Resenhas - Mrs. Dalloway

Aline.Marinho 28/01/2024

Certa vez, um professor meu de literatura comentou em sala de aula que as obras da Virginia Woolf eram um enorme devaneio. Depois de ter lido Mrs. Dalloway, eu sei que ele estava certo: em resumo, ao ler este livro, acompanhamos Clarissa, uma senhora inglesa de 50 anos, por um dia, o dia em que ela dará uma festa, por meio de uma narrativa em terceira pessoa, é por isso que conseguimos entrar na mente de vários personagens - não só de Clarissa -. O leitor precisa estar atento, pois o livro não tem capítulos e é através de uma leitura corrida que um personagem (e a mente dele) pode aparecer do nada. Me parece que esse jeito meio bagunçado do livro foi a maneira incrível que a Virginia encontrou para dar mais veracidade a essa loucura que encontramos no livro, enquanto eu lia, fiquei perdida muitas vezes. Por fim, com essa leitura, aprendi que nem todo dinheiro e todo casamento pode trazer felicidade, e que a vida é cheia de incertezas e inseguranças e loucuras. Mesmo quando se é um pouco mais adulto.

AnnaLetiiciia 28/01/2024

Decepcionante
O livro se passa em um único dia e a história é contada através do fluxo de consciência dos personagens, achei muito difícil de acompanhar e confuso.

Foi meu primeiro contato com a autora, tinha muitas expectativas, mas não funcionou para mim.

No começo estava até gostando, mas a escrita é muito maçante e os personagens são sem graça e chatos.

thami s2 26/01/2024

sobre a vida?
não há narrativa mais dinâmica que a de virginia woolf. a trama que tece as páginas é fluida através de várias ideias que compõem o íntimo de personagens. ansiedade entre linhas.

verô 24/01/2024

Mrs dalloway
Confesso que demorei a me apegar a essa narrativa, tive um pouco de dificuldade com o modelo de escrita fluxo de consciência usado por Woolf, porém a história fica mais permeável ao entendimento ao longo das páginas
a percepção de clarissa quanto aos verdadeiros sentimentos por sally
o luto de septimus
o comportamento das classes
acho que entrega exatamente o que é esperado com um bom fluxo afinal

Marco 24/01/2024

Chato chato chatoooo! A história é só futilidades, sem um tom crítico. O ponto de vista dos personagens muda toda hora e deixa o leitor confuso sobre quem está falando. O fluxo de ideias interrompe no meio da frase, o terror do tdah! Nossa, chato demaaaais? As subtramas do Septimus e da Mrs Kilman até que são interessantes, mas o drama da Clarissa e Peter não acontece nada! Fica ameaçando que algo vai acontecer, mas não. Sério, chatíssimo! A melhor parte foi quando terminei e fechei o livro. Nunca mais.

brunagat 23/01/2024

Tenho uma dificuldade assumida com livros escritos em fluxo de pensamento, sempre demoro muito pra terminar e muitas vezes acho confuso de acompanhar a narrativa, com Mrs Dalloway não foi diferente, pelo menos no início.

Comecei o livro ano passado, sem saber praticamente nada sobre, essa minha dificuldade bateu e eu larguei o livro no meio e fui ler outras coisas pra ver descansava um pouco a cabeça. Quando voltei pra ele já esse ano, entrei na história novamente com outra mentalidade que é o que pretendo sempre que for ler algum livro nesse estilo de novo: já saber do que se trata a história, entendendo previamente os pontos da narrativa e ler realmente acompanhando o pensamento do personagem não tentando ordenar a narrativa na minha cabeça. E funcionou super bem, acabei gostando bem mais do livro do que gostei no início.

Hemily 22/01/2024

?Mrs. Dalloway disse que ela mesma iria comprar as flores.?
? Lido em: 16/01 - 22/01

? Mrs. Dalloway narra um único dia da vida de Clarissa Dalloway, que percorre as ruas londrinas cuidando dos preparativos da festa que realizará na noite daquela quarta-feira. Em sua andança, cruzará com Septimud Warren Smith, um veterano da primeira guerra mundial cuja história passa a correr, dali em diante, em paralelo com a da protagonista.

? Este foi um livro extremamente difícil pra mim pois foi meu primeiro contato com esse tipo de narração onde é apenas um fluxo de consciência dos personagens. Ao qual eu achei muito confuso. Não consegui me conectar a história em momento nenhum e muito menos aos personagens.

? Quanto aos personagens, como mencionado acima não me apeguei a nenhum, nem mesmo a protagonista. Além disso, são muitos nomes que aparecem ao longo da história e é impossível identificar corretamente depois de um tempo sobre quem está se tratando tal momento. Apesar disso, acho que todos os personagens são bem desenvolvidos e com personalidades diferentes e marcantes.

? Por fim, eu achei a trama muito interessante porém na minha opinião seria melhor aproveitada se não tivesse esse modo de narração de fluxo de consciência, mas entendo que este é um clássico e um marco na literatura. Acho muito cansativo esse tipo de escrita e infelizmente não consegui me adaptar.

nini.francini 22/01/2024

Mrs. dalloway !
é um relato de um único dia na vida da protagonista Clarissa Dalloway, e é simplesmente arrebatador, a grandeza dos detalhes deixa o leitor preso - e lento, na sua leitura - e os devaneios tanto da protagonista quanto da mistura de realidades dos outros personagens, como o Peter ou o ex-combatente na guerra - e os seus problemas psicológicos - é muito bom. é um retrato daquela realidade e realmente é uma narração pessoal, porque tantas coisas acontecem em um único dia que daria um livro? quantos pensamentos? quantas lembranças?

demorei para pegar o ritmo da leitura, me lembrei um pouco da Clarice Lispector, mas é um livro que vale muito a pena!

amei!

molzi 22/01/2024

Fazia alguma diferença então, perguntou-se, caminhando em direção a Bond Street, fazia diferença se ela inevitavelmente iria deixar de existir por completo; mesmo com sua ausência, tudo isto vai continuar; era algo para se lamentar, ou havia consolo em ver na morte o fim de tudo? De algum modo, porém, nas ruas de Londres, em meio ao fluxo e refluxo das coisas, aqui, ali, ela sobreviveria, Peter sobreviveria, viveriam um no outro, ela fazendo parte, não tinha dúvida, das árvores em sua casa; daquela casa ali, tão feia, caindo aos pedaços como estava; sendo parte daqueles que jamais conhecera; estendendo-se como uma névoa por entre as pessoas mais próximas, que a alçavam em seus ramos tal como vira as árvores alçarem a névoa, porém muito mais dispersa, sua vida, ela mesma.

gigibonita 21/01/2024

Nossa um dos melhores livros que já li, fiquei maluquinha lendo. Em um único dia a história conecta duas pessoas e é muito intrigante como isso acontece.

Charlles2 21/01/2024

Junho de 1923
Nada de fato acontece, mas ao mesmo tempo TUDO acontece dentro cabeça de todos os personagens. Me apaixonei muito na escrita da Virginia Woolf, demorei pra me acostumar no início mas logo peguei o ritmo, após 5 páginas sua cabeça falta explodir!
Trouxe boas reflexões e ensinamentos.

Natan.Bruno 20/01/2024

A GENIALIDADE E A CONSTRUÇÃO EM VOLTA DA PERSPECTIVA DA REALIDADE
Não esperava muito por esse livro, assisti várias resenhas, e achei um enredo simples e personagens frívolos, mas no decorrer das páginas foi senti uma descarga de sentimentos, olhares, perspectivas das pesoas que no qual a autora nos apresenta, e isso é magnífico!
Clarissa Dalloway, uma mulher rica, velha e como mesmo cita não tendo muitas qualidades, sentimos toda sua história e pensamentos que tornam uma personagem aparentemente superficial profunda.
A melhor das narrativas é o Septimus, um sobrevivente da Grande Guerra (1º Guerra Mundial), que convive com traumas (esquizofrenia e depressão). Um grande constraste da riqueza e aristocracia que nos é apresentada na primeira história.
Vemos simplesmente que Virginia Woolf é capaz de decodificar, nos trazer a perspectiva individual, viver na flor da pele cada átimo de sentimento de cada pessoa, independete do ambiente cultural e externo. Simplesmente uma obra de arte!

anaftg 19/01/2024

Tinha expectativas altíssimas, mas fiquei decepcionada com a leitura. Personagens chatos por quem não consegui sentir nem um pouquinho de empatia, narração bastante confusa (e nunca tive problemas com outros livros escritos em fluxo de consciência) e, por último, a história simplesmente não é interessante.
Entendo a importância do livro, mas achei bem ruim

Michelli.Mezzon 19/01/2024

Não gostei?
Este foi o meu primeiro contato com a escrita da Virginia Woolf, e acabei não gostando.
Achei a escrita dela lenta, maçante e muuuito confusa, pois a história acontece em um dia só e ela usou técnicas inovadoras, como o discurso indireto livre (quando a voz do narrador e do personagem se misturam), que foi muito complicado de entender. Além disso, a obra traz o fluxo de consciência, que eu também acho complexo demais.
Enfim, essa é uma obra realmente incrível, inovadora e muito importante, mas que para mim não funcionou.

Eusoumariahellen 18/01/2024

O porquê este livro é um clássico, 5 estrelas e favoritado
Ler Virginia não é fácil. Esse não é o primeiro livro que li da autora, pois li ?Um teto todo seu? há alguns anos atrás. Não posso comparar as leituras, quando li ?Um teto todo seu? foi uma leitura conjunta em um grupo de pesquisa na Universidade. Isso muda tudo. Decidi que leria Mrs. Dalloway e me supreendi, apesar de precisar reler algumas vezes as mesmas páginas, foi uma experiência incrível. Sei que ler Clarice me ajudou bastante, me deu uma certa maturidade enquanto leitora para enfrentar este clássico. Mrs. Dalloway é um livro que utiliza muito o fluxo de consciência como um recurso da narrativa e as técnicas do discurso indireto livre faz com que a gente perpasse os acontecimentos e as reflexões dos personagens de maneira leve, com uma transição quase imperceptível. Acredito que a dor e a maravilha andam juntas, porque é exatamente isso que torna o livro difícil e confuso para muita gente, mas também brilhante para quem não desiste da leitura.
Ler clássicos sempre vale a pena, porque além do background de mundo que ele carrega consigo ? neste caso, os efeitos da Segunda Guerra Mundial na sociedade britânica ?, é possível ter inúmeras reflexões através do simbolismo por trás de cada elemento no texto. Começando pelo Big Ben, o famoso relógio Londrino que representa a tradição da cidade e o tempo cronológico da narrativa. Os personagens atrelados ao militarismo contam o lado pró guerra, já outros personagens representam o lado contra guerra mostrando seus efeitos catastróficos na parte física e mental de uma sociedade. Com Septimus vemos o quão mal uma pessoa que vivenciou uma guerra pode ficar mentalmente, destroçado, afinal ele perde a capacidade de sentir tudo quando perde o companheiro Evans. Com a tutora de Elizabeth, Doris Kilman, notamos que a guerra traz pobreza, fome, destruição.
O magnitude deste livro é tanta conseguimos passar horas discutindo a obra sobre os tópicos trazidos pelos personagens reconhecidos como secundários. Contudo, vamos pensar sobre a personagem que cunha o nome do livro Mrs. Dalloway ? ou como a personagem prefere Clarissa ?. Um símbolo do feminino, quando ela mesma decide que irá comprar as flores. Uma mulher fragilizada fisicamente pela gripe espanhola, mas mentalmente destroçada pela sociedade e o momento em que vivencia. Ela que organiza uma festa para tentar fugir dos males que a cerca: a alteridade por ser subjacente a seu marido, o saudosismo por lembrar dos caminhos que poderia ter escolhido ? Wash, Selton ?, a morte por rodear sua existência.
A morte é uma temática que se camufla em segundo plano, porém pode ser tratada como objeto palpável por Woolf em seu romance. A morte está na guerra; ela está no motivo que encoraja a repulsa do aspirante à poeta militar pela natureza humana; pela falta de sentido à vida.
Entre pensamentos e acontecimentos cotidianos é possível ter inúmeras reflexões e é por isso que este livro merece o título de clássico, cinco estrelas e favoritado.