Cris Paiva 16/05/2014
Esses livros da Lisa Gardner são nervosos. Tanto no clima quanto no tema.
Quando eu comecei a ler, me surpreendi quando a autora abordou a questão de crianças psicóticas. Eu não espera isso, e não pude deixar de fazer um paralelo, durante a leitura, com o caso do menino Marcelo Pesseguini.
A autora, na nota final, disse que fez uma extensa pesquisa sobre o tema, e eu acredito. Apesar do tema forte (que chegou a me dar mal estar), as situações são verossímeis. É difícil acreditar que crianças possam agir dessa maneira, mas quando você se lembra de casos que saíram nos jornais, passa a compreender que a infância tem seu lado obscuro.
A psicose infantil serve como tema de fundo para os assassinatos de famílias inteiras cometidas no livro. E logo fica claro, que há uma pessoa envolvida nos crimes, e que este tem ligação com um massacre que aconteceu no passado. D.D. tem de ligar as pontas, e unir os crimes para achar o/a maluco/a que está fazendo isso. Ao mesmo tempo ela tem de dar um jeito de transar com urgência!! A falta de sexo e o aparecimento de um novo investigador bonitão a estão fazendo subir pelas paredes feito uma lagartixa. Ela precisa dar um jeito de desvendar esse crime rapidinho, para que possa partir rapidamente para o que interessa: SEXO!!
D.D. tem uma maneira própria de desvendar crimes. Ela não é o novo Sherlock Holmes e nem o detetive Poirot. Seus métodos investigativos não tem nada a ver com os dos detetives famosos da ficção, são bem mais mundanos. Ela escolhe um alvo e tenta descobrir as motivações da pessoa para o crime, enche a pessoa de perguntas irritantes e joga toda a culpa do mundo em cima dela. E quando a sua teoria se prova errada,ela parte para a próxima vítima. É um método de eliminação de suspeitos bem controverso, mas até que funciona, apesar de as vezes parecer um joguinho de adivinhação e não uma investigação policial. Mas quem disse que os policiais não agem assim na vida real?
Só ganhou 4 estrelinhas por que queria que a autora tivesse explorado mais o lado pessoal da DD e do investigador bonitão que sabe cozinhar. Os dois tem uma química ótima e eu quero ver mais deles nos próximos livros.