Rub.88 15/10/2017Eu Acredito No Que VejoO que os sonhos revelam a realidade manifesta em sinais. A mudança, leve que seja, da própria vida por um detalhe vislumbrado numa ilusão inconsciente. Quando a memoria insiste inexoravelmente em mostrar que algo esta faltando ou sobrando. Acreditar somente no que se vê, mas em algum nível sensorial saber que é existe o invisível real. No breve livro O Vale de Solombra do escritor mineiro Eustáquio Gomes caminhei pelo onírico e pelo surrealismo.
No sebo O Livro Azul um velho tradutor de manuais técnicos esbarra no livro que apareceu no seu sonho. O desenho da capa foi o suficiente para reconhecê-lo. Luís Quintana dono da livraria de usados, e que também restaura edições antigas, vive sempre a beira da insolvência. A crise financeiramente alcançou massa critica e ele esta preste a perde o negocio e casa, e ir para rua com a mulher e filho pequeno. Porem, antes disto acontecer sofre um acidente de carro bizarro e é dado como morto...
Dai começa a trajetória de Quintana por um ambiente estranho com personagens absurdos e situações irreais. Enquanto ele vai de um ponto cardeal a outro por essas paragens fora da logica, a mulher e o filho sofrem com as dividas não saldadas. Despejados conseguem abrigo com o velho tradutor. A mulher não aceita a viúves, pois periodicamente cartas supostamente enviadas pelo marido chegam. Isso faz que duvidas sobre a morte de Quintana sobrevoem a estória até o final.
Quase todos os capítulos do livro tem um pagina apenas. E isso faz que a narração pule muito, deixando lacunas e certa incoerência na trama. Parece uma boa piada, mas contada por um gago.
A palavra solombra do titulo é referencia ao livro da poetisa Cecília Meireles, que por coincidência e o nome da biblioteca publica que peguei essa pequena obra...