Floradas na Serra

Floradas na Serra Dinah Silveira de Queiroz




Resenhas - Floradas na Serra


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Cinara... 31/03/2022

A montanha mágica de Campos do Jordão.
"Eles me chamam, mas que será de mim se eu olhar para trás?"

Ambientando em uma das cidades que eu mais amo nessa vida Campos do Jordão ?
O romance tem aquela mesma lentidão do clima de sanatório da Montanha Mágica de Thomas Maan, aquele clima de doença e gente moribunda que faz qualquer um se perder no tempo, mas com todo nosso clima de serra do Brasil.
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Nado 10/08/2022

Ótima escrita da autora, com alguns termos inaceitáveis, que precisam ser revistos em uma próxima edição.
A história dos hospitais de Campos do Jordão, para pessoas em tratamento de TB na década de 50 e oculta para muitas pessoas, e livros como esse podem difundir um passado marcante no país.
Meu avô foi para esses hospitais em 1955 e, infelizmente, não respondeu ao tratamento.
pribt 15/04/2023minha estante
Por favor, você poderia dar um ou alguns exemplos dos termos inaceitáveis? Obrigada




Carol 21/05/2021

Impressões da Carol
Livro: Floradas na Serra {1939}
Autora: Dinah Silveira de Queiroz {Brasil, 1911-1982}
Editora: Instante
208p.

Durante séculos, a tuberculose foi conhecida como a "Peste Branca", com uma taxa anual de mortalidade estimada em 7 milhões de pessoas. O bacilo de Koch só foi identificado em 1882, a vacina BCG, aplicada em humanos, pela primeira vez, em 1921 e o uso de estreptomicina, autorizado a partir de 1944.

Até meados do século XX, o tratamento da doença tinha como pressuposto a cura espontânea do paciente, com uma boa alimentação, repouso e isolamento num clima de montanha. É este o cenário que Dinah Silveira de Queiroz traz em seu primeiro romance.

Na década de 1930, a cidade de Campos do Jordão, localizada na Serra da Mantiqueira, era praticamente uma cidade sanatório, com pensões e hospitais, que recebia os jovens doentes de famílias abastadas da região.

"Floradas na Serra" acompanha a estada de Elza, na pensão de Dona Sofia, sua amizade com outras enfermas - Lucília, Belinha e Letícia - seu tratamento e o relacionamento com Flávio. É um registro ficcional de um período endêmico, num Brasil ainda fortemente patriarcal.

É um livro muito bonito, porque a escrita de Dinah é muito bonita, fluida e delicada. A natureza é descrita de forma exuberante, o leitor se transporta para aquela Campos do Jordão, uma cidade isolada, fora do tempo.

É um livro melancólico. Os personagens são jovens lidando com o amadurecimento, a descoberta do amor, as escolhas para o futuro. Um futuro incerto, no entanto, devido à doença, cujo tratamento, à época, era bastante precário.

A temática talvez afaste os leitores, neste momento, pois também estamos numa pandemia. A diferença é que para a Covid temos vacina, que não nos chega por negligência e inépcia do governo federal.

Por outro lado, é interessante pensar que, durante séculos, a tuberculose foi uma doença sem tratamento e a ciência e a humanidade prevaleceram. Tudo passa, mesmo quando a esperança esteja baqueada.

Recomendo a leitura. Leiam Dinah Silveira de Queiroz.? E para quem é cinéfilo, "Floradas na Serra" foi adaptada para o cinema em 1954, com Cacilda Becker e Jardel Filho.
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@eu_rafaprado 25/08/2022

Dinah
Floradas na Serra - Dinah Silveira de Queiroz.
Este é o romance de estreia de Dinah, grande escritora brasileira, lançado em 1933, ?Floradas? tornou-se de imediato um best-seller ? a primeira edição esgotou-se em pouco mais de um mês.
Dinah foi a segunda mulher a ocupar uma cadeira como imortal da academia brasileira de letras, em 1981 (84 anos depois da fundação da ABL).
Neste romance que se passa em Campos do Jordão, Dinah nos apresenta Elza, Lucília, Belinha e Letícia, que se refugiam na cidade montanhosa para se curar da Tuberculose, uma epidemia que assolou o Brasil nas primeiras décadas do século XX.
É inevitável não comparar esse período com os últimos anos que vivemos.
O capítulo 13 foi marcante, talvez o ápice do romance, mas o que se segue depois é uma narrativa linear e floreada com um ritmo novelesco, o que talvez tenha embasada as adaptações para o cinema e Tv, inclusive, foi adaptado para o cinema, em 1954, e duas vezes para a televisão, em 1981 e 1991, além de ter sido contemplado, em 1940, com o Prêmio Antônio de Alcântara Machado, da Academia Paulista de Letras.

?Entre paixões, desavenças, perdas irreparáveis e alegrias singelas, as personagens refletem sobre amor, amizade, preconceito, luto, solidão, diferenças sociais e os costumes da época, em uma narrativa envolvente, marcada pela linguagem ao mesmo tempo poética e precisa de Dinah Silveira de Queiroz?.

Vale lembrar que Dinah é a autora de ?A Muralha?, romance também adaptado para TV em um formato de grande sucesso!

Leia mais mulheres nacionais, leia Dinah !

Está foi uma leitura conjunta do grupo #lendomulheresnacionais , com a mediação e curadoria do @pierrealmeidaba !

#floradasnaserra #dinahsilveiradequeiroz #clubedolivro
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Maria.Eduarda 10/12/2022

Floradas na Serra
Sempre quando leio livros de época, não livros que retratam uma época antiga mas sim livros que foram inscritos em um cotidiano de muito tempo atrás, me choca e me traz estranheza de como eram os pensamentos daquelas pessoas. Eu não me refiro somente ao machismo e/ou racismo, mas também as formas mais básicas de pensamento e ações. E esse livro é cheio disso, o que me causou um grande desconforto. Sem contar na perssonagem principal que é uma covarde emotiva demasiada chata. Apesar disso o livro traz umas reflexões importantes e necessárias. Tive uma relação de amor e ódio aqui.
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Renata 30/07/2012

Um pouco mais que bonito
Floradas na serra tem como linha de desenvolvimento a estadia de Elza, uma jovem moça, em idade de casar-se, que escondida de seu noivo e com apoio de sua família, viaja e permanece durante longa temporada em Campos do Jordão com o objetivo de tratar sua doença, de nome nunca pronunciado.

O livro explora a relação de Elza com as pessoas com que conviveu, relações essas coloridas de acordo com o estado de sua saúde, mostrando desde a solidão e despeito que sentiu quando chegou em Campos e se deparou com doentes em muito melhor estado do que ela, bem como o que sentiu quando provocou esses mesmos sentimentos em outras pessoas.

O livro ainda é precioso quando descreve os vários destinos daqueles milhares de pessoas que corriam para aquela região na busca de salvarem suas vidas. Aqueles que possuíam recursos ficavam em pousadas exclusivas para o tratamento, com todo o conforto, outros tinham que ficar nos sanatórios, dividindo enfermarias e outros ainda que nem disso podiam dispor dividiam a condição de miséria dos nativos mais pobres, que em troca de qualquer contribuição financeira expunham a saúde de toda a família ao receber tais hospedes. Todos buscavam salvar a própria vida.

Ainda é interessante notar a contraposição que a autora faz entre o deslumbre da paisagem natural e a condição de miséria, solidão e desespero que tais personagens chegavam.
Bom livro.
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Cristiane 28/10/2021

Floradas na Serra
Hoje temos a vacina contra a tuberculose e também temos os antibióticos. Mas no começo do século XX a tuberculose não tinha cura, era uma sentença de morte. Campos do Jordão era o refúgio e a última esperança daqueles que contraíram está doença. Neste livro encontraremos Elza, Belinha, Lucilia, Turquinha, Firmiana... Jovens mulheres que de uma forma ou de outra estão ligadas a esta doenças. Umas se curam e retornam outras não...
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Nina 13/11/2021

Nossa 'Montanha mágica'
Não tem como não traçar paralelos entre o clássico de Thomas Mann e este belo livro.

Mas embora ambos tratem do processo de formação de seus protagonistas e se passem em um ambiente destinado ao tratamento de tuberculosos, a dimensão do tempo e do mundo deixado para trás são tratados de forma muito diversa.

Graças a este movimento de resgate de clássicos nacionais esquecidos e republicação de grandes escritoras.
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Bianca.Drewnowski 22/08/2023

10/10
Soube da obra através do canal @tamarindobooks, não conhecia a autora e fiquei bastante contente em conhecer essa grande diva da literatura brasileira. O livro tem uma escrita leve e fluida, um grande contraste com a história trágica dos personagens. Gostei muito do livro, mas confesso que fiquei um pouco aborrecida com o final. Leiam!
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g i g i 26/11/2021

"Entraram. Fazendo roda, moças e rapazes risonhos marcavam a cadência, e alguém dançava. Doutor Celso rompeu o círculo. Uma nuvem cor-de-rosa passava e repassava num rodopio constante. A saia de gaze rosa adquiria vida, a vida de uma mariposa fascinada e revoluteante. Brilhando à luz intensa, coberto um segundo pelas mangas esvoaçantes e logo desnudado, o semblante de Belinha aparecia todo rosado, numa expressão mística ideal."
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thiagobailao 13/09/2023

Lindo e sensivel
Devo confessar que no começo senti certa dificuldade com a escrita, por vezes direta demais o que me fazia ter uma pequena confusão para entender qual personagem estava falando e o que de fato estava acontecendo, mas esse desconforto parece sumir a media que se lê. A história em si é ótima para entender um cenário histórico que se passa em uma cidade muito famosa hoje e visitada por turistas de vários lugares que é Campos do Jordão. Eu já estive lá algumas vezes e por este motivo fiquei tentando a entender um pouco mais sobre o passado de uma cidade que sempre mexe comigo e encontrei neste romance um retrato fiel dos meus sentimentos e sensações quando estou lá. Elza é uma personagem tão imatura, mas que em um curto prazo de um ano torna-se mudada e caminha para um amadurecimento maior. Ela não termina o livro totalmente madura mas dá indícios claros de que nada será como antes mas ainda assim bem diferente das ?suas? araucárias tão firmes e fortes. Como as flores recebidas por Flavio, que duram pouco mas são lindas, assim é essa história.
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Paulo 30/12/2023

Floradas do Coração
Aparentemente, uma característica dos livros escritos na língua portuguesa, é deixar um desfecho caprichado, restrito para as vinte últimas páginas. E nesse caso, não é diferente.
As floradas chegam junto com a cura de Elza, dando espaço para o novo. Há ali, o renascimento não só da natureza para mais um novo ciclo, e sim da personagem também.
O descompasso em que ela se encontra em comparação com os outros acaba incomodando a todos.
Mesmo querendo olhar para trás, como há de ser? Que descrição apurada dessa sensação curiosa. Quantas vezes isso já não me aconteceu, de participar de determinado círculo e agora aquilo não fazer mais sentido e ficar esse sentimento estranho de pertencer, mas não pertencer. De vergonha pelos deixados para trás, mas de desejo pelo novo.
Um livro aparentemente simples, mas carregado com um sentimento muito complexo e pouco explorado.
Gostei demais da conta.
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Danielle Bambace 25/11/2022

Leve e instigante
O livro é o início de tudo na obra de Dinah. É uma narrativa que envolve, humana e que traz à tona um tempo histórico muito instigante. É uma reflexão viva sobre doenças e relações e, ao mesmo tempo que é duro, traz enorme conforto e leveza.
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Lara 25/07/2020

(...)" Os amores aqui são assim todos...Duram pouco. Muitos porque começam perto da morte, muitos porque aquele que se cura esquece o outro que fica."

Ao que parece esse foi o primeiro romance da Dinah, o que rendeu preciosos prêmios. A história começa quando Elza chega de trem a Campos do Jordão para tentar conseguir estabelecer sua saúde e tratar sua tuberculose no clima mais ameno, em uma espécie de Vila repleta de sanatórios e pousadas para tratar tais pessoas. Conforme o livro avança nos deparamos c a morte inevitável de alguns personagens, o medo dos não infectados em contrair a doença, o preconceito advindo do temor em questão, o receio de retomar a vida dos que "descem" (se curam). O título do livro ao meu ver não se trata apenas da beleza advinda das flores do local, e sim uma apologia à primavera e sua natureza tão cheia de vida, Elza doente, teme sua morte e quer seu florescer urgentemente. Embora o ritmo seja lento (diferente do que li anteriormemte), adorei o livro e super recomendo!.
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Perdida_nas_Estrelas 28/04/2024

Eu diria que é perfeito.
Uma obra muito bem ambientada, com personagens congruentes e problemas reais.
Eu simplesmente amei a criatividade da autora para escolher o tema, aliás, um tema bem sensível, se pensarmos na época em que foi escrito e publicado. Hoje podemos nem lembrar que ainda exista a tuberculose, uma infecção quase erradicada, mas devemos sempre lembrarmos do que isso representava naquela época e quantas vidas foram interrompidas assim.
A escrita de Dinah é incrível, e se tem uma coisa que eu amo é descrição de paisagens e isso a autora é mestra! Amei, amei, amei, e quero ler outros romances da autora.
Em "Floradas na Serra" acompanhamos alguns personagens em tratamento da tuberculose, há amizades, pessoas rancorosas, paixões breves, e algumas despedidas. A vida dos pacientes em tratamento no seu refúgio, que é a cidade de Campos do Jordão, nos consome do início ao fim; apesar de Elza ser a personagem principal, conseguimos conhecer a vida de muitos outros também, sentimos cada partida e cada relacionamento de forma verdadeira.
Pelo enredo ser fluido, gostoso e pelas ações dos personagens serem plausíveis, também pelo fato da autora não ter medo das consequências eu reafirmo que Dinah foi genial.
Me senti estranha quando acabou, muito estranha, mas posso com certeza afirmar que foi um livro favoritado.
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