Os Buddenbrook

Os Buddenbrook Thomas Mann




Resenhas - Os Buddenbrooks


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Clau Melo 24/06/2023

Decadência de uma família
Literatura alemã, 1901/2016.
Dizem os entendidos que este é o melhor livro do autor.
Infelizmente para mim foi uma leitura enfadonha.
Daqui um tempo pretendo ler A montanha mágica.

Primeiro romance de Thomas Mann, publicado em 1901, este livro monumental acompanha a saga dos Buddenbrook, uma família de comerciantes abastada do norte da Alemanha. Quatro gerações são retratadas na crônica familiar inspirada na linhagem do próprio escritor e situada numa cidade com todas as características de Lübeck, a terra natal dos Mann. Com personagens vívidos, diálogos brilhantes e elevada riqueza de detalhes, o autor lança um olhar preciso sobre a vida da burguesia alemã - entre nascimentos e funerais; casamentos e separações; desentendimentos e rivalidades; sucessos e fracassos. Esses acontecimentos sucedem-se ao longo dos anos, mas à medida que os Buddenbrook sucumbem à sedução da modernidade, o declínio moral e financeiro parece estabelecido. O leitor contemporâneo encontra intactos o frescor e o fascínio deste que é considerado um dos principais romances do século XX.
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Marina 09/09/2022

A Companhia das Letras merece todos os elogios por trazer uma excelente edição com uma excelente tradução. Somado a isso, pode-se afirmar sobre a obra que é incrivelmente detalhista sobre as questões da época e rica em informações sobre os ambientes; personagens e afins.
Por fim, vale ressaltar o cuidado que o autor teve em criar e contar o contexto de cada personagem de maneira minuciosa aonde você consegue desde o início acompanhar a trajetória da mudança(social, psicológica), podendo ser mantida traços iniciais da vida daquele determinado personagem como medo; angústia e objetivos.
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Stella F.. 07/03/2022

Saga familiar de primeira
OS BUDDENBROOK -THOMAS MANN – EDITORA NOVA FRONTEIRA – 1981

Quatro gerações de uma família alemã próspera, os Buddenbrook, comerciantes de grande renome com uma empresa sólida na região de Lübeck.

Logo no início sabemos que foi comprado um grande casarão, símbolo do status da referida família. E para comemorar, promove-se um farto jantar, com pratarias, talheres, vários pratos e muitos convidados e principalmente vamos conhecendo cada componente da família, com seu vestuário, suas características físicas e aspectos singulares de cada um. Muita conversa e discussões políticas sobre a Prússia e a questão aduaneira.

Vemos que o patriarca Johann e sua segunda esposa, Antoinete, em 1835, já estão idosos, e que ele possui um filho do primeiro casamento, Gotthold, casado com uma esposa não aceita pela sociedade e pela família como ideal e, portanto, longe do convívio familiar. O seu irmão Johann (Jean) Buddenbrook, tenta contornar a situação, mas o pai está irredutível. Dois teimosos, mas ao final tudo se resolve e chegam a um meio termo que poderia ter sido acordado antes.

Jean (cônsul) é casado com a consulesa Elisabeth Kröger Buddenbrook (Bethsy). Seus filhos são: Thomas, Christian, Antoine (Tony) e em 1938 nasce Klara. Eles cuidam de Klothilde (Thilda), uma sobrinha. A governanta Ida Jungmann foi criada na família e é prussiana. Vai ficar na família a vida inteira criando toda a descendência.

Os pais da consulesa convivem com o restante da família, com os netos e junto deles está sempre o irmão da consulesa, Justus, que tem esposa e dois filhos, mas que vive uma vida de pândego.

O cônsul é dinâmico nos negócios, e como era comum na época, participa ativamente em outros assuntos da cidade. Bastante religioso, sua esposa menos. São protestantes e estão sempre lendo a Bíblia. E possuem um tipo de diário, em que vão anotando acontecimentos importantes de todas as gerações: nascimentos e casamentos.

E acompanhamos a rotina da empresa, da cidade, seus progressos, bons negócios, outros nem tanto e junto a isso o crescimento das crianças. Tom e Christian vão para o colégio e Tony para o internato.

Mais tarde Tom vai assumir os negócios do pai e se sai relativamente bem, mas está sempre se questionando sobre seu desempenho, preocupado com sua aparência, e quando mais velho vemos suas crises de depressão, seu casamento com Gerda ser praticamente de fachada e ter problemas sérios de relacionamento com Hanno, seu filho. Ele vê o seu filho como um fraco, um menino sensível, que adora a música como sua mãe, e que está sempre doente, uma pessoa que não vai estar à altura de herdar à empresa no futuro. Está sempre testando o menino, achando que o natural seria, assim como ele fez, seguir na empresa.
Tony parece meio deslumbrada, mas tem opiniões e está sempre disposta a fazer tudo pela família, inclusive se casar com alguém “aprovado” por ela. Acaba se divorciando duas vezes. Mas nada a abate, está sempre pronta a recomeçar, e se envolve em organizações, mudanças, e acha que é seu dever fazer tudo pelo bem da família, para ela não acabar. Teve no primeiro casamento com Grunlich uma filha, Erika, que também vai se casar e ter o casamento desfeito.

Christian, desde o início, é mais sensível, gosta de teatro, e se torna um pândego, além de estar sempre envolvido com dores e sensações e ter uma veia cômica, imitar todo mundo. Não quer saber dos negócios, se envolve com mulheres, com jogos, está sempre sem dinheiro, pega antecipadamente parte da herança ou é bancado por “amigos”. Tenta trabalhar na empresa, mas nunca dá certo. Passa um tempo no Chile e quando volta tem sempre muitas histórias para contar, e adora falar de suas doenças com muitos detalhes.

Klara é a mais religiosa de toda a família e vai se casar com o Pastor Tiburcius.

Livro com muitos personagens, com uma história deliciosa de acompanhar, e com ótimas descrições, diálogos e aspectos interessantes que me chamaram atenção, principalmente a rivalidade e discussões entre Thomas e Christian, a veia “feminista” de Tony quando ela se separa do segundo marido e enfrenta Thomas em um diálogo primoroso, rebatendo o machismo dele e a preocupação com as aparências, a depressão e o cansaço de Thomas quando “sabemos” que ele vestia uma máscara e que a retirava quando chegava em casa e seus questionamentos metafísicos e Hanno com sua sensibilidade, seu gosto pela música, sua dificuldade de pertencimento.

“Você conquistou um lugar na vida, uma posição honrosa; e aí está rejeitando fria e conscientemente tudo quanto o poderia molestar, durante um momento, e perturbar-lhe o equilíbrio; pois o equilíbrio é para você o mais importante. Mas não é o mais importante, Thomas; perante Deus não é o essencial! Você é um egoísta; sim, eis o que você é! Amo-o ainda quando ralha e se zanga e troveja contra mim. Mas o pior é o seu silêncio; o pior é quando a gente diz alguma coisa e você, de repente emudece e se retira, quando declina de qualquer responsabilidade, conservando-se distinto e íntegro e abandonando o outro, desamparado, à vergonha. Você é tão despido de amor, compaixão e humildade.” (pg. 542)

“Há limites onde o receio de escândalo começa a dizer-lhe essas coisas, eu que sou apenas uma ingênua e uma tolinha. [..] Quero que você saiba, Thomas: foi essa palavra que realmente me obrigou a arranjar a minha bagagem durante toda a noite, a despertar Erika de madrugada e a vir-me embora, pois não podia ficar junto de um homem em cuja casa tinha de esperar por tais palavras. [..] Caso contrário, eu me degradaria e não poderia ter respeito por mim mesma e não teria em que me apoiar na vida!” (pg. 366)






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Tiago Fachiano 25/02/2022

O começo de tudo
Quando Thomas Mann escreveu os Buddenbrook ele tinha apenas 25 anos e anos depois foi ganhador prêmio Nobel e essa obra teve total importância. Nesse livro é possível identificar estilo de escrita que darão continuidade em sua obra prima (minha opinião) chamada Montanha Mágica. O livro começa com uma família no auge e depois de 3 gerações vai mostrando a decadência e tem relação direta com formato econômico da Europa no começo do século 19, onde passou do modelo posses para crédito. A família não se adapta a mudança e vai sofrendo com as crises, decandencia financeira e em paralelo familiar
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Andrea340 14/01/2022

Não surpreende
Thomas Mann é simplesmente incrível, e já demonstra seu poder de bom contador de historias na escrita desse seu primeiro livro, mas depois de ler A Montanha Mágica e + outros 4 livros dele só agradeço por não ter começado por esse. O livro apresenta personagens muito bem construídos, diálogos ricos, história muito bem escrita, é prazeroso ler Thomas Mann, mas a história é exatamente o que o título entrega: a decadência de uma família (financeira e moral) e só. Não há surpresas, e acaba sendo um pouco cansativa no começo por conta do excesso de descrição, pelo menos para quem não curte tal recurso. Penso que Os Buddenbrook, Decadência de Uma Família seja um livro para quem já conhece o autor e queria saber como foi sua estreia, do contrário, esse livro é facilmente deixado de lado, o que é uma pena, embora as resalvas que apresentei, e num momento "certo", Thomas Mann sempre valerá a leitura.
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Anna Araújo 21/12/2021

Não gostei muito
Achei a história beeemmmm arrastada e um pouco maçante, mais da metade do livro e as coisas seguem da mesma forma.
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Day 20/06/2021

O livro conta a história da família Buddenbrook e tem como plano de fundo a cidade de Lübeck, ao norte da Alemanha. Foi meu primeiro livro do Thomas Mann e apesar de eu não estar tão acostumada com a linguagem e ter divagado bastante, eu gostei bastante do enredo. É notável a importância na época, em plena economia avançada no século XIX, a longevidade do sobrenome das famílias aristocráticas. No entanto, observamos através dos Buddenbrooks todos os contrapontos, hipocrisias, dilemas e situações que ocasionaram a decadência de uma família tão importante no mundo comercial em ascensão na época. Vale a pena ler e além de se envolver com a história desenvolvida, compreender como a burguesia alemã era representada na época.
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Debora.Mariane 20/02/2021

??
Esse livro, retrata perfeitamente a decadência da família e da empresa, mas vai além disso, a narrativa é tão fluida e rica em pequenos detalhes que nos faz entrar na Família, e entender todo esse caminho de declínio, que a propósito começa no seu auge.
E por começar na melhor das fases, a história também contém passagens divertidas, e personagens que de certa forma trazem leveza.
Eu amei cada pedacinho, e não me arrependo de ter demorado, afinal não se pode sair de uma família assim tão rápido.
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kiki.marino 06/06/2020

A última Buddenbrook
Foi uma leitura que me surpreendeu muito, a começar pela presença da voz feminina durante a narrativa,que nesse gênero como em "O Leopardo",costuma priorizar a visão masculina.A última Budenbrook aqui é Tony uma personagem muito interessante,dentre outros, que nos leva a mundo em ruínas,vidas predestinados sob tradições, imersos no interior dessas vidas,nesta rica e detalhada estória,momentos calmos e turbulentos mas nunca entediantes, absolutamente um favorito pra reler.
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Valéria Cristina 10/03/2020

Obra-Prima
O que dizer de Thomas Mann?
Escrito quanto o autor tinha 25 anos, o livro narra a decadência de uma família alemã do século XIX.
Usando o Leitmotiv, técnica de composição utilizada por Wagner (por analogia, ideia, fórmula que reaparece de modo constante em obra literária, discurso publicitário ou político, com valor simbólico e para expressar uma preocupação dominante), Mann traça o perfil de uma família da burguesia alemã, preocupada com a manutenção de seu estilo de vida, e seu declínio, de modo que nos sentimos envolvidos pela atmosfera da época e junto aos personagens.
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Giuliana.Fiori 16/02/2020

Impressionante a riqueza dos personagens. Não ? a toa que é considerado o melhor livro de Thomas Mann
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