Maus

Maus Art Spiegelman




Resenhas - Maus


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Gustavo Rodrigues 07/03/2021

"Mas Deus não ia lá, nós estar sozinho".
Minha primeira experiência com HQ, e acho que não poderia ter sido melhor. Comovente, pesado, muito real, espetacular. Deveria ser leitura obrigatória pra todo mundo.

O autor conseguiu relatar fatos históricos extramamente pesados, fortes, de uma maneira muito bacana. Se fosse um livro normal, não sei se eu conseguiria ler. Acho que a magia dessa HQ é conseguir gerar em nós sentimentos muito fortes, com apenas pequenas frases e imagens até um pouco abstratas.

É muito triste ler e pensar que tudo isso foi real, e que com certeza existem relatos muito mais tristes. A cada página é um soco no estômago, um relato mais impactante que o outro, e a gente consegue imaginar de forma bem realista tudo que esse povo sofreu.

O que eu achei genial foi a forma que o autor conseguiu intercalar momentos densos com momentos mais leves. Talvez seja o ponto crucial pra que essa obra seja tão boa, porque não daria certo se tivesse apenas as partes mais pesadas, sem algo pra aliviar um pouco o enredo.

Mais um ponto positivo foi o fato do autor conseguir mostrar, mesmo de forma sucinta e implícita, como a guerra e o sofrimento pode mudar complemente o jeito de alguém. A personalidade do Vladek é a prova disso, basta observar.

Essa é uma das melhores coisas que li, em relação a qualidade. Mas também é uma das piores coisas que já li, em relação a temática. Pode parecer contraditório, mas só quem leu é que talvez me entenda.

Recomendo demais. A qualidade é absurda, e a capacidade que essa leitura tem de impactar o leitor é surreal.
Carlos Bennoda 07/03/2021minha estante
Ótima resenha e essa Graphic é fantástica, já pula pra próxima retalhos, Persépolis, v de vingança e não pare mais.


Ste 07/03/2021minha estante
Ainda não superei


Julio 07/03/2021minha estante
Mais uma obra pra lista de desejos infindável! As vezes parece impossível ler tudo que quero no tempo que tenho kkk! Bela resenha!


Catarina42 07/03/2021minha estante
Tô mal até agora, só igual a Steph


Henrique695 08/03/2021minha estante
Lê Persépolis, certeza que cê vai amar essa HQ e é uma história tocante e real.


Fred 13/03/2021minha estante
Isso é bom pra kct!
Narrativa ímpar.


Adegilson.Alves 22/02/2022minha estante
Já deu vontade de ler


Bianca.Ariadni 31/03/2022minha estante
Como faz para ler o livro eu instalei o app hoje e não sei como se faz alguem me ajuda?


Adegilson.Alves 31/03/2022minha estante
O seu é ebook?


Adegilson.Alves 31/03/2022minha estante
Se você comprou pra ebook e já baixou o app já era para tá baixado no app


Adegilson.Alves 31/03/2022minha estante
O livro


Marimrio 05/01/2023minha estante
Engraçado, eu tirei uma foto exatamente do tema da sua resenha, sobre Deus. Achei bem impactante. Essa passagem e aquela que dizia ?Ele era milionário, mas isso não salvou a sua vida?


Eduarda 08/02/2023minha estante
eu nunca consegui ler ou ver relatos da segunda guerra ou de campos de concentração mas decidi dar uma chance pra esse livro por conta de ser em quadrinhos e foi a melhor coisa q eu fiz,q livro maravilhoso,os relatos são incríveis e como a história vai sendo narrada e vc percebe o quanto o pai do autor foi mudando por conta da guerra e os traumas a ele carregou ao longo de sua vida. q livro maravilhoso


LetAcia 28/02/2023minha estante
Esse livro é sinceramente incrível, a forma que ele mostra tudo como aconteceu, as consequências disso, os personagens e seus conflitos que se relacionam diretamente ou indiretamente com a guerra é incrivelmente triste e interessante. Confessou q terminei o livro quase sem reação, pq foi de uma forma tão triste e marcante, que até agora não superei. Super indico


eliza! 27/06/2023minha estante
Um dos melhores livros que eu já li! O livro é super envolvente, e a história simplesmente incrível. Uma verdadeira obra prima.


Marcos 03/08/2023minha estante
Eu tenho muita dificuldade em me concentrar e focar em uma leitura. De uma só vez li 201 páginas, acho que amanhã termino. É maravilhosa essa HQ, incrível.


Vitor124 04/10/2023minha estante
Aaaa queria MTO ler Mas ainda n consegui comprar!!!




spoiler visualizar
Renan.Menchik 05/01/2023minha estante
Obrigado pela resenha, "roubou" palavras da minha mente, estou terminando a obra e está difícil digerir tudo, é muito brutal e real, a genialidade na narrativa e na arte gráfica é visceral! ?


Brujo 05/01/2023minha estante
É uma obra marcante mesmo, Renan!


Geovana 05/01/2023minha estante
Sidney, estou vendo uma grande evolução em suas resenhas. Já eram boas e agora estão mais claras e mais envolventes. Muito legal a forma como você expressou sua opinião sobre Maus. Está de parabéns ?


Brujo 05/01/2023minha estante
Muito obrigado, Geovana!!! ?


Douglas Finger 05/01/2023minha estante
Obra de arte!!


Jessica 06/01/2023minha estante
Simplesmente as ruas resenhas passam uma experiência muito significativa para os futuros leitores. A obra está na minha lista e não poderia ser diferente depois desta resenha. Obrigada mais uma vez!


Brujo 06/01/2023minha estante
Obrigado pelas palavras, Jéssica !!! ?


B.norte 07/01/2023minha estante
Mês de Janeiro tem que começar com uma leitura sobre o tema, visto que dia 27 é o dia em Memória às Vítimas do Holocausto. Maus já está na minha lista da Amazon.


Brujo 07/01/2023minha estante
Bom saber dessa informação!!!


Joyce429 10/01/2023minha estante
Maus é sensacional em todos os sentidos! Já quero ver os conteúdos que você deixou como dica!
No Prime vídeo tem uma série chamada nos campos do holocausto, cada episódio conta a história de um sobrevivente do Holocausto que vive no Brasil, é muito boa, é aquele tipo de conteúdo necessário.


Brujo 11/01/2023minha estante
Obrigado pela dica, Joyce!! Vou conferir.




Annanda 04/01/2022

Detalhes impressionantes!
Começando pela capa: título, cores, gato ao centro da suástica nazista, ratos; essa Graphic Novel chamou a minha atenção desde a primeira vez que a vi. Temática sobre holocausto sempre aguça minha curiosidade.


A história de ?Maus? é bem interessante não somente pelo formato de escrita, mas, por vários detalhes, incluindo a forma como Spiegelman retrata os personagens. O autor conseguiu criar uma Graphic Novel com uma arte rica em detalhes históricos, personagens incríveis, com uma história emocionante e romanticamente cruel, capaz de nos fazer enxergar o horror e o sofrimento que milhões de pessoas viveram, de uma forma diferente.
Devido ao fato de, a história ser ?desenhada?, nos dá uma visão ainda mais brutal dos fatos ocorridos durante o holocausto.


Vale a pena a leitura!
Espero que gostem e apreciem essa obra fantástica! ?
Renato 04/01/2022minha estante
É uma excelente Graphic Novel de lubrificar constantemente nossos olhos. Recomendo dessa mesma temática e também uma Graphic Novel: Grama da editora Pipoca e Nanquim, trata - se de jovens sul coreanos que são vendidas que são levadas para a China para servir de garotas de prostituição para o exército japonês, é revoltante e comovente, vale a pena conferir.


Daniel 04/01/2022minha estante
Sou apaixonado por Maus, que obra incrível


Annanda 04/01/2022minha estante
Obrigada pela dica, Renato. Já vou procurar aqui e colocar na minha lista! ??


Annanda 04/01/2022minha estante
Fiquei apaixonada pela obra também, Daniel. ?


Vitor 06/01/2022minha estante
Um clássico dos quadrinhos, e uma das obras fundamentais sobre o Holocausto, seja em qualquer mídia.


Neidee 07/01/2022minha estante
Quero muito ler, está na minha lista falam tão bem.


Kaleo 12/01/2022minha estante
Está na minha lista de leituras desse ano, sua resenha passou ela um pouco mais para o topo


Lelouch_ph 13/01/2022minha estante
Só por essa resenha vai ser minha próxima leitura física.




Adriana F. 30/08/2010

Ratos por todos os lados
A História, todos já conhecemos. Quantos livros e filmes já foram feitos sobre o Holocausto? Quantos documentários sobre a Segunda Guerra Mundial já foram vistos, discutidos, aclamados? De fato, o tema não é novidade.

Mas de todas as releituras que já tive a oportunidade de conhecer, nenhuma é tão intensa, tão profunda, tão triste e tão dolorosa quanto Maus. Ler o relato de um filho sobre a vida miseravelmente sofrida de seu pai e ainda assim não usar eufemismos para esconder seus defeitos foi de uma sensibilidade extraordinária, a despeito de, a princípio, parecer frieza. Impossível ler sem chorar, mesmo que sem derramar lágrimas.

Vladek é um judeu polonês com um talento formidável para os negócios. Graças a essa característica (que muitos consideram inerente aos judeus), sua passagem pelos campos de concentração foi menos torturante que de muitos. A fome que passou foi levemente mais amena. As surras que levou foram levemente menos brutais. E suas esperança e determinação de sair vivo de Auschwitz eram absurdamente maiores que de qualquer outro.

Além de cuidar de si mesmo tentando sobreviver dia após dia, Vladek tentava cuidar da sobrevivência de sua esposa Anja, também presa nos campos. E também cuidava de outros parentes, amigos ou apenas conhecidos menos fortes, adoentados, desafortunados, desamparados. Caridade? Talvez. Oportunidade de fazer negócios num futuro ainda que sombrio? Certamente.

Art Spiegelman narra como seu pai sobreviveu à Guerra e ainda conta como o velho judeu continuou sendo uma pessoa mesquinha, sovina, oportunista e racista. Sim, como disse no começo, o autor não usa eufemismos e nem santifica seu pobre pai. Ainda assim, era um senhor carente, atormentado, precavido, amoroso.

A grande sacada de Maus está, no meu ponto de vista, no fato de que todos são ratos. Todos são vilões, todos são vítimas. Nazistas, judeus, poloneses que só queriam que aquilo terminasse, todos eram ratos acuados, desesperados pela sobrevivência, apegados em migalhas de esperança. Enquanto o maior de todos eles estava a salvo dos mísseis, em perigo ante seus próprios fantasmas.

Terminada a Guerra, resta a pergunta: o Holocausto também terminou? Judeus que sofreram atrocidades por conta da raça são racistas, alemães que viram a queda de sua nação ainda se consideram superiores, americanos que foram tidos como os heróis da liberdade são os maiores escravocratas dos tempos atuais. Judeus, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais e toda e qualquer diferença AINDA HOJE são perseguidos, julgados, condenados, mandados para os fornos.

Vivemos o holocausto diariamente e não nos damos conta. Acho que isso fica muito visível no relato do autor, pois se nem os judeus, como protagonistas de sua própria desgraça desde os primórdios, aprenderam a ser mais generosos, mais humanos e menos separatistas, que dirá daqueles que assistiram tudo do sofá de suas casas?

Sendo assim, passado e presente fundem-se neste livro que sangra história.

Erika 23/11/2009minha estante
Uau! Que resenha fantástica! Cheia de verdade e significado.

Parabéns!


Júlia 25/11/2009minha estante
Vi este link da comu do skoob e adorei sua resenha! Ta aí não pensava em ler este livro justamente por ter cansado do tema holocausto. Mas a sua resenha me deixou curiosa para lê-lo! Parabéns.


Mad Jr 13/12/2009minha estante
Bem, eu disse que leria uma resenha sua pra tomar coragem e postar minhas resenhas. Foi ao contrário: sua resenha está perfeita... eu não teria cabeça pra resenhar nada parecido. Está fantasticamente bem escrito... parabéns!!!


Leka Moraes 08/01/2010minha estante
Essa é uma das resenhas mais bem escritas sobre Maus, definitivamente.


Dani 13/02/2010minha estante
Parabéns pela resenha. Sem sombra de dúvida é a melhor resenha sobre Maus. Achei fantástica a forma com que você descreveu o holocausto do dia-a-dia.


SasoriGui 24/08/2011minha estante
Boa resenha , mas o final achei muito apelativo e vago.


Maya 06/03/2012minha estante
Como eu chorei ao ler esse livro...


Vilmar 14/11/2012minha estante
Só eu achei engraçado ela estar usando a foto de um gato no perfil e fazendo uma resenha de maus?


Bianca 03/02/2015minha estante
Lembro de ter chorado horrores assim que terminei de ler. Nenhuma obra sobre o Holocausto vai mexer tanto com o leitor quanto Maus.


João 19/11/2016minha estante
Sangra história. Que delícia de expressão.




Fabio Shiva 08/09/2020

Coração sangrando
Essa é uma obra impressionante sob muitos aspectos. Primeira história em quadrinhos a ser agraciada com o prestigioso prêmio Pulitzer, em 1992, “MAUS” foi publicada em capítulos, ao longo de 11 anos, entre 1980 e 1991, e conta a história verídica de Vladek Spiegelman, um judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, tal como é contada por ele próprio ao seu filho Art, que por sua vez teve a genialmente desconcertante ideia de transformar essa narrativa brutal em uma história em quadrinhos onde os personagens são caracterizados como animais antropomorfizados: os judeus são ratos, os nazistas são gatos, os soldados americanos são cachorros e assim por diante. Aliás o título “MAUS”, que adquire uma conotação ambígua em português, nada mais é que a palavra “rato” em alemão.

Um fator que logo chama a atenção nessa leitura é a crueza com que o autor expõe as dificuldades de relacionamento com o pai, e também alguns momentos muito dolorosos passados pela família, como o suicídio da mãe de Art, ocorrido em 1968, que é descrito em minuciosos e excruciantes detalhes. Essa exposição tão íntima e visceral me fez lembrar de uma crônica de Fernando Sabino sobre a arte de escrever, com muitos conselhos preciosos para escritores iniciantes. O melhor desses conselhos, aliás, é a célebre máxima de Sinclair Lewis: “escrever é a arte de sentar o rabo em uma cadeira”! Em outro trecho dessa crônica do Sabino lemos que um escritor experiente, que já é traquejado em seu ofício de palavras, é capaz de escrever uma história envolvente a partir de uma história banal, do tipo que se poderia contar durante um jantar em família. Mas o escritor iniciante, que não possui esses recursos, precisa ter a coragem de arrancar o próprio coração e colocá-lo, ainda sangrando, na mesa de jantar...

Art Spiegelman certamente não tem o menor pudor de apresentar seu coração sangrando diante dos leitores. Mas ele está longe de ser um escritor inexperiente, pois toda essa impiedosa exposição de seus conflitos familiares serve a um altíssimo recurso literário, quando o autor começa a retratar, com a mesma fria imparcialidade, os horrores do nazismo e do holocausto. Diante da sinceridade inapelável de seu narrador, cada página de “Maus” torna-se um inestimável documento histórico sobre os abismos e monstruosidades que os seres humanos são capazes de cometer uns contra os outros.

O que nos leva a reflexões que, infelizmente, ainda se fazem muito necessárias e atuais: o que é o nazismo? Que fenômenos são responsáveis pelo surgimento do nazismo? Como é possível que existam nazistas nos dias de hoje? Será mesmo verdade que existem nazistas brasileiros?

Ao notar a minha própria perplexidade ao formular essas perguntas, tomei consciência de dois erros básicos de raciocínio que geralmente cometemos ao falar sobre o nazismo. O primeiro erro é considerar o nazismo como uma espécie de aberração histórica, um fenômeno isolado no tempo e no espaço, e restrito à Alemanha da primeira metade do século XX. Esse é um tema muito extenso e complexo, por isso vou me limitar a comentar aqui, como um convite à pesquisa e à reflexão, sobre o quanto a nossa sociedade de hoje foi literalmente construída a partir de valores nazistas. Acontece que boa parte da ideologia nazista foi cunhada pelo então Ministro da Propaganda, Joseph Goebbels. Ele cunhou uma série de leis da comunicação que foram utilizadas para fomentar o ódio racial e justificar o holocausto, como por exemplo, a chamada lei do inimigo único: “o pão está caro? A culpa é do judeu. Você está desempregado? A culpa é do judeu. Sua esposa está lhe traindo? A culpa é do judeu.” E o xis da questão é que essas mesmas leis da comunicação formuladas por Goebbels continuam em vigor nos dias de hoje. Foram inventadas para legitimar o massacre de seres humanos, mas hoje são usadas para vender sabão em pó, refrigerantes e até partidos políticos. Ou seja, a dita sociedade de consumo, na qual querendo ou não vivemos todos, cresceu e floresceu graças a uma ideologia nazista. Pense nisso...

O segundo erro de raciocínio, muito comum, é associar o nazismo exclusivamente ao ódio racial. É certo que o nazismo está intimamente associado a ideologias de supremacia étnica, mas a verdadeira base do nazismo é o ódio. E assim como acontece com o amor, o ódio não tem cor, não tem religião nem nacionalidade. Por isso é que é possível, sim, lamentavelmente, que existam nazistas brasileiros. Novamente, esse é um tema muito complexo, que pede estudo e reflexão. Deixo aqui, como um primeiro passo nesse sentido, a constatação de que o ódio é filho do medo. Geralmente as pessoas abraçam o ódio porque não conseguem reconhecer ou aceitar o próprio medo. O nazismo floresceu na Alemanha do século passado, da mesma forma que ideologias muito parecidas estão atualmente florescendo no Brasil, graças a um sentimento disseminado de medo, que é intencionalmente cultivado no coração das pessoas. Basta lembrar que o slogan da campanha eleitoral de Hitler apelava diretamente a esse medo: foi eleito graças à promessa de conseguir um emprego para cada alemão... e um marido para cada alemã! Hoje uma promessa tão fantasiosa provoca risos, mas na época as pessoas levaram a sério. Assim como hoje levam a sério promessas igualmente fantasiosas, mas que de alguma forma conseguem apelar a esse medo.

E ao transmutar o medo em ódio, existe todo um aparato ideológico para dar uma aparência de virtude, patriotismo e até de religiosidade a esse ódio. É quando a pessoa começa a se sentir superior ao objeto de seu ódio (que no fundo é apenas medo disfarçado), é que esse ódio se transforma em nazismo. Quando um homem se sente virtuoso, um autêntico “cidadão de bem” ao exercer o ódio contra outro ser humano, esse é um sinal claro de que mais um nazista surgiu no mundo.

“Olhe quantos livros já foram escritos a respeito do Holocausto. Qual o sentido disso? As pessoas não mudaram... Talvez elas precisem de um maior e mais novo Holocausto.” (Art Spiegelman)

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/09/maus-historia-de-um-sobrevivente-art.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Duda Bañolas 09/09/2020minha estante
Sensacional!! Incrível como esta lógica se aplica de forma tão atual à nossa sociedade. Adorei a reflexão!


Fabio Shiva 10/09/2020minha estante
Oi Duda! Gratidão por seu comentário e por sua Luz somando!


Carla.Zuqueti 10/09/2020minha estante
Excelente resenha!


Lobatinho 24/09/2020minha estante
Um dos meus favoritos ??




Marlonbsan 19/05/2020

Maus
A HQ traz as histórias de Vladek Spiegelman, judeu polonês que esteve presente nos campos de concentração de Auschwitz e sobreviveu para contar. Seu filho, Art, fica responsável para adequar o que foi narrado, na forma de quadrinhos e apresenta os judeus desenhados como ratos, os nazistas como gatos, os americanos como cachorros e os poloneses como porcos.

A linguagem é simples, os traços dos desenhos são muito bem detalhados e mostram, muitas vezes, o que as palavras não contam. Vladek possui um sotaque caracterizando a sua nacionalidade, ocorre mais na troca de alguns pronomes, o que chega a incomodar um pouco na leitura, mas nada que vá influenciar ou tirar o sentido das frases. São mesclados os fatos do processo de criação, enquanto pai e filho conversam sobre a vida de Vladek, seu passado propriamente dito e algumas dificuldades do processo criativo de Art e de lidar com seu pai, que se mostrou alguém muito difícil de conviver, mas compreensível devido às privações vividas.

Por mais que o tema seja extremamente pesado e os relatos chegarem à beira do absurdo, devido ao grande sofrimento vivido por milhares de pessoas nos campos de concentração e pelo próprio Vladek, há certa leveza e bom humor. O fato de serem ratos, amenizam e dissociam da figura humana.

Vladek aliou a sua inteligência com muita, mas muita sorte para ter sobrevivido à 2ª Guerra. Mostrando como pequenas escolhas podem influenciar entre a vida e a morte, ele conseguiu fazer esse paralelo várias vezes. Já as privações e a forma de tratamento que as pessoas recebiam nos campos de concentração foram desumanas. As ideologias são extremamente perigosas, ainda mais quando há a falsa impressão de superioridade com relação aos outros.

Ao longo da leitura, senti falta de mais detalhes, gostaria de aprofundar melhor, como também seria interessante os relatos de Anja, esposa de Vadek, os diários, ah os diários... No fim das contas, temos uma história comovente que deve ser lida por todos, principalmente para não repetir jamais o que foi um campo de concentração.

Foto e resenha no meu IG @marlonbsan, quem puder segue lá.
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Lara.Bia 03/05/2020

Adoro a junção de história (real) com o mundo em quadrinhos
Esse livro fala com muita responsabilidade e sensibilidade sobre o holocausto, mas trata também de temas: depressão, racismo, xenofobia, empatia e a dificuldade de sobreviver, quando outros não conseguiram. O quadrinho não trata só das tragédias de proporção mundial, mas sobre todas aquelas maiores e menores que acontecem a cada dia. A história o tempo inteiro nos lembra que são pessoas reais que estão ali, que acertam e erram, mas merecem a chance de viver com dignidade.
Ele vai para aquela lista de quadrinhos maravilhosos que nos fazem refletir sobre a própria vida e as dos que nos cercam.

"Aqueles que não aprendem com o passado estão condenados a repeti-lo" - S.K.
Mah 04/05/2020minha estante
Esse livro e mt bom. Amo. Ainda vo comprar. Quando essa quarentena acabar


Lara.Bia 05/05/2020minha estante
Eu estava pensando a mesma coisa kkkkkkkk


Luan 16/05/2020minha estante
Bela análise! Parabéns. Se o tema e a maneira como Art Spiegelman aborda todas essas condições humanas relacionadas ao Holocausto te impressionaram, sugiro que dê uma olhada na HQ "O Relatório de Brodeck", uma adaptação da premiada obra de Philippe Claudel ?literatura do mais alto nível)? por Manu Lacernet.
É fantástico! Tão pungente, porém um pouco mais visceral que Maus. Acho que tu vai curtir.


Lara.Bia 17/05/2020minha estante
Muito obrigada. Adicionado na minha lista




Wyrna06 20/01/2024

Amei
Não é um livro leve. Fala sobre traumas, morte, violência. Mas é uma leitura super necessária e a arte e escolha do estilo é muito boa também.
Bianka.Thomazine 20/01/2024minha estante
Incrível como as maneiras de abordar/falar sobre um mesmo assunto (2° GM nesse caso) podem ser infinitas, né? A leitura desse livro é MT boa mesmo




Regis 22/08/2022

Simples e importante...
Maus é uma graphic novel (Primeira ganhadora do prêmio Pulitzer) que fala sobre a Segunda Guerra Mundial de forma simples através da história de Vladek Spielgeman, narrada por ele a seu filho Art.

O quadrinho em preto e branco é uma biografia e uma fábula antropomorfizada, evidenciando o simbolismo dos personagens judeus serem representados por ratos, os nazistas por gatos, os poloneses por porcos e os americanos por cães.

Achei o livro de escrita simples e fácil compreensão, imersivo, capaz de despertar emoções e profundas reflexões com o retrato de tudo que Vladek, Anja e suas famílias passaram durante A Segunda Guerra Mundial.
Muito me surpreendeu o relato de como eles foram sistematicamente explorados por alemães em troca de esconderijo e também por judeus, que ainda possuíam alguma influência e eram capazes de ajudar.
É um retrato realista e sensível, de uma época terrível e sombria onde até seus iguais poderiam te levar para a morte.
Vemos inúmeros casos de pessoas que se ajudaram durante a guerra, mas em maus, também vemos essa relação de interesses e até de traição entre os próprios judeus.
Claro que podemos perceber, que por pior que seja, eles também estavam apenas tentando sobreviver.

Senti um pouco de aversão por alguns comportamentos do autor em relação ao pai (principalmente sobre os diários de Anja), enquanto esse narrava sua jornada pela sobrevivência.
Mas a história de Vladek é tão rica e Art a escreve (alternando entre o passado e os momentos tensos entre ele e o pai durante o relato), de forma tão verdadeira, que é impossível não se indignar com tudo que ele viveu, e compreender completamente os comportamentos que muito incomodam o filho.

A história narrada por Vladek emociona, choca, desperta revolta e um desejo profundo de que nunca mais algo tão tenebroso como o holocausto seja vivenciado na história humana.
O livro é maravilhoso e importante.

Acho que todos deveriam ler esse relato inestimável, e com sorte não teremos que ver novamente a ascensão de um regime tão execrável e caliginoso... que sabemos ainda viver, e possuir influência na nossa realidade. Hitler foi vencido, mas o nazismo ainda possui vozes que ressoam pelo mundo.
Adriana 22/08/2022minha estante
Uau, sempre arrasando amiga @Regis. Fica difícil até comentar diante desta linda resenha ???? mas amo ler tudo ao q se refere a Segunda Guerra Mundial. Não consigo mensurar o sofrimento, dor, desespero q essas pessoas passaram. Como seres humanos podem tratar seus semelhantes de formas tão cruel? E como você disse, Hitler foi vencido, mas o nazismo continua pelo mundo. E a dor, o sofrimento, as perdas, jamais serão esqcidas. ?


Cleber 22/08/2022minha estante
Adorei a resenha! Essa hq é realmente incrível


Caio 22/08/2022minha estante
Estou ficando mal acostumado. Que resenha! Obrigado.


AnonymousCow 22/08/2022minha estante
Quem sabe se as pessoas lessem obras assim e realmente sentissem o que ela se propõe a sentir esse tipo de comportamento e ideologia criminosa não seria presente hoje em dia. É uma aberração social intragável e que deveria ser combatida de maneira ativa e constante.

Novamente, bela resenha ??


Regis 22/08/2022minha estante
Obrigada Drica! ?
Concordo com você, também não consigo mensurar tamanha dor e desespero passados nos campos de concentração e em toda a trajetória durante a guerra até se chegar a eles, mas sei que é algo que não desejo que se repita na vida de ninguém.


Regis 22/08/2022minha estante
Obrigada Cleber! ?
Sim, essa HQ é incrível! E consegue transmitir de forma simples e rica toda a jornada de Vladek Spielgeman e sua família, transformando esse relato forte em um alerta sensível e necessário para todas as idades.


Regis 22/08/2022minha estante
Obrigada Caio! ?
Aprecio que tenha gostado.


Regis 22/08/2022minha estante
Esse também é meu desejo AnonymousCow, que com o conhecimento da história atrocidades como essa não tornem a acontecer.


Canuto 22/08/2022minha estante
Quero muito ler esse !


Regis 22/08/2022minha estante
Espero que goste Canuto, é uma HQ que vale muito a pena. ?




Gabs 15/11/2021

Recomendo
Uma HQ que relata uma história do holocausto com leveza, mas sem deixar de nos dar uma visão aprofundada do que ocorreu, demonstrando a crueldade daquele período e várias outras coisas. É uma leitura comovente e as ilustrações são boas ?
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gracireis 19/04/2021

Impactante!
Pra mim é sempre muito triste ler relatos dos sobreviventes do holocausto e essa é mais uma história muito forte, triste e impactante, contada de uma forma muito criativa e original.

Eu amei o quadrinho e não consegui parar de ler até terminar. Recomendo, acho que é uma leitura importante sobre um dos momentos mais tristes que a humanidade já viveu.
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@lendocomjulian 06/09/2022

Uma obra Prima
Maus conta a história de um filho de um sobrevivente do Holocausto que gostaria de escrever a história de seu pai.

Esse quadrinho é triste, mas super necessário.

Acredito que individualizar o sofrimento ajuda para compreendermos o qual ruim foi o que os nazistas fizeram. Eles não são números, são pessoas, famílias.

O quadrinho é grafico em muitas vezes, e teve horas que foi dolorido demais. A inversão que ocorre em alguns momentos na história te traz a realidade que isso aconteceu com pessoas, não ratos.

A alternancia entre presente e passado quebra o gelo, para te derrubar em cheio logo depois com os relatos do holocausto.

Não é a toa que essa HQ é super premiada, o autor consegue te fazer rir, com algumas atitudes do Vladek (no presente) e chorar, sofrer no passado com as memórias.

É realmente uma obra de arte que deve ser lida!

Li com os Livrassos - Clube de Leitura dos Crentassos.
DANILÃO1505 07/09/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Daniel1841 13/06/2021

As partes focadas no campo de concentração são como um choque de realidade, machucará o leitor em melancolia (especialmente quem é leigo na 2a Guerra Mundial), mas são necessários! Uma das épocas mais sombrias da humanidade! Única ressalva é o romance, pra mim algo dispensável e chatinho, não me apeguei aos casais, mesmo eles sendo realistas. A história demora pra engatar, mas quando engata é um soco no estômago.
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Maus, Art Spiegelman - Nota 10/10
Não lembro há quanto tempo tinha lido uma História em Quadrinhos. Sempre associava com algo infantil e, apesar de já ter escutado muita coisa boa a respeito dessa obra, não tinha muita vontade de lê-la! Decidi comprar, mas ficou um bom tempo na minha estante. E agora, depois de lido, percebi o quanto eu estava errado... Foi uma surpresa muito positiva! O autor mandou muito bem com essa obra - que de infantil não tem absolutamente nada. Pelo contrário: Spiegelman conseguiu criar uma HQ impactante e cruel! O cenário é a Alemanha nazista em plena segunda guerra mundial. Acompanhamos a história de Vladek, um judeu polonês que sofreu as atrocidades dos campos de concentração e a luta pela sobrevivência em condições desumanas. É um relato verídico e autobiográfico, escrito pelo filho de Vladek, com base nas conversar com seu pai. No livro, os judeus são retratados como ratos, os nazistas como gatos, os poloneses não judeus como porcos e os americanos como cachorros. É uma obra que tem que ser lida! Recomendo muito!

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