spoiler visualizarElias Flamel 10/01/2019
É um novo volume ou uma nova aula de Hayao Miyazaki?
Chegamos em um momento da saga em que é demonstrada uma etapa antes do clímax da historia. Os dois exércitos, tão distintos, chegam ao ápice. O império de Dorok termina de usar todas as suas armas e possui um novo líder que não se incomoda de ver tudo destruído, pois isso lhe dá a chance de conquistar o pouco; o resto. E o exercito Torumekiano tenta se defender e se organizar usando as suas últimas forças.
Esse pré-climax é demonstrado de maneira macro e micro. No macro vemos toda a mudança de um ecossistema. No micro temos Nausicaä entendendo a sabedoria e a infinita caridade da natureza. A protagonista compreende como a natureza sempre se molda para formar um Ciclo, onde o amor pela vida é a base. E é esse mesmo amor que define Nausicaä. O autor nos mostra a evolução de Kushana, a torumekiana filha do imperador atinge a apoteose da liderança, da bravura e descobre que o defender está ligado ao sacrifício. É difícil não se perder em elogios aos personagens e esquecer de pontuar os traços, as construções mitologicas e sociais e a bela elaboração de um elemento de ficção cientifica, em um tecido fantástico tão bem moldado.
Qualidades técnicas saltam aos olhos, onde planos abertos mostram a vastidão de uma natureza pós apocalíptica e planos fechados demonstram populações enclausuradas em pequenos espaços e fugindo. O roteiro desenvolve os personagens principais, mas não esquece dos coadjuvantes: Asbel tem o seu arco e um abade tem todas as suas convicções religiosas colocadas em questionamento.
É isso! Não atoa que vemos referência de Nausicaä em Star Wars episódio VII e em Horizon Zero Down.
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