How to be a woman

How to be a woman Caitlin Moran




Resenhas - How to be a woman


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Rafa 19/01/2015

Arrastando as Alpargatas
Fico até com vergonha de dizer, mas até ler esse livro, não me considerava uma feminista. Apesar de acreditar nos "valores feministas" sempre achei o papo meio tenso, não me interessava muito, ia deixando pra lá. Ele fez eu me reconhecer feminista e buscar mais leituras sobre o assunto.

É um livro leve, divertido e me fez pensar muito. É um livro que propõe tirar o feminismo da academia e trazer para o dia-a-dia. Até porque, creio, que no estágio em que estamos, direitos iguais seja uma bandeira levantada por todos. Ou será que existe alguém ainda que gostaria de ser discriminado? Rotulado? Ganhar menos pelo mesmo trabalho? Quero crer que todos queiramos direitos iguais, seja entre homens e mulheres ou no que se trata de minorias, somos todos humanos, devemos ser todos iguais, seja o sexo, cor, raça, sexualidade, religião ou partido político, enfim...

Aqui ela fala, através de suas próprias memórias de temas "menores", porém tão importantes temas de reflexão que se agigantaram com a leitura. A autora trata desde paixonites de infância, menstruação, aborto, depilações "à brasileira", pornografia, até vocabulário.

Então, ela vai contando a sua vida e as primeiras vezes em que percebeu que ser mulher era diferente de ser homem. De como o papel da mulher passou de mamãe, dona de casa a pornô superstar. Mulheres não são incubadoras de bebês, mas também não são dominatrix(es?) sexualizadas. Ela fala de ser gorda, das "solteironas" e fala também sobre as acusações de que feministas são mulheres mal comidas, que não depilam as axilas e detestam homens. A questão não é essa, a questão que o feminismo propõe é que, mesmo reunindo essas características num único ser feminino, não importa, todos deveríamos ter a liberdade de ser quem somos, independentemente de rótulos.

Um tema que foi um grande 'abridor' de olhos para mim, foi quando a autora trata da pornografia - abre uma pausa para diferenciar pornografia de indústria pornográfica, enquanto a pornografia é a sexualização crua dos comportamentos, a indústria pornográfica investe em criar desejo, erotismo, sensualizar as relações. Acho que esse, talvez, seja um problema que atinge as mulheres mais diretamente. Com a Internet, a exposição de fotos íntimas para o público, a sexualização da mulher (preciso falar dos comerciais de cerveja?). A autora discute até o vocabulário utilizado, porque tetas é no pornô, o que nós ostentamos são seios, o que um médico examina são seios.

Fiquei tão envolvida com a leitura, anotei várias sugestões de leitura ao longo do livro. Agora, sem vergonha, virei feminista de carteirinha. Eu li no inglês, porém, existe a tradução desse livro, com uma capa linda! Vale a leitura, para mulheres ou homens, para quem estiver interessado em se libertar de rótulos.


site: http://www.arrastandoasalpargatas.com
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