nalanda.teixeira 21/05/2024
Decente, leve e agradável.
Ivan Ilitch é a típica pessoa que vive de aparências, sua vida inteira foi voltada à agradar o resto da sociedade, especificamente, as pessoas que ele considerava superiores.
Achava que vivia de forma ?decente, leve e agradável?, mas em seu leito de morte foi surpreendido por um sopro esclarecedor, ele nunca realmente viveu dá forma que queria, alcançou objetivos que nem eram de sua vontade, nem sabia quais eram suas próprias vontades.
Falar de morte é um tabu e, ficar às cegas desse acontecimento inevitável traz uma sensação de desespero e angústia quando nos deparamos com uma situação de doença. Ivan Ilitch não escapa desse fenômeno, muito pelo contrário, ele sofre com o peso dessa inércia, assim como a maioria de nós, só reflete sobre como vivemos no momento em que está se perdendo tudo.
O livro também aborda a maneira como a sociedade lida com doentes, principalmente, os de estágio terminal. Sempre os tratando com uma certa indiferença, omitindo informações, mentindo sobre a realidade, declarando que eles são um verdadeiro fardo, tudo isso cria um ciclo de dor para o paciente e para seus cuidadores. É fundamental escutar o que o paciente tem a dizer e falar tudo que é necessário, cuidados paliativos são certeza de qualidade de vida.