@APassional 19/12/2012
Acidente * Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
Page tinha uma ótima vida, era alegre, sociável e alto astral. Casada com Brad, distribuía suas horas entre os cuidados com a casa, o marido e os filhos, participando de reuniões escolares, indo aos jogos de beisebol de Andy, às competições de natação da Allyson, pintando murais artísticos para a sua casa, a escola e amigos, enfim, era uma mulher bastante ocupada, talvez até demais...
"(...) ainda existia amor e desejo... só não havia tempo suficiente para desfrutar disso. Era do tempo que eles sentiam falta."
Ela não percebeu os sinais... de que seu casamento estava em risco... de que sua filha não estava indo para onde ela disse que iria... e de repente um ACIDENTE tira toda a estabilidade de Page: a filha corre sério risco de vida e no momento em que ela mais precisa do apoio do marido, descobre que ele está tendo um caso!
" - Como chegou aqui tão rápido? - Ele encolheu os ombros e encheu a boca com um outro gole de café ruim. Seus olhos nunca encaravam os dela, e até agora tinham falado somente a respeito de Allyson. Mas, de repente, Page sentiu algo de estranho. - Onde você estava?
Teria sido fisicamente impossível para ele ir de Cleveland a San Francisco, do hotel ao hospital em uma hora. E ambos sabiam disso."
Esse livro fala sobre como as pessoas reagem nos momentos de crise, na hora em que as máscaras caem e o melhor e o pior de cada um se torna visível.
Coragem x Covardia
Generosidade x Egoísmo
Enquanto Page e Trygve, o pai de Chloe (amiga de Ally que também se machucou) resistem com força, paciência e otimismo, Brad reage ao acidente com raiva, negação e fuga: simplesmente se ausenta, deixando tudo nas mãos de Page.
O tema principal do livro gira em torno do estado de coma de Ally, o iminente divórcio de Page e Brad, e a reconstrução afetiva de suas vidas, mas outros temas são trabalhados com os personagens secundários. Um deles é a Síndrome de Down, através de Bjorn, o filho de Trygve: a relação da família com o rapaz é muito bonita, e através dela, Page entende a importância de reconhecer as limitações físicas, mentais e afetivas de cada pessoa, inclusive as de Brad.
A narrativa em 3ª pessoa é envolvente, uma leitura que tensiona e emociona, arrematando com um suspiro de alívio e alegria. A 1ª experiência com a Danielle foi espessa e marcante, vou querer conhecer outras obras da autora com certeza.
Beijos... Elis Culceag.
Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 19/12/2012:
http://www.arquivopassional.com/2012/12/resenha-acidente-de-danielle-steel.html