Resenhas - Duna

Gustavo Rodrigues 21/12/2020

E S P E T A C U L A R
Sinceramente, eu não sei nem o que falar desse livro. É um espetáculo, um calhamaço de respeito que não deixa a desejar!

Ao ver a capa você pode achar que é apenas um livro que tratará sobre humanos e vermes em um planeta hostil, mas é MUITO mais que isso.

Uma trama muito bem articulada, extramamente bem construída e desenvolvida, que traz inúmeras informações que convergem pra um mesmo ponto ao longo da leitura. Com muita política, traição, ação, a história vai te envolvendo e te fazendo parte dela.

Ao meu ver o autor utiliza de um artifício muito interessante: não há um herói super bonzinho e carismático. Todos os personagens, até mesmo os que são bons, uma hora ou outra fazem besteira e não são "santificados" demais. É mais ou menos o que também acontece em Game of Trhones, que eu acho que se inspirou em muita coisa de Duna, como já tinham me falado.

É um livro grande, que tem uma leitura relativamente complicada no início, mas que vale a pena demais!! Sem falar que a edição física é espetacular, muito bonita.

Eu já comprei o livro 2 e continuarei a saga com toda certeza. Recomendo sem hesitar.

Pam 20/02/2021

"Não há tempestade, criatura ou condição capaz de nos deter."
Como começar a falar de Duna? É um livro que eu nem sei como escrever direito essa resenha, você precisa ler pra sentir! Então fica aqui desde já a minha recomendação. Fãs de ficção científica e/ou alta fantasia, essa é uma leitura necessária!
As primeiras páginas do livro, pra mim, foram muito difíceis de se ler, porque somos introduzidos num universo com uma mitologia muito única e rica, e já temos uma história com uma política muito forte andando, então o leitor demora um pouco até se "localizar" na história, mas quando isso acontece, a leitura flui perfeitamente e você fica totalmente imerso nas intrigas as quais fomos apresentados. Falando nas intrigas, preciso mencionar isso especialmente, porque foi algo que me surpreendeu: MUITAS coisas surpreendentes acontecem DO NADA. Eu li sem saber nenhum spoiler, então, eu li tudo sedenta pelos desfechos e o Frank não deixou a desejar: ele entrega rápido os "resultados", e quando você acha que as surpresas se esgotaram, sempre tem algo novo para acelerar a história.
Falando um pouco das intrigas políticas, gostei como elas são presentes no livro (provavelmente é a coisa mais presente). A mistura disso tudo com os elementos "sobrenaturais" do universo deixam tudo muito mais real e cativante. E, claro, falando de Duna, acho que não dá pra não falar de ÁGUA. Passamos a viver, junto dos personagens, num mundo em que água é o bem mais precioso, e aí vemos o valor desse recurso. O quão distante estamos de viver assim? Dá até um medo e agonia. Nos momentos mais críticos, eu sentia até sede lendo.
Eu achei os personagens simplesmente maravilhosos. O Paul é um personagem que me deixava curiosa e envolvida o tempo todo, sempre me peguei curiosa pra ver do que ele é capaz, o quão longe ele pode ir. Lady Jessica (provavelmente a minha favorita) se tornou, pra mim, um símbolo de sabedoria e poder, é fenomenal vê-la agindo. Na verdade, é incrível ver todos os Astreides agindo sob pressão. O que os motiva? Que decisão vão tomar agora?
Apesar de ter sido uma leitura intensa e, sinceramente, as vezes cansativa, vale o esforço. Duna me envolveu muito e foi uma experiência única.

Jorge 23/03/2010

Duna
O tema do escolhido permeia a cultura e a literatura ocidentais, pelo menos, desde a ascensão do cristianismo. Diferentemente do conceito oriental de avatar, o escolhido não é uma mera encarnação da divindade. Ao contrário, tem necessariamente um lado humano que está em conflito com o destino que lhe é imposto. A dúvida e a incerteza sempre assombram o escolhido, e uma hesitação sua pode implicar a diferença entre a perdição da humanidade ou a sua redenção.

O tema do escolhido é transportado para um futuro distante na obra de Frank Herbert. Um futuro em que a civilização humana, ao espalhar-se pela galáxia, passa a depender de um único produto: o tempero geriátrico. Uma analogia possível seria a dependência que a nossa civilização tem do petróleo. Mas é ainda mais produnda: não só as viagens espaciais dependem do tempero mas, também, a própria extensão da vida humana requer o consumo rotineiro da substância. E se o consumo é interrompido, há uma crise de abstinência que pode matar o usuário. O que torna a questão ainda mais delicada é que o tempero geriátrico é encontrado em apenas um planeta conhecido: o árido mundo de Arrakis, ou Duna. Por isso, quem controla Arrakis controla a produção do tempero, e quem controla a produção do tempero, controla a civilização humana.

É neste pano de fundo que se desenvolve a história de Paul Atreides. O pai de Paul, Leto, é o Duque do Planeta Caladan. Já no início do livro recebe uma ordem do Imperador para que deixe Caladan e passe administrar Arrakis, em substituição a casa Harkonnen. É possível antever desde logo que algo de nebuloso paira sobre a questão e que grandes riscos esperam os Atreides em Arrakis. O livro passa girar então em torno de dois pilares fundamentais: a intriga política e o confronto dos Atreides com o ambiente hostil e exótico de Arrakis.

Frank Herbert costura estas duas facetas de forma harmoniosa. Apesar do aspecto hostil, o mundo de Arrakis e seus habitantes, os fremen, fascinam o leitor pelo seu exotismo. E quando Paul é forçado a mergulhar neste universo único, vai se defrontar com uma antiga profecia da gente do deserto e compreender seu próprio papel em sua realização.

Nesta pequena análise fui forçado e simplificar (e muito) as sutilezas do enredo. Aliás, este talvez seja o melhor adjetivo para descrever Duna: sutil. Seja na descrição do mundo, seja na construção dos personagens, Frank Herbert costura um romance que encanta por sua riqueza de detalhes. A saga de Paul Atreides suga a atenção do leitor desde o início e isto se deve em grande medida ao caráter convincente do universo em que ela se passa. Trata-se, sem dúvida, de um clássico da Ficção Científica e da Fantasia que precisa ser lido por todos os fãs do gênero.

Pam 29/10/2021

A long time ago in galaxy far, far away?
Duna se passa em um futuro distante e pós-apocalíptico, onde a humanidade aboliu a inteligência artificial após concluir que as máquinas eram mais perigosas que úteis. A partir disso os humanos se espalharam pelo espaço e assim conquistaram cada canto dele. E é nesse contexto que acompanharemos a jornada de Paul Artreides, protagonista e herdeiro de uma das grandes famílias da galáxia.

Um livro inexplicável que na verdade explica muita coisa.
O mesmo trás diversos temas para discussão, como política (principalmente política), religião, ecologia, superpopulação, limitações humanas? são tantos que possivelmente eu devo ter esquecido de algum no processo.

Alguns leitores podem achar confuso e até lento no início, para mim foi assim, mas depois que nos familiarizamos com a escrita do autor e somos totalmente introduzidos a esse universo, a leitura fica muito mais fácil.

Duna ganhou um cantinho especial no meu coração, eu particularmente amei a complexidade desse universo que serviu de inspiração para muitos outros tão incríveis quanto, como star wars e game of thrones que sou completamente apaixonada.

Irei assistir ao filme hoje e não consigo me controlar de tanta ansiedade, espero muito não me decepcionar, pois já criei muita expectativa.

Pedro.Farinha 28/04/2021

SORTEIO
O começo de Duna é marcado pela grande quantidade de informações. As descrições e terminologias, caracterizadas por uma linguagem extraordinária, parecem não ter fim. É preciso ter um QI de 250 para entender tudo na primeira leitura. O que não aconteceu comigo.
Um ponto forte do livro é que os personagens são complexos e vivos. Vale a pena destacar Paul. Ele é o personagem mais interessante do livro e passa por transformações na sua turbulenta jornada heróica.
A trama política é espetacular. Muito bem desenvolvida e com cada personagem possuindo ambições bem trabalhadas.
O livro também contém um plot twist inesperado, o que melhora a história.
Um ponto negativo é o excesso de descrições sobre a natureza, algo que torna o livro cansativo e sem fim, comprometendo a diversão.
Fora isso, Duna é uma leitura obrigatória para os amantes de ficção científica. É um universo riquíssimo, descrito em uma linguagem grandiosa, onde o leitor não precisa entender cada detalhe para usufruir do entretenimento.

O sorteio desse livro será realizado no domingo. Comente uma ? e siga meu Skoob para participar. Uma ? por pessoa.

Kemuel.Joo 04/12/2021

Em um futuro longínquo, em decorrência de conflitos entre humanos e a inteligência artificial, foi proibido o uso de tecnologia desse tipo. Apesar disso, os humanos conseguem fazer viagens interplanetárias através da Guilda Espacial, Organização que tem o monopólio das viagens especiais.
É nesse contexto que o duque Leto Atreides é enviado para governar Arrakis (Duna), planeta muito seco e cheio de vermes gigantes, também o mais cobiçado entre todos os “feudos”.
Por que um planeta extremamente seco é tão cobiçado? por causa da especiaria. Depois da proibição do uso de I.A., os humanos descobriram a mélange- especiaria responsável por expandir as percepções sensoriais e aumentar a expectativa de vida. Além disso, ela é responsável por garantir as viagens espaciais.
Duna foi a primeira ficção científica que eu li. No início, foi um pouco complicado, porque o Herbert não explica o universo todo nos primeiros capítulos. Porém conforme a leitura avança o leitor é recompensado por todo o esforço empregado. (Para ajudar nesse início, eu indico que vocês procurem vídeos de resenhas e leiam os apêndices que estão presentes na edição da editora Aleph.)
O conteúdo do livro é muito rico e o autor aborda temas como ecologia, política e religião. Além disso, o livro apresenta personagens únicos e muito bem construídos. Alguns momentos mais descritivos podem afastar alguns leitores, mas isso não diminui a grandiosidade do livro. Eu quero ler toda a série, mas só depois de uma releitura do primeiro livro.



site: https://www.instagram.com/p/CWB4LaVLx1L/

bibia 21/02/2021

calma deixa eu explicar, eu amei a história e tô EXTREMAMENTE ansiosa pro filme, mas não conseguiu me prender, sabe? eu demorei umas 3 semanas pra ler isso, não me lembro de quase nada e foi uma leitura totalmente arrastada para
sobre esse tipo de livro eu prefiro ver o filme porque eu consigo entender melhor, então se você gosta desse estilo eu recomendo!! mas não consegui ler direito :(

Zanella 02/11/2021

Eu estou obcecada por Duna
Minha obsessão por Duna começou quando eu vi um vídeo do Gustavo Cunha no youtube recomendando livros de ficção científica, achei muito interessante a resenha dele, e fiquei mais animada em saber que iria ter um filme, então comecei a procurar mais e pesquisar mais sobre Duna e achei uma Thread no Twitter ajudando os leitores a entender mais o universo de Frank Herbert, foi aí que eu decidi que precisava desse livro, não seria uma leitura qualquer, eu precisa do livro físico pra eu poder ler e sentir o prazer de ter esse livro na minha estante.
Foi difícil começar a ler porque é uma escrita que eu não estava acostumada a ver nos livros que eu lia, mas com o tempo fui pegando o ritmo. Duna é muito complexo e diferente, sou fissurada nesse universo e agora quando me perguntam sobre o que é Duna... Trago logo minha apresentação em power point e falo pra pessoa sentar porque vou começar a falar por 3 horas seguidas.
Amei demais mesmo.

Hector.Vallejos 04/03/2024

Duna sem dúvidas é uma obra muito visionária e muito relevante nos dias de hoje. Não é à toa que ainda é um grande clássico da ficção científica.

Ogaiht 18/03/2021

Um Divisor de Águas na Ficção Científica
Duna é simplesmente O Senhor dos Anéis da ficção científica! Tudo que veio depois, de um jeito ou de outro, acaba remetendo a esta obra. Duna é ficção científica hardcore, discutindo temas como política, religião, ecologia, filosofia e etc.
A narrativa se inicia no futuro, mas o universo de Duna não é dominado por máquinas ou tecnologias futuristas que estamos acostumados a ver em estórias de ficção científica. Muito pelo contrário, é um universo que remete ao feudalismo. Neste universo, há um Império planetário regido por um imperador e cada planeta é administrado por uma família nobre. Assim, somos apresentados à família Atreides, que governa o planeta Caladan e cujo líder é o Duque Leto. Este recebe uma grande honra do imperador: governar o planeta Arrakis, único planeta no universo onde se produz o mélange, uma especiaria que é base de toda a economia do Império. O planeta era anteriormente administrado pela família Harkonnen, cujo o líder o Barão Vladimir é um inimigo mortal do Duque Leto. Pressentindo uma armadilha, os Atreides terão que achar uma forma de construir uma aliança com o povo local, os Fremen, mas talvez seja tarde demais para isso.
Duna tem um universo fascinante. Não é um livro para o grande público mas é sem dúvida leitura obrigatória para os fãs de ficção científica. Espero que os filmes ajudem a popularizar esta saga incrível que merece ser descoberta pelo grande público.

brokenblues 02/03/2024

Sempre um prazer reler.
Li Duna pela primeira vez em 2020 na ansiedade pro lançamento do primeiro filme e desde então é a terceira vez que completo a leitura. Desde então também me tornei obcecada pelo mundo de Frank Herbert e o quão rico é esse universo como um todo. Cada vez a gente descobre algo novo que não tinha reparado na última.
Decidi reler antes do lançamento do segundo filme e foi a melhor decisão, pude me apaixonar novamente por cada coisinha como se fosse a primeira.

Rico em detalhes e abordagens que envolve política, ecologia, ciência, religião, fanatismo, colonização etc... Nunca deixa de me impressionar pela complexidade de diversas questões e o quão atual e real é cada uma delas. Seríamos seres humanos em qualquer realidade ou período de tempo.

Pretendo também reler Messias de Duna e dessa vez seguir em frente com o resto da série. Indico muito pra todo mundo que quiser se apaixonar por esse universo vasto!!

RobertaToussaint 18/05/2021

Queria envia meu irmão numa viagem so de ida pra Duna
Amo, amo e amo esse livro com todas as minhas forças.
Duna esta situado em um planeta deserto chamado Arrakis que é a única fonte da substância mais valiosa do universo, "Duna" é um livro épico de traição política, ecológico e libertação messiânica. Um dos melhores romances de ficção científica e fantasia, possui um universo complexo e totalmente realizado. Situado a mais de vinte mil anos no futuro, o livro enfoca a batalha para controlar Arrakis, a fonte da melange, ou especiaria, uma substância viciante que prolonga a vida e, em alguns casos, dá ao usuário vislumbres do futuro. Especiaria também é essencial para viagens interestelares, permitindo que os pilotos de espaçonaves olhem através de grandes distâncias para traçar seus cursos. Imagine uma substância com o valor mundial combinado de cocaína e petróleo e você terá uma ideia do poder da especiaria. Hahah.

Existem dois temas principais que Herbert explora ao longo do romance: ecologia e religião. Ao utilizar o mesmo cenário para ambos os temas, ele evitou que um romance já longo se tornasse um tomo pesado. Não é surpreendente que o autor faça de Arrakis (o planeta deserto que serve como cenário principal) um organismo vivo que respira, completo com criaturas simples, como ratos do deserto, até as aterrorizantes, mas inspiradoras, representações dos grandes vermes. 

Herbert usa os Fremen, uma sociedade tribal de estilo beduíno para ilustrar a justaposição entre o desejo dos humanos de controlar o meio ambiente para seu próprio benefício e a necessidade de preservar o meio ambiente que mantém sua cultura. E é essa cultura anacrônica dos Fremen que cultivou seus próprios mitos messiânicos.
É tanta coisa que eu queria destacar, mas destesto me alongar, então, para finalizar, digo apenas: Esse livro é um FENÔMENO.

!

hylle 17/01/2022

Gastei meus 2 neurônios pra entender esse livro.
Segundo meu amigo, esse livro é só pra quem tem um QI elevado, e por isso eu me perdi várias vezes na leitura KKKKKKKKKKK (quero ver quando ele ler e o jogo virar). Acho que todo mundo concorda cmg quando digo que esse não é um livro muito fácil, mas também não é o bicho de 7 cabeças que todo mundo fala.

Pra começar, não acho que o início seja lento e complicado que nem falam. Pelo contrário, achei o começo umas das partes mais fáceis do livro, tanto que cheguei a ler umas 70 páginas por dia no começo. Confesso que ali pelos 45% da leitura, comecei a achar um pouco arrastado, mas nada que tenha me deixado muito desanimada. Agora, é um fato incontestável que tudo que envolve o Paul nesse livro é muito complicado. Primeiro de tudo, pq ele é assim? Tem alguma explicação científica? Sim, foi tudo meio que um plano das Bene Gesserit (e também, pq elas queriam isso?), mas o próprio livro diz que elas próprias não tinham conhecimento sobre oq realmente estava acontecendo. Acho que a minha maior dúvida é: o que é o Paul? Mentat, Lisan Al-Gaib, Kwisatz Haderach, duque ou messias? Tudo isso? Enfim, senti que o autor poderia ter se aprofundado mais nisso para deixar as coisas um pouco mais claras.

Dentre todo o livro, a coisa que mais me impressionou foi a construção do mundo. Tudo é muito bem feito e te dá aquela sensação de "isso realmente saiu da cabeça de alguém? Tem certeza que não é real?", e eu amo isso.

Todos os personagens foram muito bem construidos, mas eu queria ter visto um pouco mais de cada um. Entendo que o foco eram as questões políticas e religiosas, mas uma ênfase maior nos personagens não faria mal, né? Acho que minha personagem favorita foi a Alia. Ela não tem a aprovação de ninguém, não tem muitas cenas, não tem pai (desculpa por isso), mas tem o meu coração. A garota aparece em umas 3 cenas e já tem mais personalidade que todo mundo, cara. Também queria ter visto mais a relação de mãe filho entre a Jéssica e o Paul. Não sei, achei eles meio frios um com o outro. Ok, isso pode ser explicado por todas as mudanças que aconteceram com o Paul, mas parece que eu tinha criado uma ideia de que eles eram super próximos e tals, mas me enganei. Em alguns momentos, senti que o autor não era muito bom em criar relacionamentos entre os personagens e senti falta de sentimentos, sabem? Parece que todo mundo ali só estava se preparando, bolando planos e acabaram se esquecendo de serem oq são: seres humanos (se é que eles são isso mesmo,já que o próprio livro deixa isso meio em aberto KKKKKKKKKKK)

A trama do livro é muito interessante, mas acho que ela perdeu um pouco foco e deu espaço pra cultura fremen, as lendas envolvendo o Paul e esse tipo de coisa. Acho que, no final, tudo oq eles fizeram foi por vingança e pra realizar o plano do Kynes (que vai levar uns 500 anos). O que me leva à seguinte questão: oq vai rolas no próximo livro? Tipo, não tem muita coisa pra acontecer, tem? Ok, tem o Jihad, mas o fato do Paul ter virado imperador não é um incentivo óbvio pro Jihad acontecer? Acho que ele pecou um pouco aí, mas ok.

Enfim, esse foi um daqueles livros que me deixaram apaixonada só pela inteligência da construção. As traições, a influência da religião, etc, etc. Tudo é muito bom, só precisa ser lido com bastante atenção pra não ficar tudo embolado. Apesar do tamanho, terminei esse livro bem antes do previsto, e não acho que tenha sido cansativo. Recomendo muito esse livro, e, por mais que eu não faça a menor ideia do que pode acontecer, tô muito ansiosa pra voltar para esse mundo épico.

Lenas 17/01/2022

Baixa a bola aí, Paul
O livro é dividido em três partes?

Na primeira parte temos a introdução ao personagem principal que é Paul Atreides, filho do duque Leto. Ele é preparado por seu pai e por sua mãe Bene Gesserit Jessica (que é uma espécie de especialista em artes marciais misturada com freira e bruxa) para assumir um papel de líder no futuro.
Logo temos a queda da casa Atreides (que mesmo que você saiba que VAI acontecer, ainda é bem chocante) assim como o entendimento de Paul quanto a tudo.

A segunda parte é mais calma. Os personagens principais estão sozinhos e precisam se estabelecer entre os Fremen ? o povo do deserto que é muito mais poderoso do que se pensava. As cenas são intensas e bem escritas, mas de certa forma um pouco cansativas, já que a ascensão de Paul ao poder é praticamente uma certeza.

A terceira parte pula dois anos, e vem com eventos trágicos.
Também traz o desenvolvimento da relação entre Stilgar e Paul (junto com a tristeza e consciência do poder corrosivo da adoração do mito ? ?vi um amigo se transformar em adorador.?)

Algumas pequenas críticas:
- Paul tem uns lapsos de arrogância que só por Deus, irmão
- Paul decide tomar a Água da Vida e convenientemente só é justificado com ?ah ele fez isso porque é seu filho, Jessica? WHAT? Que merda de explicação foi essa? Kkkkk
- Por que o conde Fenring tá nos lugares? O que ele acrescenta ao enredo?
- De onde vieram as armas nucleares? (Apareceram do nada ? ou eu não prestei a devida atenção?).

De forma alguma é possível negar que o mundo que o autor criou em Duna é rico, super interessante e diferente de qualquer outro que eu tenha lido. Embora seja um livro longo e com muitas voltas, não achei difícil de ler? recomendo!

(3,5 estrelas apenas porque já li livros de ficção com mais páginas que detiveram 100% da minha atenção, o que esse livro não conseguiu fazer ? principalmente na segunda parte dele. Talvez aumente minha avaliação se algum dia o reler sem acompanhar com o audiolivro).

@vcdisselivros 06/10/2021

"Onde meu medo estiver nada haverá, somente eu restarei"
O COMEÇO

A vida do Duque Paul Atreides muda radicalmente quando o mesmo acompanha os pais a um novo planeta, Arrakis, conhecido pela escassez de água e clima deserto.

Os desafios são grandes e todos terão que se esforçar para viver no ambiente árido e severo, mas além do clima, a família de Paul carrega a preocupação de enfrentar uma intriga política e religiosa.

MISTÉRIO

Criado entre as obrigações com o reino e treinado nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, Paul é especial, a visita de uma mulher misteriosa ainda em seu planeta natal confirma que o jovem é a esperança de realização de um plano urdido há séculos.

Ecos de profecias ancestrais também cercam o jovem Duque em Arrakis, quando os nativos acreditam que ele é o eleito capaz de tornar viável os sonhos e planos ocultos do lugar.

"Este mundo me privou de tudo, exceto do propósito mais antigo de todos: a vida de amanhã. "

ACLAMADO

A obra de Frank Herbert é considerada uma das maiores de fantasia e ficção científica, vista por muitos como um triunfo do gênero, sendo capaz de abordar aventura, ecologia, religião e política.

O título ganha uma apresentação diferenciada por meio da introdução de Neil Gaiman, que revela a importância, bem como a experiência que teve ao ter o primeiro contato com a obra.

POR FIM

Publicado pela primeira vez em 1965, Duna tem mais de seiscentas páginas e um dialeto complexo, capaz de deixar alguns leitores receosos logo no início.

Começar essa leitura não é algo fácil, o autor não perde tempo com explicações, nos trata como se conhecêssemos o universo de Arrakis e suas complexidades.

Diante de palavras tão desconhecidas, o leitor é forçado a ir e ir para a “Terminologia do Imperium” encontrada no fim do livro, no entanto, com o passar das páginas esse pequeno dicionário fica de lado, deixando a leitura mais prazerosa e fluida.

Por mais que aborde temas relevantes e deixe em foco as dificuldades impostas pela escassez de água em um ambiente árido, Duna não é uma leitura empolgante, a conexão com os personagens não é fácil e o contato de cada leitor com a obra é muito pessoal, o livro agrada desde que você esteja disposto a entender a proposta e os detalhes desse universo.