Thayná 05/06/2013Então isso é New Adult?A resenha completa você encontra aqui: http://whosthanny.com/easy-tammara-we...
Realmente fácil. Fácil de gostar, fácil de apaixonar, fácil de abraçar um travesseiro e dizer pra ele que tudo ficará bem nessa vida. Eu definitivamente não estava esperando isso.
Quando Jacqueline Wallace segue seu namorado de ensino médio até a faculdade, ela acha estar fazendo a melhor escolha. Ela, afinal, era Jackie de seu Kennedy, assim como o ex-presidente – ao qual seu namorado aparentemente idolatra.
O que ela não podia prever era que, após o início das aulas, ele iria querer algo totalmente diferente ao sufocante relacionamento de adolescentes deles: Kennedy queria “galinhar por aí”.
Jacqueline agora está sozinha: em outro estado, longe dos pais, sem namorado e sem amigos – já que em seu círculo social incluíam-se os amigos de fraternidade de seu namorado. Ela só pode contar com Erin, sua amiga de dormitório.
Após voltar sozinha de uma festa na fraternidade de sua amiga em uma noite, ela é abordada inesperadamente pelo melhor amigo do namorado de Erin. Buck, o educado e simpático rapaz que sempre a cumprimenta nos corredores da universidade a ataca e tenta estuprá-la. Seus planos seriam bem-sucedidos se um rapaz ao qual Jacqueline nunca havia notado, não tivesse aparecido para salvá-la. Agora ela precisa lidar não só com a dor de quase ter sido brutalmente agredida, mas também com o misterioso rapaz que lança olhares penetrantes a ela em suas aulas de economia e com Buck, o covarde que ainda está à solta.
Definitivamente não esperava gostar o tanto quanto gostei. Na verdade, não esperava devorá-lo em tão pouco tempo. Estou passando por uma safra com livros tão ruins, que ler algo assim, que me fez querer mais, deu até um alívio. A escrita da Tammara é super leve e jovial, então você vê as coisas fluindo com naturalidade. Apesar do tema ser bem pesado, a abordagem é simples e direta.
E é lindo de ver como os personagens evoluem, a cada capítulo. A Jackie que você conhece ao começar a ler é muito diferente da Jacqueline que termina o livro. Ela enfrenta seus demônios, mesmo com medo de fracassar. Ela luta pelo que quer, mesmo tendo desperdiçado seu tempo seguindo o namorado na faculdade.
As for being somewhere you're not supposed to be--Maybe you're here for a reason, or there is no reason.
Esse novo gênero literário, o New Adult, que ainda estamos nos acostumando, é o encaixe perfeito pra quem não se identifica mais com romances Young adult e que ainda não está no momento para ler algo mais sério. Livros como este, Belo Desastre e a série da Sociedade Secreta mostram que podemos ver essa fase problemática da vida (ser ou não ser, eis a questão!) menos dolorida.
Então você lida não só com temas mais "adultos", como universidades, mil empregos nas horas vagas, além de estágio e tutoria, lida com o relacionamentos mais abertos e há a abordagem sexual, sim senhor, sem ser vulgar. E é claro que você lida com romance. Claro.
Lucas é o tal rapaz misterioso. Além dos olhos cinza-azulados mais penetrantes que Jacqueline já viu, ele tem a postura do bad boy material: o cabelo despreocupadamente bagunçado, as roupas pretas, largadas, o fantasma de um meio-sorriso brincando nos lábios, as tatuagens que cobrem boa parte de seu corpo. E até a Harvey preta está lá. Quer melhor?
Mas é claro, também, que a pesar de externar alguém super carrancudo e problemático, Lucas vai ser totalmente o oposto de sua aparência. Com um trauma de infância e um relacionamento complicado com o pai, ele não deixa ninguém se aproximar. Nem mesmo a doce Jacqueline, a quem um laço foi traçado desde o momento em que se conheceram.
Love is not the absence of logic
but logic examined and recalculated
heated and curved to fit
inside the contours of the heart.
Já chega de elogiar esse livro, né? Apesar das mil e uma qualidades, alguns pontos ficaram soltos, mas se eu falasse alguma coisa seria spoiler. O vilão da história me irritou bastante ao longo da leitura. Em alguns momentos ele não havia motivo algum pra atacar Jacqueline, e mesmo assim o fazia. Mas eu não sou esse cara transtornado com distúrbios, então não posso julgar.