Daniel 26/11/2010
Wikinomics
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Ao longo da história, as empresas se organizaram de acordo com as linhas de autoridades estritamente hierárquicas. Todo mundo estava subordinado a alguém – funcionários e gerentes, vendedores e consumidores, produtores e fornecedores terceirizados da cadeia de suprimentos, empresas e comunidade.
(...) Embora as hierarquias não estejam desaparecendo, mudanças profundas na natureza da tecnologia, de demografia e da economia global estão fazendo emergir novos e poderosos modelos de produção baseados em comunidade, colaboração e auto-organização, e não em hierarquia e controle.
Empresas inteligentes estão estimulando, em vez de combater, o crescimento vertiginoso de enormes comunidades online – muitas das quais surgiram na periferia da web, atraindo dezenas de milhões de participantes da noite para o dia.
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(...) Mas à medida que esse processo foi ficando mais claro, muitos gerentes concluíram que a nova colaboração em massa está longe de ser benéfica. Alguns críticos, ao ver projetos ‘de código abertos’ bem-sucedidos como Linux e a Wikipédia, por exemplo, deduzem que eles são um ataque ao direito legitimo e à necessidade das empresas de lucrar.
Muitas empresas antigas estão se beneficiando desse novo paradigma nos negócios, e nós também apresentamos as histórias delas. Empresas como a Boeing, a BMW e a Proctor & Gamble existem há quase um século. Porém essas organizações e os seus líderes adotaram a colaboração e a auto-organização como novas e poderosas alavancas para reduzir custos, inovar mais rápido, criar em parceria com clientes e sócios e, em geral, fazer o que for necessário para enfrentar no ambiente empresarial do século XXI.
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A conclusão de todo esse trabalho é surpreendente e muito positiva. Bilhões de indivíduos conectados podem agora participar ativamente da inovação, da criação de riqueza e do desenvolvimento social de uma maneira que antes era apenas um sonho.
(...) Empresas que se envolvem com essas comunidades surgidas graças à web já estão descobrindo os verdadeiros dividendos da competência e da genialidade coletiva.
(...) Líderes têm de pensar de maneira diferente sobre como concorrer e ser lucrativo, e adotar um nova arte e ciência da colaboração, que chamamos wikinomics.
(...) Na verdade, estamos falando de mudanças profundas na estrutura e no modus operadi da empresa e da nossa economia, baseada em novos princípios competitivos tais como abertura, peer production (peering), compartilhamento e ação global.
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Ao mesmo tempo, a natureza do próprio trabalho está mudando. Ele se tornou cognitivamente mais complexo, mais baseado em equipes, mais colaborativo, mais dependente de habilidades sociais, mais pressionado pelo tempo, mais baseado em competência tecnológica, mais móvel e menos dependente de geografia.