Fabi_Colaco 21/08/2022
DOCE VINGANÇA
Em Doce Vingança, a autora descreve de forma detalhada a cultura e a religião no Oriente Média, especialmente o modo de vida fútil e submisso das mulheres da alta sociedade, mas vale lembrar que a história acontece na década de 70 e 80, talvez a realidade atual talvez seja diferente da descrita no livro. Nessa história vamos conhecer Adrianne, uma linda e elegante princesa que foi uma criança no país muçulmano Jaquir. Ela cresceu sentido o desprezo de seu pai e também testemunhando a crueldade com que ele tratava sua mãe - uma lendária estrela de cinema norte americano, que se apaixonou pelo Rei de Jaquir que era o xeique dos xeiques, casou-se com ele e mudou-se para o país dele, mas o fato de só ter dado uma filha mulher ao rei, criou nele um grande ódio e por isso ele passou a maltrata-la. Quando Adrianne era uma pré-adolescente, a mãe conseguiu fugir com ela para os Estados Unidos e alguns anos depois, quando Adrianne já era uma adulta munida por um forte sentimento de vingança contra seu pai, pois acreditava que ele era o responsável por todo o sofrimento de sua mãe, o qual à levou as drogas, demência e suicídio.
Para realizar sua vingança, Adrianne organizou um plano que envolvia roubar de seu pai um famoso colar, conhecido como O Sol e a Lua, de valor inestimável porque fazia parte da história da família de seu pai. No decorrer da história surge Philip Chamberlain em sua vida, um ex bandido especializado em roubos de joias caras, mas que fez um acordo de imunidade com a Interpool em troca de ajudá-los a capturar outros ladrões de difícil acesso. Ele logo descobre a real ocupação de Adrianne, por traz de uma fachada de princesa rica que vive de festa em festa, organizando eventos de caridade entre pessoas da mais alta elite. A parte mais difícil para ele entender, foi o real motivo que à levava a uma vida dupla, criminosa e oculta e no processo de descobrir as respostas que ele buscava, ele vai acabar se apaixonando por ela, que era a pessoa mais almejada pela Interpool e consequentemente alguns problemas complicados surgiram dessa relação.
A história me deixou pensativa em algumas questões como, até onde vale a pena fomentar o ódio contra aquele que lhe causou tanto mal? E era ódio realmente? Ou uma necessidade desesperada de ser amada? Até onde a máxima de ?o fim justifica os meios? é verdadeira? Qual o sabor da vingança? Doce, amarga ou simplesmente, insípida?
Esse foi meu primeiro contato com a autora: gostei muito da narrativa, achei a história bem envolvente e não senti as 472 páginas passarem. Mas não foi uma história impactante, a ponto de consagrá-la entre meus autores prediletos, mas é uma leitura bem gostosa que vale a pena para se distrair e principalmente para quem está tentando ganhar o hábito da leitura.