Ouro, Fogo & Megabytes

Ouro, Fogo & Megabytes Felipe Castilho




Resenhas - Ouro, Fogo & Megabytes


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Maia 18/01/2021

Ouro, Fogo & Megabyte
Eu comecei a ler esse livro com as expectativas lá em baixo. De início a leitura não foi muito boa, não me prendia na história. Mas quando a história começou a fazer sentido, ficou muito bom. Eu consegui aprender sobre folclore brasileiro lendo esse livro. Se você tiver oportunidade de ler esse livro, leia. Eu recomendo muito.
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Yorsh 22/06/2012

Um novo olhar pra nossa mitologia
Escrevo essa resenha chamando uma atenção especial para o nome da série: "O Legado Folclórico".

Ouro Fogo e Megabytes está na minha lista de "séries a acompanhar". Até porque, tenho lido praticamente apenas livros que estão abrindo portas para Trilogias e Séries.

Mas focando nesse livro em questão. Ouro Fogo e Megabytes nos apresenta o nosso mundo. Usando o cenário brasileiro como "pano de fundo". Acompanhamos a Jornada de Anderson Coelho, um garoto negro, mineiro e gamer. Enquanto joga Battle of Asgorath, RPG online. Anderson é confundido (ou talvez não tão "confundido assim"), como um hacker pelos membros de um grupo Paulista conhecido como "Organização".

Os eventos acabam levando Anderson a se comprometer com a Organização que precisa de seus serviços para algo que apenas com o passar das páginas descobrimos a imensa importância.

Bem com relação ao enredo não vou muito além disso pra não passar nenhum spoiler importante. Mas digamos que a "cobra de fogo" da capa, é algo muito bem conhecido por qualquer brasileiro que se preze...

O ponto forte do livro, foi a visão longe de clichês com relação ao folclore, figura central da história. Além da forma como Felipe Castilho aponta sobre a necessidade dos brasileiros de criar um senso crítico apurado. Nem tudo o que você vê como "notícia" é verdade. É preciso saber filtrar as informações vistas. E claro, ler mais.

O livro também conta com uma gama ambiental que acredito, será capaz de colocar muitos leitores a repensar certas ideias...

Enfim, não preciso dizer que a história além de ótima. Ensina muito também. O final do livro, apesar de ter um gancho para a série, é satisfatório, por hora. Mas preciso saber a data de lançamento do volume dois, porque sou desesperado mesmo. Fazer o quê?

Merece as 5 estrelas com certeza.

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Saleitura 13/08/2013

“Como esconder uma suspensão escolar dos pais, resgatar uma criatura mágica das garras de uma poderosa e mal-intencionada corporação e ainda por cima salvar o país de um desastre sem precedentes?

Tem livros tão legais de ler, que você quase o faz de um fôlego só, e este é o caso de Ouro, Fogo & Megabytes de Felipe Castilho. Com o clima das obras Harry Potter de J.K. Rowling e Percy Jackson de Rick Riordan, misturado com o folclore brasileiro, questões ambientais, RPG online, é ideal para quem gosta de uma boa aventura.

O livro inicia com um glossário dos termos mais utilizados entre os jogadores dos MMORPG Massive Multiplayer Online Role-Playing Game (em uma tradução livre “jogo de interpretação de personagens online e em massa para múltiplos jogadores”), que familiariza o leitor “newbie”.

A trama gira em torno de Anderson Coelho, um estudante comum de 12 anos do interior de Minas Gerais, segundo melhor no ranking do MMORPG Battle of Asgorath, com seu personagem Shadow Hunter, que de repente vê o seu o mundo completamente revirado, quando é convidado por uma figura misteriosa, devido ao seu status no jogo e possível conhecimento em infomática, para participar de uma missão, A princípio ele recusa, mas para esconder uma suspensão escolar dos pais vê-se obrigado a acompanhar a Organização, uma ONG que procura melhorar o mundo, com métodos e membros não ortodoxos.

Ao chegar em São Paulo, o mundo de Anderson é completamente mudado, quanto mais conhece sobre a Organização, seus métodos, os inimigos que ela combate e seus membros, entre eles, Zé um anão carismático, a encantadora Elis, o valente Cris e o mais enigmático de todos o Patrão. É neste ponto que o fantástico e o real se misturam e Anderson se vê mergulhado em uma trama de assassinato, sequestro, que pode causar destruição do próprio país. E cada vez mais acaba se interessando pelo grupo, tentando descobrir mais sobre o “Legado Folclórico”, que dá nome a saga de Anderson.

A história é envolvente e a trama bem costurada, as relações entre os personagens, e a própria convocação e os motivos de Anderson para participar são bem feitos. O final é empolgante, deixando aberto para possíveis continuações. No momento que escrevo esta resenha, já está sendo anunciada a continuação: Prata, Terra & Lua Cheia, programado para ser lançado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Apesar de ser ambientado em cidades e folclores brasileiros, fiquei com a sensação de que a ambientação sofre bastante influência da literatura /cinema norte-americano, o que não desmerece a obra. A cidade natal de Anderson, me remeteu muito mais a uma cidade genérica estadunidense do que uma típica cidade do interior brasileiro.

Destaque para as ilustrações em preto e branco de Thiago Cruz, que misturam o estilo “cordel” a um traço mais moderno, e transmitem muito bem o clima da história.

Um excelente livro, bem escrito, com personagens carismáticos. Ficamos no aguardo do lançamento da continuação e das novas aventuras de Anderson Coelho & Cia.

Resenha por Marcelo Daltro
https://www.facebook.com/marcdaltro


site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2013/08/resenha-do-livro-ouro-fogo-megabytes-o.html
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Literatura 11/06/2012

O fantástico que o leitor brasileiro merece
Falar de literatura nacional é sempre mais difícil para mim do que avaliar os chamados best seller internacionais. Ainda mais quando conheço o autor, como é o caso de Felipe Castilho.
Tive o prazer de falar com ele na Feira do Livro de Ribeirão este ano e vi, mais que um autor que faz o que gosta, um meninão cheio de energia e bom humor para espalhar para o mundo.
Ao pegar o seu primeiro livro solo e devidamente autografado, Ouro, Fogo e Megabytes (Gutemberg, 286 páginas) fiquei um pouco indeciso entre: o desejo de ler o livro - não só devido ao autor, vou logo esclarecendo, mas a excelente trama - e meio desanimado em ler mais uma série de CINCO livros!

Bom, assumo que não resistir a tentação e em meio a uma das semanas que menos tive tempo para ler, devorei esta deliciosa obra da nova geração de talentos nacionais! Felipe exalta nossa mitologia em uma trama completamente atual e um personagem tão parecido com a gente.
Isso é um fato, adolescentes, adultos e idosos de plantão: o querido Anderson não é forte, sarado, guerreiro, bruxo, vampiro ou anjo... É apenas mais um pré-adolescente comum, como aquele que a gente vê todos os dias. Passa a maior tempo dos seus dias enfurnado em frente ao PC jogando o MMORPG Battle of Asgorath, onde ele é o vice campeão mundial... Lifes, dungeons e levels fazem parte do seu universo, mas o garoto nem imagina que a aventura que ele tem no computador vai ser fichinha perto do mundo fantástico que a realidade lhe reserva.

Por sua habilidade nos videogames, ele vai parar em São Paulo para ajudar uma organização ecológica a fim de derrubar um magnata poderoso. E, por causa disso, Anderson vai ser confundido com um hacker, enfrentar criaturas fantásticas e ficar ao lado de ninguém mais, ninguém mesmo que o querido Saci Pererê! Não acredita? É porque você não sabe a galeria de personagens do nosso folclore que correm as páginas desse livro...

Quer ver a resenha completa? Literatura de Cabeça na área:
http://bit.ly/Mudsme
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faerie.pages0 15/07/2023

A justiça nunca entra no mesmo lugar em que está o dinheiro
Esse livro é uma bomba de críticas muito pertinentes à nossa sociedade. Tudo isso misturado com muita fantasia e aventura numa São Paulo tomada por criaturas folclóricas.
Demorei bastante para terminar esse livro, mas isso se deve muito ao fato de estar sempre exausta na época que comecei a ler. Porém assim que peguei ele estando mais descansada, devorei.
Apesar de ter adorado, não gostei muito das aparições do narrador na narração. Acho que ficaria bem mais envolvente se o narrador não se mencionasse tanto.
É um livro que sem dúvidas deveria estar nas salas de leituras das escolas, tenho certeza que seria uma boa introdução à leitura para várias crianças.
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S. G. Conzatti 23/01/2021

A ideia da história trazendo as lendas brasileiras e juntando com um adolescente fera em um jogo online e que é convocado para uma missão secreta me agradou bastante. Além de o modo como o autor escrever ser divertido e de grande qualidade. Li até a metade, e só abandonei por ser uma história juvenil e não prender minha atenção. Mas penso que crianças e adolescentes vão amar esse livro.
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Alinde 04/07/2014

Quando li a sinopse, não achei que fosse gostar. Demorei um pouco a engrenar a leitura. O início da história se passa numa partida de MMORPG. Não foi o jogo o problema: o que não gostei foi o tom didático com que o descreveu.Se você sabe um pouco que seja sobre o universo gamer, corre-se o risco de se entediar com as explicações para newbies. E foi o que aconteceu comigo.
Larguei o livro, mas um tempo depois dei uma nova chance, e não me arrependi. Após o momento inicial chato, a narrativa começa a fluir muito bem, a ponto de ficar difícil para largar. Quando o jogo sai de cena, o livro passar a ficar interessante. Os personagens vão se mostrando cativantes, o enredo bem construído. Folclóricos ou não, os personagens são ótimos. No enredo, mistura-se campanha ambiental ao velho suspense "serão que vão conseguir proteger personagens X e Y"? Amálgama que enriquece a trama, sem que ela fique uma ecologice piegas.
O público-alvo do livro é claramente juvenil, e a linguagem ágil torna o livro bem adequado a esse público. Ao juntar esse elemento com as deliciosas referências ao folclore brasileiro, às personagens carismáticas e ao suspense que permeia parte do livro, Felipe Castilho desempenha seu objetivo de forma eficaz. E, com a mensagem ecológica, ressalto: sem discurso chato que se serve de uma narrativa. É uma narrativa gostosa que tem esse discurso. Recomendável, portanto.
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Felipe 15/04/2020

Ouro, Fogo & Megabytes
Ouro, fogo e megabytes é uma história de fantasia infanto-juvenil escrita por Felipe Castilho. Nela acompanhamos Anderson Coelho, um garoto de 12 anos que mora no interior de Minas Gerais e como um bom nerd Anderson não tem muita aptidão para esportes preferindo passar seu tempo livre no quarto jogando Battle of Asgorath (um MMORPG) com seus amigos também nerds. Anderson é o líder de sua guilda e o segundo colocado no ranking mundial do jogo.
Após uma missão bem sucedida do seu grupo, uma criatura estranha se aproxima, um halfling level 1 (e que escreve sem nenhum erro de português). O Halfling convida Anderson para uma missão de extrema importância em São Paulo, desconfiado, Anderson a princípio recusa a oferta mas após alguns acontecimentos e uma suspensão escolar ele acaba aceitando a oferta e parte para uma aventura em São Paulo, onde toda a sua vida irá virar do avesso.
Chegando em São Paulo ele vai conhecer a Organização, uma espécie de ong ambiental mas que não recebe dinheiro do governo. A Organização é liderada por Patrão, um homem negro, de uma perna só, que usa uma boina vermelha e vive fumando cachimbo… Além de outras coisas “estranhas” que outros membros da organização podem fazer.
Em São Paulo Anderson terá de enfrentar a desconfiança de alguns, criar algo que parece estar além de suas capacidades, enfrentar criaturas sobrenaturais e ajudar a salvar o país de uma catástrofe sem precedentes… Será que ele consegue?

Nessa releitura do nosso folclore Felipe Castilho criou uma fantástica aventura infanto-juvenil em que o protagonista (Anderson) vai pouco a pouco mudando a sua consciência e passando a dar valor em coisas que antes lhe pareciam banais. O universo criado pelo autor é muito bem desenvolvido, os personagens são bem desenvolvidos mas todos eles têm ainda perguntas não respondidas que devem ser tratadas nos próximos volumes.
Ouro, fogo e megabytes é um livro cheio de lições de moral, fala sobre a destruição da natureza, sobre ganância, sobre a maldade e sobre a amizade que está acima de qualquer bem material. São todas as mensagens muito importantes e válidas para o tempo em que vivemos, em alguns momentos essas lições embutidas na história foram um pouquinho massantes, mas passa rápido, nada que comprometa a qualidade da história, que é leve, divertida e por vezes até engraçada.


site: https://eddamiddangeard.blogspot.com/2020/04/ouro-fogo-megabytes.html
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MÁRSON ALQUATI 30/01/2014

Folclore e Megabytes!!!!!
Fazia tempo que um livro não me surpreendia como Ouro, Fogo e Megabytes. No melhor estilo Liga Extraordinária, onde temos um time de criaturas do folclore nacional (sacis, lobisomens, sereias, boitatá, etc) lutando em prol de causas ecológicas como uma espécie de Greenpeece fantástico. Somado a isso, muitos elementos da cultura nerd e cyberpunk, tecnologias atuais e ação, muita ação, aventura e fantasia. Os personagens são cativantes. Adorei o Anderson, o Renato, a Tina, O Patrão, o Pedro, o Chris, a Elis, o Beto, a Capivera, o Kuara e todos os demais. Um excelente livro, muito bem escrito e pesquisado. Estou ansioso para ler os demais volumes da série "LEGADO FOLCLÓRICO". Parabéns ao Felipe por esta magnífica obra...
Recomendado!!!
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Mariah 06/09/2014

Viva a cultura brasileira!
Com certeza você deve saber o que é uma fada, um hobbit, um unicórnio ou um vampiro. Mas será que você sabe o que é um caipora, um capelobo, um saci ou a Mão D'ouro? Talvez conheça o saci.

A predominância da mitologia estrangeira é clara no Brasil. E fiquei me perguntando por que negligenciamos as lendas brasileiras? Acho que ainda existe um preconceito com a palavra "folclore", muitos a ligam a algo chato e desinteressante, não o valorizamos e esquecemos que faz parte da nossa história e cultura. Acho que parte da culpa é das escolas que transmitem as lendas brasileiras de modo pouco dinâmico, o que acaba criando pouco interesse nos jovens e nas crianças.

Eu mesmo não tinha muita vontade de conhecer mais do folclore brasileiro. Até ler esse livro.

Em Ouro, Fogo e Megabytes, primeiro livro da série O Legado Folcórico, conhecemos a vida de Anderson um menino de 12 anos que ama vídeo game. Suas habilidades no jogo Battle of Asgorath chamam a atenção de uma organização um tanto diferente. A Organização precisa da ajuda de Anderson para um missão diferente, perigosa e mágica. E, aos poucos, o menino vai descobrindo que a fantasia vai muito além de seus jogos online.

Felipe Castilho dá uma nova oportunidade para o folclore brasileiro, criando uma aventura atual, com toques de mistério e magia. Nos mostra que as lendas brasileiras são tudo, menos desinteressantes. Acredito, sinceramente, que essa série - O Legado Folclórico - está a altura de Percy Jackson e As Reinações de Narizinho. Ao ler fiquei com muita vontade de escrever algo com personagens do nosso folclore, quem sabe um dia... :D

Recomendadíssimo!

site: http://blogdavecchi.blogspot.com.br/
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Fernanda3368 22/04/2024

Felipe Castilho mais uma vez fazendo história
Confesso que comecei a ler o livro meio empurrada, tanto que demorei um mês pra completa-lo. Mas nossa, eu estou abismada com o quão bom é.

O autor mostrou mais uma vez a sua genialidade com as palavras e conseguiu, no primeiro livro de uma trilogia, juntar todos os pontos soltos e nos deixar ainda mais ansiosos para a continuação!

O fato de eu nem ter pensado na possibilidade desse final existir me deixou extremamente encantada com a habilidade de Felipe de nos fazer esquecer pontos incrivelmente importantes da trama, mas que em um determinado ponto de vista não parecem absolutamente nada.

Definitivamente um dos melhores autores brasileiros da atualidade e com livros totalmente benevolentes ao Brasil e que demonstra nossa cultura de forma diferente do habitual.
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Pablo Grilo 17/07/2013

Pendrive do Saci
Escrito pelo paulistano Felipe Castilho, Ouro, Fogo e Megabytes (2012, 288 p, Ed. Guttenberg) é um livro infanto-juvenil, o primeiro da série O Legado Folclórico. Caminhando entre o universo nerd/geek atual e o fantástico através das criaturas e lendas folclóricas brasileiras, o livro mescla de forma interessante dois mundos tão distintos, o que dá uma salada de referências que vai do Boitatá e o Boto a um pendrive, email e chat de jogo online.

Curta Sinopse: A rotina do menino de 12 anos Anderson Coelho, mineiro natural de Rastelinho, resume a jogar o MMORPG Battle of Asgorath (onde é o segundo colocado e todos tem alta estima por ele), e desviar dos bullys na escola. Até que um dia é contactado dentro do jogo por alguém interessado em suas habilidades especiais para lutar contra uma malvada organização e seu empresário na cidade grande de São Paulo.

Alguma semelhança com o filme Matrix? Não somente o nome dos protagonistas é o mesmo (embora Felipe explique a escolha nos agradecimentos), os pontos em comum não param por aí. Os outros elementos cyberpunks da obra cinematográfica dos irmãos Wachowski estão lá: as explicações para vários dos equipamentos tecnológicos utilizados, a característica especial do protagonista (que todos do seu grupo o consideram um hacker) é essencial na luta contra uma empresa malvada (ainda que não sejam máquinas).

Já a diferença se dá em outros elementos também: o autor explora um universo não comum entre os autores de literatura especulativa brasileira: o folclore brasileiro. Fora a coletânea da Editora Draco, Brasil Fantástico, e da Llyr Editorial Mitos Modernos, é difícil encontrar a mitologia brasileira inserida em algum nível no meio do mar de obras medievais, de espada e feitiçaria e de ficção científica no mercado nacional. O que é uma pena, já que o universo nerd/geek se prende tanto a mitos e lendas estrangeiras não dando um possível (e devido) valor ao nosso misticismo.

E é aí que o livro ganha a sua força. Felipe está de parabéns pela coragem em abordar o folclore brasileiro em um cenário fantástico, ainda que em um livro infanto-juvenil. No entanto, ele seria mais audacioso se tivesse transportado à uma história mais adulta, com protagonistas mais velhos e seus dilemas e ações mais complexos.

Como o clima do livro é infanto-juvenil, a narrativa, o universo, os diálogos e as excessivas lições de moral podem cansar ou até mesmo chatear leitores mais adultos que queiram se aventurar, mas deve agradar aos mais jovens. Já outra característica foi curiosa, a presença do universo geek trouxe algumas das melhores metáforas da obra, que o autor usou de forma interessante, por ex, na página 159: “Anderson empurrou sua cadeira para trás com força. Estava possesso, nunca havia ficado tão alterado em toda a sua vida. Nem quando estava quase no final de Call of Duty 4 e a luz de seu bairro acabara antes que ele conseguisse salvar o seu progresso no jogo.”

Um maneirismo de Felipe incomodou, o narrador por muitas vezes comenta algumas cenas, ao invés de simplesmente descrevê-las ao leitor e deixá-lo livre para interpretá-las. Algumas vezes ele também antecipa informações de forma desnecessária, ex: pág 222: “Aquela era só a primeira coisa que dava errado para Anderson e seus amigos.“

Houve um deus ex máquina na metade do livro que diminuiu a força da história. As pequenas ilustrações no início de cada capitulo que antecipam alguma cena contribuíram para igualmente enfraquecê-la. Por fim, o livro é maior do que deveria, a edição poderia ter cortado até 20 porcento que traria mais agilidade à obra, ao diminuir os maneirismos do narrador ou até mesmo cortar algumas das cenas.

Ponto para a Editora Guttenberg pelo bom acabamento da obra tanto na capa quanto nas partes internas, e por apostar em um autor que trouxesse o folclore nacional para debate ao inseri-lo na literatura especulativa brasileira.

Vale a leitura? Sim, se o leitor estiver disposto a se aventurar em uma divertida e instigante trama que passam por locais, mitos e lendas brasileiras.
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Nathy Bells 02/10/2012

Anderson Coelho, vive uma vida normal na pequena cidade de Rastelinho no interior de Minas Gerais. Na escola é considerado um dos nerds da turma, mas é em sua vida virtual que Anderson se vê realizado, ele é o segundo melhor em um jogo online de RPG, e esse status atrai a atenção de uma Organização bem diferente de tudo que ele já viu; sem fins lucrativos, buscando salvar crianças das ruas e natureza, tendo como membros seres folclóricos e localizada na maior cidade do país… São Paulo.
“Pense na Organização como um grupo de pessoas dispostas a fazer a diferença no mundo. A dar consciência a jovens que cresceriam nas ruas e na marginalidade, e dispostas a despertar o que há de melhor em pessoas que estão a cada dia se tornando mais robóticas.” (pág. 68)
De primeira Anderson não aceita ir para “cidade grande”, só que sua escolha muda quando recebe três dias de suspensão na aula de educação física. A desculpa de que iria participar de uma olímpiada de matemática, com os encantos de uma simpática sereia, convence seus pais e ele parte para a maior aventura de sua vida…

Em menos de uma semana Anderson aprende novas maneiras de ver o mundo, ele aprende gentileza gera gentileza e que isso é válido em qualquer momento. Cheiooooo de ação Ouro, fogo e megabytes é um viagem por um mundo até então, ao meu ver, esquecido por nosso autores; o folclore brasileiro. Felipe Castilho é tão realista em suas descrições e insere tão bem esses seres fantásticos no cotidiano de São Paulo.

Deixo recomendado para quem quer conhecer um pouco mais sobre o folclore e retirar ações para nosso dia- a- dia que podem fazer a diferença!

Antes de finalizar minha [micro] resenha gostaria de agradecer ao Felipe Castilho por toda atenção na bienal e por me presentear com seu livro! Você arrasou mesmo! Está mais que aprovado e quero o segundo volume!!!
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Assis 11/04/2013

Monstros, ecologia e muitos bytes
Esse é o primeiro livro com o qual me deparo de Felipe Castilho. Então, de antemão, devo dizer que você está de parabéns por me surpreender com um tema como o nosso Folclore. Principalmente por que não sou apreciador desses mitos. Porém, a forma como você “recria” essa cultura e essas lendas, não só me prendeu como despertou meu interesse.

Por isso, eu digo, se você acha que sabia alguma coisa sobre nossas lendas: esqueça!

Nesta emocionante estréia da série Legados Folclóricos, o protagonista Anderson Coelho, um jovem nerd do interior de minas, é confundido com um hacker e convidado por um grupo intitulado Organização, a ajudá-los em uma missão. Ele é encontrado dentro de um jogo de RPG online onde seu personagem, um elfo drow de renome, é o segundo lugar no ranking de seu servidor. O garoto, sem saber no que está se metendo, ou melhor, sem saber no que está sendo envolvido, é levado por um representante da Organização para a cidade de São Paulo, deixando para os pais, uma leve mentira: para seus responsáveis, ele está indo à São Paulo para participar de uma Copa de matemática.
Lá, ele conhecerá outros membros influentes e também as crianças “protegidas” pela mesma. E é à partir daí, que ele começa a perceber no que foi envolvido.
O chefe do grupo, um senhor negro e de péssimo humor, nada mais é do que um Saci. E assim como ele, outros membros do grupo também são seres lendários.
O garoto descobrirá a importância da amizade e os danos que um passado de abandono pode trazer para vida de um ser humano.
A narrativa traz também uma mensagem de combate à poluição. Pois o grupo que recruta Andreson Coelho, também atua nas ruas de Sampa ensinando e fazendo apelos para que os cidadãos cuidem melhor de sua cidade. Além disso, através da Organização, o autor nos mostra o quanto somos dependentes do sistema capitalista e nos insita, através das regras impostas pela Organização, a nos desvencilharmos de tais grilhões; mesmo que apenas um pouco.
Com uma narrativa sucinta, apoiada por uma diagramação dinâmica, Felipe Castilho introduz os personagens folclóricos em nossos dias atuais. Dentro de uma trama de ressentimento, amizade e ganância.
Cenas de ação preenchem na medida certa o desenrolar da trama. Desde uma perseguição pelo centro de São Paulo até uma “grande batalha” que se desdobra para cumprir a missão do jovem protagonista.
E o final; bom, sinto lhes informar, mas as aventuras de Anderson não terminam ali. Felipe te pega de jeito com uma surpreendente revelação nas linhas finais da história. Simplesmente inesperado e surpreendente.
Não tem como não ficar na espera dos próximos acontecimentos.
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