Mínima lírica

Mínima lírica Paulo Henriques Britto




Resenhas - Mínima Lírica


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Max 11/01/2023

Mínima...
Desconhecia o autor, foi grata surpresa. Poemas elegantes, imagens originais, sendo curtos facilitam a viagem.
Gostei muito!
A ressalva são alguns poemas em inglês que permeiam o livro, ainda tenho dificuldade em extrair prazer de poemas em outra lingua, mesmo com domínio.
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Pretti 28/02/2022

Não tão mínima
Li, numa tacada, dois livros de poemas de Paulo Henriques Britto, Nenhum Mistério e Mínima Lírica. O primeiro é de 2018. Já o segundo reúne dois livros do início da carreira do poeta, Liturgia da Matéria, de 1982, e Mínima Lírica, de 1989. O que achei mais notável foi o quanto essa distância temporal distanciou também as obras. Mínima Lírica tem, além da técnica, todo o frescor de uma juventude ousada e brincalhona, mesmo com alguns intensos arroubos reflexivos. Já Nenhum Mistério traz uma lírica contida, sem grandes emoções. Perfeita na técnica, mas cinzenta.

Acho que isso comprova também que não é porque não gostamos tanto de uma obra de um autor que não gostaremos de nada dele: às vezes o que precisamos é encontrar em que momento ele nos toca. No caso de Paulo Henriques Britto, é apenas sua voz de juventude que me alcança e envolve, e este livro, sim, tenho vontade de indicar tanto pela técnica quanto pela conexão.
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Aguinaldo 22/10/2013

mínima lírica
Neste volume encontramos a reedição de dois conjuntos de poemas de Paulo Henriques Britto (exatamente seus dois primeiros livros, publicados originalmente em 1982 e 1989). Liturgia da matéria é mais longo, enfeixa 45 poemas (10 deles em inglês no original, sem tradução); Mínima lírica já mais contido, mas não menos seminal, com 24 poemas (2 deles em inglês). As propostas de Liturgia da matéria são muito inventivas; a linguagem é sempre coloquial; sem rebuscamentos artificiais; nada é transcendental, ou mágico, ou fortuito; o sujeito parece lembrar-nos da força inerente de coisas simples (o olhar, a natureza, a rude matéria, a incompetência ou fracasso dos homens). Em uma de duas "bagatelas" ele diz, algo cruel: "Então viver é isso, / é essa obrigação de ser feliz / a todo custo, mesmo que doa, / de amar alguma coisa, qualquer coisa, / uma causa, um corpo, o papel / em que se escreve, / a mão, a caneta até, / amar até a negação de amar, / mesmo que doa, / então viver é só / esse compromisso com a coisa, / esse contrato, esse cálculo / exato e preciso, esse vício, / só isso." Já as propostas de Mínima lírica são mais herméticas, mais certeiras, menos fáceis (se é que algum poema de um autor forte sabe ser fácil), mais cerebrais. São poemas que viajam, mostram uma geografia percorrida pelo autor, um conjunto de influências que devem ser homenageadas, explicitam reflexões estéticas já maduras. O livro termina com uma proposta muito interessante (Ontologia sumaríssima) que inicia afirmando ao leitor: "Umas quatro ou cinco coisas, / no máximo, são reais. / ...", e depois segue, com um conjunto pequeno de versos, que têm o poder de deixar no final o leitor num vazio, num nada. Que efeito. Grande poeta este sujeito.
[início: 22/08/2013 - fim: 09/09/2013]
Mínima lírica, Paulo Henriques Britto, São Paulo: editora Companhia das Letras, 2a. edição (2013), brochura 14x21 cm., 108 págs., ISBN: 978-85-359-2310-0 [edição original: Liturgia da matéria (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira) 1982; Mínima lírica (São Paulo: Livraria Duas Cidades / Coleção Claro enigma) 1989]
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Charlene.Ximenes 09/08/2018

Múltipla lírica do cotidiano
A presente edição reune os dois primeiros livros de Britto, escritor e tradutor carioca, "Liturgia da matéria", que reúne 45 poemas (10 deles em inglês e sem tradução) e"Mínima lírica", com 24 poemas (2 deles em inglês). As obras foram escritas em 1982 e 1989, respectivamente.

Os versos são repletos de ironia, possibilitando múltiplas leituras. São poemas curtos, mas que evidenciam um poeta seguro, capaz de expor seu olhar e de mostrar uma obra que trata da observação do cotidiano, utiliza-se do humor e penetra na mente do leitor.

Caminhando pela biblioteca da Universidade Federal do Ceará, encontrei esse e alguns outros poetas desconhecidos e confesso ser essa atividade uma das minhas viagens preferidas no universo literário. Sempre que possível, busque e conheça novos autores, novas poesias, novos mundos. E me indiquem poetas novos também.
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MatthewsVianna 14/04/2019

Nessa coletânea de poemas, há uma segurança e um manejo extraordinários do verso e uma ironia que não se resume apenas ao olhar do poeta sobre as coisas e o mundo, mas igualmente contamina a própria forma do poema.
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