O trono da rainha Jinga

O trono da rainha Jinga Alberto Mussa




Resenhas - O trono da rainha Jinga


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Vinicius 29/12/2022

Junte as pistas
"A mandíbula de Caim" é um livro-enigma que está na minha lista de desejados. Acredito que Alberto Mussa tenha feito algo parecido aqui.

Vinte e cinco capítulos, cada um narrado por um personagem diferente com pistas que explicam os acontecimentos investigados. Não tem ordem cronológica, nem qualquer esforço para esclarecer os fatos. A gente que lute!

Confesso que preciso reler e pegar detalhes que me escaparam, mas a originalidade é grande. Um Rio de Janeiro do século XVII, tensões sociais, misticismo africano, uma ambientação muito bem construída. Quero ler mais obras do autor.
edu basílio 30/12/2022minha estante
instigante resenha, vini ?




Valéria Cristina 17/07/2021

Imprevisível
Combinando a agilidade típica das tramas de mistério e uma linguagem com precisão artística, O TRONO DA RAINHA JINGA é uma viagem pelo Rio antigo. Dos solares às senzalas, dos largos cheios de gente às vielas escuras. Reúne personagens que pertencem a todos os mundos: índios, caboclos, negros de várias partes da África, negros nascidos no Brasil, portugueses, cristãos-novos e mulatos. Cada capítulo é narrado por um personagem diferente, com sua própria visão da história. O desfecho é imprevisível.
SALETE 18/07/2021minha estante
Oi! Deu vontade de ler! Vou procurar!?


Valéria Cristina 18/07/2021minha estante
Pois leia! Muito bom




Euler 09/07/2021

Eu estou muito arriada pelo Alberto Mussa, queria muito um curso com ele. "O trono da rainha Jinga" faz parte do Compêndio Mítico do Rio de Janeiro, conjunto de cinco narrativas do autor que contam a história do Errejota através dos séculos e focando em crimes. Só que magistralmente, o Mussa não se apodera da estrutura policial da forma como a conhecemos tradicionalmente. Mais uma vez, o crime não é a principal coisa da narrativa, o leitor funciona como detetive, nessa obra nós temos que a cada capítulo desvendar quem fala já que se trata de um romance polifônico, e ele não é nada maniqueísta, ao contrário, fala sobre o mal enquanto algo que é dividido de forma igual para todos. É incrível como temos o século XVII ficcionalizado e como o autor dá destaque as narrativas negras. O que há de "crime" é empreendido por uma organização de escravizados que buscam entre outras coisas, libertar outros escravizados. A violência então, é cura. A personagem Jinga é incrível e eu queria que ela aparecesse mais. É um livro pra ler numa sentada e que por ser breve e extremamente polifônico, exige atenção máxima, eu mesmo acho que preciso ler mais uma vez. A forma como os crimes são descritos é de uma brutalidade enorme, mas que encanta pelo inédito. Quem tiver informações sobre o autor, me conta que eu tô bem no modo Tietê??
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Gisele @li_trelando 17/05/2021

Uma raridade
Além de nos fazer imaginar o rio de janeiro do sec XVII, o autor dá voz e personalidade aos personagens negros e uma identidade.
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Karamaru 23/02/2019

CRIMES DE UM SÉCULO ESCUSO
Talvez não seja equivocado celebrar Alberto Mussa como um dos mais criativos autores nacionais contemporâneos. "O trono da rainha Jinga", livro que compõe o que autor denominou "Compêndio mítico do Rio de Janeiro" - um conjunto de cinco obras que retratam crimes ocorridos em solo carioca em diferentes séculos - comprova sua habilidade com a linguagem.

A história desse livro se passa no século XVII (época pouco explorada pelas letras tupiniquins, diga-se de passagem). Cinco crimes, supostamente engendrados por uma irmandade secreta de escravos, cognominada de "Heresia de Judas", é o que move a trama.

Para elucidar os fatos, Unhão Dinis, um juiz "por provimento régio", junto com o armador e baleeiro, Mendo Antunes, irá ao encalço de pistas para solucionar o complexo quebra-cabeça dos delitos.

Se há uma dica que posso dar aos que irão se aventuras por tais páginas é: leiam esse livro o menos espaçadamente possível; é um livro polifônico, detalhista; os narradores nem sempre são facilmente identificáveis (inclusive, o registro das falas parece mudar pouco, o que achei um ponto a desfavor), e muitos fios, do primeiro capítulo sobretudo, se conectam a fios de capítulos finais.

A rainha Jinga aparece na trama em capítulos intercalados; de início, nada é muito claro e definido sobre a misteriosa monarca africana, mas o final surpreende bem, pelo menos nesse aspecto. Os capítulos de que mais gostei foram esses; há neles um humor picaresco, e Jinga, sem dúvidas, é a melhor personagem do livro.

Confesso que dei uma desanimada ali pelo meio do livro; o exercício de recuperação de memória e elucidação me cansou bem apesar do livro ser curto. A linguagem é muito bem urdida, sem dúvidas, mas, por vezes, achei que beirou a afetação e, em consequência, o enfado.

Não há dúvidas também de que Mussa empreendeu uma dedicada pesquisa histórica. E, no tocante a isso, é o que livro mais me chamou atenção. Apesar da intenção do autor em deixar claro, na nota prévia e no posfácio, de que não se trata de um "romance histórico", e sim de uma "novela policial", surpreendentemente, para mim, funcionaria mais como o primeiro, e ficaria devendo na segunda!

De todo modo, quero conhecer mais o autor.
Yuri.Nogueira 01/03/2019minha estante
massa!!!


Karamaru 02/03/2019minha estante
Flw, rapaix!!!




Leila de Carvalho e Gonçalves 26/01/2018

A Heresia de Judas
Alberto Mussa é um de nossos mais talentosos escritores. Original, sua obra reúne a tradição da narrativa ocidental e relatos mitológicos de diferentes culturas, especialmente, a africana, islâmica e indígena.

Um bom exemplo é "O Trono da Rainha Ginga". Publicado originalmente em 1999, trata-se do livro de estreia de um ambicioso projeto: criar um compêndio, composto por cinco novelas policiais, uma para cada século da história do Rio de Janeiro.

Ambientado em 1626, é inegável o cunho histórico do texto, apesar do autor rechaçar a ideia no posfácio. Nele, Mussa investiga a escravidão a partir de uma guerreira angolana, Jinga, que atuou na resistência contra os colonizadores portugueses. Por sinal, seu enredo é baseado em fatos reais, encontrados em manuscritos seiscentistas e apresenta inúmeras personagens que vão desde uma bruxa açoriana até um frade homossexual.

Durante a leitura, cabe ao leitor buscar maiores informações sobre uma misteriosa ordem de negros heréticos, autores de estranhos crimes que vêm alarmando a população carioca. Uma tarefa complexa, pois cada capítulo é narrado por uma personagem e qualquer desatenção à mudança de vozes, pode comprometer o entendimento. Outro ponto interessante é que existe um único narrador onisciente: ele aborda as aventuras de Mendo Antunes, um baleeiro e armador lusitano.

Especialmente impactante é maneira como são apresentados os negros. Eles pensam e agem como africanos. Acreditam que "o equilíbrio do mundo exige que a felicidade e o êxito de uma pessoa corresponda a desgraça e a tristeza de outra", uma ideia absolutamente incompreensível para a formação judaico-cristã e esse paradoxo é abordado com perfeita clareza pelo autor.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 26/01/2018

A Heresia de Judas
Alberto Mussa é um de nossos mais talentosos escritores. Original, sua obra reúne a tradição da narrativa ocidental e relatos mitológicos de diferentes culturas, especialmente, a africana, islâmica e indígena.

Um bom exemplo é "O Trono da Rainha Ginga". Publicado originalmente em 1999, trata-se do livro de estreia de um ambicioso projeto: criar um compêndio, composto por cinco novelas policiais, uma para cada século da história do Rio de Janeiro.

Ambientado em 1626, é inegável o cunho histórico do texto, apesar do autor rechaçar a ideia no posfácio. Nele, Mussa investiga a escravidão a partir de uma guerreira angolana, Jinga, que atuou na resistência contra os colonizadores portugueses. Por sinal, seu enredo é baseado em fatos reais, encontrados em manuscritos seiscentistas e apresenta inúmeras personagens que vão desde uma bruxa açoriana até um frade homossexual.

Durante a leitura, cabe ao leitor buscar maiores informações sobre uma misteriosa ordem de negros heréticos, autores de estranhos crimes que vêm alarmando a população carioca. Uma tarefa complexa, pois cada capítulo é narrado por uma personagem e qualquer desatenção à mudança de vozes, pode comprometer o entendimento. Outro ponto interessante é que existe um único narrador onisciente: ele aborda as aventuras de Mendo Antunes, um baleeiro e armador lusitano.

Especialmente impactante é maneira como são apresentados os negros. Eles pensam e agem como africanos. Acreditam que "o equilíbrio do mundo exige que a felicidade e o êxito de uma pessoa corresponda a desgraça e a tristeza de outra", uma ideia absolutamente incompreensível para a formação judaico-cristã e esse paradoxo é abordado com perfeita clareza pelo autor.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 26/01/2018

A Heresia de Judas
Alberto Mussa é um de nossos mais talentosos escritores. Original, sua obra reúne a tradição da narrativa ocidental e relatos mitológicos de diferentes culturas, especialmente, a africana, islâmica e indígena.

Um bom exemplo é "O Trono da Rainha Ginga". Publicado originalmente em 1999, trata-se do livro de estreia de um ambicioso projeto: criar um compêndio, composto por cinco novelas policiais, uma para cada século da história do Rio de Janeiro.

Ambientado em 1626, é inegável o cunho histórico do texto, apesar do autor rechaçar a ideia no posfácio. Nele, Mussa investiga a escravidão a partir de uma guerreira angolana, Jinga, que atuou na resistência contra os colonizadores portugueses. Por sinal, seu enredo é baseado em fatos reais, encontrados em manuscritos seiscentistas e apresenta inúmeras personagens que vão desde uma bruxa açoriana até um frade homossexual.

Durante a leitura, cabe ao leitor buscar maiores informações sobre uma misteriosa ordem de negros heréticos, autores de estranhos crimes que vêm alarmando a população carioca. Uma tarefa complexa, pois cada capítulo é narrado por uma personagem e qualquer desatenção à mudança de vozes, pode comprometer o entendimento. Outro ponto interessante é que existe um único narrador onisciente: ele aborda as aventuras de Mendo Antunes, um baleeiro e armador lusitano.

Especialmente impactante é maneira como são apresentados os negros. Eles pensam e agem como africanos. Acreditam que "o equilíbrio do mundo exige que a felicidade e o êxito de uma pessoa corresponda a desgraça e a tristeza de outra", uma ideia absolutamente incompreensível para a formação judaico-cristã e esse paradoxo é abordado com perfeita clareza pelo autor.
France.Ferreira 25/11/2018minha estante
Ola, Leila poderia me dar mais detalhes do enredo da obra? Por favor!




Carol 11/01/2018

Conexão entre Brasil e África
Cinco crimes cometidos no Rio de Janeiro seiscentista. Um ouvidor, um homem de letras, e um armador, experiente em aventuras pela África, em busca dos mistérios por trás da violência que acometera a cidade. Este é o enredo de O Trono de Jinga. Uma história interessante que explora a conexão entre o Brasil e a África. Vale a pena a leitura!
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Emanuel 02/09/2017

Brasil é África
Mussa nos envolve com um enredo policial narrado em várias vozes que dispõe diante do leitor as diversas paisagens culturais que se imiscuem no Brasil (por metonímia tomado a partir das cidade do Rio se Janeiro) a partir da Europa e África.
O trono da Rainha Jinga é leitura rápida, deliciosa e instigante. Um livro construído sobre os rumores de feitos lendários da grande rainha e acrescenta aspectos absolutamente entranhados nas possibilidades que se abrem para a ação humana compartilhada, a saber, a necessidade da formação de um sentido a ser experimentado e comunicado.
Não sou afeito a spoiler, assim, fico nisto: leiam "O Trono da Rainha Jinga".
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