Dôra, Doralina

Dôra, Doralina Rachel de Queiroz




Resenhas - Dôra, Doralina


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Natália 14/03/2024

Um livro incrível
Finalizei a leitura de "Dôra, Doralina", o meu primeiro contato com a escrita de Rachel de Queiroz e a experiência não poderia ter sido melhor. Gostei muito e recomendo a leitura. Adorei a protagonista Dôra.

Resenha:
"Dôra, Doralina" é um romance escrito pela brasileira Rachel de Queiroz. Publicado em 1975, esse livro narra a história de Maria das Dores, conhecida por todos como Dôra, uma nordestina criada em uma fazenda, a Fazenda Soledade, no sertão do Ceará. Órfã de pai desde a infância, Dôra foi criada por sua mãe, Senhora, uma mulher controladora. Dôra casou-se com Laurindo, um primo distante, e viveram um casamento de conveniência. Viúva, Dôra resolve declarar sua independência, sair da sombra da mãe e viajar para a capital, Fortaleza. Em Fortaleza, Dôra passa a morar na pensão de Dona Loura, uma parente. Nessa pensão, Dôra conhece o Sr Brandini e sua esposa, Estrela, atores e diretores de uma Companhia de Teatro Mambembe. Dôra se encanta com o universo dos atores e aceita a proposta de Sr Brandini de ingressar como atriz da Companhia, viajando pelo país representando papéis teatrais. Um dia, conhece o Comandante, por quem irá nutrir um verdadeiro amor.

"Dôra, Doralina" traz uma protagonista forte e bem construída. É uma história interessante, que mostra a emancipação feminina através da protagonista, que sai da submissão em busca de seu próprio caminho, de poder ser o que ela quiser.
Apesar da busca pelo próprio caminho, Dôra ama um homem e aceita o homem amado do jeito que ele é: violento quando bebe, machista, ciumento, contraventor... Mas a autora deixa muito claro que Dôra não é cega, não romantiza essa relação, ela sabe exatamente como ele é.
@juliosanttana 14/03/2024minha estante
A escrita dela é impecável ! Li um dos livros dela semana passada e amei !


Natália 14/03/2024minha estante
@juliosanttana ela é maravilhosa. Quero ler outros dela. Qual você leu?


@juliosanttana 14/03/2024minha estante
Eu li ?O quinze? foi meu primeiro contato com a escrita dela e foi maravilhoso? Super indico, primeiro livro que ela lançou.


Natália 14/03/2024minha estante
@juliosantana Quero ler O Quinze e Memorial de Maria Moura




geovana 13/03/2024

O seu mal é um só: foi eu ter nascido.
Essa história foi uma das melhores que eu ja li sobre solidão, uma solidão inexplicável e uma relação com a própria mãe que te deixa mais sozinha no mundo e uma aceitação de que a vida as vezes é vazia e melancólica e a gente só precisa ir levando.
A Doralina foi uma personagem muito boa de acompanhar, ela é simples no jeito de ser mas internamente ela é uma mulher forte e muito boa e que aguenta muita coisa.
Foi bem interessante ler sobre a companhia, o teatro e as festas deles, senti vontade de viver viajando e sendo uma atriz.


?Para mim havia só a horrível solidão, o vazio e o desespero; um vácuo por onde eu me sentia rolando, desabando sem encontrar fundo.?

?Se a menina que eu já fui faz mais de vinte anos e o retrato registrou, hoje está perdida, sepultada no tempo, tal como na morte ? sim, que dirá então quem já morreu??
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@Matcholo 25/02/2024

Mais uma vez termino um livro da Rachel sem palavras. Escritora exímia sua capacidade narrativa é enorme, torna qualquer história interessante mesmo sendo sobre pessoas e situações totalmente distantes da vivência do leitor. Mais um grande livro para a minha lista de favoritos, junto com os outros dois que já li da autora. Recomendo demais a leitura dessa preciosidade.

Para mais resenhas me segue no Instagram @quedeusmelivre.
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Amabile.Amorim 20/02/2024

Amei o livro, já li algumas vezes e pretendo reler novamente. A escrita é sem igual, e muito talentosa.
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Caroline Vital 06/02/2024

Mais um romance excelente de Rachel. Escrita simplesmente perfeita, uma história sobre dor, sobre se tornar o que mais tememos e odiamos. Também sobre nossas escolhas e emancipação feminina. Perfeito.
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pedro3660 13/01/2024

Terminei
Terminei dôra. muito fofo. parece q eu tava lendo um diário de uma menina. a narrativa é bem simples, inocente, e pra mim o livro é sobre a vida, suas etapas e substituições, pertencimento e fim. um testemunho da vida e da morte ao nosso redor.
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Leitora 27/12/2023

Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto. Porque a vida toda é um doer.
Acompanhar o crescimento de Doralina foi lindo...

Eis alguns excertos:

“deixaram o colégio antes de receberem o diploma – os noivos achavam que elas já estavam sabidas o bastante e, mesmo, para criar menino não se exige anel de grau

Mal sabia ela que a minha saída de casa não tinha sido um desgosto dosque passam. Que eu tinha cortado o cordão do umbigo que me prendia à Soledade para sempre e nunca mais. Da Soledade e a sua dona, euagora só queria a distância e as poucas lembranças
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Bia 08/12/2023

Dorinha sofre muito nesse livro, viu.
Primeiro livro da Rachel de Queiroz que li, amei a escrita dela. É bem legal acompanhar a vida de Dorinha que vai embora da cidade do interior onde vivia, para trilhar seu próprio caminho, já que sua mãe exercia grande controle sobre ela e a relação das duas era bem complicada. Após sair da Fazendo Soledade, ela começa a viajar pelo Brasil. Acho que eu gostaria que as coisas tivessem sido diferentes para ela. Um livro que nos emociona.
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Leila 01/12/2023

Dôra, Doralina, obra de Rachel de Queiroz, proporciona ao leitor uma experiência literária singular, mesclando elementos nostálgicos e desafiadores em sua trama. Ao adentrar na narrativa, deparei-me com uma história que, embora datada, apresenta seu charme.

A trama se desenvolve em um contexto marcado por valores tradicionais, remetendo aos romances antigos em que a figura feminina, (mesmo Dora dando manifestações de independência em alguns momentos) ainda se via atrelada a padrões conservadores. A protagonista, em certa medida, personifica a mulher "Amélia", que, acaba por abdicar de sua vida por amor, submetendo-se integralmente a essa relação. Este aspecto revela uma dualidade intrigante entre a busca por autonomia e a submissão às convenções sociais da época.

A complexa relação entre mãe e filha também se destaca como elemento central da trama, evidenciando que a maternidade não é uma vocação universal. Rachel de Queiroz explora essa dinâmica de maneira profunda, evidenciando que nem todas as mulheres estão destinadas a serem mães, desafiando estereótipos arraigados.

A narrativa é enriquecida pela experiência conjunta de leitura e audição, pois ao ler também acompanhei a narração da querida Adelia Nicolete em seu canal no YouTube, Partilhas Literárias. A voz envolvente da narradora acrescentou uma dimensão sensorial à história, ampliando meu apreço pela trama e proporcionando uma imersão mais completa na atmosfera do livro.

Apesar da abordagem que remete a padrões mais tradicionais, a história de Dôra, Doralina revela-se envolvente e cativante. A narrativa de Rachel de Queiroz, convida os leitores a refletirem sobre questões atemporais, como a busca por identidade e a complexidade das relações familiares. Em suma, Dôra, Doralina é uma obra que transcende sua época, proporcionando uma experiência literária rica em nuances e reflexões, mas vale ressaltar que para a apreciarmos temos que contextualizar e situá-la em seu tempo.

Enfim, eu gostei e achei um livro de certa forma fofo, apesar de não concordar com o tipo de relações a que Dôra se propôs em sua vida, mas tá valendo. Simbora pro próximo.
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Ana Seerig 21/11/2023

Mais um retrato brasileiro
Acredito que já tenha lido crônicas da Raquel de Queiroz e, desde então, ela está na minha lista de autores brasileiros a serem lidos com mais atenção. Apenas no início desse ano a vontade ficou à mão: quando encontrei "Dora Doralina" no sebo. Nessa ressaca pós-mestrado, ela pulou da estante, já que queria algo bem distante das últimas leituras.

Cada momento de leitura voava e antes da metade já havia me prometido ir atrás de todos os outros livros da escritora. Alguém uma vez disse que me associa a literatura brasileira e eu nunca entendi, mas lendo "Dora Doralina" me dei conta de como o cenário brasileiro me fascina: é próximo e, ao mesmo tempo, estranho, já que esse país tem mil faces. Mesmo sem nunca ter pisado no Ceará, reconheci uma história próxima, que vai ter identificação em qualquer parte do Brasil - e, claro, lembrei da Ana Terra de Verissimo. (Sem falar que tem um personagem gaúcho que tá longe de cair numa descrição caricata, como em outros livros por aí.)

Mas o que sempre me deixa triste com essas histórias realistas é perceber que estamos sempre dando voltas: um passo para frente e dois para trás. Ainda há quem acredite que a meta humana (especialmente a feminina) é casar e ter filhos - felicidade é detalhe, até ilusão. Ainda há famílias desestruturadas por aparências a serem mantidas. Ainda há a malandragem brasileira para fazer "um extra" e sobreviver com um pouco de conforto. Ainda há status, aparência e tradição familiar em suas formas mais abstratas e infelizes.

Eu me pergunto de onde sai essa teimosia brasileira em sobreviver em lugar de viver.
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Ed Souza 18/11/2023

Dora Doralina
Meu primeiro contato com Rachel de Queiroz e uma grata surpresa, foi uma delícia ler , e evoluir junto com Dora em sua trajetória.

Uma menina,mulher que sai do interior do Ceará e ganha o mundo, não apenas o mundo geográfico, mas o seu mundo interior.

Um livro que deixou saudades quando terminou.
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Erick233 20/10/2023

Este é o segundo livro de Rachel que leio. Me pareceu bastante inferior ao primeiro. No entanto, a sensibilidade e profundidade tipicas das narrativas de Rachel de Queiroz são irretocáveis. Um dos pontos que mais me chamaram a atenção em seus romances é a crueza e minucia da representação do homem de seu tempo. Rachel não esconde ou mascara nenhum de seus traços. Ali está o retrato mais preciso do brasileiro das décadas de 30, 40 e 50. Dois eventos históricos são entrevistos na trama: a Declaração de Guerra do Brasil ao Eixo e a morte de Getúlio. A despeito destes eventos, Rachel apresenta um brasileiro completamente indiferente aos eventos históricos. E este é o ponto que mais me encanta na literatura clássica, a viagem a um tempo, a descrição pormenorizada de um tipo humano que ainda podemos encontrar em muitas partes do país; de uma classe etc. A protagonista da trama, Dôra, Doralina, inicia um grande dilema sobre sua identidade. Maria das Dores era seu nome de batismo, o qual, ao longo da trama, ela tenta se desvencilhar a todo custo até tornar-se apenas Dôra... Ou Doralina. Neste ponto, aparentemente, tão insignificante, reside o drama da personagem, sua tentativa de vencer as raízes dolorosas, especialmente o ponto que mais remetia a sua mãe, cujo nome fica nebuloso, sendo identificada apenas como "Senhora". Ao final, Dôra, acaba voltando ao que sempre fugiu, e ocupando o lugar de quem sempre desprezou... A trama então revela seu sentido mais profundo: às vezes, precisamos rodar o mundo para reencontramos e vermos da melhor forma o ponto inicial da jornada. Dora encontra-se consigo mesmo nas Aroeiras, na velha fazenda, com a gente que um dia fugiu...
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CAcera3 01/10/2023

Mais uma mulher ?porreta? escrita por Rachel
Mais uma vez me encantei com a escrita da Rachel de Queiroz, que é fluida, envolvente e muito potente. Sempre criando personagens fortes, Dôra pode parecer à primeira vista uma personagem dominada, mas mesmo com pensamentos questionáveis, ela se tornou dona da própria história.
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Nayra.Teles 18/08/2023

Emocionante
Demorei muito pra acabar. Não achei tão interessante e o decorrorer da história não me tocou mto. Mas esse final me arrancou lágrimas. Foi doloroso.

Recomendo a leitura, de qualquer modo :)
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