O Trono do Sol - A Magia da Alvorada

O Trono do Sol - A Magia da Alvorada S. L. Farrell




Resenhas - O Trono do Sol: A Magia da Alvorada


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Eder 16/01/2013

O Trono do Sol – A Magia da Alvorada - S. L. Farrell
Não lembro ao certo onde li pela primeira vez sobre O Trono do Sol... Mas lembro que o que mais me chamou a atenção foi a arte da capa. Linda! Impossível não se interessar. Lendo a sinopse, eu já tinha uma certeza: eu queria aquele livro.

Porém, havia uma declaração de George Martin, que me deixou com uma pulga atrás da orelha. Mesmo me prometendo não criar expectativas muito altas para a nova série, denominada Ciclo Nessântico, tinha muito medo de me decepcionar. Afinal, a Leya fez de tudo para associar a obra de S.L Farrel ao novo fenômeno mundial As Crônicas de Gelo e Fogo. Até acrescentaram um título “extra” no tomo. O Trono do Sol não faz parte do título original, que se chama, em tradução livre, Uma Magia do Crepúsculo. Devido à desgraça em que caiu a palavra crepúsculo nos últimos tempos, aqui no Brasil não quiseram se arriscar e resolveram chamar o livro de A Magia da Alvorada.

Espera aí! A série é denominada Ciclo Nessântico, o título do livro é A Magia da Alvorada, então para quê outro subtítulo, O Trono do Sol? Pois é. Alusão a certo trono de ferro, em... Deixa para lá. O fato é que estava temeroso em encontrar uma cópia mal executada da obra de Martin, mas acabei comprando mesmo assim. Confesso que essa minha preocupação foi desnecessária.

Existem poucas semelhanças entre o Ciclo Nessântico e a obra de G. R. R Martin. Quase nenhuma. A Magia da Alvorada – O Trono do Sol, narra os acontecimentos em Nessântico, uma cidade inspirada nas cidades renascentistas européias, e o foco da trama é voltado para as disputas religiosas e pelo controle da cidade de Nessântico, símbolo de poder e riqueza.

S. L. Farrel criou toda uma estrutura hierárquica para a sociedade, o que pode confundir o leitor, principalmente no início. Além disso, vários termos foram cunhados excepcionalmente para a obra, fazendo que tenhamos que recorrer ao glossário inúmeras vezes, até nos adaptarmos. Os nomes dos personagens também são complicados, e com uma pronúncia esquisita. Mas em compensação, a narrativa é rápida e fluente, e apesar do número de páginas, é uma leitura fácil.

Infelizmente, os personagens com algumas exceções, como o mendigo Mahri e o Archigos (espécie de papa da Concézia) Dhosti Ca’Millac, são apagados e mediocremente desenvolvidos, e para mim, foi impossível simpatizar com a causa destes. A protagonista Ana Co’Seranta é apática, sem motivação própria, sempre sendo manipulada, e sofre algumas alterações comportamentais inexplicáveis. Outro ponto que me incomodou foi o destino de vários personagens. Além de primar por uma boa concepção, eu acredito que um autor deve saber sacrificá-los, para que a morte não seja algo superficial e sem importância para o restante da história, e Farrel parece não ter se aprimorado muito nisso...

Porém, o livro tem seus méritos, e um dos pontos mais interessante na obra é a crítica a algumas religiões, e aos malefícios de se considerar um livro escrito e alterado pelos homens ao longo dos séculos como algo sagrado e tê-lo como uma lei para ditar os costumes da sociedade. Fiquei decepcionado, porém, no final, porque toda essa crítica parece ter sido descartada pelo autor ao trazer os numetodos (ateus?) como inferiores, e quase se (re)convertendo à Concézia.

O final do livro, aliás, é bem fraquinho. Tenho o (mau) hábito de adotar certos autores como modelos de excelência para determinados assuntos, Bernard Cornwell é o meu modelo para batalhas, e Farrel falha miseravelmente ao escrever a guerra por Nessântico. Em toda a contenda, nada faz muito sentido, principalmente o comportamento dos generais. Além disso, o autor opta por um final preguiçoso, absurdo e incoerente, deixando vários acontecimentos sem explicações. Pode-se alegar que, como sendo parte de uma série, essas explicações virão nos próximos volumes. Pode ser, mas o epílogo dá a entender que o próximo livro se passará algumas décadas depois. E a menos que Farrel ressuscite certos personagens, algumas perguntas permanecerão sem respostas.

Talvez minhas impressões tenham sido influenciadas pelo final lastimável, e por isto dou três estrelas, mas poderia ter sido quatro (editado - reduzi minha avaliação para ficar condizente com a resenha). Mas quero deixar claro que, se tivesse a opção, três e meio seria a minha avaliação. Um bom livro - com problemas, é verdade - que promete uma série com potencial.


P.S.: Apesar da arte da capa ser magnífica, o material utilizado é de péssima qualidade. A Leya deveria tomar mais cuidado com esta questão, pois seus trabalhos estão deixando a desejar. E tem quem reclame das capas de edições econômicas lançadas no Submarino.
Lu 07/09/2012minha estante
Adorei a sua resenha: franca e bem fundamentada. Pelo o que vc descreveu, o livro está mais para uma mistura de Guerra dos Tronos com Os Pilares da Terra. Mas sem a mesma qualidade, pelo visto. Vou deixar passar este. Obrigada pelo aviso!


Eder 27/09/2012minha estante
De fato, Lu. Não é uma leitura que eu recomendaria. Sei que vou comprar e ler os próximos volumes, mas já sem muitas expectativas.


Thiago Martins 22/04/2013minha estante
Nossa gostei de saber sobre esse fato da tradução do titulo; comecei a ler há algumas semanas e parei antes da página 100 pois várias coisas não me agradaram na história até o momento, mas não desisto de livro assim tão fácil e lerei até o fim para ter uma opinião formada


Gustavo Mahler 12/05/2013minha estante
Tua resenha me animou quanto à adquirir - ou não - o livro. Parabéns e obrigado!


Tiago Doreia 27/02/2014minha estante
Gostei muito da resenha, me fez ver com outros olhos o livro, e confesso que mudei de opinião quanto à lê-lo, ou não. Valeu


Luan 21/07/2014minha estante
Muito boa sua resenha. E confesso que só gostei do Mahri, e isso no começo e no meio do livro, enquanto ele ainda é um personagem misterioso, a partir do momento que ele começa se revelar perde bastante o charme.


JonLiberato 11/11/2017minha estante
A sua resenha foi de grande ajuda e esclarecedor para mim. Eu até me arriscaria em ler está trilogia, porém, só pelo fato em ser da editora Leya, sei que as páginas e fontes irão me incomodar e muito! Fato que ocorreu quando eu comprei os 05 livros das Crônicas Gelo e Fogo. Devolvi tudo! Infelizmente, o material da Leya segue de péssima qualidade!


Barbara 08/08/2021minha estante
Ótima resenha!
É muito comum termos autores preferidos e acabar tomando esses caras como modelo, isso também acontecia muito comigo, até que um dia eu me vi frustrada por não conseguir me prender em nenhum livro novo por querer que eles seguissem o padrão de qualidade dos meus autores preferidos! Kkkk louco, né?

Até que aprendi a dar oportunidade (real) aos autores novos e tirei essa ideia de "padrão de qualidade " da cabeça.

Quando li o comentário do Martin, e vi, assim como vc, as semelhanças do trono, do estilo da capa do livro e tals, já pensei "putz...é uma cópia sem graça e barata de GOT", mas até que me surpreendi, justamente por evitar fazer certos tipos de comparação.

Obviamente, se compararmos O Trono do Sol com A Guerra dos Tronos, o primeiro é bem fraquinho!! Achei a Ana muito songa monga pra ser uma personagem principal, e como vc disse, as mortes são pouco exploradas e, as vezes temos que voltar no texto pra ver se morreu mesmo!

Outra coisa q achei complicada foi as nomenclaturas...no início da leitura eu ia toda hora no Glossário pra saber quem é quem kkkkkk ( mas isso é coisa de gente lerda q nem eu kkkk)

Apesar dos apesares, estou achando um bom livro...depois de muito tempo sem pegar em uma leitura, estou adorando!!

(Tomara que o final não me decepcione)


Eder 08/08/2021minha estante
Faz muitos anos que eu li. Talvez, se eu ler hoje novamente hoje em dia, eu tenha uma impressão diferente. Espero que goste mesmo do livro. Volte aqui me dizer o que achou quando acabar. Abraços.


Barbara 09/08/2021minha estante
Kkkk voltei...é...achei meio frustrante, mas nada q me impeça de continuar a ler...no geral eu gostei :) vc chegou a ler os outros?


Eder 26/12/2021minha estante
Não me animei nem de ir atrás dos outros, infelizmente.




19/05/2012

Desde a primeira vez que vi esse livro na vitrine de uma livraria eu já sabia que precisava ler. A capa já me chamava atenção (e lembra que eu julgo os livros pela capa?), mas daí, examinando melhor, o que eu vejo? Um elogio de ninguém menos que George R. R. Martin! Pronto, né, não precisava de mais nada.E realmente há muita coisa similar, dá para perceber onde S. L. Farrell bebeu para escrever este livro. Mas As Crônicas do Gelo e do Fogo não é a única, ao ler eu vi muita influência de outros autores, como Marion Zimmer Bradley. E não cometa o erro de cair na balela que eu vi circulando por aí que este era o novo ACDGEDF. Apesar das semelhanças, está longe de chegar à altura da saga de George Martin (e sério? Desde quando uma coisa tem que ser a nova sei-lá-o-quê? Aconteceu a mesma coisa com Harry Potter e Percy Jackson, por exemplo. É estratégia de marketing, eu entendo, mas por que uma tem que substituir a outra? E as editoras, e produtoras de filmes, em muitos casos, não percebem que muitas vezes um não nada a ver como outro, como o caso de Harry Potter e JV? Hello!).

Bom, quanto ao livro. A história gira em torno de Nessântico, a maior cidade da região (não chega a mencionar onde isso fica). A cidade é rica e próspera, governada pela kraljika Marguerite ca’Ludovici, que está próxima de completar o jubileu, e um reinada de muita paz. Mas claro que muita gente está de olho em seu trono. Começando por seu filho, o kralj Justi ca'Mazzac. Enquanto Marguerite governa para manter a paz, mas sempre pensando no bem de seu povo em primeiro lugar, Justi só quer mesmo o trono por achar que é seu por direito e sua mãe já passou do tempo de governar...

Mais em: natrilhadoslivros.blogspot.com

G. Turquia 27/05/2012minha estante
Mas você gostou do livro ou não?


29/05/2012minha estante
Gabe, gostei sim, mas mencionei isso no final da resenha, que não está inteira aqui. Para ler tudo, acesse o meu blog, que é o endereço acima.

Beijos!


Eder 01/06/2012minha estante
Acho que não teria problema você colocar a resenha toda aqui e no final colocar o link para seu blog. Se sua resenha for boa, as pessoas vão acessá-lo.


01/06/2012minha estante
Nuinca tinha pensado nisso... Mas é que eu nào quero que as pessoas só leiam aqui, quero que visitem o meu blog e não sou de invadir a conta de niguém enchendo com convites. Se eu deixar aqui, acho que ninguém vai querer ler no blog, porque já leu aqui e não vão ler duas vezes. mas vou considerar.


Eder 05/06/2012minha estante
Vou falar por mim. Gosto muito de ler opiniões alheias acerca de livros. Se eu leio uma resenha completa aqui no Skoob e acabar gostando e o autor tem um blog, eu quase sempre visito. Se eu gosto do blog, passo a segui-lo. Se a resenha não está completa, muitas vezes nem me dou o trabalho de ler.
Conheci muitos blogs interessantes graças à resenhas postadas por aqui.


12/06/2012minha estante
Isso é só você. A maioria, acho, não ia querar ler duas vezes, ficaria com preguiça. Mas de novo, vou considerar, talvez fazer um aexperiência. No meu caso, eu ficaria curiosa e procuraria o restante no blog.




Neto 19/07/2022

É um outro universo amigos, um bem doido
Quando comecei a ler O Trono do Sol, eu esperava algo do tipo GOT ou talvez até um The Witcher. Mas meus caros, graças aos deuses não recebi algo do tipo. As coisas que eu "vi" lendo esse livro me deixaram pasmos! Na minha mente não vinha uma capital imperial no estilo medieval europeu como sempre usam por aí. Não meus caros! O que vi foram zigurates e amplos castelos mesopotamicos e um ambiente bem Espedachim de Carvão. E o mais incrível é que no livro não é nada do que eu imaginei!

Juro que é estou rindo muito aqui enquanto escrevo isso. O livro te dá mapas e tudo bem detalhado, mas a forma como sua imaginação voa tentando recriar o cenário e os trava-linguas que são os nomes das coisas fazem essa obra se superar em muitos aspectos. Não vou contar o enredo pois, a única coisa que digo é: leiam!
Elizabeth183 04/01/2024minha estante
Obrigada pelo seu comentário, estou lendo, muitos dizem que é ruim, estou no começo do livro, é um pouco confuso os nomes


Neto 05/01/2024minha estante
Os nomes são confusos mesmos kkkkkk, mas é bom assim. Desse jeito vc cria sua própria maneira de pronunciar. Eu imaginava que os numetodos de Paeti falavam iguais aos russos arranhando o português


Elizabeth183 05/01/2024minha estante
Adorei kkkk




Albarus Andreos 07/01/2013

Não confie nas recomendações no rodapé das capas...
O Trono do Sol - A Magia da Alvorada (Editora Leya, 2012) é o primeiro livro da série O Ciclo Nessântico, do norte-americano S. L. Farrell (ou Stephen Leigh, outro pseudônimo utilizado pelo autor). Farrell não é nenhum iniciante, embora O Trono do Sol seja o primeiro livro dele publicado no Brasil. É um acadêmico que ensina escrita criativa na Northern Kentucky University, foi indicado e ganhou vários prêmios por sua ficção ao longo dos anos e escreveu várias histórias para o universo compartilhado Wild Cards (editado por George R. R. Martin). Aliás, muito convenientemente, há uma frase de Martin na capa deste livro: "Uma mistura deliciosa de política, guerra, feitiçaria e religião em um mundo repleto de imaginação. Um lugar fascinante, e que estou ansioso para visitar de novo."

Uau! Eu também, mestre Martin! Só por isso já ficaria tentado a ler o livro, mas... como já sou macaco velho com estes "textos de marketing encomendados" que povoam as capas e contracapas dos livros americanos ("...vencedor do prêmio do Boston Tribune...", "...best seller do New York Times...", "...melhor livro da lista do Chicago Sun...", e blá, blá, blá...), então já fico com um pé atrás. Alguma coisa sempre me diz que propaganda demais para um produto (infelizmente é isso, caro leitor: livro é um produto) é sinal de que a coisa não "se vende sozinha".

E o livro se inicia com um choque de realidade! Já na primeira página percebemos que a obra é impregnada por uma batelada de termos inventados pelo autor (ponto para Farrell, deve ser assim mesmo!), usados por todo o livro, que simplesmente o deixa incompreensível sem um verdadeiro "curso" inicial (retiro o ponto que dei... Afinal, neologismos e a criatividade permeando o vernáculo de um livro deve ter limites, senão tira a atenção do essencial e passa a ser um estorvo)! São pronomes de tratamento, termos, nomes próprios (com uma curiosa inflexão basicamente francesa, mas também italiana/ alemã) que não param de aparecer. Logo vemos que há um enorme glossário, mapas, anexos etc. lá no final do livro, e até uma orelha, na contracapa que é destacável (interessante!), uma "tabuinha de referência rápida" e que pode ser usada como marcador de página, porque ali está uma lista das dezenas dos principais neologismos empregados na obra. Imagine então: para você ler vai precisar de um verdadeiro dicionário à tiracolo.

Acontece que eu comecei a ler e estes termos "tremendamente assustadores" são mais inofensivos do que eu imaginava. O próprio contexto da obra já vai explicando os seus significados. As vezes você simplesmente ignora o troço e continua lendo e a história funciona mesmo assim. Dá a impressão que o contexto acaba digerindo bem a abundância de palavras estranhas (devolvo então o ponto extra à Farrell).

Isso porque o autor parece escrever muito bem! A leitura é bem fluida (até demais, o que invoca uma simplicidade pouco erudita) e quando nos deparamos com um dos "bichos esquisitos", já atinamos do que se trata, ou nem nos importamos mais. Depois de umas vinte ou trinta páginas vemos que a leitura não é complicada, em absoluto, e o marcador de páginas se torna só isso mesmo. Mas, sinceramente, penso que o susto acaba é dando uma primeira impressão ruim. Os neologismos se tornam um chiste, uma esquisitice à parte que contribui negativamente, sim, para a imersão do texto, mas podemos creditar isso tudo ao estilo do autor.

Tirar o leitor do lugar comum, de sua zona de conforto, poderia ser louvável mas, sinceramente, pelo menos neste caso, gostaria de ter sido deixado relaxando na poltrona. O lugar onde Farrell me leva pode até ser bom, mas o vôo não se faz com facilidade. Nomes, são algo MUITO importante nos livros. Podem ficar para sempre! Viram ícones, mitos, originam teses de mestrado, em suma, podem fazer parte do imaginário popular pelo menos por uma geração (quiçá, muitas delas): Aquiles, Aladjn, Emma Bovary, Dona Benta, Mickey Mouse, Azambuja, Dart Vader, Frodo, Harry Potter, Edward Cullen...

A história gira basicamente em torno de Nessântico, a cidade-estado onde se passa a trama e de Ana co'Seranta (com a tabuinha de referência você ficará sabendo o que significa este "co", na frente do sobrenome), uma o'téni (ou acólita) dedicada ao deus Cénzi, com poderes mágicos inatos que vão se aperfeiçoando de forma um pouco independente da instrução arcana convencional (o Ilmodo). Acontece que este caminho à margem da instrução oficial, é terminantemente proibido pela fé concénziana. Ana é muito bem delineada no início, vai sendo saturada por uma carga grande de aspectos psicológicos, muito bem urdidos até certo ponto, com o drama de ter a mãe doente, os abusos por parte do pai, a preocupação em controlar seus poderes (e o dilema de não poder usá-los para salvar a mãe, o que significaria ir contra a Divolonté – mais ou menos algo como "a vontade de deus").

Alguns outros personagens são apresentados, Dhosti ca'Millac, o archigos (o arqui-sacerdote) da fé em Cénzi; a matriarca governante de Nessâninco (ou kraljika), Marguerite, a "Genere'a Pace"; o filho e príncipe herdeiro, Justi; o mendigo Mahri; a mãe (ou matarh) de Ana, A(l)bini (não sei se é Albini ou Abini, já que os dois nomes, lamentavelmente, foram usados para o mesmo personagem) além de outros. As motivações e importância dramática de alguns deles mostram-se um tanto mal elaboradas, evidenciando certa falta de habilidade do autor; atos e decisões ficam um pouco no ar também, não sendo muito embasados e até gratuitos em algumas passagens. Há clichês que poderiam não ser apenas isso nas mãos de um outro escritor mais capaz minucioso.

Ao chegar ao final do livro não consegui uma boa imersão na leitura com os nomes próprios e os pronomes de tratamento usados. Como disse, nomes são muito importantes nos livros de fantasia, imprimem caráter aos personagens, dão um certo "tom" e muito do espírito fantástico da narrativa. Em O Trono do Sol eles são muito esquisitos e não consegui me divertir, realmente, devido a essa implicância que toda hora me atormentava. Mas isso é coisa minha, Ok! Talvez você não ligue.

A história titubeia muito e no evento onde a rainha (kraljika) Marguerite comemoraria seu jubileu, eu até pensei em abandonar a leitura. Até ali achei a história muito anal banal. Os incontáveis erros de revisão da obra também reduziram em muito minha atenção e provocaram muitos desconfortos: a Editora Leya chegou ao ponto de errar os nomes de vários personagens [não foi só a mãe de Ana, A(l)bini] diversas vezes, incluindo a principal, Ana co’Seranta, que apareceu também como Anna, em mais de uma oportunidade. Há mesmo construções bem mal feitas que abusam da semântica e erram tempos verbais (que Cénzi os ajude!).

Com o andar da carruagem a narrativa melhorou bastante, mas não dá para deixar de notar a superficialidade de Allesandra, a filha de Jan ca’Vörl, que embora seja ainda uma menina fica se metendo (pasmem!) nos assuntos militares do pai (e este fica num interminável afagar dos cabelos da pestinha prodígio); Marhi, o mendigo, hora salva, hora trai Ana e Karl, com uma desculpa muito mal ajambrada de que “era a única forma de conseguir ajudá-los" (para mim foi o autor mesmo que não conseguiu fazer a coisa soar melhor) e as motivações do mendigo Mahri permanecem um mistério que, pelo menos em parte, deveriam ter sido esclarecidas pelo autor. Simplesmente não entendi como Ana consegue descobrir o envolvimento dele no crime, na noite do jubileu; o enviado Karl ci’Vliomani parece um cachorrinho de Ana e não se entende afinal porque está na história a não ser para virar o par romântico da mocinha. Os dramas e os arredondamentos psicológicos da própria Ana, no início da obra, não influem muito no seu desfile pelas quinhentas e tantas páginas do livro. Ela, inicialmente, até tem certa repulsa pelo contato físico com os homens, mas fica nisso, sem neuroses mais profundas, raiva ou demonstrações de instabilidade que, imagino, deveria acompanhar o pacote e agregar interesse à narrativa.

Num trecho absolutamente bizarro, próximo ao final, Ana, para provar que a arte dos numetodos (um tipo de protestantes à religião cenziana, que parecem ser mais voltados à ciência que à fé) pode ser usada pelos ténis-guerreiros contra as forças invasoras do hïrzg (uma espécie de Kaiser de Firenczia, uma outra cidade estado), simplesmente ordena que um deles atire uma bola de fogo sobre ela. O episódio termina com um monte de corpos de seus colegas ténis carbonizados e ela sobrevive, junto com Karl, e isso é visto como um sucesso e há risos e aplausos... Como assim?! Um monte de gente morre só para a moça se mostrar e fica tudo bem???? Ficou simplesmente ridículo!

Mais adiante, depois de incontáveis perseguições, os numetodos, após serem caçados e hostilizados o livro inteiro, simplesmente resolvem virar treinadores dos ténis (os acólitos e sacerdotes) de Cénzi e os ajudam contra os invasores, assim, sem mais nem menos! Se o fato deles estarem na cidade também e que seriam caçados e mais uma vez chacinados é a razão, então poderia ficar mais palatável se o autor evidenciasse os atritos e o mal estar reinante por causa dessa união indesejada. Ficou muuuito forçado. Ana, embora seja uma crente sem qualquer outra característica prática, de repente começa a dar pitacos estratégicos nos planos de defesa da cidade de Nessântico, sitiada pelos firenczianos, ao próprio comandante das forças, Sergei ca'Rudka (um pouco menos do que Allesandra faz, mas mesmo assim é um disparate).

E mais uma vez me pergunto: se qualidade parece ser o que impede autores de fantasia nacionais de serem publicados e festejados pelas editoras daqui, não entendo como um livro com a qualidade de O Trono do Sol, pode. De modo geral, não desgostei totalmente da leitura, mas sem dúvida pensarei duas vezes antes e ler o segundo volume da série. Ao contrário de mestre George R. R. Martin, em sua declaração estampada na capa do livro, eu não estou ansioso para visitar as páginas de S. L. Farrell de novo. Como eu disse: propaganda demais para um produto é sinal de que a coisa não "se vende sozinha".
06/02/2013minha estante
Belíssima resenha. Parabéns! Quando vi este livro na livraria, confesso que fui fisgada pela linda capa e quando li a sinopse, pensei: "este livro é dos que eu gosto"... doce ilusão. Narrativa super cansativa devido a bagunça dos nomes, muitas denominações, uma mistureba só que me cansou e acabei desistindo da leitura. Infelizmente não recomendo para ninguém.


Marcus Reis 22/02/2013minha estante
Sobre como ela percebeu as intençoes do Mahri....
Pg 246-

"Ana conseguiria trazer a kraljica de volta. mesmo que não fosse capaz de cura-lá completamente.Ela conseguiria...
...mas Ana foi tomada por ima estranha náusea,uma súbita desorientação.Como se alguém tivesse balançado o mundo...

PG 483
Ana balançou a cabeça-Eu não sei oque você quer dizer-ela começou a falar,mais foi tomada por uma súbita desorientação naquele momento,e Mahri desapareceu enquanto os tenis na sacristia ganharam vidade supetão.A desorientação pareceu estranhamente familiar.Ela não conseguiu decidir exatamente por quê.

PG 541

Um instante um tremor...um breve momento de desorientação e a realidade seria dissolvida em volta dela.Como Ana sentiu quando Mahri foi até ela com a bola de vidro-È apenas o meu dedo.Poderia muito bem ser uma faca...
o breve momento de desorientação...
A dissolução da realidade...
Tão familiar...
Ana conteve uma gritinho."

Espero ter deixado mais claro...


Julio Alex 15/06/2013minha estante
Eu estava na livraria hoje e esbarrei em um livro que me pareceu ser legal, mas quando cheguei aqui no Skoob pra ler as resenhas sobre ele, esqueci qual era o título. Só me lembrava de que ele era da Leya, então fui na página da editora e esbarrei no Trono do Sol. Admito que a capa me chamou atenção e o título também, até eu ler a sinopse.
Nunca vi mais confusa e mal escrita, e putz, que espécies de nomes são esses? Só a sinopse foi suficiente pra me fazer querer ficar bem longe desse livro. O autor criou coisas tão esquisitas que nem mesmo consegui ler sua resenha inteira, de tão confuso que é o vocabulário da história. Não consigo nem me imaginar lendo esse livro. Se eu já acho esquisito "Sir" em As Crônicas de Gelo e Fogo ser "Sor" e "Mestre" ser "Meistre", imagina como eu me sentiria lendo esse livro aí? Ia no mínimo me explodir.
Enfim, obrigado por ter feito essa resenha maravilhosa; se não fosse por ela, eu certamente teria jogado R$50,00 fora :)

E outra coisa: a Leya vive com problemas na tradução, notei isso nos livros de George R. R. Martin. Eu tô lendo A Tormenta de Espadas, do GRRM, e vira e mexe o dragão da Daenerys, que é DrOgon, vira DrAgon, e Sor AlliSEr Thorne vira AlliSTEr... A editora tá crescendo, mas a qualidade da tradução continua baixa. Infelizmente, os leitores que se ferram.




Fernando Lafaiete 29/05/2020

O Trono do Sol: A Magia da Alvorada (O Ciclo Nessântico #01)
******************************NÃO contém spoiler******************************
Resenha postada originalmente em https://www.mundodasresenhas.com.br/

Nessântico, um reino poderoso, mágico e que desperta o desejo de muitos. No trono do Sol senta-se Marguerite ca'Ludovici, uma rainha admirada por muitos, que preza pela paz, pelo diálogo e pelo bem do povo. Contando com a ajuda de Dhosti ca'Millac, o líder religioso do reino, a poderosa mulher tenta lidar com as lutas daqueles que remam contra a fé do reino, ao mesmo tempo que passa a ser ameaçada por um poderoso nobre, antes aliado, agora inimigo e que deseja sentar-se no trono que lhe pertence. Entre intrigas palacianas, levantes de rebeldes, questionamentos religiosos, e o despertar de uma poderosa magia proveniente de uma jovem sacerdotisa, vamos adentrando em uma trama enigmática que nos levará a embates que moldará Nessântico e tudo que lhe sustenta. S. L. Farrell tece uma narrativa capaz de encantar os fãs de George R. R. Martin e Brandon Sanderson, construindo um mundo que poderia ser resumido - sem medo de errar - como uma mistura de "As Crônicas de Gelo e Fogo" e "Mistborn".

Remodulando temas atuais que ainda causam discussões calorosas, o autor nos imerge em um universo ricamente criado, que entrega equilíbrio e discussões acerca da fé e do que acreditamos. Até onde a palavra de Deus é válida quando defendida em prol de poucos? Com o desenvolvimento de personagens tridimensionais, o eficaz escritor vai nos levando a uma jornada repleta de questões e enigmas que enriquecem a narrativa e que nos deixa com a pulga atrás da orelha, como um bom livro de fantasia adulta deve fazer. Em quem devemos acreditar e que desfechos devemos aguardar só o tempo dirá. Com bons momentos de ação e com uma trama onde tudo e todos exercem suas funções de maneira eficiente, contribuindo para a fluidez e dinamismo da obra, a leitura de "O Trono do Sol: A Magia da Alvorada" torna-se em algo marcante, indo além de apenas mais uma leitura.

Óbvio que apesar de minhas audaciosas comparações presentes no primeiro parágrafo (como muitos podem considerar), não inicie a leitura da fantasia de S. L. Farrell esperando encontrar uma cópia ou um romance espelho dos títulos mencionados anteriormente. As comparações são válidas, mas cautela e bom senso também são importantes por parte de quem se propor a ler. A escrita de Farrell é rica, ágil e detalhada. Mas o ritmo e crescimento dos personagens e situações são acelerados muitas vezes de forma desproporcional, atropelando muitas vezes alguns desenvolvimentos de personagens e podendo dar a impressão de uma narrativa desesperada. As contextualizações ocorrem, mas são seguidas quase que imediatamente por resoluções apressadas que em obras de Martin e Sanderson levariam (e de fato levam) vários outros volumes para ocorrer.

As questões políticas e religiosas são muito bem trabalhadas e nos ajudam a entender com profundidade as ações, motivações e até mesmo a construção social do universo nessântico e dos personagens. O início da leitura pode causar estranhamento, já que também conta com palavras próprias, e esse é um aspecto importante a ser reforçado. Nada que deva amedrontar quem já é acostumado com alta fantasia, mas que deve ser encarado com cautela pelos leitores novos no gênero. Como estar no meio de um tabuleiro de xadrez, embarcar na leitura de "O Trono do Sol: A Magia da Alvorada" e acompanhar os passos dos ambiciosos personagens é o mesmo que ficar no aguardo de quem dará o xeque mate primeiro. Personagens dúbios e uma intrigante e inteligente narrativa elevam o robusto romance de S. L. Farrell a um elevado nível de excelência.  Claro que como toda obra, pode não agradar a todo muito. Mas se gosta de política, magia, batalhas, intrigas e armações, Trono do Sol é mais um livro que você não pode deixar passar. Eu mal posso esperar para iniciar a leitura do segundo volume. Em minha lista de fantasias favoritas da vida, Trono do Sol já ocupa um lugar especial.
Jhony 29/05/2020minha estante
depois dessa resenha tenho obrigação de colocar este livro na lista


Fernando Lafaiete 29/05/2020minha estante
Leia mesmo Jhony... Eu gostei demais. Espero que goste tanto quanto eu. :)




Marcos 12/05/2012

Resenha do livro O Trono do Sol - a Mágia da Alvorada (3canecas.com)
www.3canecas.com



Uma guerra por Nessântico está a ponto de acontecer e alianças devem ser formadas, traições acontecem e não se sabe em quem confiar e qual lado os personagens estão. Não subestime e nem confie em ninguém, porque as trevas estão se aproximando e se aproveitando do desejo de poder, daqueles que farão de tudo para ter o Trono do Sol.

O Trono do Sol – A Magia da Alvorada foi um daqueles livros de leitura fácil e que as páginas viram sozinhas. Um livro de fantasia no qual S. L. Farrell, soube encaixar bem os ingredientes dos quais aprecio nos livros do gênero e foi com esses ingredientes, que o livro me conquistou e me fez apreciá-lo e claro querer o próximo. Este próximo volume deve sair em breve por aqui, mas esse assuntou deixo para um próximo post.

Religião, Política, Guerra e Feitiçaria ingredientes que criaram uma obra cativante, em um mundo fantástico onde todos buscam por poder e reconhecimento. O livro é dividido em capítulos e dentro destes contém a narrativa na perspectiva dos personagens, algo semelhante para quem está acostumado com os livros das Crônicas de Gelo e Fogo. Desta forma conseguimos acompanhar a trama, com a visão de todos os personagens envolvidos e isso faz com que você não queira parar de ler, na ânsia de saber o que vem a seguir.

No desenvolvimento deste novo mundo, o autor criou personagens complexos e com personalidades únicas, entretanto existe toda uma hierarquia e títulos que de inicio são complicados de entender. Ao final do livro existe um glossário que ajuda no entendimento e também temos apêndices que explicam esse novo mundo.

Nas terras de Nessântico fica o centro dos acontecimentos e essas cidades são governadas, pelo dono do Trono do Sol a intitulada Kraljica (Imperatriz), que tem ao seu lado uma forte religião, chamada concénziana que é controlada por um representante e líder da fé chamado de Archigos, com seus liderados que tem o dom de controlar a energia do Ilmodo, um poder que pode ser moldado e usado de varias formas.
Patty 08/10/2013minha estante
Eu odiei esse livro!! rs rs




João Paulo 20/05/2012

Indicado apenas para fans de leitura Fantasiosa.
O livro possui uma boa narrativa e um cenário bem construído.Nessântico, a cidade em torno da qual gira todo o contexto do livro, consegue ser de fácil captação para o leitor, através da descrição do narrador. E é sim uma monumental cidade...

Os personagens são bem trabalhados no decorrer da estória, o defeito deles é que as vezes há mudanças bruscas de personalidades, e essas mudanças não são devidamente bem explicadas e detalhadas...

A trama central desse primeiro livro é a descrição do cenário em si, e seus principais personagens, e o desenrolar de uma guerra entre dois reinos do mundo fantasioso do livro.

A relação da magia no livro é bastante forte. Um dos elementos chaves do livro. Em um primeiro momento pareceu, a mim, que ia ter um contexto mágico "galhofa" (muito efeito mágico e raios voando pra tudo quanto fosse lado), mas no decorrer do livro a forma de utilização da magia, a própria utilização da mesma, vai sendo bem descrita e detalhada e realmente ganha um peso na estória "moldando-a". Mas que fiquem avisados que há momentos que tem Bola de Fogo pra todo lado.

No geral um bom livro pra quem ta afim de Fantasia Fantástica.
Mas acho que dificilmente captura algum público de fora desse contexto.

Édson 22/08/2013minha estante
"Mas que fiquem avisados que há momentos que tem Bola de Fogo pra todo lado."

Durante a guerra, eu senti falta de outros tipos de feitiços. Mas pessoalmente eu sou fã dessa obra, excelente!




Ezequias 14/08/2012

Obra apadrinhada por George Martin, não consegue ser melhor do que "boa".
Minha primeira impressão deste livro foi a qualidade da edição.
O livro é maquiado como se fosse um tomo antigo, com as bordas das paginas com texturas que parecem com páginas gastadas. A cor do papel, meio acinzentada facilita a leitura, deixando-a bastante agradável, e também veio com um marca páginas com um glossário, muito necessário nesta obra.

O livro, então, foi bem produzido pela editora, e isso é sempre uma boa surpresa.

Tanto cuidado inspira uma expectativa quanto ao livro em si. Contudo, é importante não manter esta esperança tão em alta: este livro não é mais uma "Guerra dos Tronos" e não é nada de excepcional, contudo, não é desprovido de méritos.

Não é o fato de que o fantástico existe neste mundo com muito mais ênfase do que no "Guerra dos Tronos", muito pelo contrário: a existência de magia e toda a mística e cultura relativa a esta são as coisas mais interessantes que existe nos livros.

Não é o fato de que existe magia no mundo que deixa o livro sem todo o potencial que poderia ter, na verdade, a existência da magia, do fantástico, é justamente o que torna a obra interessante, me deixou querendo saber mais e mais sobre a mitologia criada pelo autor.

Pena que a trama e a história não é melhor do que a média. O livro tem até uma boa evolução até sua primeira metade, mas depois desce numa espiral de previsibilidade.

De toda forma, aguardarei a sequencia do livro, apesar dos seus defeitos, é uma história interessante de se acompanhar.

Recomendo a todos que apreciam o gênero, mas não aqueles que navegam em águas estranhas.



Eder 27/09/2012minha estante
"O livro, então, foi bem produzido pela editora, e isso é sempre uma boa surpresa."

Em se tratando da LeYa, é uma surpresa mesmo...




Robson 19/07/2012

O Trono do Sol - Não é um novo Cronicas....
A algum tempo estava lendo sobre esse livro. Apesar da clara tentativa da editora Leya amarrar a imagem dos livros de RR Martin, As Cronicas de Gelo e Fogo, as duas obras tem em comum politica, guerra, religião, um anão que no caso de RR Martin manda muito melhor que o Archigos (o Papa da religião de Nessantico). Mas as semelhanças morrem ae... Os mundos sao totalmente diferentes, a magia em Nessantico é mais evidente que nos 7 Reinos, sendo usada abertadamente pelos ténis (os padres), e por outros que conhecem o dom...
O uso da politica é muito maior, levando a guerra propriamente dita apenas no final do primeiro livro. Todos os ingredientes estao ali... Uma terra mitica, disputas por um trono, religião agindo como o machado da moral e dos bons costumes, mesmo sem ter nenhuma moral ou bons costumes para si, em suma.. tudo que faz de um bom livro de ficção fantastica uma delicia de ser lido.... Aos fãs do genero, recomendadissimo.. porém.. se vc espera um novo Cronicas... vc com certeza ira se decepcionar... Agora é aguardar pelos novos capitulos da saga... Onde a fé em Cenzi ira levar Nessantico após a era da Genere' a Pace, a Kraljika Marguerite.... rsrsrsrs
Gabriel 07/05/2014minha estante
Ainda bem




IgorP 06/10/2016

Misture religião é fantasia e o resultado será? NESSÂNTICO.
Já pensou na possibilidade de magia e religião monoteísta se casarem? Não? Então se prepare para um choque de fantasia. Isso é exatamente oq S. L. Farrel faz com o leitor nessa obra...
Nunca tinha ouvido sequer falar nele, até ler o primeiro livro escrito por R. R. Martin, A Morte Da Luz em q, já no marca pág havia uma referência dele ao altor de O Trono Do Sol. Comprei. E hj já estou ansioso para visitar esse mundo cheio de intrigas políticas, romances avassaladores e muita magia outra vez.
Diferente de as Crônicas de Gelo e Fogo, a magina está presente aki de "capa a capa", os elementos religiosos da Igreja Católica dominam o enredo da história e as personagens ganham vida enquando vc entende q religião nesse caso tbm é a magia. Tudo converge para uma trama sinistra cheia de farsas e reviravoltas. Creio q como cada capítulo e ditado por uma personagem diferente o leitor emerge mais fundo na trama.
Em nenhum momento me perdi por causa das riquezas de detalhes q, outra vez, diferente de as Crônicas de Gelo e Fogo, são descritos numa línguagem muito simples.
Mas acima de tudo estão as últimas cinquenta páginas. AiAi, foram as melhores. Cheias de lutas pela guerra, sangue e muita magia.
Se vc gosta de imergir em outros mundo e não se importa em perder personagens favoritos, então venha e estacionamento na cidade de Nessântico, pq sua aventura vai ser a melhor de todas.
Louise 23/10/2019minha estante
também não consegui deixar de fazer a comparação com as crônicas de gelo e fogo, mas apesar do estilo diferente e mais direto, adorei a história!




G. Turquia 24/06/2012

Sabem, quando peguei o livro, pela primeira vez, senti que tinha uma estranha "conexão" com ele. A capa me chamava, o título me deixava curioso e a sinopse me deixavam de boca aberta.

Não liguei muito para a citação de Martin na capa, afinal, nunca li os livros dele e nem quero ler (assisto Game of Thrones, apenas), mas, pelo que eu vejo da série e soube da minha melhor minha que leu o livro, a saga do Trono do Sol é muito diferente da saga do Trono de Ferro.

Vamos lá, a série, que possui trés livros, conta a história de Nessantico, a cidade mais poderosa e admirada do seu mundo. Todos querem ir para Nessantico, muitos queriam GOVERNAR Nessantico. É nisso que a história gira. Contada de diferentes aspectos, através de diferentes pessoas, Nessantico se prepara para o jubileu do reinado de sua governante, a kraljica Marguerite, enquanto o seu filho, Justi ca'Mazzak, já está impaciente para subir ao poder. Nesse tempo, o governante de Firenzcia, uma das terras controladas pelos Domínios (nome dado ao império de Nessantico), cansado de ser o menos importante tenta secretamente gerar uma guerra para chegar ao poder da cidade. Na cidade,o archigos Dhosti ca'Millac, o "papa" da fé concenziana, a religião oficial dos Domínios, se depara com uma guerra, enquanto os numetodos, seita recente que acredita que não é preciso da fé em Cénzi, deus principal da religião, para moldar o Ilmodo, energia invisível que gera os feitiços (essa é uma das principais doutrinas da Concénzia), fanáticos como Orlandi ca'Cellibreca querem acabar com eles como se fossem uma infestação de ratos e, quem sabe, subir ao trono de archigos.

Na história, há muitos personagens, principais e secundários, que eu não citei nessa minha sinopse (mal feita).

Acho que o livro vai admirar a todos, pois ele trata de assuntos como fé, política, guerra, conspirações, culturas e magia. É possível ver um reflexo da história do nosso mundo, embora a história do mundo de Nessantico seja originalmente só dela.
Eu citei magia, mas não espere nada igual a Harry Potter nesse livro. Sim, a magia é um elemento extremamente importante no livro, mas não torna nada cansativo (embora batalhas envolvendo a magia sejam vista entre as páginas).
Enfim, termino o livro, louvando a Cénzi por ter criado uma história tão magnífica, que recomendo a todos, de todos os gostos a ler.
E quem for ler, uma dica, vá nos apêndices (principalmente o "Dicionário" e "Trechos da Concórdia de Nssantico") para não se perder, e atrapalhar a cabeça em certas coisas que ocasionalmente passam no livro.

Essa é a minha primeira resenha, então, não me matem. :D
E eu acho que eu deixei uma boa impressão do que eu pensei do livro...SENSACIONAL!!!
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Lucas1429 07/03/2024

Um livro que me prendeu do começo ao fim com seus personagens únicos e carismáticos, independente de serem protagonistas ou secundários, juntos com uma imersão grande por causa da quantidade de detalhes, tanto do ambiente quanto das características físicas dos personagens e das magias que aparecem ao longo da saga.
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Alyaht 29/10/2012

O Trono do Sol –A magia da alvorada. O Ciclo de Nessântico –Vol. 1
Resenha: O Trono do Sol –A magia da alvorada.
O Ciclo de Nessântico –Vol. 1

Pois bem. Comecemos com o pé direito falando sobre uma obra que realmente me atraiu logo pela capa do livro: O Trono do Sol.
Criticado por muitos e elogiado por (quase) todos –assim como ninguém mais, ninguém menos que R.R. Martin, autor de famosas séries, e dentre elas “As Crônicas de Gelo e Fogo”-, S. L. Farrell causou uma grande polêmica com esta obra.
O tema central é basicamente formado por política e religião. Uma mistura de guerra e magia faz com que a obra se torne um pouco mais... Envolvente. Uma pitada de romance e traição também é adicionada ao enredo. Mas o que será que realmente se passa na história? Veremos a seguir.

O livro começa contando sobre a cidade de Nessântico: poderosa, generosa e indestrutível. O autor a compara como um ser vivo, e ainda diz metaforicamente que Nessântico é mais que uma simples cidade, é uma cidade mulher.
A história começa com Ana Co’Seranta, uma jovem o’téni que exerce sua função como aprendiz do Ilmoldo –uma energia predominante em Nessântico, que pode ser usada por várias pessoas de diversas “religiões”, apesar da fé Concénziana ser a mais conhecida e poderosa-.
Bem, neste início de conversa vocês não devem ter entendido muita coisa, provavelmente pelos termos que o autor utiliza, que são neologismos.

Um o’téni é uma espécie de aprendiz da Fé Concénziana, porém, tem um pouco mais de sabedoria. A Fé Concénziana é a principal religião de Nessântico, que vai se tornando cada vez mais intolerante aos numetodos –pessoas que não acreditam no Deus Cénzi, e que creem que o Ilmoldo (a magia) pode ser utilizada seguindo fórmulas, e que todos, independente de crença e fé, podem utilizar. Digamos que são “os ateus da história”.
A jovem Ana é como se fosse a “misteriosa garota com poderes mais sobrenaturais que todos os outros meros mortais”. A mesma história de sempre –a pessoa que se destaca por um poder a mais-, porém, com uma pitada mais extravagante de criatividade do autor.
Ana ousava do Dom de Cénzi. As “regras” diziam que era proibido curar com a energia do Ilmoldo, mas Ana o fazia. Sua mãe sofria de uma grave doença, e foi graças à Ana que ela pôde fazer com que a mãe vivesse por muitos anos.
Porém, em meio à solidão, seu pai abusava dela sem questionar. E Ana guardava essas terríveis memórias, até que um dia o archigos –o representante supremo da Fé- Dhosti percebeu que Ana tinha um dom muito maior, e sabia que ela utilizava cura, mas mesmo assim resolveu não puni-la.
Pediu para que Ana usasse todo o seu poder para curar sua mãe, sem que se preocupasse com castigos, e o fez. A mulher saiu completamente curada. O Archigos “contratou” Ana e a promoveu, pagou uma enorme quantia ao seu pai e disse que ele jamais teria poder sobre ela novamente.

Em meio a tantas coisas, tantos planejamentos, a kraljica, que pode ser considerada como uma “Rainha” era um tanto idosa. Ela reconheceu o dom de Ana, e a elogiou por isso. A “rainha” era conhecida por sempre fazer negociações com seus inimigos, portanto, Nessântico nunca entrara em guerra. Não até então...
Conhecida por manter a paz, a rainha acabou sendo morta no mesmo dia em que Ana e Karl –um numetodo que já tinha uma pretendente lááá no fim do mundo- se conheceram. Tudo ocorreu com um misterioso quadro que fora pintado em comemoração ao Baile de Jubileu da kraljica. O quadro tinha uma misteriosa energia que “sugava” a vida de quem era pintado, fazendo com que ficasse preso no quadro para sempre. Um tanto horripilante, não? Mas o pior vem aí.
A culpa caiu em cima de quem? Quem será? Em cima dos numetodos.
Ana e Karl se envolviam cada vez mais –uma mistura de romance e curiosidade- e em um momento Ana até chegou a perder seus poderes e levou, junto com eles, sua fé. Porém, mais tarde, conseguiu recuperá-los bem até demais.
Karl foi capturado, assim como inúmeros numetodos acusados por vários crimes que não cometeram. Enquanto isso, a cidade de Brezno, conhecida por ser a cidade que criava todas as tropas de Nessântico, resolveu se revoltar, e isso tudo por um motivo: O hïrzig, uma espécie de mais alto nível de comandante de todas as tropas, queria o Trono do Sol para si. Desejava Nessântico não só para ele, mas para sua filha, como se fosse um “Colar de Luzes” para a menininha Alessandra –que no final fora... Ah, não vou contar mais spoilers-.

O filho da rainha, o kraljiki Justi –um tolo, grande tolo...- assumiu o trono, e enganou Ana para que desse os numetodos como livres, sem pagar pelos seus crimes. Porém só conseguiu seduzir a anta chamada Ana e conseguiu até a façanha de levá-la para a cama –coisa que nem o pobre Karl conseguiu fazer-.
Mas Ana não conseguiu nada com isso, a não ser uma perseguição para o lado dela, pois o seu “quase maridinho” Justi descobriu que ela utilizava o dom da cura, proibido por Cénzi.

Traição é o que resume este livro. Muita, mas muita traição. Uma coisa doida atrás da outra. Mas é impressionante como o autor retrata isso de forma tão... Agradável.
Porém, uma das personagens mais importantes ainda não foi citada: Mahri. Um velho mendigo com poderes sobrenaturais. Mas o cara não é nem da Fé Concénziana, nem dos pobres numetodos. É... ainda é um mistério de onde toda essa magia misteriosa vem. Só podemos dizer que o cara ajuda e ferra todo mundo ao mesmo tempo. Ele protege Ana e Karl, e depois os entrega na mão de Justi, mas todos se dão bem, apesar das cidades entrarem em guerra. Mas do nada o velhinho revela sua verdadeira face que surpreende a todos, mas isso também seria um baita spoiler, então não vou revelar muitas coisas.
O que posso dizer sobre o livro é que é grande, mas vale a pena ler. É difícil de explicar sobre toda a história, cada detalhe, cada personagem, mas que é impressionante, é.
É uma pena que o autor utilize tão pouco de algo que eu prezo entre os livros: detalhes. Amo detalhes, e infelizmente, achei que o autor utilizou poucos, apesar do tamanho do livro. Mas não vou ser chata com isso.
A linguagem pode não ser das mais poéticas, mas as personagens têm seu amor e suas virtudes –apesar de traírem toda hora, mas vamos desconsiderar este fato, hi, hi...

Agora resta aguardar pelo segundo volume da série.



[Um QUASE SPOILER] Apesar de eu ter achado que o final decepcionou e deixou a desejar, e que o autor deveria ter parado ali, foi uma leitura "legalzinha". Mas vamos ver no que vai dar...
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Thyago 13/09/2012

Livro que me surpreendeu positivamente...leitura cativante...depois que você se acostuma com os nomes, fica agradável de ler...altamente recomendado
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júúh s2 01/12/2012

Título para sua resenha
Eu ainda estou lendo o livro, mas eu pretendo fazer uma resenha depois de ler.. ate agora, eu estou gostando, stehen coloca um mundo novo a sua disposicao, com leis, regras e deveres novos, e inclusive a lingua é diferente. tem coisas, que eu imagino que ele inventou, por exeplo, chamar uma mulher de vagica em vez de senhorita, ou colocar antes dos sobrenomes os 'co', 'ca' ou 'ce' e 'ci'...
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