Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol Corban Addison




Resenhas - Cruzando o Caminho do Sol


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Samira.Coba 23/10/2017

Cruzando o Caminho do Sol

Neste livro acompanhamos as vidas das irmãs Ahalya e Sita, que tinham uma vida considerada perfeita ate tudo desmoronar depois que um tsunami destruiu parte de seu país. Ao mesmo tempo acompanhamos a vida de Thomas que mora do outro lado do planeta.
Um livro intenso, que te transporta para tidos os países como se fosse você viajante e não apenas lendo.
A situação das irmãs é bem complicada e tudo parece apenas piorar conforme você vai lendo.
Já Thomas perdeu sua vida perfeita por um acontecimento muito marcante, e desde então não sabe quem é e nem o que quer realmente para sua vida.
De forma inesperada a vida dessas pessoas se encontram e tentam de alguma seguir sempre em frente, tentar superar os desafios e seguir o caminho que o sol lhes mostra toda manhã.
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Luciane 30/12/2015

História forte, mas incrivelmente boa.

Trata do submundo do tráfico humano.

A forma como o autor escreve, intercalando capítulos sobre cada um dos personagens, torna a leitura muito atrativa.

Contudo, apesar do tema, há no livro uma forte pitada de romance:

"Não, não chore; nova esperança, novos sonhos, novos rostos,
E a alegria não vivida dos anos que estão por vir
Vai mostrar que o coração pode enganar o sofrimento,
E que os olhos podem as próprias lágrimas iludir"

"Não, não sofra, embora viva a escuridão de seus problemas,
O tempo não vai parar, e nem andar atrasado;
O dia de hoje que parece tão longo, tão estranho e amargo,
Breve estará esquecido no passado"

"[...] Senão, pense nisso: e se você fosse atrás dela na Índia? E se desse uma última oportunidade ao seu casamento? Eu sei que parece loucura. Pode ser que ela rejeite você. Você pode voltar para casa se sentindo um fracasso. No mínimo, porém, você terá o desfecho que não consegui ouvir em sua voz. Você terá tempo de construir uma carreira. E o amor é algo muito mais raro. [...]"

"Thomas sentiu como se estivesse sendo partido ao meio. Ele percebeu o quanto ainda a amava e nunca deixara de amá-la. Nem quando sua filha morreu. Nem quando seu olhar se tornou cruel e, sua língua, cortante. Se fosse preciso, ele se casaria com ela novamente. Ela era a melhor coisa que lhe acontecera na vida."

Recomendo!!

Este livro é do Grupo Livro Viajante.

site: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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Lay 03/06/2012

Em uma palavra: IMPERDÍVEL!!!!
Fiquei um pouco receosa para inciar a leitura desse livro justamente por saber que o tema abordado era muito forte e não me sentia em um momento propicio para esse tipo de leitura, mas parei de adiar e resolvi encarar que é um tema importante e devo dizer, não me decepcionei. É possível perceber que o autor se debruçou muito em pesquisas para escrever esse lindo livro.

A historia é contata em 3ª pessoa alternando capítulo sobre as irmãs indianas Ahalya (17 anos) e Sita (15 anos) e outro sobre o advogado norte-americano Thomas Clarke. Mas você pode se perguntar como essas historias se cruzam. Ahalya e Sita, que estão passando as férias com os pais numa cidade afastada, veem toda sua família morta após um tsunami. Garotas de classe média alta e cultas veem-se perdidas diante dos fatos e sem saberem a quem recorrer e onde ficar decidem ir para o Colégio onde estudavam, no entanto, para chegar lá elas teriam que percorrer um longo caminho sem saber em quem confiar. Porém, após encontrarem um conhecido de seu pai e conseguirem uma carona até a cidade onde ficava o colégio tudo começou a desandar. Após verem-se sozinhas com o motorista, as garotas foram sequestradas e vendidas para um bordel em Mumbai. Dessa forma começa a se apresentar a rede de tráfico humano.

Há milhares de quilômetros dali, Thomas se vê em um momento infeliz em sua vida. Após a morte de sua filha de meses de vida, ele vê seu casamento desabar e sua mulher, Prya o abandona e volta para a casa dos pais na Índia. Para completar o cenário, seu trabalho também não vai bem, e com a derrota de um caso importantíssimo, ele é colocado como bode expiatório. Com as opções dada pela empresa, Thomas decide-se por um ano sabático na Índia trabalhando para a Aces (Aliança Contra a Exploração Sexual). Esse parecia apenas um acidente de percurso, pois, para ele, após um ano voltaria para a empresa e poderia novamente seguir seu caminho rumo à uma cadeira em um tribunal federal (seu objetivo desde os 15 anos) e para chegar lá, tinha que estar nos melhores lugares, nos melhores escritórios de advocacia.


Chegando em Mumbai, Thomas se vê em um mundo completamente diferente do seu. Morando com um amigo dos tempos da faculdade, ele inicia seu trabalho como estagiário na Aces e passa a conhecer o trabalho burocrático por traz das ONGs. E é em uma operação de resgate da Aces que Thomas conhece Ahalya, embora seu trabalho não seja em campo, sempre em algum momento, os advogados, que trabalham no escritório vão à campo para ver com seus próprios olhos.

Mesmo socorrida dos abusos que sofreu no bordel de Mumbai, o sofrimento de Ahalya, ainda não tem fim, pois sua irmã foi vendida. A partir daí ela pede à Thomas que encontre sua irmã.

Uma historia envolvente, forte e que nos faz refletir muito sobre o que vemos no mundo e o que fazemos de conta que não vemos. O tráfico de seres humanos existe. A escravidão existe. E Corban traz esse assunto em forma de romance para ser debatido. No final do livro, o autor nos dá informações sobre como ajudar e o que ler para ter maiores informações sobre o assunto.

Assim como Linhas e Brilhos, o cunho social desse livro é muito forte e impactante.

Confiram o texto completo em: http://layalmeida.blogspot.com.br/2012/06/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
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Rose 03/06/2012

Como vocês podem ver é uma capa belíssima, e ainda mais bela pessoalmente. O autor John Grishan disse que este é "um romance belíssimo com uma importante mensagem." Acreditem, ele não mentiu.
Comecei a ler este livro no dia seguinte da postagem que fiz sobre pedofilia e chorei em algumas passagens do livro.
A capa e a história do livro são hipnotizantes e você se vê envolvida no drama desta história. Você começa a pensar na vida, na sua vida e como eu disse na postagem da pedofilia, começa a ver como o ser humano pode ser tão cruel e mesquinho. Sim, é um romance fictício, mas tem muita gente que vive este drama diariamente. Penso no momento que enquanto estou aqui digitando estas palavras, alguém está sofrendo a dura realidade descrita nas páginas deste livro.
Em nenhum momento pensei em largar o livro. Em nenhum momento lembrei que a história era fictícia, já tinha até decidido verificar na internet sobre o grupo ACES que depois o autor conta que é ficção. O livro é tão bem escrito, com detalhes na medida certa, sem se tornar chato e cansativo, e ao mesmo tempo consegue nos deixar com os níveis de tensão lá em cima que fica difícil largar. Tá bom, deixa eu falar um pouco melhor da história em si do livro.
Cruzando o Caminho do Sol, conta a história de duas irmãs indianas, Sita e Ahalya, que são amadas e protegidas por seus pais. Suas vidas são viradas ao avesso quando um tsunami destroi a cidade em que moram e mata toda sua família. Sozinhas e sem saber o que fazer, elas partem em direção a escola onde estudam, mas no caminho infelizmente cruzam com maus elementos que a levam ao submundo do crime, para ser mais clara, elas se tornam vítimas do tráfico de pessoas e viram escravas sexuais. É isso mesmo, elas são duas entre milhares de pessoas que sabemos existirem pelo mundo que são raptadas ou enganadas com promessas de emprego mas que na verdade terminam sendo obrigadas a se prostituírem para não morrerem.
As meninas vão parar em Mumbai, sem conhecer nada nem ninguém, tendo apenas uma a outra em que confiar e amparar. Não sabem o que esperar do futuro além do medo e do terror de terem seus corpos usados.
A história destas meninas se cruzam acidentalmente quando Thomas, um advogado americano, recém separado de sua mulher indiana Pyra, é obrigada a tirar "férias" de um ano de seu emprego. Ele escolhe então trabalhar como voluntário na sede da Aces em Mumbai e aproveita a oportunidade para tentar reconquistar Pyra.
Ao chegar em Mumbai, Thomas perceber que a Aces será muito mais que "um ano sabático" como dizem no escritório, e que seu trabalho pode de alguma forma fazer a diferença no mundo e para algumas garotas.
Em um dos trabalhos da Aces, os caminhos de Thomas e Ahalya se cruzam, Ahalya é resgatada de um bordel, mas sua irmã desaparece. Comovido com a história das irmãs, Thomas acaba tomando para si a responsabilidade de encontrá-la. Sem nenhuma garantia e com muitos mistérios para serem resolvidos, começa a busca de Sita pelo submundo do comércio sexual.
Neste meio Thomas ainda tenta reconquistar sua mulher, ou melhor o pai dela que nunca o aceitou, e ele sabe que se quer voltar com Pyra, precisa da aprovação de seu pai.
Entre idas e vindas, perdas e ganhos, encontros e desencontros, Thomas segue o rastro de Sita e conhece o comércio online da prostituição, onde meninas são vendidas como gado e valem ouro se são virgens. Em uma tentativa de salvar Sita e outras meninas, além de desbaratar uma grande e importante rede de tráfico de pessoas e de prostituição, Thomas junto com o FBI e a Swat, armam um plano onde muita coisa está em jogo, principalmente a vida de vários rostos desconhecidos.
Como eu disse, um romance envolvente e hipnótico, e sim, tem uma mensagem sem igual. Se para qualquer mulher é difícil encarar um estupro, fico imaginando o peso do ato para pessoas com a cultura de Ahalya e Sita que são indianas, que como sabemos não tem tanto amparo como no mundo ocidental.
Nem sei mais o que dizer deste livro sem acabar revelando toda a história, só posso dizer que acho difícil encontrar alguém que não o aprove, seja como romance, seja como alerta. E pensar que este é o primeiro livro escrito por Corban Addison.
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ritita 11/06/2016

Majestático!
Eu, literalmente, mergulhei neste livro desde a primeira frase. O mocinho não é descrito como, não existe a mocinha, desde o início é um sofrimento e um descompasso só do coração e da mente.
Como pode ser? O mundo está ao contrário e ninguém reparou? Em Mumbai, em Paris e N. York?
Por que o animal homem é governado pelo poder através do sexo e do dinheiro?
Por que mulheres, de qualquer idade ou classe social precisam chegar ao limite mínimo da dignidade para atender a este poder?
O livro fala sobre o tráfico de meninas, muitas vezes impúberes, para fins sexuais.
É ficção? O autor diz que sim, mas o desenrolar da história e, sendo ele advogado apoiador da abolição moderna, tenho sérias dúvidas, também pela minúcia não só deste submundo, como detalhes criteriosos dos possíveis desmantelamentos de quadrilhas que agem em todo mundo.
Em alguns momentos, o leitor como algumas vítimas, acha que a morte é um benefício.
É pesado, tocante e de cortar o coração; são 415 págs de sofrimento, angústia e medo. O autor não dá uma trégua na contação da história.
Não se trata de um romance, é uma terrível denúncia!
Nojo, tristeza, indignação, impotência, foram, no mínimo, as emoções que me despertavam ao ler. A raiva por saber, que apesar de ficção, existe o fato, foi tanta que não consegui chorar.
Prateleira de diamantes. R E C O M E N D A D Í S S I M O!
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Sil 27/06/2016

TIRO, PORRADA E BOMBA
Olá,

♫♪♫♪ sábado de sol, aluguei um caminhão, pra levar a galera, pra comer feijão ♪♫♪♫ nossa, alugar caminhão? comer feijão? Gente, que povo rycoh! #nãotafacilpraninguem Mas se você acha que a coisa ta difícil pra você, é porque você ainda não conheceu Sita e Ahalya! Essas duas irmãs, adolescentes de classe média que vivem com seus pais na Índia, tem suas vidas reviradas em um único dia: logo pela manhã, um tsunami atinge a costa e leva consigo tudo o que tem pela frente, inclusive toda a família das meninas (isso não é spoiler povo, tá na capa). As irmãs precisam então procurar por ajuda, mas a vida é injusta, e nem sempre podemos confiar nas pessoas. Enquanto isso, do outro lado do mundo o advogado norte americano Thomas Clarke, precisa juntar os caquinhos da sua vida destruída para tentar montar uma nova, ao perceber que precisa de uma revolução completa, ele decide largar tudo, e ir trabalhar em uma ONG na Índia. A vida deles vai se cruzar. Vão remover a venda dos nossos olhos, e jogar um balde de água fria na gente.

Se você ta achando, que esse é mais um livro drama-chororô-nhênhênhê-mimimi, tá muito enganado! Esse livro é realista, forte, trata de um tema pesado, e mostra um mundo que até então é praticamente impossível imaginar! O autor e advogado norte americano Corban Addison, consegue pintar um cenário muito real, dos vários níveis de corrupção existentes dentro desse mundo injusto e cruel.

Tiro, porrada e bomba, e pronto! Seu emocional ta destruído, o mundo é uma droga, as pessoas são um lixo. Quase nem consegui dormir depois de ler o livro, se você conseguir, me ensina!!

Abraços

site: http://www.colunadovale.com.br/tiro-porrada-e-bomba/
alissonferreira.c1 24/09/2016minha estante
Definitivamente essa foi a melhor resenha que já li aqui no Skoob. Kkkkkkkk
Muito bom. Tenho esse livro, mas ainda não li. Comprei num sebo. Acho até que vou desistir do que eu estou lendo e começar a ler ele.


Sil 24/09/2016minha estante
Ola Aly Ferreira,
Pois leia mesmoo e me conte o que achou :)


Vilma Cunha 30/04/2017minha estante
Muito boa essa resenha é bem assim mesmo. Como foi citado acima, você vai precisar de uma caixa de lenços é impossível não chorar, já começa com um tsunami que acaba com a família das duas meninas e se não bastasse são vendidas como escravas para o comércio sexual...Chega de spoiler, bora terminar minha leitura..Rs...




Duda 27/01/2019

Cruzando o Caminho do Sol
Esse livro conta a história de Sita e Ahalya são duas irmãs indianas que, após perderem toda a família para um Tsunami, tentam encontrar uma forma de continuar a vida, mas que acabam sendo vítimas do tráfico humano. Vendidas, passando de mão em mão, sofrendo. O amor que elas setem uma pela outra é o que as fazem suportar cada uma das dificuldadedes que encontram pelo caminho.. Esse livro é muito forte, triste e super marcante. Confesso que a leitura é bastante intensa por se tratar de um assunto tão real, mas amei, ele nos faz sair da zona de conforto e dessa nossa bolha. Resumindo... Eu recomendo.. kkkkkkkk
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Dani 16/01/2019

Desgraça pouca é bobagem
Compartilhei stories e fiz até um post no instagram (@leiturasdadani) sobre o andamento dessa leitura porque não me aguentei esperar até finalizar para comentar sobre ele. É tanta desgraça na vida das duas irmãs protagonistas que, nossa senhora, não estava sabendo lidar sozinha.

Cruzando o Caminho do Sol vai contar a história dessas duas jovens irmãs que acabam perdendo a família num tsunami, e durante a fuga da cidade devastada acabam sendo sequestradas e vendidas para exploração sexual. Porém os capítulos delas são intercalados com outros contando a história de um advogado (que também tem a vida rodeada de desgraças). Na metade do caminho as histórias dos três se cruzam para mostrar o resgate das duas meninas dessa exploração desumana.

Fui avisada que o livro era pesado, que o tema central era o tráfico de pessoas para exploração sexual, porém não estava preparada para o que encontrei. As descrições não são vulgares ou explícitas, muito menos usam um vocabulário chulo, mas mesmo assim acabam despertando reações quase físicas, como o estômago embrulhado, o coração apertado e o desespero que não deve nem chegar perto de se igualar ao de quem realmente passa por uma situação dessas.

Talvez por isso considerei um livro tão bom. Qualquer pessoa que consiga sentir um pingo de empatia não escapará ilesa dessa leitura. É simplesmente terrível imaginar que tantas pessoas são vítimas dessa exploração, e que a grande maioria delas não tem um final feliz como o do livro.

A única ressalva que tenho é com o modo do desfecho, sempre com coincidências atrás de coincidências para o advogado conseguir localizar o paradeiro de uma das irmãs, que passou por diversas mãos cruéis antes de ser resgatada. Pra mim foi um pouco demais, o tipo de coisa que só aconteceria na ficção. Mas de modo nenhum deixo de recomendar a leitura por conta disso.

"Olhando para ela agora, ele começou a compreender. Confrontada com a escolha entre a amargura e o amor, Ahalya havia escolhido o amor."
Que possamos sempre escolher o amor. ❤
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iluj 07/05/2012

www.meninadabahia.com.br
Um belíssimo romance que nos atenta para uma cruel realidade. Cruzando o Caminho do Sol, de Corban Addison (Novo Conceito, 448 páginas, R$ 29,90), conta a história de duas irmãs, e do advogado americano Thomas, onde suas vidas se cruzam, nos mostrando um lindo entrelace e ao mesmo tempo abordando um tema muito importante, o tráfico humano e sexual.

Ahalya e Sita são duas imãs indianas de classe média alta, elas tinham a vida perfeita até que tudo é destruído por um tsunami; em busca de ajuda, Ahalya e Sita acabam confiando em quem não deveriam e vêem a sua inocência e liberdade serem roubadas. E, como simples objetos ou até mesmo um mero pedaço de carne, elas são vendidas e passadas de mão em mão, ao que se revela ser só a ponta do iceberg de uma rede de tráfico humano gigante. O destino final ou temporário acaba sendo um bordel em Mumbai e lá Ahalya não tem para onde fugir, tem que aceitar o que lhe foi imposto, para o seu próprio bem e o da sua irmã mais nova Sita. Assim ela acaba virando uma “beshya” (prostituta) e passa os dias seguintes suplicando para que o mesmo não aconteça sua irmã. O que parece ser um pedido atendido pode ser mais um desafio do destino.

Ahalya despertou no dia de Ano-Novo como um pássaro de asa quebrada. Ela falou, mas a alegria havia desaparecido de sua voz.
Pág. 92


Em contrapartida temos Thomas, um advogado americano que tenta construir a sua carreira de sucesso na empresa em que trabalha, mas todo seu trabalho lhe custou um preço, sua esposa e sua filha, um casamento que foi ficando desgastado, quando sua esposa mais precisou ele não estava inteiramente lá. Agora ela partiu voltando para sua terra natal e como se não bastassem no trabalho às coisas também não estão boas, e um ultimato lhe é dado, e um acontecimento presenciado por ele influenciará na decisão tomada. Escolha essa que mudará a sua vida de uma vez por todas, trabalhando para ACES – uma ONG que luta contra o tráfico e a exploração sexual -, Thomas irá conhecer um novo mundo.

Os destinos de Thomas e Ahalya se cruzam, quando ele participa de uma operação na Índia. No entanto, é um pouco tarde para Sita. Ela se foi, ninguém sabe seu destino. Uma promessa é feita e a partir daí três vidas seriam mudadas completamente.

- Você sabe o que isso significa?
-O quê?- ele perguntou, levemente exasperado...
- Você nunca ouviu falar sobre a pulseira de rakhi?...
Ela tentou organizar os pensamentos.
- É uma tradição indiana que remonta há milhares de anos. Uma mulher entrega a um homem uma pulseira para ser amarrada em seu pulso. A pulseira significa que aquele homem é seu irmão. Ele assume o dever de agir em sua defesa.
Pág. 219


Sem dúvida, Cruzando o Caminho do Sol superou as minhas expectativas. O livro aborda um tema forte, que é o tráfico humano e sexual, e o autor foi feliz nisso. Ele conseguiu tratar este tema de forma brilhante, não deixando o livro pesado; a história flui normalmente, os capítulos vão se intercalando, ora mostrando Ahalya e Sita e ora mostrando Thomas.

Outro ponto a se destacar é o embasamento que o autor teve para construir a trama, nota-se que ele se aprofundou e pesquisou bastante nesse universo e, apesar de se tratar de algo fictício, ele se baseou em muitas ONGs e instituições às quais visitou.

Este foi um livro - não só enquanto lia, mas também ao terminar - me fez ficar pensando no que somos capazes de fazer com o próximo, até que ponto chegamos e como coisas idênticas a estas acontecem em nossa volta e muitas vezes não nos damos conta; isso não é só uma força de expressão, é a mais pura verdade, o tráfico humano e sexual se alastra por todo o mundo e é nos locais mais subdesenvolvidos que ele se alimenta.

Este é um livro ao qual recomendo, se tornou uns dos melhores que já li neste ano.
Naty 07/05/2012minha estante
Me deixou com vontade de ler!




Raffafust 25/06/2012

Aprendendo a ser forte
Cruzando o Caminho o Sol pode ser candidato a um dos livros mais tocantes que li ultimamente, durante a leitura das mais de 400 páginas não foi uma nem duas vezes que me peguei fechando o livro e respirando fundo porque queria continuar e para isso teria que ser forte. Sim, sou sensível a alguns temas e o tráfico humano é um deles. A história das duas adolescentes que vivem na India e que tem uma vida de conforto ao lado de uma família feliz e de um pai exemplar mas que após um tsunami vêem suas vidas transformadas em uma total tragédia, choca do início ao fim.
Tem que se ter estômago, pensar que é ficção ... mas eu sempre lembrava que aquilo realmente ocorria na vida real e que nela não temos a menor certeza de final feliz.
As adolescentes em questão : Ahalya e Sita comem o pão que o diabo amassou e tiram forças sabe-se Deus lá da onde para ainda terem esperança e acreditarem que dias melhores virão....mas o autor não lhes dá moleza, quando achamos que há luz no fim do túnel, ele revira a vida das meninas para mais um pouco de cenas estristecedoras.
Há duas histórias que se entrelaçam, as delas na India e a do advogado americano recém separado Thomas Clarke em Washigton , as " cenas" dele confesso que me deram um pouco de sono, monótonas e demoradas achei que muita coisa da vida dele era tão sem graça que nem precisavam ter citado. Mas claro que o autor lá pelas tantas ( e digo isso com quase metade do livro lido quando ocorre) dá motivo para existir o advogado que abandona tudo e vai viver na India, em um escritório que cuida de casos de menores de idade indianas que trabalham como prostitutas.
Sabemos que a India é pobre, mas narrada por Addison parece um mundo muito pior, um país sem qualquer controle e não conheço o país pra julgar mas faz o Brasil parecer a Disney!
É com essa história forte, triste mas ainda assim marcante e com um final satisfatório que fechamos o livro. Recomendo estar preparado e forte porque a leitura de livros do gênero não são recomendados para quem se impressiona muito com tragédias e com problemas como tráfico humano .
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taiz 15/11/2018

Não julgue o livro pela capa!
Este livro foi mais um dos que minha mãe comprou já sabendo que não leria, por isso, acabou ficando pra mim. E não perdi tempo, logo iniciei a leitura. Foi meu companheiro de ônibus por algumas semanas e, confesso, quem olha para a capa, tão frágil e não muito bonita, se usá-la como critério para seleção de leitura, não lerá este livro. No entanto, apesar disso, ele esconde uma história magnífica, cheia de personagens marcantes e aborda um assunto importantíssimo que, muitas vezes, é ignorado pelas pessoas. O tráfico humano ao redor do mundo, sobretudo, de meninas indianas, relatado no livro, mostra o quão mal tratadas e desvalorizadas são as mulheres na Índia, que possui uma cultura um tanto quanto extremista. Acompanhei o sofrimento de Ahalya e Sita Ghai, na expectativa de que, em algum momento, algo de bom acontecesse, mas cada página virada era um soco no estômago, o que me fez mergulhar ainda mais em sua história. O autor conseguiu expressar, de forma simples e crua, a violência, a violação do corpo, o machismo, a desumanidade atrelada ao comércio de pessoas e todas as consequências que traz, mesmo que numa obra de ficção, da maneira mais real possível. Mesmo diante de tanta tragédia e dor, as meninas não perderam a fé em seus deuses, em si mesmas, no universo, nem mesmo nas pessoas. E tiveram forças para recomeçar, para juntar cada pedaço. Vale a leitura, vale a reflexão sobre como, muitas vezes, somos alheios ao que acontece com os outros simplesmente pelo fato de não nos atingir diretamente. A mim, atingiu em cheio.
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alissonferreira.c1 02/11/2016

0 a 5: 4 - Um romance muito bom e uma aventura perturbadora
"Cruzando o Caminho do Sol é um trabalho de ficção, mas o comércio de seres humanos é totalmente real. É um empreendimento ilegal que afeta praticamente todos os países do mundo e gera um lucro de mais de 30 bilhões de dólares por ano, forçando milhões de homens, mulheres e crianças à prostituição e ao trabalho escravo" pág. 441

Admito que ultimamente eu estava consumindo um material muito superficial, que não me incitava nenhum tipo de emoção, porém após ler esse livro, minhas energias para leitura foram renovadas. Cruzando o Caminho do Sol possui um enredo trágico e bastante triste, mas prende o leitor de uma maneira surreal.

O livro conta a história de duas irmãs indianas que após uma tragédia são vendidas como escravas para o comércio sexual de Mumbai. As meninas ficam sob cárcere de um cafetão chamado Suchir e sofrem constante abuso e violência. Do outro lado do mundo, em Washington, Thomas Clarke, um jovem advogado, sofre uma crise em seu casamento e em seu emprego promissor e é obrigado a fazer um estágio de um ano trabalhando com uma ONG que investiga o tráfico de pessoas. É nesse momento que as vidas de Thomas, Ahalya e Sita de cruzam, levando os três em uma busca implacável e cheia de provações, mas também com muita esperança.
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Rafa P. 24/01/2018

Cruzando o caminho do mal...
Gostei bastante deste romance de estréia de Corban Addison. A história é muito interessante e apresenta um tema relevante que trás muitas reflexões sobre o comportamento e a maldade humana. No entanto a narrativa tem problemas, principalmente com relação a conveniências e facilidades encontradas pelo autor para a resolução ou não das situações. Eu senti que em vários momentos que ele simplesmente contava os fatos. Faltou explorar e se aprofundar melhor nos traumas vividos pelas irmãs. Mas ainda assim é um bom livro, ainda mais por ser o primeiro do autor. Eu recomendo.
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Mel 26/03/2020

Cruzando o Caminho do Sol
Este é, sem dúvidas, um dos livros mais emocionantes e marcantes que já li. A escrita é perfeita, consegui sofrer com os personagens, tem boa descrição de ambientes e personagens, o jogo de troca de narradores é ótimo e a história é simplesmente cativante.

Considero uma leitura essencial para nos sentirmos mais humanos e conhecermos um mundo real e diferente dos nossos (espero).
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Clarissa 08/06/2018

Dura Realidade
O livro é um romance, mas baseia-se na dura realidade a que mulheres ao redor do
mundo (e na Índia em particular) são submetidas. A leitura é dinâmica e a narrativa
prende o leitor.
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