Cisnes selvagens

Cisnes selvagens Jung Chang




Resenhas - Cisnes selvagens


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Lista de Livros 23/12/2013

Um livro de uma dondoca escrito para outras dondocas
As partes deste livro que mostram as peculiaridades culturais dos múltiplos povos que compõem a China foram interessantes. Também teve relevo a exposição da desastrosa “Revolução cultural”, porém, a extrema piedade com que a autora se retrata o tempo todo incomoda demasiadamente. Por exemplo, ela conta com extrema comiseração de si mesma quando teve de pegar um trem muito lotado (fato cotidiano para boa parte do povo brasileiro), quando teve de se agachar (!) porque os soldados lutavam desesperadamente no barco em que ela estava etc. Cito algumas das inúmeras, inúmeras partes em que a imensa pena de si mesma reverbera:

“Os dois oficiais trouxeram-nos sacos de grandes maçãs maduras, raramente vistas em Chengdu, e punhados de confeitos de castanha, de que todas tínhamos ouvido falar como uma grande especialidade de Pequim. Para retribuir a bondade, fomos ao quarto deles e pegamos suas roupas sujas e as lavamos com grande entusiasmo. Lembro-me de que tive de lutar com os grandes uniformes cáqui, extremamente pesados e duros na água gelada.”

“Nossos oficiais da Força Aérea nos davam ordem-unida sem parar, nas quadras de basquete da Escola de teatro, todo dia. Ao lado das quadras ficava a cantina. Eu lançava olhares furtivos para lá assim que formávamos nas quadras, mesmo tendo acabado de tomar o café-da-manhã. Vivia obcecada por comida, embora não soubesse se isso se devia à ausência de carne, ao frio ou ao tédio da ordem-unida. Sonhava com a variedade da cozinha de Sichuan, pato novo pururuca, peixe agridoce, “frango bêbedo” e dezenas de outros suculentos pitéus.”

“Deram à minha família alguns aposentos no alto de uma casa de três andares, que tinha sido a redação de uma revista agora defunta. Não havia água encanada nem banheiro no último andar. Nós tínhamos de descer até mesmo para escovar os dentes, ou para jogar fora os restos de uma xícara de chá. Mas eu não ligava, porque a casa era muito elegante e eu vivia sedenta de coisas bonitas.”

Isso quando o texto não é incoerente por si próprio:
“Como havia pouca variação de indivíduo para indivíduo do mesmo sexo em termos de pontos diários, o número de pontos de trabalho acumulados dependia sobretudo de quantos dias alguém trabalhava, mais do que como trabalhava. Isso era um constante motivo de ressentimento entre os aldeões – além de ser um grande desestímulo à eficiência. Todo dia, os camponeses torciam os olhos para ver como os outros estavam trabalhando, para não serem explorados. Ninguém queria dar mais duro que os outros que ganhavam o mesmo número de pontos no trabalho. (...)
Eu não era muito popular na aldeia, embora os camponeses quase sempre me deixassem em paz. Desaprovavam-me por não trabalhar tanto quanto achavam que eu devia. O trabalho era toda a vida deles, e um critério importante pelo qual julgavam qualquer um. O olho deles para o trabalho aplicado era ao mesmo tempo intratável e justo, e era claro para eles que eu detestava o trabalho físico e aproveitava toda oportunidade de ficar em casa e ler meus livros.”


Certa vez li uma frase que dizia que a história de cada ser humano daria para escrever uma Bíblia. Parece que a autora comprou a ideia. A todo momento fica lambendo a própria ferida, a todo momento se retrata com uma cansativa autoindulgência, desconsiderando o que está ao redor e que a vida da imensa maioria das pessoas é dura e árdua.
Por exemplo, ela destaca como se fosse uma heroína a troca de tiros que presenciou. Claro que seria um momento difícil na vida de qualquer um. Porém, ela não consegue observar que situação mais difícil que a dela era a dos soldados que estavam efetivamente trocando tiros!
Ou, quando descreve a lembrança de décadas (!) por lavar uns uniformes com uma água que estava gelada (como ela sobreviveu a tanto!). Pode-se perguntar: como se sujou esse uniforme? Em atividade mais ou menos penosa do que ela fazia quando o lavava?
É evidente que tal tipo de questionamento nem passa pela cabeça da patricinha.
Ademais, claro, a propaganda anticomunista é massiva. Apenas para se dar uma mísera informação: quando Mao Tsé Tung e o partido comunista ascenderam ao poder na China, 850 milhões de chineses passavam fome diuturnamente. Hoje, a extrema pobreza foi eliminada da China, um dos maiores feitos da história da humanidade.
É claro que este tipo de informação você não encontrará no livro.

Em resumo, nem quero me ater ao discurso reacionário e eivado de inconsistências, nem é o que mais incomoda.
O pior é o fato de ser um livro escrito por uma dondoca para que outras dondocas possam lê-lo. Desaconselho decididamente a obra.

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2010/07/cisnes-selvagens-tres-filhas-da-china.html
Bela 06/01/2024minha estante
Excelente resenha! ?? muito bem explicada, bem feita e pertinente.




Saulo Cruz 13/06/2010

Isso não é uma resenha
O livro é um daqueles que não me esquecerei mais. Pq a realidade é muuuito mais rica do que qualquer ficção. Deixa 1984, Revolução dos Bichos e Admirável Mundo Novo no chinelo. Totalitarismo, ditadura... e a força de sobrevivência humana superando a tudo. Belíssimos depoimentos dessas três mulheres - avó, mãe e filha - sobre uma loucura institucionalizada que são esses imperadores da Manchúria, os malucos do Kuomitang e os robôs do Comunismo.

Me lembra Bukowski pq em meio a tanta dor e desgraça, há ainda a poesia da vida, o lado perseverante, que só a perspectiva do fundo do poço passa. Um vencedor não tem mérito se sua vida for uma sucessão de êxitos. Muito pelo contrário, os grandes espíritos humanos são aqueles que, contra tudo e contra todos, comendo o pão que o diabo amassou, prosseguem. E ainda vêem o encanto de viver.

Excelente livro.
Stefany.Vasconcelo 24/08/2022minha estante
Oi vc poderia me falar como ler os livros!




Roberta 10/06/2021

Chocada ?
Desconhecia o regime comunista/socialista de Mao Tse-tung. Fiquei abalada com as descrições do que as pessoas sofreram. Deus nos livre de um inferno desse na terra.
Aryana 10/06/2021minha estante
Já quero ler!


Roberta 10/06/2021minha estante
Você vai gostar. Fiz uma leitura coletiva e tive uma excelente aula sobre a China ??


Ivan 10/06/2021minha estante
Já coloquei na minha lista de leituras!


Roberta 10/06/2021minha estante
????????


Jeferson 11/06/2021minha estante
Bom dia. Interessante.!


Roberta 11/06/2021minha estante
Muito bom!


Michelle 01/07/2021minha estante
Comecei hoje e já estou gostando.


Pedro 12/04/2022minha estante
Mao Tsé-Tung instituiu o Grande Salto, um programa do governo comunista chinês que matou dezenas de milhões de pessoas. Nenhum país matou mais do que a China, Roberta. Aquele país é inimigo da humanidade.


Roberta 12/04/2022minha estante
Inacreditável, Pedro. Achei absurdo, chocante.


Pedro 12/04/2022minha estante
E ainda tem gente que defende essa desgraça de ideologia. Tem até partido comunista no Brasil. Deveria ser crime, assim como o nazismo.


Roberta 13/04/2022minha estante
Concordo, Pedro.


Jeferson 07/08/2022minha estante
Oie. Boa tarde. Do nada resolvi adicionar esse livro a minha listagem. E olhe quem apareceu: uma resenha sua. Bacana.!




Sandro 20/02/2020

Leitura densa, mas interessantíssima. É uma viagem microscópica na vida cotidiana chinesa no último século, mas acompanhada de uma descrição da estrutura política do país e de suas modificações ao longo desse período. Impressionante como a autora conseguiu recuperar tantos detalhes da vida familiar por várias gerações.
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Maiara.Alves 26/11/2021

Uma leitura dolorosa
"Cisnes Selvagens" é, acima de tudo, uma narrativa fascinante e um modelo de pesquisa histórica.

A autora, Jung Chang, chegou a pertencer à "Guarda Vermelha" enquanto seu pai, dirigente comunista, era levado à loucura pela Revolução Cultural. Com uma bolsa de estudos na Inglaterra, Jung Chang decidiu passar suas ideias a limpo, pesquisando a história de sua família como parte da história da própria China.

O "Grande Salto Para Frente" marcou o início da derrocada da família de Chang. Mao ordenou que todos começassem a produzir aço para acelerar o crescimento do país. No entanto, estava esquecendo que havia milhões de pessoas a serem alimentadas e que sem os campos a economia do país não andaria. O resultado foi uma fome generalizada, o que enfraqueceu o poder de Mao. A "Revolução Cultural" mergulharia a China em um caos que durou até, praticamente, a saída de Chang do país, em meados dos anos 60.

A Revolução Cultural foi uma tentativa de Mao de recuperar o poder que ele acreditava estar perdendo, já que não era ele quem de fato governava a China. Começou primeiro condenando intelectuais, pintores e escritores. Esta "Revolução" deu munição para que pessoas fossem denunciadas e condenadas com base em inimizades. Ressentimentos antigos fizeram com que autoridades do Partido fossem denunciadas, pois havia uma inveja muito grande de quem havia ascendido ali dentro. Mais do que isso, a brutalidade sem precedentes marcou esse evento. Chang conta que seus colegas prenderam professores suspeitos nas salas de aula, além de agredi-los. Todo mundo, de repente, era inimigo.

Muito mais do que nos revelar um lado desconhecido da China, a escrita de Jung Chang tem a função de curar o trauma e restaurar a memória.
Cisnes Selvagens é um livro que eu facilmente recomendaria a qualquer pessoa que deseja ter uma experiência visceral sobre memória e história. Você vai sair transformado dessa leitura, não só porque se deparará com uma China um pouco desconhecida, mas porque ela nos coloca frente a frente com a nossa própria existência.


Alê | @alexandrejjr 27/11/2021minha estante
Baita texto, Maiara! Parabéns!




Tatiana Brandão 25/05/2020

Uma aula de história
O livro se trata de uma autobiografia, onde a autora conta história de 3 gerações de mulheres da sua família, juntamente com a história da China nesse período. Uma verdadeira aula de história da China comunista!!!
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Reccanello 15/03/2022

Proibida na China, e mesmo assim sendo um best seller internacional, a obra é uma biografia de três gerações de mulheres chinesas no Século XX na China - a avó, a mãe, e a própria autora. Através de suas próprias vidas, a autora retrata a história político-militar da China, desde o casamento de sua avó com um guerreiro, passando pela experiência de sua mãe com a ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, e chegando às suas próprias experiências com as políticas comunistas de Mao Tsé Tung nos anos 1950 e 1960.
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Desde seus costumes ancestrais até as violentas reviravoltas comunistas, em poucas décadas a China passou por transformações radicais e amplas, como poucas vezes se viu na história da humanidade. Em meio ao turbilhão de horrores que foram os períodos do "feudalismo" chinês, da Segunda Guerra Mundial, da Grande Fome, da Revolução Cultural e do Grande Salto Adiante, e sem poupar o leitor de detalhes acerca das crueldades vividas, a autora nos mergulha em suas memórias familiares, relatando com todos os tons do drama épico a saga de sua família (e, por via indireta, do povo chinês) tentando sobreviver e preservar sua humanidade. Três mulheres fortes que representam muito bem a força do povo chinês! Um livro altamente recomendado para quem, além do que é ensinado nas faculdades de história, quer conhecer a China real e os horrores do comunismo.

site: https://www.instagram.com/p/CV6JVxWl2sM/
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Roberta Silva 23/01/2021

Cisnes selvagens
Nosso desconhecimento da China é tão vasto quanto as dimensões desse país, onde vive nada menos que um quarto da humanidade. Neste livro, Jung Chang resgata a saga de sua família, que reflete as turbulências da história chinesa recente. O relato retrocede ao início do século XX, quando sua avó é oferecida como concubina a um poderoso militar. Depois acompanha a história da mãe da autora, que viveu a ocupação japonesa na Manchúria, o governo do Kuomintang, a queda de Chang Kai-chek, a guerra civil e a vitória de Mao.

Mas, Cisnes Selvagens é, acima de tudo, uma narrativa fascinante e um modelo de pesquisa histórica. 

Por outro lado, a quantidade de detalhes, dados e nomes em mais de seiscentas páginas tornam a leitura um tanto difícil em alguns momentos. Um defeito a se perdoar pela grandiosidade da proposta.

Em um momento em que o extremismo anda tanto em voga, a leitura de Cisnes Selvagens: Três Filhas da China pode ser não apenas recomendável, mas obrigatória.
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Ângela 07/01/2009

Jung Chang conta a história de três gerações de mulheres de sua família, incluindo ela mesma. Uma biografia de leitura tão agradável quanto a de um romance.
Ao longo da narrativa somos apresentados à realidade que sua família viveu antes e durante o regime de Mao Tsé-Tung na China. Um livro sem censuras e sem a pretensão de contar a verdade absoluta sobre o governo Mao, apenas o ponto de vista da autora, como cidadã chinesa que viu tudo de perto.
Um ótimo livro e que deve ser lido, especialmente agora.
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Leonardo 08/03/2021

Em Cisnes Selvagens é narrada, de forma biográfica, a história de três mulheres de uma mesma família, a avó, a mãe e a filha (a autora Jung Chang), em um período histórico onde a China passa por grandes transformações e os chineses sofrem todo tipo de horror que a ganância e o desejo de poder podem proporcionar.
Nós pensamos que ao começarmos essa leitura ela será leve, julgando que o nosso conhecimento de história da china, que aprendemos na escola, tenha nos contado tudo exatamente e extremamente fiel ao que aconteceu e acontecia lá, mas não, nada nos prepara para o que iremos ler, e principalmente, sentirmos junto com as pessoas, se tivermos um mínimo de empatia.
Mao existiu, e sob o comando dele TODOS sofreram, até mesmo os que se julgavam em altos cargos e, portanto, inalcançáveis. Milhões de pessoas sofreram, milhões de pessoas passaram fome, milhões de pessoas morreram, foram espancadas, julgadas, torturadas física e psicologicamente, expostas sem terem feito nada, e Todos foram condicionados pelo medo!! Mas não pense que foi só ele, porque antes dele o horror também existia, só que com outras características. E somente agora, com o olhar de quem estava lá dentro vivenciando tudo, podemos saber o que realmente acontecia.
Parece até enredo de um livro de distopia, e com certeza seria um dos melhores, mas não é, infelizmente.
Apesar de pesada e triste é uma história bonita, onde aprendemos o valor da família, da força de vontade, da perseverança, da bondade, da justeza, dos amigos, do estudo, da ciência...
Com certeza um dos melhores livros que eu já li na minha vida. Para aprender que o horror existe e ele é, na maioria das vezes, causado pelo ser humano.
Recomendo, recomendo e recomendo!
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Thamara 24/08/2022

Muito bom
Conhecer uma nova cultura, a história de um pedaço do mundo é sempre algo emocionante e curioso... e muito complicado, porque sempre há lutas.
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- J 03/02/2020

Uma aula de história da China
Perpassando a época de Mao Tsé-tung no poder, esse livro conta a história de três gerações de mulheres na China do século XX.


Mesclando fatos históricos e outros mais íntimos de sua família, a autora Jung Chang certamente me cativou. Já quero ler outros de seus livros, como a biografia de Mao.


Além disso, ler sobre a história de um país que ainda mantém obscuras suas origens foi uma experiência bastante devastadora e que, só entrando em contato com tais obras, evitaremos de acontecer novamente.


Mesmo assim, muitas vezes o livro me pareceu comprido demais, e só por isso minha nota não foi total.


Enfim, cabe ressaltar, por último, que este não é um livro para pessoas muito sensíveis, pois aquelas que têm aversão a algumas estórias de ficção podem não conseguir ler esta, pois tudo no livro é real. E isso traz um peso a mais para os acontecimentos.
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Artax 21/05/2017

É fácil reclamar da vida quando a gente se vê numa situação difícil. É fácil praguejar, xingar, achar que tudo é injusto com você…Mas não é nada fácil levar um tapa na cara e ver que tem gente por aí que já passou por coisas que você sequer poderia imaginar que pudessem acontecer com uma pessoa.

Foi esse o sentimento que tomou conta de mim enquanto lia Cisnes Selvagens. Nele, Jung Chang, uma chinesa que hoje mora na Inglaterra, conta a história de três gerações da família: a dela, a da mãe, e a da avó. As três presenciaram grandes fatos históricos do país, desde a queda de Chang Kai-Chek, passando pelo Grande Salto Para Frente e pela Revolução Cultural. Como se tudo isso não fosse bastante, são mulheres, o que acrescentou uma dose a mais de sofrimento e dificuldade em suas vidas.

Apenas de ter tido uma vida relativamente fácil comparada ao restante das crianças do regime de Mao, Jung Chang sofreu emocionalmente e psicologicamente com o terrorismo de uma ditadura, que, entre outras tragédias, culminou com a loucura e morte de seu pai, fiel servidor de Mao e do regime. Nesse ponto, o livro consegue passar o clima de tensão e desconfiança que dominava a China, e não há como evitar se sentir afetado.

Há quem diga que o relato de Chang não é 100% fiel, sendo permeado por visões romantizadas, dando um toque ficcional ao livro. Se isso aconteceu, eu não me importei. Não duvido da veracidade dos fatos, nem me incomodou o tom dramático. É difícil falar da própria vida de forma impessoal e insensível, portanto incorrer a uma narração dramática é mais do que justificado. Talvez isso dê um tom muito maior de humanidade ao relato, aproximando o leitor mais do que se ela tivesse simplesmente elencado fatos históricos sem nenhuma carga sentimental atrelada a eles.

Não preciso dizer que Cisnes Selvagens choca, deprime e faz chorar. Mas é um tapa na cara necessário para que a gente possa, pelo menos por um momento, sair do nosso casulo de draminhas da vida moderna, e enxergar a contradição desse mundo, no qual ainda é possível encontrar relatos como esses.
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Duda 26/01/2022

Cisnes Selvagens
Meu deus depois de meses, eu finalmente terminei esse livro que com certeza virou um dos meus favoritos. O tanto que eu aprendi sobre a China?
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