A Missão da Igreja no Mundo de Hoje

A Missão da Igreja no Mundo de Hoje Billy Graham




Resenhas - A Missão da Igreja no mundo de hoje


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Geversom 22/09/2014

Resenha do capítulo 2 - Bases Bíblicas da Evangelização - John Stott
A BASE BÍBLICA DA EVANGELIZAÇÃO
John R. W. Stott

Em 1974 ocorreu em Lausanne, Suíça, o Congresso Internacional de Evangelização. Nessa ocasião estavam presentes líderes e evangelistas de diversos países. John Stott foi um dos preletores do congresso e o presente texto é uma síntese dos principais argumentos propostos por Stott naquela ocasião.
Stott introduz sua palestra ilustrando como a Igreja moderna, em muitos casos, tem definido as palavras: missão, evangelização, diálogo, salvação e conversão. Segundo o autor, a Igreja não tem se preocupado com a definição bíblica dos temas. A igreja - tal qual o personagem de Alice no País das Maravilhas, Humpty Dumpty tem definido as palavras apresentadas conforme sua própria vontade.
Após esta introdução, o autor define biblicamente o que é missão. A definição base do termo é: Missão quer dizer atividade divina que emerge da própria natureza de Deus. Em toda a narrativa bíblica, Deus envia; Ele enviou profetas a Israel; enviou seu Filho ao mundo. Jesus por sua vez enviou o Espírito Santo a Igreja, e a Igreja ao mundo. Então, a missão da Igreja resulta da própria missão de Deus. A Igreja é enviada ao mundo da mesma forma que Jesus foi enviado ao mundo pelo Pai. (Jo 20.21). A Igreja precisa compreender a missão de Cristo para entender sua própria missão.
O primeiro aspecto da missão de Cristo é que Ele foi enviado ao mundo. Se fez homem, conviveu entre os homens, experimentou a realidade humana de forma profunda. Assim como Cristo assumiu nossa carne, temos que nos envolver com vidas da mesma forma. A missão da Igreja não é gritar o evangelho de longe, e sim envolver-se com vidas de forma profunda.
Em segundo lugar, a missão de Cristo está relacionada ao serviço. Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mc 10.45). Em seu ministério Jesus anunciou o Reino e serviu de várias formas. Nossa missão deve ser de serviço, Jesus assumiu a condição de servo e devemos imitá-lo. No papel de servos, a igreja encontra a síntese entre a ação social e a evangelização.
Há quem defenda que missão é apenas o cumprimento da Grande Comissão. O fato é que a grande comissão (anúncio do evangelho) não explica ou esgota, o grande mandamento de amar ao próximo. Na verdade a grande comissão é um acréscimo ao grande mandamento. O amor a próximo culmina no anúncio do Evangelho. A grande Comissão completa a missão da Igreja, a missão de Igreja não se limita a proclamação do evangelho de Cristo.
Para concluir o pensamento sobre missão, o autor afirma que missão não significa tudo que a Igreja faz (não inclui nem mesmo o culto). Missão também não é tudo o que Deus faz na terra. Missão é tudo aquilo que a Igreja é enviada ao mundo para fazer. Ela engloba a dupla vocação da Igreja de ser sal da terra e luz do mundo. Missão implica na substituição da estrutura eclesiástica de vir pela estrutura ir ao encontro do perdido em amor e serviço. Proclamando o evangelho de Cristo.
Em seguida, Stott, define biblicamente o que é evangelização. Analisando o termo grego, evangelização é a proclamação das boas novas cristãs. Dessa forma, a evangelização é parte essencial da missão da Igreja. Sobre a evangelização, algumas conseqüências devem ser analisadas.
Em primeiro lugar, a evangelização não dever ser definida em termos de resultados, conforme At 8.4; 24.7; 8.24; 40, o termo evangelizar não significa ganhar conversos, mas simplesmente anunciar as boas novas, independentemente dos resultados. Apesar dos crentes aguardarem resultados da proclamação do evangelho, evangelizar é proclamar o Evangelho, quer alguma coisa aconteça ou não.
Em segundo lugar, a evangelização não deve ser definida em termos de métodos. Evangelizar é anunciar as boas obras, não importa de que maneira; ou levar as boas novas, não importa por que meios.
Em terceiro lugar, a evangelização deve ser definida somente em termos de mensagem. A evangelização bíblica torna o evangelho bíblico indispensável. As boas novas de Jesus devem compor a mensagem da evangelização. Existem, biblicamente, quatro elementos nas boas novas. O primeiro elemento que deve compor a mensagem das boas novas são os fatos que envolvem a vida de Cristo. A morte e a ressurreição de Jesus devem ser o centro dos fatos apresentados. O segundo elemento é a presença de testemunhas, o anúncio das boas obras deve ser apresentado de acordo com as Escrituras, considerando também a veracidade dos fatos comprovados por muitas testemunhas, os discípulos apresentavam a Cristo a partir das Escrituras, e a partir do que pessoalmente viram. Hoje a Igreja deve apontar o testemunho desses que viveram todos os fatos. O terceiro elemento são as promessas futuras que Cristo fez. Jesus promete a salvação com remissão de velhas culpas e o dom de uma vida inteiramente nova, através do Espírito Santo regenerador, que habita o interior do crente. O quarto e último elemento são as exigências que o evangelho faz, a saber, arrependimento e fé. Essas exigências são demonstradas publicamente pelo batismo. Essas exigências não são os fatores determinantes para a salvação, a salvação é pela graça. Todavia, a fé é um compromisso total de arrependimento e submissão a Cristo.
A próxima palavra a ser definida pelo autor é Diálogo. Stott define as bases de diálogo com outras religiões usando os argumentos de Paulo: o diálogo serve para persuadir os não crentes e pala coloca-los aos pés de Cristo. Os que defendem um diálogo ecumênico desejam justamente tirar Cristo do centro colocando em seu lugar o sincretismo religioso.
O autor argumenta que um diálogo verdadeiro com uma pessoa de outra confissão requer tanto a preocupação com o evangelho quanto com a outra pessoa e deve ser humana, pessoal, relevante e humildade.
O diálogo é essencial para a evangelização, pois somente através do diálogo sincero podemos diagnosticar o que impede nosso interlocutor de ouvir o evangelho e ver a cristo. É deixar de lado slogans inflexíveis para ouvir os dilemas reais das outras pessoas.
A próxima palavra é salvação, pois o evangelho é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Stott principia refutando argumentos de grupos que definem salvação como (a) saúde física e mental; em várias ocasiões depois de realizar uma cura Jesus diz a tu fé te salvou ou palavra semelhantes, que dariam o entendimento de que a salvação se refere à libertação de doenças e enfermidades; (b) libertação sócio política baseados na libertação do povo hebreu do cativeiro no Egito. Em seguida o autor passa a demonstrar as nuances da salvação ao longo dos tempos, quais seja: (a) fomos salvos da ira de Deus; (b) estamos sendo salvos pois o pecado ainda habita em nós (c) nossa salvação final encontra-se no futuro. Stott conclui seu pensamento definindo salvação como liberdade de: nos aproximarmos de Deus como nosso pai, de nos oferecermos ao seu serviço e de no futuro termos plena comunhão com Deus.
Desse modo chegamos à próxima palavra: conversão. Que é a resposta esperada ao evangelho anunciado. O motivo pelo que precisamos proclamar o evangelho, para que as pessoas compreendam que estão se perdendo e tomem a decisão de salvar-se. O autor faz três advertências a respeito do apelo à conversão: (a) a conversão não é obra que o homem possa realizar sozinho. Só se converte aquele que foi regenerado pelo Espírito Santo; (b) a conversão não é renúncia a toda herança cultural. O novo convertido não é tirado do mundo num passe de mágica, mas sim vai aos poucos compreendendo a novidade da escolha que fez (c) a conversão não é o fim, mas sim o início da caminhada cristã.

Conclusões: A evangelização é parte da missão divina a Igreja através do mundo. Evangelização é a difusão das boas novas de Cristo, que passa pelo diálogo com as pessoas de outras crenças para apresentar-lhes estas boas novas afim de que alcancem salvação para o presente e o futuro que a libertação do homem para Deus. À resposta positiva a tudo isto denominamos de conversão.
Marcos.Rodrigues 12/08/2019minha estante
O resumo está bom, mas considerei a conclusão um pouco confusa e superficial.




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