Aline Maria 24/05/2024
A vida é curta e o arrependimento é eterno.
"Ivan Ilitch está morto, mas antes ele do que eu" é o que todos que conheceram Iván Ilitch em vida pensam.
Ivan Ilitch é um funcionário público, recebeu bons cargos nos tribunais e levou uma vida feliz enquanto seu ofício lhe rendia a felicidade que desejava.
Em casa, não havia conexões com os filhos e seu casamento parecia um campo minado, do qual Ivan Ilitch não se importava em resolver. Enquanto seu trabalho era também uma rota de fuga dos problemas matrimoniais, a vida era agradável.
Mas o inesperado acontece, um acidente tão comum e que pode acontecer com qualquer um, - qualquer um mesmo! - trouxe a Ivan um imenso tormento de dores intensas que o acompanhou até seu último suspiro.
É quando a solidão, a dor e a pena de si mesmo alcançam Ivan Ilitch é que ele se questiona: Eu realmente fui feliz até aqui? O que fiz com a minha própria vida? E é aí, que ele percebe que a conta da sua mediocridade chegou.
Tolstoi construiu com maestria em pouquíssimas páginas uma obra que te confronta e te faz pensar como os "amigos" de Ivan Ilitch: antes ele do que eu, mas muito mais do que isso é, o que você tem feito com a sua própria vida? Quais são as relações que você tem construído? O que você tem amado e quem te ama de verdade?
A vida é realmente muito breve, mas é uma dádiva que jamais deve ser desperdiçada. Quando enfim chegar o dia do triunfar do Rei da Eternidade e este te confrontar: O que fizeste com o bem tão precioso que lhe dei? O que fizeste com a vida que foi paga com um preço tão alto?
Ninguém contou ao Ivan, mas lhe conto agora caro amigo: Viva! Viva uma vida que glorifica quem te criou de forma tão especial e admirável. Não espere a dor, a solidão e o último ar escapar-lhe os pulmões para perceber que viver é bom, mesmo que no meio do caminho a gente sofra, mas tenha bom ânimo alguém já venceu o mundo por amar você!