O Existêncialismo é um Humanismo

O Existêncialismo é um Humanismo Jean-Paul Sartre




Resenhas - O existencialismo é um humanismo


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Allisson PSM 25/05/2014

Não se engane pelo numero de páginas. O conteúdo desse livro é simplesmente: Puta Que Pariu!!
Tenho a certeza que ao terminar esse livro você irá imaginar coisas, associar teorias, criar hipóteses acima disso, enfim, enxergará tudo de outro modo. Leia-o.

rafaelluz 28/03/2015minha estante
O final é impressionante, A discussao dos dois filosofos. Gostaria de pode ter visto ao vivo. Enxurrada de ideias!




vick 12/04/2023

Não se engane pela quantidade de páginas...
"Existencialismo é um humanismo" é um resultado de uma conferência ministrada em París em 1945 por Jean-Paul Sartre e posteriormente publicado como livro no ano de 1946. Escrito no pós-Segunda Guerra Mundial, esse livro é uma forma de resposta aos que afirmavam que sua filosofia era pessimista. Sartre afirmava que o ser humano é condenado a ser livre, para ele a existência precede a essência, o que quer dizer que o ser humano se constrói enquanto age no mundo, colocando assim o ser humano como o responsável por criar sua própria razão de existência, assim sendo responsável por suas próprias ações e pelo rumo que se constrói a partir delas.
Pode-se resumir este livro em uma pequena frase: "Portanto, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, pois ela engaja a humanidade inteira." assim podemos entender que devemos sempre considerar as implicações que nossas ações têm para outras pessoas e para o mundo em que vivemos, pois somos todos responsáveis pela construção e manutenção da sociedade.
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Felipe.Souza 04/02/2024

"O Existencialismo é um Humanismo" é uma obra significativa de Jean-Paul Sartre, publicada baseada em uma conferência que ele deu em 1945. Neste trabalho, Sartre defende o existencialismo contra diversas críticas comuns, explicando e reafirmando seus principais princípios. Ele argumenta que a essência do existencialismo está na ideia de que "a existência precede a essência". Isso significa que, para os seres humanos, não existe uma natureza humana predeterminada ou um propósito universal; em vez disso, cada indivíduo cria sua própria essência através de suas ações e escolhas.

Sartre enfatiza a liberdade e a responsabilidade individuais como componentes fundamentais do existencialismo. Ele argumenta que, uma vez que não há Deus ou qualquer outro criador para determinar nossas vidas, somos inteiramente livres e, consequentemente, inteiramente responsáveis por nossas ações, sem desculpas. Esta liberdade radical é, ao mesmo tempo, uma fonte de profunda angústia, pois nos confronta com a imensidão de nossa responsabilidade perante nós mesmos e perante os outros.

A obra também discute o conceito de má-fé, que é o ato de enganar a si mesmo para evitar enfrentar a angústia associada à liberdade e responsabilidade absolutas. Além disso, Sartre aborda a importância da ação e do compromisso, argumentando que só através da ação podemos dar sentido à nossa existência.

Por fim, "O Existencialismo é um Humanismo" é um apelo à aceitação da liberdade e da responsabilidade que vêm com a condição humana, e um rechaço às noções de que estamos presos a uma essência ou destino predeterminados. Ele defende um otimismo cauteloso, sugerindo que, apesar da angústia inerente à condição humana, temos a capacidade de criar vidas significativas e autênticas por meio de nossas escolhas e ações.
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Paulo Silas 09/09/2014

Um livro curto, porém, profundo.
Trata-se de uma exposição de Sartre numa Conferência em Paris, no ano de 1945, na qual rebateu várias críticas que o existencialismo vinha recebendo, esta que foi estenografada e deu origem ao livro.

De forma categórica, denso e ao mesmo tempo simplista, numa linguagem acessível, Sartre explanou sobre sua filosofia, defendendo-a.
Sofrendo com críticas ferrenhas dos Marxistas, que taxavam o existencialismo de subjetivista ao extremo, bem como dos religiosos, que punham tal filosofia como uma problemática para a questão da moral, o filósofo explicou de forma brilhante os conceitos de angústia, desamparo e sobre a questão da existência preceder à essência.

Na questão da angústia, conceito que remonta à Kierkegaard, Sartre explicitou as diversas escolhas que possui o homem quando do trilhar de seu caminho. Para cada escolha, um ato diferente, um rumo a ser tomado, o que gerará consequências diversas que dependerão da conduta tomada. Para ilustrar, Sartre narra a história de uma aluno seu que lhe indagou sobre a atitude que deveria por este ser tomada: ficar em casa para cuidar da mãe enferma ou partir de modo patriótico para a guerra? O que deveria ser colocado na balança para se tomar uma decisão mais correta? É neste ponto que entra a questão da moral, cuja resposta pré-concebida, como ocorreria na religião (e mesmo assim discutível), é combatida por Sartre. Não há uma resposta adequada. Não há um caminho que seria o mais correto, mais justo, ou mais compreensível. As possibilidades sobre o que deve ser entendido como certo dependem unicamente a quem compete a escolha, e tão somente. É o próprio ser que molda o seu trajeto. Daí a angústia presente, gerada por situações do tipo.

Ao explicar sobre o conceito do desamparo, Sartre evidencia que o homem deve se compreender como ele por ele mesmo. Não há verdade absoluta sobre o que deve ou não deve ser feito dentro deste conceito. Não há uma verdade maior ou um ser supremo que delimite tais questões. Daí o desamparo, que vem quando o homem se dá conta de tal questão, a saber, é ele por ele mesmo.

Assim, o existencialismo arremata quando preceitua que a existência precede à essência. As escolhas e os objetivos partem do próprio ser. Não há uma definição pré-concebida que se estabelece num momento anterior à existência do homem. Primeiro ele existe, e, somente depois, molda a sua essência.
É numa síntese bem simplista (diz-se da linguagem utilizada) que Sartre define o seu existencialismo e combate as críticas que lhe foram feitas, defendendo ainda a necessidade de "descomplicar" a conceituação que tende a ser complicada para fins de explanações do tipo, seja para o público leigo, seja para alcançar alguém que por algum motivo não consegue entender a questão proposta, e é justamente o que Sartre faz nesta Conferência transposta para o livro.

Quanto ao título da obra, Sartre defende que o existencialismo é um humanismo, mas não o humanismo clássico do renascentismo ou do iluminismo, mas um outro tipo de humanismo, aquele que não coloca o homem no patamar sobre todas as demais coisas, aquele que reconhece a figura do homem como ser existente, com suas angústias e objetivando o percurso de seu trajeto, enfim, aquele humanismo no qual o homem possui a sua ponderada importância, assim como no existencialismo.

Ao final da obra, há ainda o registro das perguntas (em tons críticos) realizadas ao conferencista filósofo, o qual responde às mesmas com elegante maestria.

Recomendo!
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Bruna 23/02/2020

Recomendo a leitura
A obra é resultado de uma conferência de Sartre, que tinha por objetivo tornar claro os preceitos existencialista e se defender de críticas recebidas naquele contexto, que até hoje se perpetuam de algum modo.
Para quem está interessado em uma leitura rápida (mas não necessariamente fácil) e esclarecedora sobre o existencialismo Sartreano, essa é uma excelente obra.
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Gabinas 26/03/2020

Uma introdução
Uma introdução ao pensamento de Sartre e ao existencialismo. Interessante como o autor responde às contestações que são feitas ao longo da obra à sua teoria existencialista.
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Ana 28/10/2022

Escolhendo-me, escolho o homem.
Esse texto é uma conferência transcrita que Sartre fez em Paris em 1945. E foi publicada em 1946. Então, não é um livro. Acho importante ressaltar o contexto histórico. A segunda guerra mundial tinha acabado recentemente e Paris tinha se livrado dos nazistas e a Europa e o mundo estavam abismados com os horrores do holocausto e da perversidade humana. Nesse clima surge o existencialismo, uma corrente filosófica que coloca o homem como protagonista de sua história. Mas tbm sofre diversas críticas principalmente dos comunistas. Que estavam em ascenção e dos católicos. Sartre fez essa conferência exatamente para defender o existencialismo das críticas feitas principalmente por esses grupos.
Portanto, essa conferência intitulada O existencialismo é um humanismo é uma apologia ao existencialismo. Aqui Sartre explica de forma didática alguns conceitos fundamentais para entender sua filosofia.
Essas críticas se resumem em: incitar o imobilismo, acreditar que os caminhos estão vedados, que a Ação é impossível, enfatizar a degradação humana, negligenciar o lado bom do ser humano e a solidariedade humana, considerar que o ser humano vive isolado.
Sartre responde a todas essas críticas. Começa dizendo que o existencialismo parte da pura subjetividade. Ele quer dizer com isso que diferente dos outros seres, no caso da humanidade, a existência precede a essência. Nós primeiro existimos para depois sermos. Vamos nos construindo a medida que escolhemos os caminhos que trilhamos. Isso é interessante porque até então acreditava se numa essência de homem. Numa natureza. Num destino pré estabelecido. E até num plano divino. Sartre chega e fala que não. Se esconder por trás de uma desculpa ou culpar qualquer tipo de determinismo é o que ele chama de má fé.
Ele diz que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não tem como não escolher. E porque é jogado no mundo a sua própria sorte. Mas essa liberdade não é fazer tudo o que se quer. Ela tem consequências e disso não é possível escapar. E eu só posso ser livre na medida que os outros o são tbm. Então minha liberdade passa pela liberdade dos outros. Ao escolher um determinado caminho. Ajudo a humanidade a seguir esse caminho tbm. E isso é uma grande responsabilidade que desencadeia em angústia. Tbm não existe um código moral a ser seguido, não existem regras para seguir porque deus não existe, dessa forma tenho liberdade para escolher. E essa ausência de um manual ético provoca desamparo. E a contingência das ações, da vida e do mundo causa desespero. Pode parecer pessimista mas o que Sartre defende aqui é que é muito otimista porque coloca o homem como construtor da sua vida. Se eu sedimento meu caminho e ao sedimentar meu caminho, sedimento o caminho da humanidade. Eu posso escolher o melhor caminho. Texto acessível e interessantíssimo....
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Yuririn 23/01/2021

Achei a defesa de Sartre sobre as acusações feitas ao existencialismo e suas explicações acerca da tese muito boas e lógicas. Seus exemplos e sua ênfase em ideias que estavam sendo acusadas erroneamente, segundo ele, deixaram a leitura bem clara e sem muita margem para interpretações equivocadas sobre o que ele escreve neste livro. Além disso, a diferenciação que ele revela sobre os tipos de existencialismo e as interpretações do humanismo para cada um me foi essencial para compreender melhor a obra.
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dos Santos 18/02/2024

A existência precede a essência
Li esta obra em detrimento de outra, propriamente a Aparição, de Vergílio Ferreira, livro onde muito se fala sobre a "busca permanente do eu", precisava saber mais sobre isso antes de continuar a minha leitura.

O existencialismo é um humanismo foi o nome dado a uma conferência ministrada por Jean Paul Sartre, um dos principais nomes dessa corrente filosófica.


Aqui Sartre rebate algumas críticas as quais o existencialismo é alvo, tanto por parte de cristãos como por parte dos marxistas.

A filosofia existencialista difere bastante de outras filosofias, na medida que é antropocêntrica, se podemos assim dizer, nunca uma filosofia deu tanta ênfase ao homem quanto o existencialismo. Ela assenta sobre alguns princípios:

1- Valorização do Homem : A existência precede a essência, Sartre afirma que o homem é o único ser no qual a existência precede a essência, aqueles seres que a essência precede a existência não existem, eles são, porque são completos(Ex: Deus), já o homem nunca é completo, não é uma meta.

2- Existir é escolher: Tudo na vida é uma escolha, até não escolher é uma escolha, tudo depende da natureza da escolha. Sartre afirma que quando escolhemos a nós mesmos estaremos automaticamente a escolher o ser humano, as nossas acções refletem directamente na sociedade.

Ainda tem outros aspectos, deixo de bandeja aos leitores.
Para quem procura estudar o existencialismo, esse pequeno manual servirá como base sólida para compreender a complexidade existencialista.
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Jhordan 28/03/2022

Bom pra iniciar os estudos existencialistas modernos
O livro tem uma pegada muito boa pro pessoal que ta iniciando querendo entender a filosofia existencialista e tals numa limguagem boa pra entender algumas partes pode ser meio confusa por conta de algumas passagens ou palavras enfim a gente compreende logo numa boa leitura enfim isso é uma escolha que fez em consequência de outra escolha sendo essa uma escolha que já escolheu ?jajajajajajaj
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Laryssa 28/03/2023

Um dos melhores livros que já li. É rápido, mas requer um pouco de foco, pois é um pouco difícil de compreender. Não ler com presa é essencial, leia com entusiasmo de entender um pouco sobre simplesmente existir no mundo e não se sentir uma vítima dele.
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