Emília 12/09/2020
A história em si, é pesada, triste. Principalmente por sabermos que ela é real. Mas, acredito que o fato de ter sido narrada em quadrinhos, deu a ela, uma certa leveza. O que não foi dito em palavras, foi descrito nos desenhos. Ficou como algo "subentendido" e dependente da nossa imaginação.
O Holocausto já foi e será contado inúmeras vezes e em diferentes formatos. Como ocorreu, todos já temos uma noção (soube de fato, só quem lá esteve). De certo que emociona a todos que têm contato com os relatos de seus sobreviventes. Com "Maus", não é diferente. Porém, pra mim, a narrativa foi duplamente tocante.
Primeiro, obviamente, por relatar os horrores do Nazismo e segundo, por tratar de meira sútil, algumas complexidades de uma família Judia que sobreviveu à existência de Hitler.
Art não esteve nos campos de concentração, contudo, teve de lidar desde o ventre, com a presença de um irmão morto. Tenta entender a ausência da mãe e, tem dificuldades de lidar com o pai. Em que, os resquícios do fato de ser um sobrevivente, aliados a sua personalidade, tornam o convívio com ele, um tanto difícil, provando em Art, a mistura dos sentimentos de raiva, culpa é admiração por um pai forte, extremamente inteligente e teimoso.
"Maus" foi minha prima HQ. Proporcionou uma experiência diferente, mas interessante e me motiva a ler mais livros do mesmo estilo.
Recomendo muito a leitura!!