A morte de Ivan Ilitch

A morte de Ivan Ilitch Leon Tolstói




Resenhas - A Morte de Ivan Ilitch


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Bonkis 19/04/2024

A experiência mais agoniante da minha vida. Passei por uma experiência quase idêntica ao processo da morte de Ivan Ilith com um parente meu, e enquanto lia não pude deixar de relembrar, e deu um significado além do esperado pro livro. Eu nunca vou me esquecer do que eu li aqui, e gostaria que todos dessem uma chance pra essa obra.
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Luke_the_hero 19/04/2024

Não desejo para ninguém um fim tão melancólico como o de Ivan Ilitch
As minhas impressões lendo o começo do livro era que Ivan era um homem muito materialista e superficial, suas únicas preocupações eram o que os outros pensavam e sobre seus bens, como se o miserável fim que ele teve foi algo que ele mesmo construiu. Isso não deixa de ser uma verdade, mas é triste de acompanhar, porque o final é angustiante e de dar dó.

A morte de Ivan Ilitch desperta ao leitor um retrato muito realista do fim triste e solitário de alguém que parece não ter criado laços verdadeiros com outras pessoas. Isso é demonstrado até pela vida do Ivan, porque você não vê grandes diálogos entre ele e outras pessoas, suas atitudes parecem ser guiadas apenas pela sua carreira, até o seu casamento! No fim, o que restou? Teria ele vivido de maneira errada?

Esse livro é incrível porque faz você refletir sobre isso, é quase como se fosse definido em páginas as fases de aceitação da morte de si... Ivan começa negando sua situação, achando que não é nada demais; depois fica irritado, sua vida fica instável e culpa todos pelo que está sofrendo; depois ele tenta seguir à risca as orientações médicas; quando nem assim as coisas melhoram, ele começa a ficar melancólico e com medo da morte para por fim aceitar a morte que ele tanto temia de braços abertos.

Como deve ser triste ficar tanto tempo dependendo de outros para viver a tal ponto de perder a vontade de seguir em frente. Como deve ser triste morrer pensando que não viveu da maneira certa.
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Jazz 18/04/2024

Enriquecedor
Que leitura maravilhosa.
Eu confesso que comecei com um pé atrás, achava que não ia engajar, mas 2 horas depois tinha finalizado com um aperto no peito e lágrimas nos olhos.
Leitura importantíssima.
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Rosana Oliveira 17/04/2024

Uma novela curta que conta como um homem que era considerado afortunado desde pequeno, por seu caráter, sua inteligência, sua influência acadêmica e social acaba frustrado com sua vida e prostrado a espera da morte.

Ivan, o segundo de 3 filhos sempre se destacou de seus irmãos pela sua inteligência. Se destacou na faculdade, entre seus amigos, no seu trabalho como Juiz. Era considerado homem invejável e de pleno caráter. Após viver o que precisava, se casa não por amor, mas por pura sugestão de si próprio, já que não tinha mais nada a perder (ou fazer) Viu se mergulhado em sua rotina e afoga-se em auto piedade. Até que a morte se apresenta.

O personagem se depara com a dúvida da humanidade: será que vivi e aproveitei o suficiente? Como será a morte e o que vem depois dela?
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Gladia~ 17/04/2024

A redenção vem no fim da vida
O livro inicia com o anúncio de que Ivan Ilith, um membro importante da câmara judiciária, faleceu.
A primeira parte do livro nos descreve as primeiras reações, sentimentos e ações dos conhecidos e familiares em volta de Ivan Ilith.
O livro me fez pensar na hipocrisia com a qual as pessoas agem conforme os costumes nesses momentos e muitas vezes, sem de fato carregar sentiments reais sobre aquela morte.

Também me causou medo. Tolstoi, ao descrever o pensamento das pessoas envolta do falecido, coloca em evidência a falsidade com a qual aquele momento é levado e até o sentimento narcisístico do ser humano:
A dor foi minha e não do outro, ele morreu e não eu, o cargo que ele deixou vai ficar com quem?
Há até certo resquício de felicidade nas pessoas.

A primeira parte finaliza com os colegas do falecido reunidos na casa de um deles jogando baralho. A lição que me trouxe dessa cena é que a vida continua após a morte de alguém.

O que me chamou atenção é que Tolstoi, com uma escrita tão perfeita, coloca o dedo na ferida de uma hipocrisia tão presente, mas que não se fala e não se pode falar.

A segunda parte é a vida do protagonista, a vida e sua morte.
Ivan se formou em direito, se casou por convenção e seguiu a vida com os princípios de agir da forma mais convencional e tranquila que pudesse, foi dessa forma que alcançou seus cargos de trabalho.
A hipocrisia e tentativa de distanciar-se de tudo o que é incômodo, são as maiores características de Ilith.

Assim que ele é acometido por uma doença, a dor e a morte se tornam quase um personagem na história. Elas conversam com Ilith. E é nesse momento que ele se questiona sobre sua vida, o sentido dela, o que teria feito de errado e o que poderia mudar?

A sensação que eu tive ao ler isso é que Ilith não sentia, não amou, não se entregou e nem se questionou durante sua vida. Ele alcanço tão alto cargo que a notícia que sua doença iria mata-lo, o causou confusão? Como pode alguém como ele morrer?
Ele não se senti mortal (e nisso eu percebi que ele não era alguém vivo quanto ele mesmo pensava, já que não viveu a vida com verdade).

Assim que a morte deu de cara com ele, todas as nuances humanas chegaram juntas e todas as dores evitadas apresentaram para ele nesse momento.

A narrativa de alguém no fim da morte, sentindo a vida sair de seu corpo aos poucos, agonia, a gente sente na garganta aquela dor, a culpa e o arrependimento que ele é acometido ao perceber a forma que levou sua vida.

Pra conseguir entender todas as camadas desse livro, só lendo, porque cada frase que Tolstoi coloca ali, diz MUITO!

O personagem sofre tanto, que na verdade esses momentos de fim da vida, eles sim eram a morte.
E contraditoriamente, a morte existe porque a vida existe e a vida existe porque há a morte.

Ao pensar e estar de cara com a morte, Ilith de fato estava vivo.

?Fora a luz que tomará lugar da morte?
?Acabou a morte, ela não existe mais? (e nem a vida).
@isabellajanis 17/04/2024minha estante
Outro livro reflexivo e curto dele é o Felicidade Conjugal




acdlara 17/04/2024

Livro pequeno, mas poderosíssimo!
Ivan, juiz burocrata, acaba acometido por uma doença não diagnosticada, e falece aos 45 anos. A obra aborda a trajetória da sua vida até a morte, e apesar de ser um livro que trata sobre a morte, penso, paradoxalmente, que refleti muito sobre a vida. A verdade é que pensar sobre a morte nos ajuda a viver. Nos ajuda a lembrar da nossa finitude e do prazo de validade de cada um. Nos auxilia em buscar o sentido da vida, seja na área espiritual, amorosa e profissional. Negar a transitoriedade da vida é pedir para cair em um precipício de viver mediocremente, se importando com futilidades, preocupações banais e acumulando orgulho, poder e ego por um terreno tão passageiro. Válido ressaltar que, já no seu leito de morte, Ivan relembrou o seu passado enquanto ainda era criança, e isso reforça que quando estamos no fim da vida, lembramos do início dela. Ser criança nos ensina que talvez, o segredo da vida, seja enxergar a vida com maior simplicidade, e que não devemos levar ela tão a sério.
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Alexya. 17/04/2024

Mudou minha vida
A morte. Você já tentou pensar em qual é a sensação da partida?

Em pouquíssimas palavras, o livro fala de um homem que focou toda sua vida no sucesso profissional e ascendência social, mas acabou deixando de cultivar o melhor da vida que é o amor da família e dos amigos.


No leito de morte (e isto não é um spoiler, já que tem no título do livro) Ivan Ilith narra sobre a sensação de solidão e desamparo, somada com as dores e incômodos trazidos pela doença, se vê cercado de gente e sozinho, observando ao redor de si, enquanto definha, a vida das outras pessoas fluem na mesma frequência de sempre.

O livro fala sobre um homem que conquistou muito e não teve nada. É Sensacional.
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Estrangeiro 16/04/2024

Um homem que acreditava ser especial, pois vivia uma vida tranquila agradável, uma familia constituida na sociedade, um bom emprego, e vivacidade.
Um dia tudo mudou uma dor mudou sua vida e o levou ao sofrimento.

A morte de Ivan Ilitch leva a gente refletir sobre a vida, o que de fato é o viver? E daí se deparar com a morte essa passagem inexorável.
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Marcelo 16/04/2024

Primeiro contato com o autor
Este foi o meu primeiro contato com Tolstói, amei a escrita dele, não é à toa que ele está no mesmo nível que Dostoiévski.
Pretendo ler Anna Kariênina e Guerra e Paz, mas uma coisa eu posso dizer, para fazer novelas, Tolstói é melhor.
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victoriaaoliv 16/04/2024

Forte.
?E ele começou a consultar em sua imaginação os melhores momentos de sua agradável vida. Mas - que coisa estranha - todos aqueles melhores momentos de sua agradável vida não pareciam, agora, tão bons quanto antes. Tudo, exceto as primeiras recordações da infância. Lá na infância havia algo realmente agradável, com o qual poderia viver, se retornasse. Porém, aquela pessoa, que havia experimentado algo agradável, já não existia: era como se a lembrança fosse de outro.?

isso aqui foi belo demais.
Cíntia Gusmão 16/04/2024minha estante
Esse livro é muito bom, tolstoi foi um gênio


victoriaaoliv 16/04/2024minha estante
sim!!!!!!




Val 15/04/2024

A Morte de Ivan Ilitch
A morte, em qualquer circunstância, sempre denota tristeza. Mas, Liev Tolstoi consegue colocar alegria no início de uma de suas mais prestigiadas obras, A Morte de Ivan Ilitch, pois os companheiros do juiz Ilitch regozijam-se com a notícia de sua morte. Pelas benesses profissionais e pelo escolhido não ter sido um deles.
Assim, de forma cronologicamente inversa, Tolstoi reconstrói brilhantemente a vida do juiz Ivan Ilitch, uma exceção em sua família de burocratas incompetentes. Aluno brilhante formou-se em direito e seguiu carreira no judiciário.
Casou-se com as maravilhas e os encantos dos primeiros tempos conjugais, e assombrou-se com a mudança de temperamento da esposa, tentando tirar-lhe o encanto e a decência da vida nos meses finais da primeira gravidez. Cresceu profissionalmente e relegou a família à menor importância em decorrência dos permanentes aborrecimentos com a esposa.
Vai a Petersburgo e consegue um emprego melhor, uma alta promoção no Ministério da Justiça com excelentes condições remuneratórias. E daí para frente galopa no sucesso, todos eram felizes, até começar o mau humor do juiz por problemas de saúde E muito e arrastado sofrimento. Até um encontro fatal e final.
Um livro que fala da morte naquilo que ela é: um fato inconscientemente aguardado que quando eclode muda a vida dos vivos. Tolstoi competentemente usa a morte na sua forte limitação. E explora ricamente a vida em seu entorno. Uma queda domiciliar leva o protagonista a ter inúmeros e constantes problemas de saúde a caminho da morte. E para isso explora magnificamente a vida de Ivan Ilitch.
As narrativas do sofrimento físico e psicológico são extremamente fortes, desesperadoras a ponto de contagiar e emocionar o leitor. E aí se assenta o gênio criativo e descritivo de Tolstoi. Adite-se a isto a vigorosa crítica social propiciada durante a agonia derradeira do protagonista, além da proposta inescapável de nos fazer refletir sobre nossa vida e nossos valores.
Despeja no texto toda a força que a finitude da vida exerce nas pessoas de forma inconsiderada. Sempre à espreita, a morte está nas cobiçadas escaladas de cargos e promoções profissionais, mas perdas dos filhos, nas doenças esplanadas pelos médicos, nos jogos de cartas, nas noites mal dormidas e até nas músicas, até alcançar um permanente ápice na assombrada companhia do protagonista após este alcançar uma ótima posição pessoal e profissional. E dele não desata até ficarem para sempre juntos.
Sou muito pequeno para a grandiosidade de Tolstoi. O que você leu acima são as modestas impressões que este seu livro me propiciou, dentro do meu mundo e do meu contexto. Sinto-me, enfim, afortunado por ter lido e sentido mais uma das obras primas da literatura mundial. Uma obra tão brilhante.
Valdemir Martins
15.04.2024


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
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Cassiane.Schultz 15/04/2024

Confesso que me deu uma certa crise existencial, pensar em morte e em todo o sentido da vida. Mas o livro faz muito bem isso, coloca a gente pra pensar.

?Como se eu caminhasse montanha abaixo, de maneira constante, imaginando que caminhava montanha acima. Na opinião da sociedade, eu ia montanha acima, e na mesmíssima medida a vida se afastava debaixo de mim.?
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