Maria Fernanda 28/05/2012Pode vê-la em: http://thebutterbeer.blogspot.comSinopse: Em um meio onde os Ocultos dominam, impondo através da força e do medo a submissão aos seus poderes, Celebriant Devoy tinha tudo para ser alguém grande. Só havia um pequeno problema: ela não queria ser. Nascida em uma família privilegiada, Celebriant representa o importante papel de primogênita Devoy, aquela que guiará os Ocultos com o raro e destrutivo Kassan. Mas, ao contrário do que todos esperavam, esse poder permanece adormecido dentro dela, e ainda subjugado por um poder secundário que mancha a sua reputação: a Intueri.
Este ano estou apostando em muitos autores nacionais, e me surpreendendo. Porque temos aquela ideia fixa de que literatura nacional é só auto-ajuda, clássicos e etc. Pelo menos eu tinha... Para começo de conversa, desde que a MODO anunciou o lançamento de Devoy Kassan 1 fiquei na espreita, apenas pela sinopse já sabia que ia gostar do livro. E sobre a capa nem tenho o que falar, por favor, é perfeita!
"– Você tem um futuro difícil pela frente, menina. Sabe quem são os Escolhidos? – Não. – ela nunca havia ouvido aquilo.– Então, lembre-se deles e descubra o que são. Fazem parte do que você se tornará."
A estória é muito boa, mas muito mesmo. Se passa num mundo onde todos possuem poderes, e estes denominam a classe social de cada um. E a personagem principal, Celebriant Devoy, faz parte de uma família, digamos assim, da classe alta. Aliás, achei os nomes e sobrenomes das personagens bem criativos: Saori, Celebriant, Morigan...
"Em seu mundo as pessoas nasciam com capacidades e predisposições que se desenvolviam durante a vida, e eram estas capacidades que indicavam seu lugar no mundo."
[spoiler] Certa cena do livro me fez lembrar Jogos Vorazes: quando Celebriant está numa espécie de arena lutando contra outro personagem, (que não vou dizer qual é pois já estou dando muito spoiler) e, principalmente, contra ela mesma. Todos os espectadores começam a gritar: "Morte! Morte! Morte!" E isso me fez voltar as cenas horríveis de Jogos Vorazes, onde, para muitos, a morte alheia é um espetáculo.
"Tudo era como uma festa, com pessoas conversando e rindo, se divertindo com o que logo veriam ali. Aquela arena era um palco de execução e Celebriant nunca tinha ido até lá."
Li Devoy Kassan 1 em um dia. Não pelo fato de o livro ser pequeno, mas, sim, por ser impossível largá-lo antes de chegar ao fim. Eu lia como se o mundo fosse acabar e sua salvação dependesse da finalização da leitura... Sinto que alguns autores têm prazer em nos deixar querendo mais, não é Paula Vendramini? A última vez em que fiquei tão furiosa com o final de um livro foi quando li O Mar de Monstros, que termina na parte de maior tensão. E com Devoy não foi diferente. Prestem atenção no desespero que senti:
"[...] Havia uma pessoa morrendo na neve, e a sua Intueri dizia que era preciso salvá-la imediatamente. FIM."
Entenderam o drama da pessoa que vos escreve? É como se a autora, Paula Vendramini, dissesse: agora, Fernanda, você já pode morrer enquanto espera o volume 2 sair. Tipo, como assim???? Deu vontade de subir no muro da minha casa e me jogar. Preciso mesmo dizer que sou a fã nº1? Acho que vou abrir até o fã clube. Sem brincadeira. Não se surpreendam quando eu começar a postar fan-arts de Devoy aqui. Ok, parei com a loucura. Ou não. Hahahahaha.
Nota do livro: ★ ★ ★ ★ ★