Resenhas - Kassan

Fabi 12/09/2013

Fantástico e Original
A capa de Devoy Kassan foi feita por André Siqueira. Além de linda, tem uma grande relação com a jovem personagem principal Celebriant e seu poder ligado a uma serpente de fogo.

Celebriant pertence a um mundo em que o mais importante são os poderes que nascem juntamente com a pessoa. Nessa sociedade cada família tem um poder principal, o que determina seu grau de importância perante os demais. Na sua família Devoy, o que prevalece é o poder kassan, uma habilidade incomum e muito destrutiva.

“Em seu mundo as pessoas nasciam com capacidades e predisposições que se desenvolviam durante a vida, e eram estas capacidades que indicavam seu lugar no mundo. Algumas eram consideradas superiores ou raras e por isso, denominadas de poderes. Todas as outras eram consideradas habilidades.” (Trecho página 15)

Porém a jovem Celebriant, com treze anos desenvolve como poder principal o intueri, que está mais ligado a uma forte intuição e pressentimentos em relação a pessoas e acontecimentos. Por conta disso, vive isolada, pois é menosprezada pela família, que considera sua habilidade inferior. Além de conseguir sentir a índole das pessoas que se aproximam, principalmente das más.

“Celebriant teve o azar de nascer com dois poderes, uma coisa muito incomum. Mais azar ainda era ter como poder primário o de Intueri – capacidade de intuição – e nascer numa família onde o poder primário era o de Kassan – capacidade de destruição.” (Trecho página 16)

Durante uma briga com sua irmã Lune, ela acaba manifestando o poder kassan. A partir desse momento sua vida muda radicalmente, pois ela é recrutada para fazer parte dos Ocultos. Um exército obscuro que pertence ao governo. E seus pais lhe arranjam um noivo, Nicholas, que pertencem a uma família importante. O problema é que as habilidades de Celebriant são conflitantes e ela não se sente bem em pertencer aos Ocultos e muito menos com a possibilidade de se tornar esposa de um rapaz mimado e autoritário.

“O problema era que quem a pedira em casamento fora os Moringan. A principal família dos Ocultos, aquela que estava do lado direito do Imperador. Não existiria uma honra maior do que essa e Celebriant sentiu-se enjoada.” (Trecho página 26)

Minhas Impressões

Devoy Kassan é uma leitura muito agradável. A autora criou um mundo próprio repleto de criatividade e originalidade. Durante a leitura mergulhei nessa fantasia e fiquei impressionada com os poderes e personalidades das personagens. Os nomes incomuns me confundiram um pouco no começo, mas logo me habituei a esse novo universo e acompanhei as aventuras, acertos e erros de Celebriant.

A sociedade a que eles pertencem se assemelha muito a nossa, comparando que o que manda em nossa sociedade é o dinheiro, na deles, o principal são suas habilidades. As famílias são tradicionais e menosprezam aquelas que têm um poder inferior.

Entre os personagens, gostei muito de Nicholas, com seu caráter possessivo e autoritário desafiando Celebriant. E a jovem Saori, irmã mais nova de Celebriant, me conquistou com sua bondade e maturidade.

Gostei muito e aguardo a continuação, para conhecer melhor o destino desses personagens tão bem construídos.





site: http://www.escrevendoaospouquinhos.com.br/2013/02/fantastico-e-original.html

Fulana Leitora 23/04/2013

Resenha feita por Kezia Martins para o blog Fulana Leitora: http://fulanaleitora.blogspot.com.br/2013/04/resenha-devoy-kassan-paula-vendramini.html
Celebriant Devoy é uma menina determinada e destemida com um grande poder, alvo da cobiça de muitos. Apesar de a família Devoy ter como o poder principal a destruição, Calebriant tem o intueri – intuição – como principal. Após alguns anos, para a alegria de sua família, finalmente o poder da destruição se manifesta nela, a tornando uma ótima candidata a poderosa sociedade dos Ocultos.

O futuro de Celebriant começa a tomar forma, e não é nada do que a pobre garota esperava. Ficar noiva definitivamente não estava em seus planos. E, assim como o seu destino é traçado, outros destinos se formam ao seu redor. Sua irmã mais velha, uma víbora que em nada se parece com ela; sua irmã mais nova, extremamente frágil e incrivelmente forte, encanta com sua doçura; Erik Otto, o melhor e mais leal amigo.

Sem o conhecimento da população, as sociedades ocultas conflitam entre si, cada qual buscando os seus objetivos. Os ocultos, exército do governo; os rebeldes, povo condenado que luta por sua liberdade. Muitas aventuras, guerras, mortes e surpresas permeiam a vida de Celebriant. Kassan é apenas a introdução a esse mundo mágico criado por Paula Vendramini que ainda tem muito a oferecer.

A autora conseguiu criar uma história fantasiosa sem perder a humanidade dos personagens. Dor, perda, ganância, arrogância, sentimentos tão comuns e suscetíveis aos homens, não ficam de fora dessa história. Assim como o riso, bondade, generosidade e compaixão, também se fazem presentes. A história contém personagens bem construídos e, o mais importante, bem explorados.

A narrativa é fluida e instigante, a diagramação e toda a parte de designer gráfico são impecáveis. Kassan chega para presentear o leitor com uma história surpreendente e emocionante. O final é simplesmente impossível, faz com que você deseje ter a continuação na mão. Super recomendado ;)

Pamela Chris 26/01/2013

www.pamelachris.blogspot.com
Nota: 4
Em uma palavra: Poderoso

No mundo de Devoy todos nascem com um poder. Alguns mais poderosos que outros, e os dominadores desses poderes tão úteis fazem parte da elite. Outros têm poderes considerados mais fracos, ou menos úteis, e fazem parte da classe baixa. Celebriant faz parte não apenas da elite como também de um governo secreto, aquele que governa atrás dos panos, chamado de Ocultos. Cresceu acreditando que os Ocultos queriam o melhor para o mundo e que seu poder principal, a Intueri (o poder de prever o futuro) era ruim. E era esse poder que atrapalhava a jovem de desenvolver o Kassan, o poder de sua família.
Lune, irmã do meio, era a única filha que até então havia desenvolvido o cruel poder de torturar e matar e se sentia muito orgulhosa quanto à isso. Era a preferida dos pais e adorava aprontar com ambas as irmãs por conta disso. Não apenas aprontar, mas ser má de verdade. Credo!
Bem, isso muda, é claro, quando o poder Kassan de Celebriant é despertado e a mais velha passa a ser o centro das atenções. Lune é deixada de lado até mesmo no livro, o que não achei que foi bom. Sei lá, acho que devia voltar mais para a rivalidade entre elas, o ódio de uma irmã para com a outra. Enfim, mostrar um pouco do quão Lune podia ser má e invejosa. Infelizmente ela só ganha atenção no começo do livro e nas últimas páginas. Uma pena.
A irmã mais nova delas, Saori, é uma menina muito fofa e madura para a idade dela. Não tem nenhum poder principal, apenas um considerado fraco, por isso seus pais mal reconhecem que ela existe. Eu amei a personagem e também o foco que foi dado a ela. E tenho certeza que vocês vão amar a surpresinha que ela guarda lá para o final, hehe.
Assim que o poder de Celebriant é despertado também muita coisa muda para a jovem. Recebe uma atenção inesperada, uma advertência desesperada de Saori e acaba sendo colocada num noivado que detesta. E por mais que ela tente cumprir sua promessa com Saori — a quem é muito chegada — e ficar longe de Nicholas — o noivo mimado e com o poderoso poder de controlar a mente das pessoas — sabe que seu destino como Oculta é inevitável, e a escuridão está a apenas um sibilo de distância.
Só que não.
A história se passa ao longo dos anos, começando com Celebriant com sete anos e depois com dezoito. Ainda assim para quem gosta de um bom romance, sinto decepcionar. Nesse primeiro livro (leia-se 1°, porque no segundo eu tenho uma leve grande desconfiança, rsrrs) não tem muita expectativa quanto a isso.
E, é claro, que como toda boa história Devoy - Kassan começa com um pequeno mistério: o que são Os Escolhidos e porque a história da mãe de Celebriant parece tão errada.E porque seu poder primário bate tanto de frente com o Kassan.
Eu gostei do livro, embora ele não entre para os meus preferidos. Não sei dizer porque, talvez a história não tenha prendido tanto para mim. Acredito que eu vá gostar mais do segundo, principalmente porque acredito que haverá um romance (será?) e também porque adorei a reviravolta. Eu posso falar do final? Tá, apenas um comentário: agora eu sei porque todos estão enlouquecendo com ele, rsrsrs. Genial da parte da autora.
Recomendo aos adolescentes e jovens que adoram uma boa fantasia e uma conspiração, além de alguns mistérios. E convido a todos a conhecerem mais uma obra entre tantas do nosso país.

Gabi 19/10/2012

www.livrosecitacoes.com
A saga Devoy centra-se em Celebriant Devoy, uma garota predestinada a mudar a sociedade em que vive. Em Kassan, primeiro volume de uma ótima história escrita por Paula Vendramini, onde a nossa protagonista logo nova, em razão de um poder que possui, o Intueri — intuição —, começa a ter visões do que está por vir, enquanto torce para que o principal poder de sua família, o Kassan — a arte de destruir —, tome força dentro de si. E com o passar dos anos isso acontece, mostrando que ela está destinada a estar entre os poderosos de uma facção sombria do Imperador, os Ocultos. Só havia um pequeno problema: ela não queria ser.

Enquanto o destino de Celebriant começa a ser formado, outros personagens são apresentados: a irmã do meio, com personalidade frívola e cruel, sua irmã mais nova, dócil e, por incrível que pareça, extremamente poderosa, Nicholas, seu prometido, Otto, seu grande amigo, entre outros. Vale destacar esses personagens pois a autora fez um trabalho brilhante com eles. Apesar de somente Nicholas narrar em certos momentos, todos os outros também me deixaram uma forte impressão. Aliás, Paula prezou demais o amor entre irmãos e amigos, e eu adorei isso.


Eu não diria que Kassan é um livro comum, pelo contrário. Logo de início percebemos que a protagonista pertence ao lado “mau”, chegando a oprimir e assassinar pessoas fracas e inocentes. E é engraçado ver como a cultura e sociedade transformam seus ideais ao ponto de você aceitar as coisas mais descabidas, é por isso que perdoei várias atitudes de Celi, mesmo não concordando com elas. Outro ponto incomum foi Nicholas, o inimigo malvado de alma podre. Apesar de ser tudo isso e até pior, eu adorei ele.

Eu leio poucos livros de fantasia, infelizmente. Parece minha sina mas poucos caem em minhas mãos, por mais que eu adore o estilo. Mas foi ótimo ler Kassan, tornou-se um dos meu preferidos do gênero, e, melhor ainda, é nacional!

Eu ri, chorei e amei com esse livro. Com mais essa ótima diagramação da editora, e final mais do que instigante, está mais do que recomendado!

Cristiano Rosa 30/10/2012

Diário CT: Kassan
O livro Kassan, primeiro volume da série Devoy, da escritora paranaense Paula Vendramini, foi lido de maneira atenciosa e calma, com o intuito de prestar atenção em cada detalhe da trama que encanta e envolve qualquer bom amante do gênero de fantasia. Uma cortesia da autora, a obra tem um prólogo e 13 capítulos dividindo as 180 páginas da publicação de capa linda da Editora Modo.

A narrativa gira em torno de Celebriant, uma garota que nasceu com dois poderes opostos: o da intuição – intueri (bem) e o da destruição – kassan (mal). Em acordo feito pelos pais, ela é destinada a casar-se com Nicholas, um garoto de outra família que possui dois poderes também, porém de mesma origem: o da rapidez – speede, e o da manipulação – imperi.

Ao longo da trama passam-se anos desde o acordo até o dia do casamento, e muita aventura, drama, romance e suspense são apresentados ao leitor. Ainda há outros poderes interessantes que podemos conhecer na história, como levita (levitação), illuniom (ilusão), seeper (localização), curare (cura) e verler (tradução).

Por trás de tudo, tem a existência de sociedades que conflitam entre si. Há os Ocultos, um exército particular do governo, baseados em famílias tradicionais e com poderes raros e evoluídos, como os Devoy – família da personagem principal – e os Morrigan – a de seu futuro marido. Do outro lado estão os Rebeldes, um povo que fora condenado por defender um morador seu que nascera sem poder – por ordem do governo ele deveria ser morto, pois não teria serventia.

Rituais, sonhos, fugas, visões, reuniões, ataques, provações e torturas permeiam o enredo narrado em terceira pessoa e com linguagem simples e ações contextualizadas. Celebriant está prestes a se tornar membro de outra família e trabalhar para sua sociedade, passando por treinamentos de seus poderes e aulas de lutas, que desenvolvem também o seu autoconhecimento.

A trajetória de vida da protagonista vai desde seus 7 anos até os 18, momento em que tem que fazer uma escolha para seu futuro: ou concorda com o acordo firmado no passado, casando e esquecendo seu poder do bem, ou renega e traça para si um novo destino. Sua personalidade forte desperta inveja da irmã e fúria do noivo ao mesmo tempo, e somente duas pessoas ela sabe que pode confiar: Saori, a filha mais nova dos Devoy, e Otto, criado deles.

Uma trama que trata de famílias e preconceitos, julgamentos e buscas, culpas e mortes, e principalmente de batalha interior. Com a narrativa bem estruturada e personagens marcantes, viajamos ao mundo onde não ter poderes é algo incomum, e que a política também tenta manipular aqueles que pensam por si próprios. A cultura criada pela autora em sua produção conquista e se revela bem mais do que a sinopse da contracapa afirma.

Comecei a leitura de Kassan sabendo que não seria um livro com uma história completa, pois haveriam outros que continuariam a trajetória da protagonista em suas aventuras e descobertas, mas mesmo assim o desfecho surpreendeu-me. A diagramação da obra é simples, com alguns detalhes nas bordas das páginas que mantém um diferencial. Uma narrativa gostosa de se ler e imaginar, que com certeza merece destaque e sucesso no cenário editorial brasileiro.

Fonte: http://www.blogcriandotestralios.com/?p=19391

Renata 31/05/2012

Gostinho de quero mais
Em um mundo onde os indivíduos são divididos em classes sociais de acordo com os poderes que desenvolvem, Celebriant Devoy tinha tudo. Possuidora de não um, mas dois poderes principais, incluindo o destrutivo Kassan, ela chama a atenção de pessoas poderosas e atrai ainda mais prestígio a sua família. Este é o ponto de partida de Devoy: Kassan, livro de estréia da escritora Paula Vendramini, lançado em abril pela Modo Editora.
Não tenho o hábito de escrever resenhas, então tenham paciência comigo. Em geral são coisas diferentes que eu penso quando pego um livros em mãos. Não costumo julgar a história pela capa, mas se nós considerarmos a leitura como uma experiência, não há como não considerar certas coisas. A primeira dela, claro, é apresentação, já que um livro mal impresso pode estragar a experiência, mesmo que a história seja fantástica.
A capa é interessante, mas discreta. Gostei do detalhe das escamas da cobra na contracapa. Com tantas referências à cobra na arte do livro, fiquei esperando encontrá-la na história, mas logo descobri que a serpente era metafórica.
Adorei o projeto gráfico do livro. Deixou a leitura muito agradável e rápida. Terminei no dia seguinte ao que comecei. E foi aí que eu fiquei surpresa com a qualidade da encadernação. Eu sou gato escaldado com livros que se desmancham quando se lê. Minha surpresa, levantando os polegares para a Modo, é que eu terminei de ler o livro e ele continuava parecendo intocado. Normalmente, eu costumo notar que com algumas editoras o livro realmente apresenta que foi lido, lombadas ficam marcadas e páginas ficam mais separadas. Este é um livro curto, 177 páginas, então é mais fácil de a lombada não ficar marcada, mas eu esperava pelo menos uma marca quando eu chegasse no meio da história. Nada disso. Se eu quisesse revender esse livro agora, poderia vendê-lo como se fosse novo.
Bom, mas chega de falar dos aspectos físicos do livro. Quem comprar vai entender do que eu estou falando. Vamos ao conteúdo.
Peço desculpas agora a quem estiver esperando uma resenha dizendo “Gostei de tal coisa e não gostei de tal coisa”, ou “isso é suuuuper”. Eu não funciono assim. Eu gosto da experiência da leitura, sentir o cheiro do livro e analisar a história. Só que a minha análise é diferente. Vocês vão entender.
Quando eu estava falando do projeto gráfico e das cobras, eu mencionei que a serpente é uma metáfora. É uma metáfora para o Kassan, que Celebriant sente como sendo uma serpente percorrendo-lhe os braços ao usar tal poder, até chegar ao ponto em que o poder se torna para ela reais serpentes de fogo. Acho interessante a referência a estes répteis, especialmente porque transmite a sensação de algo não apenas difícil de ser controlado, mas também a natureza traiçoeira atribuída a eles. Dizem que o poder corrompe e Celebriant quase se perde para ele.
A trajetória de Celebriant é sobre crescer. De filha relegada, ela passa ao centro das atenções quando seu poder se desenvolve. Isso gera ciúmes por parte de uma das irmãs e Celebriant não consegue lidar exatamente com isso. Por um lado, ela tem o que sempre quis, que é a atenção de seus pais. Por outro, essa atenção se volta contra ela. Existe um claro dilema que Celebriant deve enfrentar no decorrer da história, que é basicamente a luta entre o bem e o mal dentro dela própria, a indecisão entre honrar sua família ou a sua consciência.
Devoy é uma narrativa centrada em seus personagens. É uma leitura leve e prazerosa. Celebriant inspira empatia ao leitor e é satisfatório acompanhar seu crescimento. É fácil se identificar com a personagem e entender suas ações e reações.
É uma leitura que de deixa com um gostinho de quero mais e esperando pela sequência. Eu recomendo!

Elidia 05/10/2012

Intuição e poder
Kassan se encaixa perfeitamente no panorama do mercado literário nacional. Um livro bem diagramado, fácil leitura e que entrerte ao seu próposito… o fantástico e com uma temática diferente e bem criativa. Conheça Celebriant, e o peso de possuir um poder.

Existe um mundo em que sua população desconhece a existência dos nominados Ocultos. Celebriant Devoy tinha tudo para ser uma grande Oculta, só havia um pequeno problema: ela não queria ser. Mesmo nascida em uma família privilegiada com um poder raro e destrutivo, Celebriant não aparenta estar apta a representar o papel de primogênita Devoy. Quando seu pai a chama para informá-la de uma novidade nada atraente, Celebriant sente-se completamente injustiçada. Suas desconfianças e seu poder secundário a atacam com imagens perturbadoras e ela se sente perdida. Com um noivado indesejado e sua Intueri lhe dizendo que esse caminho não é o certo, será que Celebriant vai seguir o seu destino docilmente?

No cenário de Kassan, toda população possui poderes, porém existem famílias onde o poder é de extrema grandeza, como a de Celebriant e estes são chamados de Ocultos. Porém mesmo tendo a capacidade deste poder, ele não integrava em Celebriant, apenas suas intuições. Prometida para Nicholas, o Kassan da protagonista finalmente se manifesta, porém uma guerra interior arrebata os pensamentos de Celebriant, onde estarão as respostas do sonho que se repete a cada noite?

Uma briga interna entre sua intuição e o que seus pais desejam, Celebriant precisa decidir de que lado ela esta. Em meio a tantos acontecimentos, ela fica noiva de um mocinho muito duvidoso, e sua irmã que antes era o centro das atenções some.

“— Você tem um futuro difícil pela frente, menina. Sabe quem são os Escolhidos?
— Não. — ela nunca havia ouvido aquilo.
— Então, lembre-se deles e descubra o que são. Fazem parte do que você se tornará.”

Em meio a muitas aventuras, temos cenas de luta, em que a morte é protagonista, com personagens misteriosos e cativantes. O Kassan de Celebriant incendeia a mocinha que no começo da trama é sonsa, e irrita o leitor, mas o poder a amadurece, e você aprende a gostar desta nova guerreira interior que cresce a cada descoberta.

O ponto que mais me agradou a tantas coisas legais nesse livro, foi o poder da autora Paula Vendramini de nos deixar na dúvida sobre a posição de Celebriant, se ela era do bem ou do mal, e receio ainda não ter essa resposta, porque em meio a criação que ela recebeu e mesmo com amizades descentes e um Kassan de peso, ela é humana, comete erros e tem percepções errôneas.

O final do livro é muito desesperador! Espero que o segundo volume de Devoy não demore a chegar nas livrarias, pois ambos poderes da protagonista começam a trabalhar juntos, e há uma aceitação em meio à reviravoltas.

“[...] Havia uma pessoa morrendo na neve, e a sua Intueri dizia que era preciso salvá-la imediatamente. FIM.”

Um livro indicado para todos, fácil de ler, bela diagramação, e muito criativo. Quebre pré – conceitos e leia um livro nacional!

Saiba mais sobre a série: http://seriedevoy.wordpress.com/


Postado em: http://bookeando.com/site/2012/10/05/resenha-kassan-devoy-1/

Ann 22/06/2012

Moda e eu
Celebriant parece à típica menina rejeitada pela família. Nascida com dois “poderes” como seu forte INTUERI, e então adormecido KASSAN.
Celebriant tem duas irmãs, a do meio também tem o poder kassan, e sempre foi a adorada da família. Mas quando o poder kassan se mostra ela fica em segundo lugar e toda a gloria vai pra Celebriant, que fica dividida entre seus dois poderes, tão diferente.
Seu poder Intueri, é o mais desprezado de todos –eu achei super legal – e dado como ineficaz, que não serve pra nada, que nós sabemos que não.
Quando seu poder se mostra, além de desprezada pela irmã do meio, em crise com seus dois poderes tão diferentes, e logo depois sumiço do primeiro. Ela fica dividida entre seus dois poderes, entre dois mundos, os ocultos ou os rebeldes. Ela havia se transformado em um monstro. Noiva de outro monstro. E ela tem que decidir que nada ficar e lutar, antes que seja tarde.

Bom, agora cuidado, vou puxar no saco.

Celebriant é uma songa monga no começo, toda cheia do ain ain ain. Que ao decorrer do livro se mostra forte, e nada dominada. Quando seu poder kassan explode ela é obrigada a noivar com Nicholas – eu o achei um ahazzo, torço pelos dois ouviu dona Paula, minha chara. – Ele é mal. Seu poder é um dos mais fortes, ele junto com Cele seria insensível. Apesar de ser forte e dominar os outros como ninguém, ele é apenas mais um boneco nas mãos de seus pais. Por isso que eu torço pra ele ir atrás de Cele e eles ficarem juntos, há!

Buen, o livro é muito bom, fiquei louca para saber o que acontece na continuação, e ai dona modo quando vai ser lançado o dois?

Paula, parabéns, teu livro foi o melhor livro que li nos últimos tempos (GANHANDO DE MUITOS LIVROS AI, INTERNACIONAIS, DE EDITORAS GIGANTES, ficadica), o livro foi muito bem escrito, e estruturado, sem uns palavreados horríveis que eu já li em alguns livros nacionais.

Modo, parabéns! Fiquei super feliz pela qualidade apresentada por vocês, as capas, a cor, a letra, está tudo lindo, maravilhoso, e fácil de ler.
CAPA, André parabéns, nooooooooooooossa! Ta linda, maravilhosa, aloveiei.


Adorei ler.

Maria Fernanda 28/05/2012

Pode vê-la em: http://thebutterbeer.blogspot.com
Sinopse: Em um meio onde os Ocultos dominam, impondo através da força e do medo a submissão aos seus poderes, Celebriant Devoy tinha tudo para ser alguém grande. Só havia um pequeno problema: ela não queria ser. Nascida em uma família privilegiada, Celebriant representa o importante papel de primogênita Devoy, aquela que guiará os Ocultos com o raro e destrutivo Kassan. Mas, ao contrário do que todos esperavam, esse poder permanece adormecido dentro dela, e ainda subjugado por um poder secundário que mancha a sua reputação: a Intueri.


Este ano estou apostando em muitos autores nacionais, e me surpreendendo. Porque temos aquela ideia fixa de que literatura nacional é só auto-ajuda, clássicos e etc. Pelo menos eu tinha... Para começo de conversa, desde que a MODO anunciou o lançamento de Devoy Kassan 1 fiquei na espreita, apenas pela sinopse já sabia que ia gostar do livro. E sobre a capa nem tenho o que falar, por favor, é perfeita!

"– Você tem um futuro difícil pela frente, menina. Sabe quem são os Escolhidos? – Não. – ela nunca havia ouvido aquilo.– Então, lembre-se deles e descubra o que são. Fazem parte do que você se tornará."

A estória é muito boa, mas muito mesmo. Se passa num mundo onde todos possuem poderes, e estes denominam a classe social de cada um. E a personagem principal, Celebriant Devoy, faz parte de uma família, digamos assim, da classe alta. Aliás, achei os nomes e sobrenomes das personagens bem criativos: Saori, Celebriant, Morigan...
"Em seu mundo as pessoas nasciam com capacidades e predisposições que se desenvolviam durante a vida, e eram estas capacidades que indicavam seu lugar no mundo."

[spoiler] Certa cena do livro me fez lembrar Jogos Vorazes: quando Celebriant está numa espécie de arena lutando contra outro personagem, (que não vou dizer qual é pois já estou dando muito spoiler) e, principalmente, contra ela mesma. Todos os espectadores começam a gritar: "Morte! Morte! Morte!" E isso me fez voltar as cenas horríveis de Jogos Vorazes, onde, para muitos, a morte alheia é um espetáculo.

"Tudo era como uma festa, com pessoas conversando e rindo, se divertindo com o que logo veriam ali. Aquela arena era um palco de execução e Celebriant nunca tinha ido até lá."

Li Devoy Kassan 1 em um dia. Não pelo fato de o livro ser pequeno, mas, sim, por ser impossível largá-lo antes de chegar ao fim. Eu lia como se o mundo fosse acabar e sua salvação dependesse da finalização da leitura... Sinto que alguns autores têm prazer em nos deixar querendo mais, não é Paula Vendramini? A última vez em que fiquei tão furiosa com o final de um livro foi quando li O Mar de Monstros, que termina na parte de maior tensão. E com Devoy não foi diferente. Prestem atenção no desespero que senti:

"[...] Havia uma pessoa morrendo na neve, e a sua Intueri dizia que era preciso salvá-la imediatamente. FIM."

Entenderam o drama da pessoa que vos escreve? É como se a autora, Paula Vendramini, dissesse: agora, Fernanda, você já pode morrer enquanto espera o volume 2 sair. Tipo, como assim???? Deu vontade de subir no muro da minha casa e me jogar. Preciso mesmo dizer que sou a fã nº1? Acho que vou abrir até o fã clube. Sem brincadeira. Não se surpreendam quando eu começar a postar fan-arts de Devoy aqui. Ok, parei com a loucura. Ou não. Hahahahaha.

Nota do livro: ★ ★ ★ ★ ★