As Três Ecologias

As Três Ecologias Félix Guattari




Resenhas - As Três Ecologias


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Rodrigo Leão 20/11/2023

Confuso
A crítica que o autor faz é real, porém de maneira muito formal e desnecessária, busca um público que não seria o alvo!
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Carol 29/05/2022

Leia com calma e atenção
É uma leitura muito boa para quem vem do universo das ciências naturais onde a visão de ecologia está presa às questões ambientais, porém é necessário certo arcabouço teórico de ciências humanas para entender pelo menos uma parte do conceito apresentado.
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Mona 12/10/2021

Apesar de ser um livro super curto, eu o achei bem complexo. Tive bastante dificuldade para conseguir desenvolver a leitura e tive que voltar várias vezes no mesmo parágrafo para tentar entender.
No entanto, é um livro muito bom. Aprendi bastante com ele. Mas sinto que preciso relê-lo para aprender mais.
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Lud 09/08/2021

Resenha
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romulorocha 29/05/2021

As três ecologias, de Félix Guattari - Nota 9/10
Félix guattari foi um filósofo, psicanalista, e ativista francês. O autor foi um dos fundadores dos campos da esquizoanálise e da ecosofia, sendo este último um dos temas abordados no presente livro.

Em As três ecologias, Guattari expõe de forma organizada e objetiva alguns dos conceitos relacionados à ecosofia e como esta área de estudo se situa no campo das ciências. O autor tece diversas críticas aos modelos filosóficos e científicos de conhecimento, bem como ao sistema capitalista.
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Helô 27/12/2020

Por uma ecosofia
A leitura fluiu - o que me surpreendeu -, embora houvesse termos não aprofundados pelo autor que podem ficar meio soltos ao leitor iniciante em Guattari (como eu). Porém, ainda assim, creio que é uma leitura essencial para podermos nos educar a respeito da proposta ecológica que ele propõe.
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Xenovi 03/06/2020

Lendo com um dicionário ao lado
Livro curto, porém extremamente complexo, me perdi lendo o mesmo paragrafo várias vezes, gostei bastante de ler sobre esses pontos de vistas da ecologia além do sentido biológico.
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Carla.Dornelles 02/04/2020

Um livro curto, complexo, mas que traz um panorama muito interessante, à luz dos acontecimentos ainda do século passado, falando sobre ações necessárias para um futuro menos pessimista para a humanidade. Muito atual!
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Gabriel 19/06/2019

“É a relação da subjetividade com sua exterioridade - seja ela social, animal, vegetal, cósmica - que se encontra assim comprometida numa espécie de movimento geral de implosão e infantilização regressiva.” p. 8

“Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução política, social e cultural reorientando os objetivos da produção de bens materiais e imateriais.” p. 9
“Uma finalidade do trabalho social regulada de maneira unívoca por uma economia de lucro e por relações de poder só pode, no momento, levar a dramáticos impasses - o que fica manifesto no absurdo das tutelas econômicas que pesam sobre o Terceiro Mundo e conduzem algumas de suas regiões a uma pauperização absoluta e irreversível” p. 9

“Que a nova referência ecosófica indique linhas de recomposição das práxis humanas nos mais variados domínios.”p. 15

“Disso decorrerá uma recomposição das práticas sociais e individuais que agrupo segundo três rubricas complementares - a ecologia social, a ecologia mental e a ecologia ambiental - sob a égide ético-estética de uma ecosofia.
As relações da humanidade com o socius, com a psique e com a ‘natureza’ tendem, com efeito a se deteriorar cada vez mais, não só em razão de nocividades e poluições objetivas mas também pela existência de fato de um desconhecimento e de uma passividade fatalista dos indivíduos e dos poderes com relação a essas questões consideradas em seu conjunto” p.23

“Chernobyl e a Aids nos revelaram brutalmente os limites dos poderes técnico-científicos da humanidade e as “marchas a ré” que a ‘natureza’ nos pode reservar. É evidente que uma responsabilidade e uma gestão mais coletiva se impõem para orientar as ciências e as técnicas em direção a finalidades mais humanas.” p.24

“Certamente seria absurdo querer voltar atráspara tentar recontituir as antigas maneiras de viver.” p. 24

“Mais do que nunca a natureza não pode ser separada da cultura e precisamos aprender a pensar ‘transversalmente’ as interações entre ecossistemas, macanosfera e Universos de referência sociais e individuais.” p. 25

“No futuro a questão não será apenas a da defesa da natureza, mas a de uma ofensiva para reparar o pulmão amazônico, para fazer reflorescer o Saara. A criação de novas espécies vivas, vegetais e animais, está inelutavemente em nosso horizonte e torna urgente não apenas a adoção de uma ética ecosófica adaptada a esta situação, ao mesmo tempo terrificamente e fascinante, mas também de uma política focalizada no destino da humanidade.
O relato da gênese bíblica está sendo substituído pelos novos relatos da re-criação permanente do mundo. Aqui, nada melhor do que citar Walter Benjamin condenando o reducionismo correlativo do primado da informação: "Quando a informação se substitui à antiga relação, quando ela própria cede lugar à sensação, esse dupl o pr ocesso reflete u ma crescente degradação da experiência. Todas essas formas, cada uma à sua maneira, se destacam do relato, que é uma das mais antigas formas de comunicação. A diferença da informação, o relato não se preocupa em t ransmitir o puro em si do acontecimento, ele o incorpora na própria vida daquele que conta,
para comunicá-lo como sua própria experiência àquele que escuta. Dessa maneira o narrador nele deixa seu traço, como a mão do artesão no vaso de argila” (p. 51-52)
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J.Gabriel 18/03/2019

Um tratado ensaístico sobre o novo (futuro).
Félix Guarttari, durante todo a sua carreira buscou novas formas de compreender e combater criticamente as estruturas como um todo, em seu trabalho “As Três ecologias”, pretende buscar através da consciência de que o homem deve unir o pensamento ecológico com a subjetividade filosófica. Uma evolução crítica na abordagem da natureza e das relações humanas com a mesma. Isso faz com que o natural seja visualizado como parte do homem e não como objeto a ser usado pelo homem (Pensamento progressista), evitando assim o desequilíbrio ecológico em todas as camadas. Esse pensamento está estruturado em um conceito chamado ecosofia, que leva em consideração três aspectos - Meio Ambiente, Relações sociais e Subjetividade Humana - criando assim novas abordagens em todas as camadas, no qual pretende alcançar um equilíbrio entre o social, natural e filosófico. Ele critica os fenômenos alavancados no início do século XX, como a serialidade das diferentes identidades emergentes como ação do capitalismo para quebrar a possível capacidade de ruptura que essas identidades representam (Quebra da bipolaridade nos eixos econômicos, sociais e subjetivos), aborda os avanços tecnológicos não auxiliado pelo avanço da consciência social com o intuito de direcionar essas tecnologias para reequilíbrio das forças (Humana-Natural). Então a ecosofia social cria diversos meios de combater o desequilíbrio entre o Humano e a Natureza, através de uma reinvenção de toda estrutura de relações humanas, essa passaria a aplicar toda medida de reequilíbrio tanto em escala macro quanto em escala micro. No campo da da subjetividade teria ação de desconstrução do pensamento que o “psi” é de carácter científico, que eles possam ser trabalhados de forma singular, que o sujeito é um veículo de subjetividade, sendo assim não pode ser tratado de forma homogênea que a ciência régia possui. De acordo com o autor, deveremos evitar olhar para o passado com um sentimento de resgate de valores e estruturas, pois o homem, suas relações e a natureza já passaram por um processo de avanço (mesmo que seja negativo) e que seria ineficaz uma solução baseada no passado, e sim uma busca crítica sobre as questões do presente criando assim novas teorias que nos ajudem a enfrentar os problemas trançados em diversas camadas sociais. Sendo que a Ecologia Ambiental vem como um conceito base para a Ecosofia que irá atuar em todas as áreas, buscando um real equilíbrio entre o homem (social e filosófico) e o natural, mesmo que a natureza possua a característica de sempre está lutando contra a “vida” (Refere-se a vida cíclica de caráter biológico, como o conceito de espiral do perpétuo retorno - Ouroborus - que a vida biológica sempre está em destruição e reconstrução). Guattari procura na transversalidade dos saberes uma solução para romper com as estruturas unificadoras, intuito de incitar a criação de novos significados para a ecologia. Então o social e o natural deve ser tratado de maneira rizomática (Assim como na botânica, essas estruturas tendem a ramificação e crescimento, interligando diversas áreas do saber) pela ecosofia. Neste ensaio podemos perceber que o grande anseio para a biologia seja a quebra de um sistema fechado para abertura e interações com outras formas de saber, trazendo a tona uma interdisciplinaridade no estudo biológico, interligando conceitos de outros campos do saber, tornando mais rica nossa percepção do campo biológico e de suas interações Homem-Natureza.
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Paulo 23/11/2011

Todas as ecologias de Guattari
[Resenha publicada pela primeira vez na internet em 1999.]

O oceanógrafo francês Alain Bombard apareceu num programa de televisão com duas bacias de vidro: uma com a água poluída em que se desenvolvia, naturalmente, um polvo; outra com água marinha limpa. O polvo foi retirado do seu recanto de detritos e, diante de todos, introduzido na boa água. O animal, que antes se movia vivamente, entrou em segundos num colapso que o levou à morte. A narrativa desse incidente é apenas um dos momentos provocativos de As três ecologias (Papirus, 56 p.), assinado pelo ensaísta francês Felix Guattari (aqui sem Deleuze). Não se assustem os ecologistas atentos julgando o relato do episódio como argumento que atenue o impacto do discurso das complicações ambientais globais. Pelo contrário, Guattari menciona esse caso apenas para despertar do sonho do idealismo os cidadãos indignados (mas ineficientes): o mundo que temos é o que está aí. Os governos, as entidades, os indivíduos precisam compreender-se nessa atmosfera manchada de poeira atômica, AIDS, campos minados, extinção de espécies, miséria degradante, e espantar-se com sua própria capacidade de, como o polvo da televisão, adaptar-se a tamanha imundície.

Infelizmente, no plano formal, o autor insiste naquele jeito francês de escrever ensaio (sem combinar uma terminologia com o leitor e quase sem lhe dar exemplos dos princípios abstratos que aponta) pelo qual é necessário esforçar-se para entrar no seu universo de referências — o que acontece também em Sartre, Barthes, Baudrillard (mas não em Camus). É evidente que, por isso — sem o necessário amparo do acordo em relação aos termos —, é fácil ficar de fora de boa parte do livro. Mas há iluminações quando se entra nele. Guattari propõe uma "conscientização humana" (ainda que não aponte como isso se faria na prática) pela qual haveria uma preocupação com três ecologias: não só a convencional, do meio ambiente, que está na boa moda, mas também a da sociedade e a do indivíduo. O lugar e a importância dessas duas ecologias suplementares podem ser observadas na seguinte passagem conclusiva: "Os indivíduos devem se tornar a um só tempo solidários e cada vez mais diferentes" (p. 55). A essa "mágica" que congregaria em cada espírito o individualismo e o altruísmo, o autor chama heterogênese. Cada pessoa cumpriria o seu papel social (a conhecida cidadania) durante uma parte de sua vida (das 14h às 18h, por exemplo), e se retrairia em atividades de profunda singularização nos momentos de distensão política. Não é uma fórmula, é um ideal, e um ideal estimulante, que pode ser entendido, por analogia, como o desejo do artista que quer dar forma livre e descomprometida a seus impulsos criativos e ao mesmo tempo servir à sociedade que o resguarda. Sua heterogênese seria, portanto, o modo de manter saudáveis as ecologias mental e ambiental.

Se hoje não vivemos tal situação, isso se deve, para o ensaísta, ao que ele costuma chamar de Capitalismo Mundial Integrado, o capitalismo pós-industrial que concentrou seu poder na produção de signos e de subjetividade, por meio do controle sobre os meios de comunicação. E a subjetividade produzida por esse controle resultou num fenômeno que deveria ser paradoxal: os indivíduos tornam-se cada vez mais parecidos (pensam, comem, vestem as mesmas coisas), mas compõem massas sem coesão comunitária, em que há isolamento e competitividade. É claro que se trata do inverso de sua heterogênese. Mas ele escreveu sobre isso antes da chegada definitiva da globalização como tema de discussão política e social, e da explosão da internet, que parece viabilizar, pelo menos em princípio, a sua ecologia da subjetividade: jamais foi tão fácil e barato a tantos cidadãos "comuns" levar suas idéias a uma mídia de impacto — é o que acontece na rede, com sua massacrante e generalizada difusão de idéias as mais díspares e heterogêneas, "singulares", no dizer de nosso escritor. É a manifestação de subjetividades levando a um tipo de estreitamento social.

A importância da subjetividade também é destacada num momento de grande precisão do ensaio, em que é criticado o materialismo resistente da prática científica moderna. Esse questionamento ganha força com relação às ciências humanas, que, na racional loucura de se matematizarem positivamente, teriam deixado escapar as dimensões criativas da subjetividade. Goethe, Proust, Joyce, segundo ele, fizeram psicanálise melhor que Freud, Jung, Lacan. E os psicanalistas e artistas de hoje, agarrados às descobertas relativamente eficientes dessa nova ciência, resistem num freudismo que não passa de passadismo. Sem condenar o que ele chama de "fato freudiano", Guattari afirma que cabe à nova luta uma projeção para o futuro — futuro no sentido de novo —, por meio do reconhecimento dos processos de subjetivação. Ainda nesse sentido, ele considera significativo, por exemplo, que representantes das próprias ciências exatas tenham, em publicação recente, requisitado a introdução de certo "elemento narrativo" na física. O autor teria outros exemplos para mencionar, como a importância que vem sendo dada à investigação de elementos espirituais e do misterioso abismo por trás da consciência humana, não falando dos filósofos da ciência como Hilary Putnam e John Searle, que com sutil precisão vêm desenganando o encanto do materialismo positivo da ciência comum.

Em miúdos, Guattari pensa na criação de outros sistemas fortes de valor, que não o capital. É claro que existem outros valores em si mesmos, prezados simultaneamente por um sem-número de pessoas: o estético, o sentimental (aos quais ele alude), etc. Contudo surgem de forma ainda limitada no cotidiano da maioria das pessoas. Segundo ele, apenas com a gênese de uma criatividade geral entre os homens — sem prejuízo da ordem social — é que se poderá alcançar um futuro de qualidade em relação às três "ecologias" que concernem à vida humana.
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Vivi_ 29/09/2009

Regular, visto que embora os assuntos propostos sejam de suma importância, peca por querer - em apenas 56 páginas - abordar uma infinidade de aspectos, comentando-os rapidamente.
Não sendo, no entanto, de todo desmerecido, por conseguir abordar algumas questões que podem dar origem a futuras reflexões mais elaboradas como sobre: a padronização de comportamentos; implosão e infantilizaçao regressiva; ecosofia como estudo do meio ambiental, das relaçoes sociais e da subjetividade humana; a sobreposiçao da perspectiva multipolar em detrimento da anacrônica (ou nem tanto) bipolaridade que cerceia boa parte das relações; compreender a natureza dentro da cultura; desprendimento de paradigmas pseudo-científicos; aceitar a singularidade, a exceção, a raridade, entre outros.
Vou pesquisar mais sobre esse filósofo e militante revolucionário francês (conforme indica a Barsa da modernidade: Wikipedia) para ver se encontro essas reflexões de forma mais consolidade, não tão lacônica.
Enfim... Não é uma leitura de todo perdida.
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