Mrs. Dalloway

Mrs. Dalloway Virginia Woolf




Resenhas - Mrs. Dalloway


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Raquel.Furchinetti 09/10/2023

Suplício!
Sei que é uma obra famosa de uma autora badalada, mas para mim foi um suplício de leitura. Só não foi mais porque o livro não é tão longo. Entendo a questão da novidade do fluxo de consciência na época e de seu uso, mas tem gente demais, pensamentos demais. E parece perturbado demais como foi infelizmente a autora. Alguns pontos que valem a pena: são as discussões das reminiscências dos tempos de quando eles eram jovens versus o tempo quando mais velhos e o que houve em relação ao que se esperava em suas vidas. Também destaco a interessante do tempo pós-guerra e da aparição de novidades como carro e avião, o que para nós já é tão comum. Enfim, o livro vale pelo começo e pelo final. O meio é uma viagem bem chata de acompanhar.
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FlávinhaM 08/10/2023

Modernismo = oposição aos padrões e estética
Obra prima do Modernismo, Mrs Dalloway não agrada a todos.
A obra é bastante confusa, com mudanças de perspectivas difíceis de identificar e diálogos muitas vezes não marcados.
Embora tenha algumas boas reflexões, nada de muito importante acontece e o livro é bem entediante.
A versão de Mario Quintana é ainda mais confusa por aumentar o lirismo e usar palavras mais rebuscadas que o original em inglês.
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Marcos606 08/10/2023

Essencialmente sem enredo; a ação que existe ocorre principalmente na consciência dos personagens. O romance aborda a natureza do tempo na experiência pessoal por meio de múltiplas histórias entrelaçadas, particularmente a de Clarissa enquanto ela se prepara e organiza uma festa e a do veterano de guerra com problemas mentais, Septimus Warren Smith. Os dois personagens podem ser vistos como contrastes um para o outro.

Dalloway pode ser mais conhecida pelo uso que Woolf faz da narrativa do fluxo de consciência, que foi particularmente influenciada por Ulisses, de James Joyce. Muitos críticos acreditam que, ao escrever este romance, Woolf encontrou sua voz, que ela refinou ainda mais nos romances seguintes. Seu estilo foi uma reação ao estilo narrativo de grande parte da literatura popular vitoriana, que era linear e determinista. Woolf, como muitos outros autores modernistas que escreveram após a Primeira Guerra Mundial, sentiu que tal estilo não retratava verdadeiramente a vida como a bagunça desconexa que era. Ela baseou-se na compreensão do tempo e da psicologia de Joyce e Marcel Proust para desenvolver personagens redondos e dinâmicos que expressam de forma convincente a realidade de sua existência na página.

A doença mental é um tema comum nos romances de Woolf, e a Sra. Dalloway não é exceção. O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) não foi examinado de perto durante a época de Woolf; em vez disso, foi visto como um diagnóstico geral relativo a todo e qualquer efeito mental residual da guerra. Woolf, através de Septimus, força o leitor a se envolver em primeira mão com o choque de guerra e a lidar com os efeitos internos e externos que ele pode ter. Isso foi algo que poucos autores haviam feito antes. A própria Woolf lutou contra crises de doença mental ao longo de sua vida, e alguns acreditam que a personagem de Clarissa deveria ser autobiográfica.

As esferas sociais: Clarissa, mulher da alta sociedade, preocupa-se principalmente em dar uma boa festa – talvez como forma de afirmar a vida e afastar a morte. Quando a notícia da morte de Septimus é introduzida em seu grupo, ela fica irritada, pois isso pode desanimar o ânimo de todos. Ela às vezes parece estar preocupada apenas com a superfície das coisas, mas sua aparente desilusão com a realidade pode ser entendida como um mecanismo de enfrentamento. Clarissa tenta ignorar as realidades desconfortáveis ​​do seu entorno – os horrores residuais da Primeira Guerra Mundial e a sua própria doença mental implícita – e em vez disso envolve-se no nível superficial das regras e expectativas sociais. Septimus, por outro lado, representa o colapso dessa sociedade, incapaz de conviver com a ideia de confinamento, ele salta para a morte. Clarissa não enfrenta o mesmo tipo de confinamento, mas sua liberdade às vezes se mostra uma ilusão. Ela não comete suicídio corporal, mas, ao se proteger de realidades incômodas, comete suicídio emocional. Contudo, a identificação de Clarissa com Septimus no final do romance também implica que ela tem alguma consciência dos limites da sua liberdade. Também parece aliviá-la de sua desilusão, mesmo que apenas momentaneamente, ao elogiar Septimus por ter a coragem de escapar do confinamento que ela vê em sua própria vida, apesar de seus esforços para ignorá-lo.
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Liviacozy 07/10/2023

Peter Walsh, te entendo
É um livro que exige muita atenção e paciência de quem está lendo, pois tem uma estrutura narrativa diferente da convencional. O livro usa o recurso do fluxo de consciência, que consiste em acompanhar os pensamentos e sentimentos dos personagens, sem uma ordem lógica ou cronológica. Isso pode causar confusão e cansaço, mas também pode revelar aspectos profundos e sutis da psicologia humana.

Woolf explora temas como a vida, a morte, o tempo, a memória, a identidade, a sociedade e a guerra, através de uma linguagem poética e simbólica. Ela também desafia as convenções sociais e sexuais da época, ao retratar personagens que questionam seus papéis e suas escolhas.

O personagem Peter Walsh é um dos mais interessantes do livro, pois representa alguém que busca a liberdade e a aventura, mas também tem medo da solidão e da morte. Ele ainda ama Clarissa Dalloway, mas também a critica por ter se tornado uma mulher superficial e conformista. Ele é um homem inteligente e culto, mas também egocêntrico e inseguro. Ele é um personagem contraditório, assim como todos nós.

Em suma, não curti o livro inteiramente, e quase me deixou com ressaca literária, não tem capítulos então foi muito difícil pra mim no sentido de imergir na história, os detalhes são empregados aqui de uma forma MUITO irritante em alguns aspectos. Mas a história e os personagens são "Ok", por isso dou 3 estrelas.
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loloti 05/10/2023

Mrs.dalloway ?
Não tenho palavras pra descrever o tanto de sentimento que transbordou de mim a cada página que eu lia, é uma sensação única ler qualquer coisa escrita pela Virginia Woolf, nunca achei que conseguiria encontrar tanto de mim em um único livro, a leitura é densa minuciosa, precisa ser lida com cautela pra sentir, enfim minhas considerações finais são de que eu estou muito triste, irei chorar por pelo menos 3 dias seguidos, e estou genuinamente feliz por ter lido essa história, apenas leiam!!!
com amor,
hs.
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italyitgirl 05/10/2023

Pois bem?
Tardo, mas não falho! Demorei muito pra acabar de ler esse livro, deixei ele de canto por um tempo depois de terminar a escola, mas queria acabar ele antes do meu aniversário.

Muito bom. Realmente muito confuso, mas muito bonito, acho que nunca grifei tantas frases na vida ?
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Ditorory 05/10/2023

Pensando pensamentos
Na minha visão, o que a autora faz é interpretar sentimentos vividos e colocar no papel, e isso é esquisito porque da margem pra identificação do leitor, mas não uma identificação total, pois particularmente acho muito difícil descrever alguns sentimentos, as vezes sinto e ponto, isso basta. Mas ver esses sentimentos interpretados e escritos gera essa sensação de identificação e exposição, mesmo que não totalmente, pois os sentimentos são complexos e impossíveis de serem capturados em sua totalidade, e isso leva a uma reflexão muito profunda ao mesmo tempo em que torna os sentimentos um pouco mais inteligíveis. É um livro denso, cujo foco se encontra na introspecção dos personagens e, de certa forma, na introspecção de nós mesmos.
Acredito que por isso também as atitudes dos personagens pareçam tão voláteis, são seres complexos, representando pessoas reais, que são complexas.
Kevyn 05/10/2023minha estante
primeira vez que uma avaliação no skoob me faz colocar um livro na lista pra ler


Ditorory 05/10/2023minha estante
Fico muito feliz em ler isso!! É um livro denso, mas que com certeza vale a pena




Sara.Chagas 01/10/2023

Trouxe flores e várias reflexões!!!?
Troca de consciência constante. Esse livro tem várias camadas, me fez refletir sobre como a gente ver as pessoas e como elas realmente são dentro de si própria, por isso que a gente realmente nunca conhece ninguém de verdade. Além do livro trazer questões bem delicadas e sensíveis.
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Diana 29/09/2023

Virgínia Woolf mostra o ordinário e o fantástico do cotidiano em Mrs. Dalloway
O que é um dia comum? Acordar cedo, preparar um café, deixar as crianças na escola, dar um carinho no cachorro, ir trabalhar? Já pensou que, enquanto você pensa no almoço, alguém morre e outra pessoa ganha na loteria?

Em Mrs. Dalloway, Virgínia Woolf explora apenas um dia na vida de vários personagens, com seus pensamentos, seus sentimentos, suas observações aleatórias... Sua complexidade no extraordinário e no banal.

Usando o fluxo de consciência, linguagem experimental à época (1925), Woolf mostra como o cotidiano é rico em experiências tanto à personagem tida como fútil, representado pela própria Dalloway, à mais complexa, o veterano de guerra Septimus.

Na Inglaterra de 1920, Virgínia acompanha Clarissa e seus preparativos para uma festa que recepcionará ao fim do dia, e Septimus, um ex-combatente com sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. Os caminhos de ambos não se cruzam, mas estão ligados pelo contexto histórico, local e interações com outros londrinos.

É incrível que, ao mostrar um evento social de uma dama bem de vida, afeiçoada aos privilégios de sua posição na sociedade e com preocupações banais como a cor das flores da festa e as memórias do passado, a escritora apresenta os efeitos da guerra na Inglaterra. Mais ainda: o papel estabelecido às mulheres, a complexidade do envelhecer e de todas as decisões que fazemos na vida.

Septimus claramente voltou traumatizado da guerra, mas em uma época que havia poucas informações sobre o assunto, quanto mais tratamento adequado. Mesmo delirante, o veterano demonstra sobriedade e traz luz à violência e destruição deixada pela guerra, mesmo para os sobreviventes.

Mas não é preciso estar à beira do colapso para ter um dia comum completamente extraordinário. Passando pela mente das diversas personagens, sentimos a tensão no ar, o encanto e desencanto da realeza, a transformação social, as incertezas do futuro e a dolorosa consciência de que não há retorno ao passado. Tudo isso marcado pelas badaladas do relógio.

Não é um texto fácil a princípio. Como leitora, comecei desnorteada, literalmente seguindo o fluxo. Em um parágrafo, eu acompanhava Clarissa, no seguinte já ouvia o pensamento de uma criada, outro e estava em um devaneio de alguém, na sequência uma crítica social sobre como o almoço parece ‘magicamente’ à mesa dos abastados, que não se importam com o que está acontecendo na cozinha...

Mas, ao mesmo tempo que a leitura parece desafiadora no começo, simpatizo com a autora logo nas primeiras páginas, que já começam com devaneios típicos de uma mente em constante movimento. Eis que você está lendo este texto e, do nada, um pernilongo zunindo. Atenção desviada. Se livra do inseto. Retoma a leitura. Lembra que precisa regar as plantas. Não é assim a mente humana?

Indo um pouco além, como jornalista, penso nas inúmeras novelas que cada pessoa carrega. A vida é assim. Enquanto escrevo esse texto, alguém vela um familiar e outro comemora a compra de um carro. Ao mesmo tempo, surge uma grávida de Taubaté e um tsunami desmantela uma cidade que não conheço o nome. A vida não para.

site: https://www.topmidianews.com.br/algo-mais/top-literario-virginia-woolf-mostra-o-ordinario-e-o-fantastico-do/189518/
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Carolina335 29/09/2023

Não sei
Eu achei o livro muito chato e acho que o modo que ele é construído ajudou muito nisso, porém com o passar da leitura eu comecei a apreciar essa parte, o modo como a autora vai mudando as perspectivas, o pensamentos e os personagens apesar de confuso é muito interessante. eu gostei também de como a autora escreve sobre as situações e os sentimentos, é uma escrita bem bonita mas ainda assim o livro é muito chato.
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cinnamongir1 29/09/2023

Mrs. Dalloway
"Ela sentia uma estranha afinidade com pessoas às quais jamais dirigira a palavra, [...] Tudo aquilo desembocava em uma teoria transcendental que, dado o horror dela pela morte, permitia-lhe acreditar, ou afirmar que acreditava (a despeito de todo seu ceticismo), que, uma vez que nossas aparições, aquela parte de nós que se manifesta, são tão prontamente comparadas com outra parte nossa, com nossa parte invisível, que se estende de modo amplo, era bem possível que o invisível sobrevivesse, pudesse ser de algum modo recuperado no apego por essa ou aquela pessoa, ou mesmo assombrando certos lugares, após a morte. Talvez, talvez."

tenho a sensação de que jamais serei a mesma! existem livros que contam histórias e livros que mudam a sua - Virginia sempre que escreve faz isso comigo.

levei tempo com esse livro, sinto que é o tipo de leitura que faz preciso parar pra absorver e refletir sobre, reler páginas e parágrafos se necessário (e quando der vontade - porque vai)

histórias simples com uma profundidade secreta são as minhas favoritas, quando tudo se torna claro apenas com um olhar cuidadoso. Mrs. Dalloway é esse tipo de livro! é O livro!

emprestando do posfácio: ?Mrs. Dalloway fazia a maior impertinência que um livro é capaz de fazer: criava o alvo ao mesmo tempo em que cravava a flecha em seu centro. Por isso era difícil apreciar sua pontaria.?

O fluxo de consciência é elevado a outro nível, não tem como discordar, Virginia Woolf foi/é genial!

e Clarissa, agora, tão especial pra mim - é minha mais nova companhia de vida; (pra ser honesta até mesmo personagens que não me causaram tanta identificação vão ficar comigo de certa forma).

Leiam, só leiam. Se permitam, com paciência, mergulhar nessa história, garanto que vai valer a pena.

Favoritado ??.
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Bela 29/09/2023

Minha primeira leitura de Virginia Woolf
?Mrs Dalloway disse que ela mesma iria comprar as fores.?
Com essa primeira frase, a autora resume tudo que está por vir; e na última frase, resume tudo que lemos nas últimas 200 páginas. Não esperava pouco dessa leitura mas, mesmo assim, fiquei boquiaberta com a escrita excelente dessa história que é tão simples.
Tudo acontece em um dia só, no dia da festa que Mrs Dalloway organizou para receber em casa seus amigos e os amigos de seu marido. Mas como mágica, flutuamos em diferentes planos temporais e em diferentes pontos de vista. Mesmo com o narrador em terceira pessoa, invadimos os pensamentos de todos os personagens do livro.
Incrível como a Virginia coloca tanto de si nas personagens sem causar estranhamento; e incrível como dá para se identificar e criar empatia por todas.
Recomendo especialmente essa edição pela tradução impecável, com notas extremamente relevantes e didáticas além do prefácio e epílogo que amarram a história narrada com a relevância inegável desse livro.

Um de meus trechos favoritos:
?Ela era tudo aquilo. De modo que, para conhecê-la, ou quaisquer outros, seria preciso buscar as pessoas que os completavam; e até mesmo os lugares. Ela tinha estranhas afinidades com pessoas com quem jamais falara, uma mulher na rua, um homem atrás de um balcão -- até mesmo com árvores ou celeiros.?
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Lucas 29/09/2023

Eu não sei ler
Virginia pelo amor de deus de qual personagem vc ta descrevendo o pensamento agora me explique ????
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