Alex Batista 22/06/2020
O banquete
Seja para criticá-lo, seja para venerá-lo, o fato é que, desde que inauguro a psicanálise como estudo do inconsciente, no final do século XIX, Freud tem sido motivo de debates e de publicações. Com uma obra gigantesca, o autor atravessou a primeira metade do século XX discutindo a psiquê humana e trouxe uma contribuição inestimável para a pesquisa na área das humanidade e também da saúde psiquiátrica.
Em Totem e Tabu, Freud apresenta uma compilação de textos que tratam do totem no seio social, sendo este não apenas um objeto de estima, mas também um elemento que organiza a vida social e estabelece a ordem do parentesco; enquanto o tabu seria as proibições que limita as ações do sujeito, gerando culpa, punição e necessidade de reconciliação.
A partir de uma vasta análise bibliográfico, Freud discute os prefeitos e superstições sociais e discute possíveis teorias para o surgimento e a necessidade de manutenção da religião. Nesse processo, o autor vai mostrando como as sociedades organizadas em torno do totem se assemelham a nossa comunidade, com seus dogmas, rituais, tabus e proibições.
Por fim, Freud usa a metáfora da orda primeva pra justificar a proibição incestuosa e a produção da neurose, aludindo ao fato de que, no interior da vida familiar, o sujeito repete a cena edipiana de confrontar o pai e desejar a mãe.
Por fim, totem e tabu pode ser considerado um livro provocativo, controverso e essencial para compreender a teoria freudiana.