Ética Prática

Ética Prática Peter Singer




Resenhas - Ética prática


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Felipe770 17/05/2021

Excelente livro sobre ética falando sobre assuntos sempre necessários, mas difíceis. Singer é cirúrgico na apresentação dos problemas éticos, que vão desde aborto, morte de animais até o meio ambiente e mudanças climáticas, conectando de maneira fácil mas completa com a filosofia subjacente. Singer traz para perto do leigo assuntos que tendem a ser complicados, e os faz ficarem mais simples.
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Thiago 05/02/2014

Minha visão sobre essa obra
Ética prática, do grandioso filosofo Australiano Peter Singer é um livro que pode ser considerado polêmico. Digo polêmico, pois resultou em alguns mal-entendidos em torno de suas posições e foi mal visto em algumas nações como Alemanha, Áustria e Suíça por alguns pensadores e organizações. Em suas palavras, Singer procura explicar-nos sua posição sobre a Ética aplicada em questões sociais como o aborto, experiências com embriões, eutanásia, obrigação de ajudar os outros, igualdade e discriminação de raça, estatuto moral dos animais, responsabilidade com o meio ambiente etc. Em uma de suas posições sobre a obrigação de ajudar os outros, em relação à pobreza absoluta, Singer é a favor que somos obrigados a ajudar os necessitados, pois se não o faríamos, estaríamos cometendo assassinato. Cometendo assassinato? Sim. Vejamos: Se poderíamos ajudar outras pessoas sem que sacrifiquemos nada de importante, seria moralmente errado em não o fazer. Infelizmente não é isso que ocorre em um mundo capitalista, em um mundo onde a economia é algo que tem maior importância, que esta a cima da pobreza extrema, e pior, a cima do meio ambiente que após a revolução industrial foi vista como um mero recurso de extração de matéria prima infinita (Infinita?). Com base em argumentos muito bem fundamentados, Singer nos mostra como a ética deve ser aplicada em cada um desses assuntos, ilustrando muitos exemplos e os comparando como seria na visão dos utilitarista(mas Singer é um utilitarista!).

- Thiago de Oliveira
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Stephanie 17/04/2021

Peter Singer e o biocentrismo mitigado
"Portanto, é impossível considerar os animais responsáveis pelo que fazem, ou concluir que, pelo fato de matarem, "merecem" ser tratados da mesma maneira."

"A ênfase na frugalidade e numa vida mais simples não significa que uma ética ambiental seja contrária ao prazer, mas sim que os prazeres que ela valoriza não provêm do consumo exagerado. Pelo contrário, eles provêm de calorosas relações pessoais e sexuais, do fato de se estar ao lado dos filhos e dos amigos, das conversas, dos esportes e das diversões que estejam em harmonia com o meio ambiente, em vez de causar-lhe danos; dos alimentos que não se baseiam na exploração de criaturas sencientes, nem resultam na destruição da terra; de todos os tipos de atividades e trabalhos criativos, e (com o devido cuidado de não danificar exatamente aquilo que se valoriza) da apreciação dos lugares ainda não arrasados deste mundo em que vivemos."
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Filino 08/11/2019

Polêmico
"Ética prática", de Peter Singer, é daqueles livros que inquietam o leitor. Não é possível passar incólume à sua argumentação, seja para defendê-la ou recusá-la, no todo ou em parte. Em seus doze capítulos, são tratados diversos temas, desde direitos dos animais ao porquê de se agir moralmente. Ainda que conectados, todos guardam relativa independência entre si. O autor escreve de modo claro e didático e, ao final da obra, há diversas referências bibliográficas relacionadas aos assuntos tratados em cada capítulo.

Apesar de escrever com rigor e elegância, aqui e ali o leitor parece se deparar com algumas informações um pouco exageradas. Logo no prefácio, uma vez estabelecido o "repúdio consciente de quaisquer pressupostos de que todos os membros de nossa espécie têm algum mérito específico ou valor inato que os coloque acima dos membros de outras espécies", pouco depois o autor conclui que, sem a aceitação desse pressuposto, seria "impossível" superar os males que os homens acarretam a animais não-humanos, além de reforçar o "dano imenso e irreparável" ao meio ambiente. Problemático.

O autor sustenta, com veemência, que contrariar aquele pressuposto é, pura e simplesmente, "especismo". E mais: "dar preferência à vida de um ser simplesmente porque ele é membro de nossa espécie é algo que nos colocaria na mesma posição dos racistas, que dão preferência aos que são membros de sua raça". Desenvolvendo esse argumento, pensemos na seguinte situação: por razões alheias à sua vontade e para assegurar a sua própria sobrevivência, um homem tem que optar pelo sacrifício de um garoto órfão (sem qualquer vínculo familiar) ou de um gato de rua. Pelo raciocínio do autor, quaisquer das opções seria igualmente justificável.

Outros temas tratados na obra são a eutanásia e o aborto. O autor estabelece, sem rodeios, que o aborto não seria errado nas hipóteses em que a vida daquele feto fosse "miserável" e sem qualquer perspectiva de melhora. E a eutanásia, pelos mesmos motivos, seria justificada. Mas é curioso observar que, no capítulo em que trata do aborto, Peter Singer ataca com argúcia não apenas os argumentos contra essa prática, mas também os que são a favor (os mais argumentos mais comuns e mais frágeis, segundo ele).

Ao tratar do porquê do agir moral, o autor traz a lume diversas reflexões: a filosofia kantiana, o comportamento dos psicopatas e por que pensar além do próprio "eu" e estabelecer um projeto de vida mais amplo pode ser mais gratificante. É um capítulo mais leve, comparado aos demais.

Ao final, um apêndice revela verdadeiras perseguições sofridas não apenas pelo autor e sua obra, mas também por aqueles que, de uma maneira ou outra, tentaram trazer esses temas para reflexão na Alemanha e na Áustria - já no final dos anos 80 e início dos 90. De acordo com Singer (ele mesmo um descendente de judeus vitimados na II Guerra Mundial), as lembranças e o temor do nazismo ainda são tão presentes que acabam ferindo de morte qualquer discussão acerca de temas mais espinhosos - a exemplo de eutanásia e possibilidade de aborto no caso de má-formação irremediável de fetos.

Reflexões instigantes e necessárias.
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vii oliveira 06/11/2022

Ética prática de Peter Singer
Esse livro faz parte da bibliografia essencial da cadeira de Ética do meu curso de Psicologia, e a leitura teve um papel muito importante para embasar um trabalho sobre tomadas de decisão nesse semestre.
Logo de cara, dando uma olhada no sumário, soube que seria uma leitura interessante. Peter Singer aborda assuntos polêmicos como especismo, aborto, desigualdade social...
Singer te abriga a pensar sobre o assunto e tomar uma posição crítica todas as vezes que trás um exemplo sobre o tema.
Gostei muito da leitura e super recomendo :)
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Luccal1 15/05/2023

Arrastado em algums topicos mas fora isso perfeito, fez eu me apaixonar por etica e em compreender melhor a necessidade do debate, do questionamento e da racionalização. Bem polêmico, contextualizado e não tem medo de explorar mesmo que os pontos em que ele chega sejam extremamente não explorados por convenções sociais.
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Gabriel 07/02/2019

Peguei o livro pois, além de ter curiosidade em ver o embasamento para o veganismo a partir da teoria da ética, queria entender mais a fundo sobre o que se trata essa disciplina, a qual não tive contato durante o mestrado em filosofia, o que, por sua vez já foi feito primorosamente em seu primeiro capítulo "Sobre a ética".
No segundo capítulo "A igualdade e as suas implicações" traz diversas teorias éticas, as quais, devido à falta de contato, foram uma memorável aula.
No capítulo 3, "Igualdade para os animais?", depois de toda a fundamentação dada nos capítulos anteriores, Singer linearmente e de forma muito fluida consegue continuar sua discussão abordando agora a questão dos animais não-humanos e comparando com as teorias já anteriormente mencionadas no livro.
No capítulo 4, "Qual é o mal de matar?" o autor, após a consideração sobre a morte intencional de animais feita no capítulo anterior, prepara o terreno para falar sobre a morte que serão mais detalhadamente abordadas nos capítulos seguintes "5. Tirar a vida: os animais" e novamente, após dar seu embasamento faz o caminho para a questão dos humanos no sexto capítulo "Tirar a vida: o embrião e o feto" onde aborda uma das questões éticas mais polêmicas da atualidade.
Tanto quanto o capítulo anterior, conforme é relatado através da experiência de Singer na Alemanha, o sétimo capítulo "Tirar a vida: os seres humanos" é outro que causou muitos problemas para o autor ao abordar questões consideradas como tabus como a eutanásia, mas que traz casos ilustrativos que gritam a necessidade dadiscussão de tais temas.
No capítulo 8 "Ricos e pobres", é retomada a questão sobre igualdade anteriormente abordada e utilizada deforma ainda mais ilustrativa, com ótimos exemplos práticos e entra-se na questão da desigualdade econômica, chegando à questão da classe considerada a que mais sofre com as desigualdades, "Os refugiados" que serão abordados no capítulo 9.
No décimo capítulo "O Ambiente", Peter Singer fala finalmente sobre um dos assuntos do livro que eu mais estava esperando, sobre a ética ambiental, e tira uma dúvida de algum tempo: a ética ambiental é de fato uma ética criada pelos humanos e que nunca será neutra por servir aos seus criadores, sendo então sempre uma ética antropocêntrica. Por mais que apareçam movimentos ecologistas, ecologistas profundos e outros, sempre a ótica utilizada será a partir do homem, sendo então necessária a mudança de perspectiva.
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