sialgms 30/05/2023
é engraçado, como podemos resumir uma história em boa ou ruim, diante, é claro, do nosso ponto de vista.
e a listra negra? ou melhor: a história da valerie, a narrativa do ponto de vista dela, para mim, não poderia ser resumida em uma dessas palavras.
não sabia, de verdade, se a valerie tinha uma vida boa ou ruim.
ou o que ela estava construindo.
eu sabia que doía.
e sabia, que poderia passar ou não.
sabia que aquilo era uma fase.
não sabia se isso resumiria o resto da vida dela.
eu não sabia o que a esperava; eu sabia apenas o começo do que separou a vida dela em 2. e estava louca, para saber o fim.
se é, que o tempo tem fim, ou, a vida, só um prazo de validade mesmo.
aliás, quando alguém morre, a vida de alguém acaba, o tempo continua; mesmo, que as vezes, ele pareça ter paralisado para alguns.
valerie, tinha dificuldade em ver as coisas como elas realmente eram; e eu, mesmo lendo seus pensamentos, também tive a mesma dificuldade.
achei o livro na estante da biblioteca da escola; e fiquei me perguntando, de verdade, como as pessoas a minha volta se sentiam.
eu nunca saberia o que elas pensavam, de fato.
e eu sempre soube disso.
mas tive essa certeza depois desse livro.
o livro não é para qualquer um.
era agonizante para mim, a forma como invalidavam, muitas vezes, o que a personagem sentia.
sei que a história gira em torno de valerie, mas senti, que todos, de alguma forma fizeram papel de personagens principais.
cada um com a sua dor.
percebidas ou não, estavam lá.
acho que o livro, fará sentido, para quem tiver uma mente aberta.
e estiver disposto a aceitar que cada um lida com a dor como consegue; e que não adianta o que façamos: as pessoas só enxergam o que querem enxergar.
fiquei, diversas vezes chateada com decisões que eles tomavam, todos eles, personagens; e perdoei todos também, aliás, eu sabia o que eles estavam sentido; através da leitura, claro.
e é mais fácil entender alguém quando o escutamos.
mas as vezes, apenas o silêncio basta.
as vezes, precisamos de respostas.
depende da situação.
depende do que VOCÊ quiser.
e nem sempre, a comunicação resolve.
não foi o melhor livro da minha vida; mas foi o livro que reforçou, que eu tenho de ver as coisas como elas realmente são.
queira eu gostar, ou não gostar.
e está tudo bem.
e no final, talvez, eu nem veja.
mas, ter esse conselho em mente, é importante.
não enxerguei este livro como um romance;
vi mais, como uma adolescente, vários adolescentes, superar acontecimentos imprevisto.
causado inconsciente ou não.
no final, só queremos acabar com o que nos machuca.
uma decisão, certa ou não, pode acabar com aquilo, ou, pode causar uma dor mais grandiosa.
ou, as duas coisas.