A vida de Thomas, Ahalya e Sita acabam se cruzando e Thomas acaba se mostrando muito persistente na sua tentativa de ajudar as irmãs.

Não tenho nada para reclamar do livro: os personagens, o assunto, o desenrolar da história e todos os elementos do livro se encaixaram perfeitamente. Apesar do livro ser bem extenso li ele rapidinho. Me envolvi de tal maneira que cheguei a sonhar com os personagens.
Nunca tinha lido nada sobre sobre o tráfico humano, e fiquei impressionada com o modo em que as coisas acontecem. Sentado no sofá de casa ninguém imagina até que ponto as coisas podem chegar lá fora, e o livro é um ótimo modo de divulgar essa realidade, então não deixe de ler e de recomendar.
Angela Grazi 12/07/2012minha estante
Eu ainda nao tive oportunidade de ler este livro
Mas ele já esta aqui na minha estante
E parece ser muito bom



David 17/07/2012minha estante
realmente esse é um dos livros que eu mais to querendo ler >< ja ouvi tantas resenhas, elogios que a minha curiosidade só aumenta.


Thais 06/08/2012minha estante
Nossa. Eu via a capa mas não imaginei que o assunto do livro fosse tão profundo e perturbador. Amei a resenha e agora estou muito interessada em ler o livro.
Deve ser aqueles livros que lemos e ficamos uma semana depois ainda pensando sobre aquilo.




Sil 27/06/2016

TIRO, PORRADA E BOMBA
Olá,

♫♪♫♪ sábado de sol, aluguei um caminhão, pra levar a galera, pra comer feijão ♪♫♪♫ nossa, alugar caminhão? comer feijão? Gente, que povo rycoh! #nãotafacilpraninguem Mas se você acha que a coisa ta difícil pra você, é porque você ainda não conheceu Sita e Ahalya! Essas duas irmãs, adolescentes de classe média que vivem com seus pais na Índia, tem suas vidas reviradas em um único dia: logo pela manhã, um tsunami atinge a costa e leva consigo tudo o que tem pela frente, inclusive toda a família das meninas (isso não é spoiler povo, tá na capa). As irmãs precisam então procurar por ajuda, mas a vida é injusta, e nem sempre podemos confiar nas pessoas. Enquanto isso, do outro lado do mundo o advogado norte americano Thomas Clarke, precisa juntar os caquinhos da sua vida destruída para tentar montar uma nova, ao perceber que precisa de uma revolução completa, ele decide largar tudo, e ir trabalhar em uma ONG na Índia. A vida deles vai se cruzar. Vão remover a venda dos nossos olhos, e jogar um balde de água fria na gente.

Se você ta achando, que esse é mais um livro drama-chororô-nhênhênhê-mimimi, tá muito enganado! Esse livro é realista, forte, trata de um tema pesado, e mostra um mundo que até então é praticamente impossível imaginar! O autor e advogado norte americano Corban Addison, consegue pintar um cenário muito real, dos vários níveis de corrupção existentes dentro desse mundo injusto e cruel.

Tiro, porrada e bomba, e pronto! Seu emocional ta destruído, o mundo é uma droga, as pessoas são um lixo. Quase nem consegui dormir depois de ler o livro, se você conseguir, me ensina!!

Abraços

site: http://www.colunadovale.com.br/tiro-porrada-e-bomba/
alissonferreira.c1 24/09/2016minha estante
Definitivamente essa foi a melhor resenha que já li aqui no Skoob. Kkkkkkkk
Muito bom. Tenho esse livro, mas ainda não li. Comprei num sebo. Acho até que vou desistir do que eu estou lendo e começar a ler ele.


Sil 24/09/2016minha estante
Ola Aly Ferreira,
Pois leia mesmoo e me conte o que achou :)


Vilma Cunha 30/04/2017minha estante
Muito boa essa resenha é bem assim mesmo. Como foi citado acima, você vai precisar de uma caixa de lenços é impossível não chorar, já começa com um tsunami que acaba com a família das duas meninas e se não bastasse são vendidas como escravas para o comércio sexual...Chega de spoiler, bora terminar minha leitura..Rs...




Rainy Girl 30/04/2012

Cruzando o Caminho do Sol
Você encontra essa resenha e muitas outras lá no meu blog.
>>> http://the-sook.blogspot.com.br/

Ahalya e Sita são duas adolescentes que vivem com sua família na Índia. A vida tranquila e feliz que sempre levaram é interrompida um dia quando um tsunami atinge a costa da Índia e acaba por matar os seus pais e toda a família que elas conheciam. Devastadas e sozinhas, elas começam a procurar por ajuda enquanto tentam chegar ao colégio onde estudavam, mas durante o percurso elas encontram um homem que diz ser amigo do pai delas e aceitam sua ajuda. A confiança depositada naquele sujeito acarreta em uma situação inimaginável: o tráfico de mulheres. As adolescentes são vendidas para um bordel em Mumbai e passam dias horríveis. A cada dia o medo é insuportável e a certeza de estarem vivas por mais um dia é inexistente.

Nada as resta além uma da outra, o amor entre elas parece ser a única coisa que mantém a esperança viva e mais um dia que continuam conseguindo respirar. A vida terrível que elas levam é novamente interrompida quando são separadas e vendidas novamente. Ahalya continua confinada em um bordel, enquanto Sita vai trabalhar praticamente como uma escreva em um restaurante em Paris.

Do outro lado do mundo, encontramos Thomas, um advogado que perdeu a filha recentemente e está se divorciando. Thomas mora nos Estados Unidos, mas por alguns problemas no escritório onde trabalha, é afastado e acaba indo prestar serviço na Índia. A ONG na qual ele trabalha localiza, resgata e cuida de crianças e mulheres que são vítimas do tráfico sexual. E é então que a vida de Thomas cruza com as de Ahalya e Sita.

O foco do livro é o tráfico sexual, aqui acompanhamos tão de perto que ficamos constantemente chocados com o drama vivido pelas irmãs, mas o autor não trata do assunto de forma nojenta, e sim de forma realista e às vezes atroz. A narrativa de Corban Addison é de tirar o fôlego. O livro inteiro é intenso, com momentos lindos, tristes e cruéis, mas nada disso destrói os sonhos, a esperança, a fé e a força de vontade dos três personagens principais.

"Para sobreviver em um mundo como esse, ela teria que arrancar o coração do corpo. Não havia outra opção." (pág. 95)


@ARaphaDoEqualize 14/10/2012

[RESENHA] Cruzando o Caminho do Sol
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com.br/ PROIBIDA COPIA TOTAL OU PARCIAL!

Sita e Ahalya vivem com seus pais na Índia. Elas são felizes, sua família é rica e elas vivem muito bem. São amadas e queridas. Mas tudo isso muda quando um tsunami leva embora tudo delas: sua casa, suas roupas, as pessoas que trabalhavam para seus pais... e levam eles também. Perdidas e sem saberem o que fazer, embarcam na tentativa de encontrar um amigo de seu pai que poderia ajuda - las... No entanto, elas não deveriam confiar em qualquer pessoa. No auge de seu desespero, as meninas vem sua inocência ser perdida quando são vendidas para o mercado negro da Índia e separadas. Cada uma vai ter sua dose de sofrimento e revolta. E nunca vão saber se seus destinos se cruzarão novamente.

Do outro lado do mundo conhecemos Thomas Clarke que está com sérios problemas pessoais, tentando reconquistar sua esposa e decaindo no seu trabalho. Quando aparece a oportunidade para trabalhar em uma ONG na Índia que luta contra o tráfico de humanos, vê seu destino se cruzando com os das duas irmãs. E conhece também o lado obscuro das ações humanas.

- Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa.


OK *respira fundo* Eu chorei com o livro. Sabe aqueles livros que entram para o clube dos únicos, exatamente por serem isso? Então, Cruzando o Caminho do Sol é o típico exemplo. Eu gosto muito desses livros que falam sobre sofrimento e tragédias. Mas ao mesmo tempo eles me chamam a atenção, por que eu conheço uma história diferente e sei quantas pessoas pelo mundo sofrem com aquele mesmo problema. E sempre cresce a vontade gritante de poder fazer alguma coisa para ajudar, pra fazer a diferença. Principalmente se esses problemas forem relacionados a mulheres. E o Corban traz exatamente isso. A temática me lembrou muito de Cidade do Sol do autor Khaled Hosseini. Mulheres que moram em países onde não são respeitadas e que sofrem desde que nascem simplesmente por serem... mulheres. São abusadas, desmerecidas, ignoradas.

O Corban criou uma história forte, emocionante, trágica e muito verdadeira. Quando eu pensava: 'Meu Deus, agora tudo irá se resolver!' sempre dava uma reviravolta na história. Eu li calma, pacientemente, absolvendo cada palavra, cada frase. Sofrendo junto e separadamente com a Sita e Ahalya e querendo lutar ao lado do Thomas. Eu me senti enojada com o que li, impotente, fraca com a narrativa de cenas fortes. Mas quando eu cheguei no final tudo se encaixou tão perfeitamente que eu respirei em alívio e emocionada. Eu sei que uma história ficcional, mas eu parei pra imaginar: quantas pessoas passaram por algo semelhantes? Foram afastadas das pessoas que amavam e violentadas?

Agora eu não conseguirei buscar o trecho exatamente, mas tem uma parte no livro que o Thomas pergunta para as pessoas que já trabalham na ONG a algum tempo os motivos para eles continuarem ali, se tudo parecia ir contra eles. A resposta é que eles não podem desistir só por que a polícia ou as pessoas com poderes não ajudam. Tinham que fazer o trabalho deles e era isso que eles faziam. Não iam desistir. E eu chorei mais ainda.

- Atualmente temos 25 meninas (...) Todas menores de idade.

- Eu não quero parecer cínico - interrompeu Thomas -, mas existem milhares de prostitutas menores de idade nesta cidade. Duas dúzias não parecem muita coisa.

- Uma vez, alguém perguntou à Madre Teresa como ela lidava com a pobreza mundial. Sabe o que ela respondeu? Você lida com o que está na sua frente.


Cruzando o Caminho do Sol é o tipo de leitura que nenhuma resenha, nenhum comentário, nenhuma palavra irá conseguir definir a primorosidade da obra. Você precisa sentir para conseguir entender. Eu li o livro no começo do ano, mas me marcou profudamente: por sua temática, por seus personagens, pela escrita. É totalmente irresistível, um belo exemplo de sobrevivência e amor incodicional, banhado com um pouco de tragédia e irreconhecível desespero. O melhor é saber que essa mistura resulta em um livro tão singular.
@ARaphaDoEqualize 14/10/2012minha estante
Oie Marli! Muito obrigada pelo comentário! Em poucas palavras você conseguiu resumir muito bem tudo que eu senti tbm e que talvez não tenha passado na resenha :*




Ynara.Thaina 13/06/2021

Adorei
Este é um livro sensacional que aborda um tema sombrio, assustador e chocante mas que ainda assim conseguiu me trazer esperança. Acho que a parte mais difícil é pensar que histórias assim podem estar acontecendo neste instante.

Amei de paixão a história, ainda assim é uma pena que esta edição deixou um pouco a desejar na tradução, encontrei palavras erradas ou faltando, mas nada que atrapalhasse tanto a leitura até chegar na parte em que faltou um capítulo inteiro (rsrsrsrsrs).

No final, o que importa é que a história compensou os defeitos de edição.
Bia 04/10/2021minha estante
Sério que a edição ficou faltando um capítulo?


Ynara.Thaina 16/12/2021minha estante
O meu comprei de 2? mão, talvez tenha sido um erro de impressão e não todos dessa edição (espero).




Saleitura 20/04/2012

Não tem como começar a falar desse livro, sem dizer que adorei!!!!
Não tem como começar a falar desse livro, sem dizer que adorei!!!! Começa pela capa, que é belíssima, e isso já lhe faz entrar no clima.

Na primeira parte do livro, em capítulos intercalados, o autor nos apresenta os protagonistas da história. Começamos conhecendo Sita e Ahalya, adolescentes de 15 e 17 anos, acordando numa linda manhã em Chennai, na Índia, felizes com sua família. Mal sabiam que naquela mesma manhã suas vidas seriam devastadas, que um tsunami levaria seus pais e avó, deixando-as sozinhas no mundo. Elas tentam chegar ao Colégio onde estudavam em busca de ajuda, mas no caminho encontram um amigo de seu pai e confiam nele. É nesse ponto que elas passam a viver uma situação inimaginável, o tráfico de mulheres.

Em Washington, Thomas passa por um momento bem difícil. Sua esposa, uma indiana, acabara de o abandonar e voltar para a Índia. Haviam perdido a filha e Thomas a traiu. Trabalhando numa grande firma de advocacia, levou a culpa de um erro num grande processo e foi convidado a tirar umas “férias”. Thomas decide ir para a Índia tentar reconquistar a esposa e para isso se engaja no trabalho de uma ONG que luta contra o tráfico de mulheres.

As vidas dos três se cruzam e assim o autor nos apresenta essa triste realidade do tráfico de mulheres por todo o mundo. Consegue numa história muito bem escrita, nos mostrar isso na Índia, na Europa e no Continente Americano. Em cada capítulo temos o nome da cidade a que ele se refere, o que ajuda a nos localizarmos antes de lê- los. Uma história rica e que não é, de forma alguma, cansativa. Para mim foi daquelas histórias que você não quer parar de ler. É um assunto polêmico e triste, vamos nos deparar com situações bem difíceis, que serão vividas por essas meninas.

Eu não gosto de ficar escrevendo sobre as histórias que os livros nos contam para não tirar nenhuma das surpresas que são boas de irmos descobrindo. Mas se você se interessou pela história de Sita, Ahalya e Thomas, clique (http://www.editoranovoconceito.com.br/livros/detalhe/9788581630090,Cruzando-o-Caminho-do-Sol) e faça o download do primeiro capítulo.

Tenho certeza que vai querer saber mais ;) Nessa mesma página da Novo Conceito, você poderá assistir ao Book Trailer.

Leitura e resenha feita por nossa Colaboradora Luci Cardinelli

Linka da Postagem feita na saleta de Leitura
http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/04/resenha-do-livro-cruzando-o-caminho-do.html
Aleska Lemos 08/09/2012minha estante
Deve ser lindo mas muito trágico.


Pandora 09/09/2012minha estante
Outro livro que trata de um tema importante e real, literatura não é só diversão é também informação e uma forma de denunciar o que está errado no mundo para que a gente possa lutar contra. Admiro autores que tratam de temas assim.




Nina 02/06/2012

Cruzando o Caminho do Sol - Corban Addison
"Ela sempre se lembraria da irmã. Ela sempre se lembraria da pessoa que ela foi e da Índia que conheceram antes antes de toda aquela loucura. O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória." (p. 299)

As irmãs Ahalya e Sita Ghai tinham uma vida confortável na Índia. Filhas de uma família abastada, adoradas pelos pais, tinham acesso à todo conforto que que o dinheiro pode dar à duas adolescentes que se preparam para um futuro brilhante. Mas na manhã de Natal, um tsunami destrói seus sonhos. As meninas perdem seus pais, sua casa e toda a segurança do mundo que conhecem.

Kanan se aproxima das meninas e promete ajudá-las a chegar em segurança ao colégio de freiras onde elas estudavam. Mas, ao invés disso, ela as vende para Suchir, dono de um bordel em Mumbai que explora mulheres e crianças. As meninas são mantidas trancafiadas em um sótão imundo e Ahalya é protituída e violentada enquanto Sita assiste a tudo sem poder reagir, apenas esperando o dia em que chegaria sua vez.

Do outro lado do oceano, em Washington, Thomas Clarke também vê seu mundo desmoronar. Advogado em uma grande corporação, ele está trabalhando em um grande caso e seu sucesso será essencial para que ele chegue a sócio. Para atingir seus objetivos ele trabalha incansavelmente, esquecendo-se de sua esposa Priya, que, sozinha, tenta superar a morte da filha do casal, Mohini. Thomas perde o caso e se torna o bode expiatório do escritório, o que o obriga a se afastar para um ano sabático trabalhando em alguma ONG. Ao mesmo tempo, Priya cansada da indiferença de Thomas, volta à Índia para viver com seus pais.

Numa manhã, enquanto tentava decidir o que fazer, Thomas assiste a um sequestro. Uma garotinha de dez anos é levada de sua mãe e a polícia acredita que o objetivo é a exploração sexual, crime muito comum na região. Essa cena mexe muito com Thomas, a garotinha poderia ser Mohini. Por isso ele decide viajar à Índia para trabalhar na Aces, uma instituição que denuncia o tráfico de pessoas, e tentar reatar com sua esposa.

E é aí que a vida dos três personagens vão se cruzar.

Trabalhando na Aces, Thomas participa de uma ação policial que invade o bordel de Suchir e liberta Ahalya, porém Sita não estava mais lá. A menina já tinha sido vendida para Nahim, que a tirou do país. Ahalya é encaminhada para um ashran (orfanato), mas ela está desesperada por notícias da irmã. Em uma visita de Thomas, ela prende uma pulseira em seu pulso e pede para que ele a ajuda a encontrar Sita.

"-Você nunca ouviu falar de uma pulseira rakhi? [...] É uma tradição indiana que remonta há milhares de anos. Uma mulher entrega a um homem uma pulseira para ser amarrada em seu pulso. A pulseira significa que aquele homem é seu irmão. Ele assume o dever de agir em sua defesa." (p. 219)

Começa então uma perseguição alucinante, em que Thomas vai tentar usar todos os meios para encontrar Sita. Ele vai viajar por três continentes e mergulhar numa jornada pelo submundo do tráfico humano e da exploração sexual de crianças para cumprir a promessa que fez à Ahalya.

Cruzando o Caminho do Sol é um livro impressionante, que nos toca por denunciar crimes tão brutais cometidos contra crianças. Ler a transformação de Sita e Ahalya em mulheres é tão sofrido que acredito que vou demorar meses para me esquecer do que li. Humilhação, desespero, angústia, medo - tudo está transcrito ali de uma maneira tão objetiva que acho difícil que alguém não se impressione.

Mas, mais do que os horrores que essas crianças vivem nas mãos de seus exploradores, o pior de tudo e ler o quanto a justiça está atrasado em relação aos bandidos. É tanta burocracia e corrupção que parecia ser impossível que algum dia Thomas conseguisse resgatar alguém. A impressão que dá é que eles estão falando apenas de números e símbolos em um papel, e não da vida de uma criança. É revoltante! Criminosos são soltos por falta de provas e incompetência de policiais, juízes são comprados e acusados ameaçam testemunhas livremente.

E o pior de tudo é nós sabemos que isso ocorre todos os dias em todas as partes do mundo. O tráfico humano é negócio muito lucrativo para que as autoridades se mobilizem em uma ação que traga resultados efetivos. Os maiores envolvidos são pessoas ricas e poderosas, que não são pegas facilmente. Infelizmente, é essa a mensagem que o livro nos traz.

"- Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa." (p. 394)

Ou seja, mais do que combater o tráfico e a exploração de crianças, seria necessário tratar esses pervertidos que se divertem abusando de crianças.

Mesmo abordando um tema tão pesado que me impressionou tanto, Corban Addison soube tratá-lo na medida certa, sem dramas e sensacionalismos. Ele consegue passar sua mensagem sem apelar para descrições de cenas pesadas, que eu particularmente detesto! (Exemplo: O Caçador de Pipas)
A narrativa em terceira pessoa é ótima, pois dá para acompanhar a visão de todos os personagens e entender melhor todas as reviravoltas que a história dá, e são muitas!

Quanto aos personagens, é impossível não gostar das irmãs Ghai. A força e a resignação que elas demonstram diante do sofrimento é impressionante, principalmente em Ahalya. Thomas em vários momentos é indeciso e meio canalha com Priya e achei que ele não fosse conseguir cumprir sua promessa. Mas ele vai amadurecendo durante as páginas, mais até do que as meninas.

E mais uma resenha enorme!
Mas dessa vez foi inevitável mesmo, pois Cruzando o Caminho do Sol é um daqueles livros que marcam a gente por nos levar a refletir melhor sobre um problema tão grave e tão pouco abordado. Mas do que uma linda história, o livro traz também uma mensagem de alerta que todos deveriam ler.

Resenha postada no meu blog Pronto.Falei!
http://ninattavares.blogspot.com.br/2012/06/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html
André 03/06/2012minha estante
Muito bom!




Juliana Vicente 29/05/2012

http://asmeninasqueleemlivros.blogspot.com.br/2012/05/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html
Esse livro me proporcionou uma leitura diferente de tudo que já li, aos poucos entramos em um mundo ilícito e apavorante, onde mulheres e meninas são vendidas como mercadoria todos os dias.

A transição de Sita e Ahalya de crianças inocente para adultas é algo impactante e doloroso de ler, pensar que isso acontece todos os dias é revoltante, ainda que existam organização que lutem contra a exploração de mulheres e crianças não são suficientes para acabar com o problema. O autor nos apresenta o difícil trabalho dessas pessoas que lutam contra o sistema do trafico humano.

Thomas é um advogado que tem como objetivo chegar o mais alto possível no escritório onde trabalha, para isso abdicou de uma parte importante de seus princípios e sua família, agora que sua esposa partiu e sua vida está uma bagunça percebe que algo precisa mudar. Em alguns momentos tive muita raiva desse personagem, suas ações por vezes são erradas, longe do ideal de perfeição que muitos personagens possuem, acredito que essa tenha sido a intenção do autor ao criar alguém que não acerta sempre.

Senti falta de mais profundidade em relação aos sentimentos de Ahalya, ela começa sendo uma personagem de grande importância, mas os outros personagens crescem tanto que acabam tomando seu lugar na história.

O autor descreve parte da rota do trafico humano, assim conseguimos ter uma pequena noção do tamanho dessa rede que liga TODOS os países do mundo. Isso mesmo, independente do lugar é possível encontrar crianças e mulheres sendo exploradas, afinal algo que gera tanto lucro é capaz de corromper facilmente.

Um livro que funciona como alerta a jovens que se iludem com empregos “maravilhosos” fora do país e tantas outras armadilhas que os aliciadores são tão eficazes em elaborar.

Sou sincera em dizer que não foi uma leitura empolgante, apesar de fluir perfeitamente, talvez por ser difícil se empolgar ao ler tantos relatos triste e absurdos que me fizeram sentir pequena diante de um mundo tão injusto.
Silvia 23/11/2012minha estante
Gostei deste livro e a temática é forte e o pior o tráfico humano é real, triste vergonhoso para a humanidade, e isso me faz pensar, somos seres evoluídos? Não, na minha opinião estamos muito longe da evolução espiritual e emocional.




Rafaela 01/07/2012

Cruzando o caminho do sol - Corban Addison
Minha Opinião:

Cruzando o caminho do sol é o primeiro romance escrito por Corban Addison e um livro que passa uma mensagem muito importante sobre uma triste realidade, um problema grave que assola nossa sociedade como uma epidemia: o tráfico e a escravidão sexual de seres humanos.

As irmãs, protagonistas da história, Ahalya e Sita, graças a uma tragédia que acontece com sua família, acabam, por acaso, caindo nas garras inescrupulosas de homens que as vendem e as arrastam para esse submundo cruel e nefasto, de onde sair é mais difícil do que elas poderiam sequer imaginar e onde a esperança de resgate está na forma do advogado Thomas Clarke.


Continue a ler em: http://cantodemeninas.blogspot.com/2012/06/cruzando-o-caminho-do-sol-corban.html
Silvia 17/08/2012minha estante
Eu amei este livro, muito bom mesmo :)




Leitora Viciada 25/04/2012

Antes da resenha, reli muito bem a sinopse, porque estou com tanta vontade de comentar o livro que não posso, de forma alguma, soltar spoilers. Respirando fundo e tentando escrever uma resenha que esteja à altura. Não apenas do livro, mas também do tema e do turbilhão de pensamentos e sentimentos que me sufocam nesse momento pós-leitura.
Confesso que demorei um pouco para ler o livro, pois os temas centrais são tão impactantes que me fizeram mais refletir e pesquisar sobre eles que ler: tráfico humano, escravidão moderna e pedofilia.
O livro é ótimo, polêmico e nos faz pensar em como existem submundos dentro da sociedade. Como as leis civis e de direitos humanos são ignoradas bem debaixo do nariz de cidadãos comuns e corretos; que jamais desconfiam que algo realmente vil, terrível, escandaloso, grotesco, possa estar ocorrendo todos os dias, bem próximo a eles. Como a realidade pode ser falsa, maquiada, escondida. Em como não conhecemos nada da natureza humana. Ou seria desumana??

O livro é bem estruturado em quatro partes e trinta e três capítulos e um epílogo. No final existe uma nota do autor, o que quase me fez bater com o livro em minha própria cabeça. Não, repito: o livro é ótimo! O problema é que após inúmeras pesquisas sobre o assunto durante a leitura, nas últimas páginas o autor deixou explicações e referências sobre "onde, como e por que" ele próprio se aprofundou, incluindo links! Acho que esta nota deveria ter sido colocada antes da história.
Talvez esteja no final de propósito, pois ao terminar, o leitor fica inquieto, revoltado, estupefato! Então vem essa importantíssima nota do autor para nos fazer jamais esquecer que o problema é global e tão antigo quando a Humanidade.
Nessa nota, o seguinte trecho me foi especial: "Se você trabalha na mídia ou detém uma plataforma pública, mesmo que seja apenas um blogue, pode utilizar essa plataforma para despertar a consciência sobre o problema."
E eu pensei se com uma resenha eu poderia fazer algo. Concluí que não acrescenta nada à luta contra a escravidão e exploração humana, mas pelo menos expresso minha opinião, não apenas sobre o livro, mas pelo tema.

A forma como o autor escreve também é bem organizada, não existem capítulos desnecessários e os acontecimentos fluem. Já nas primeiras páginas não há enrolação sobre a introdução das personagens principais e a ação se inicia rapidamente. São apresentados cenários e protagonistas.
Nos revezamos entre a Índia e a vida de duas irmãs de classe alta, bonitas e cultas, que possuem uma família feliz com pais realizados e casa á beira mar; e a vida de um advogado experiente que vive nos Estados Unidos e passa por momentos ruins no escritório em que trabalha e com a mulher que é indiana e o abandonou.
Os conflitos iniciais são intensos. As meninas ficam órfãs e perdidas após um tsunami destruir a região onde vivem. O advogado não supera um grande trauma e sente-se cheio de dúvidas e perdido quanto ao rumo de sua profissão. Sem precisar de grandes trechos impactantes ou floreios literários, o autor de forma muito simples já consegue cativar o leitor com as personagens e seus problemas imediatos. As meninas são Ahalya de 17 anos e Sita, de 15. O que fazer após perder absolutamente tudo? Casa, família e paz? O advogado é Thomas, e sua (ex?) esposa é Priya.
As personagens secundárias também são excelentes, e são muitas. Cada uma está no livro para causar determinado fato. Ninguém é desperdiçado e não fica confuso para o leitor.

O grande forte do enredo está no que acontece com essas três pessoas em destaque. Você torce demais pelas meninas, página após página. A forma como Thomas entra na vida delas é incrível (apesar do leitor já saber que isso ocorrerá). A ligação que passa a existir entre eles é forte, convincente e emocionante.
O autor nos mostra um pouco da cultura e vida na Índia, os bastidores das diversas ONGs, polícia e Justiça (não apenas na Índia) que lutam contra o tráfico humano, pedofilia e escravidão forçada. Uma enorme rede que enfrenta corrupção, desleixo político, burocracia e bandidos.
A rede contra a pedofilia/escravidão/tráfico humano é grande, eu nem imaginava que existam tantas pessoas altruístas que praticamente deixam de viver suas vidas totalmente para se dedicarem a uma causa humana tão comovente.
No entanto, a rede clandestina dessa exploração e praticante do crime contra a vida e liberdade parece maior. É muito complexa, obscura e entrelaçada.
Os cenários mudam constantemente, viajamos por três continentes e conhecemos a vida de muitas vítimas (a maioria menor de idade), heróis (só existe essa palavra para nomear as pessoas que de forma direta e indireta agem contra isso) e criminosos nojentos, desprovidos de caráter, ética, respeito e consciência.

E para mim, pior que esses bandidos de corpos e corações são os que os apoiam! Sim, o consumidor. O sujo cidadão que paga para estuprar menores de idade. O que acessa vídeos e fotos, dando visitas a sites de pedofilia. Pessoas da pior escória da sociedade, que participam de grupos secretos e frequentam bordéis onde as mulheres e crianças são prisioneiras, exploradas, escravizadas.
Existem ainda os participantes indiretos, os cúmplices, os omissos e os que auxiliam indiretamente. Às vezes escondem uma pessoa na própria casa por uns trocados. E mesmo os que nada fazem, mas sabem "onde ou quem". Sabem e ignoram!

A vida que elas são obrigadas a ter não é vida nem prisão; é o inferno na Terra. Enganadas, raptadas, presas, espancadas, envergonhadas, estupradas, humilhadas, marcadas para sempre. Jogadas de um lado para o outro, como se suas vidas não valessem nada. Ah, mas valem! São negociadas descaradamente, suas vidas são barganhadas. Elas veem dinheiro sujo enriquecendo bolsos podres.
Mesmo as que não sofrem o abuso sexual, sofrem a escravidão e espancamentos durante trabalhos pesados forçados ou são obrigadas a traficarem drogas. Algumas sofrem um pouco de tudo, e a grande dor não é apenas física; é psicológica, emocional, espiritual.
Sonhos e inocência são arrancados delas da pior forma possível. Algumas são vendidas ou exploradas pelos próprios parentes, outras desaparecem e a família nunca mais as encontra, sem ao menos imaginar se estão vivas.

O autor mostra em detalhes esse mundo terrível e chocante.
Me interessei pela parte jurídica e burocrática, pois por ser advogado envolvido com os direitos humanos internacionais, tendo entrevistado vítimas e salvadores e tendo se aprofundado diretamente no esquema desses crimes, ele soube nos apresentar a batalha diária para tentar salvas essas pessoas.
Quanto aos abusos por elas sofridos, o autor nos comove na medida certa, sem nenhum melodrama. Afinal, não há a necessidade disso. Tudo que acontece com elas já possui dor e sofrimento necessários para nos atingir fortemente. Por diversas vezes tremi, imaginando o sofrimento das meninas.

Percebi o quanto sou egoísta e finalmente formei uma opinião sobre isso. Porque antes, por mais que eu me comovesse com histórias assim, uma pequena e injusta parte de mim pensava em como essas mulheres caíam nessa rede. Como deviam ser ingênuas. Por que permaneciam? Por que não escapavam, denunciavam? Ingenuidade, na verdade, minha. Na maioria das vezes: simplesmente não há como fugir e/ou resistir! Me senti uma completa idiota e sem coração por um dia ter pensado essas coisas sobre as vítimas de escravidão e prostituição forçada.

Apesar de ser ficção, com personagens criadas para isso, imagino quantas "Sitas", "Ahalyas", "Natalias", "Ivanas", "Natashas" sofrem nesse mundo. Não importa o nome, nem nacionalidade, idade ou como caíram nas garras imundas desses criminosos. O que importa é que cada uma é um ser humano, e deveria ter o direito a uma vida livre e normal. Nem consigo imaginar.
Admirável a força, a coragem, a esperança e a fé das irmãs do livro, e também de Thomas!
O autor incrimina a sociedade, informa como tudo acontece, choca o leitor e nos arranca lágrimas por cada menina desse mundo, não importa a etnia, que se perde e quase sempre morre nessa rede de escravidão e prostituição.

Não deixem de assistir ao booktrailer. Ah, e a pulseirinha do kit da Novo Conceito é uma das coisas mais fortes presentes na história.


Trechos:
"'Então esta noite eu vou ser vendida também', pensou ela. O horror que isso lhe causava a deixou entorpecida. Ela vestiu seu traje de sedução e foi atrás de Sumeera pelas escadas,"

"Ele tranquilizou, persuadiu, bajulou, e, finalmente, implorou para que o chefe da ACI não desistisse da operação. No final, o homem aquiesceu, mas cortou um terço de seu contingente e jurou que eles estavam só perdendo tempo."

"O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória."

"Ela colocou a mão sob o sári e esfregou Hanumam com seu polegar. Ela tentou rezar, tentou acreditar que o macaco não era apenas um pedaço de cerâmica, que o verdadeiro Hanumam vivia e procurava por ela, mas sua fé não foi capaz de sustentar o peso de seu temor."

"É um empreendimento ilegal que afeta praticamente todos os países do mundo e gera um lucro de mais de trinta bilhões de dólares, forçando milhões de homens, mulheres e crianças à prostituição e ao trabalho escravo."

www.leitoraviciada.com
Tainã Almeida 09/01/2015minha estante
nossa . q resenha fantastica. mas ainda estou com 2 coraçoes :( sinceramente, fiquei supeer tentada a ler , mas é drama . drama é mto ruim . nao gosto de ler/ver um drama sabendo que nao posso fazer nada (pq sabemos que o trafico humano existe . e no momento que tu ta vendo/lendo aquilo , em algum lugar do mundo uma historia pareçida com aquela pode estar acontecendo e estou aqui, lendo ¬¬ sem poder fazer nada ) tenho medo de ler essas coisas e ficar depressiva =/




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