Formas do Nada

Formas do Nada Paulo Henriques Britto




Resenhas - Formas do Nada


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Thomaz32 22/09/2023

Tudo se perde, nada se aproveita, eu sei. porém a impressão permanece: alguma (pouca) coisa que foi feita pode talvez merecer uma espécie de não exatamente eternidade, mas mais que o imediato esquecimento.
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Bia 26/07/2022

Poemas lindos e tocantes sobre a vida. Li esse livro a primeira vez aos 18 anos e na época não compreendi bem. Esse é um livro que requer certa vivência, que toca em dimensões da vida que só são experimentadas com o tempo, com o avançar da vida adulta. Com poesias tocante e com um viés bem existencialista, terminei as páginas me sentindo compreendida.
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Juliana.Magaldi 28/12/2021

Ritmo e reflexão
As Formas do Nada de Paulo Henriques Britto foi uma escolha dentre os livros que tinha em casa e que atendiam aos critério do desafio de não ter ilustração. Mas, como o destino sabe das coisas foi a leitura que precisava nesse fim de ano. Mergulhar no ritmo da poesia para realinhar meu próprio ritmo. Navegar no jogo entre o sofisticado e o cotidiano ampliando as reflexões que deixamos silenciadas por tempo demais. Um livro provocador, daqueles que às vezes incomodam, mas que são prazerosos também. Recomendo muito a leitura e releitura.


#avessoindica
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Simone Pagliari 09/10/2021

Poesia leve e sofisticada
Versos livres, poesia leve e sofisticada, mantém o bom humor. Britto narra seus inconstantes pensamentos acerca do vazio e todas as suas formas em poemas metrificados e sonoros, satirizando a própria ordem clássica da poética.
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Prof. Edivaldo 05/01/2021

Formas do nada
Em alguns poemas (dos quais há muitos sonetos) o autor de utiliza muito da rima. Até que são legais.
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Natália 22/03/2020

Não sei avaliar formalmente um livro de poesias, entretanto, da leitura dos poemas percebe-se o uso laborioso da palavra pelo autor. Tudo muito bem colocado e construído, vê-se a recorrência de temas niilistas como o vazio do sentindo existencial, a contingência, a busca pela formação de si e da escrita em detrimento do acaso. Lindo.
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MatthewsVianna 10/04/2019

Nessa coletânea de poemas, Britto narra seus inconstantes pensamentos acerca do vazio e todas as suas formas em poemas metrificados e sonoros, satirizando a própria ordem clássica da poética.
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Adriana Scarpin 14/11/2018

MAN IN A CHAIR (Lucian Freud)
"Esperar sentado, mas sem
relaxar os músculos. Mãos
tensas nas coxas como quem
prestes a se levantar. Não

como quem, à espera, descansa.
E sim como se encurralado
na cadeira. Sem esperanças
nem expectativas. Sentado

na cadeira como quem não
espera exatamente nada.
Sem certezas, com exceção
da única, e indesejada."
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Amanda Thais 04/10/2018

Preciso ler mais esse gênero literário.
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Charlene.Ximenes 09/08/2018

Rimas e irrelevâncias
Há no livro um uso sofisticado da rima e da métrica, mas também, apesar de certa rigidez, Britto se utiliza de alguns versos livres, escrevendo uma poesia bastante contemporânea. Um dos aspectos que chama atenção na obra é a metalinguagem, que se constitui como ponto de partida a ser constantemente presente em seus versos.

Quando fala do fazer poético e da poesia, Paulo Henriques chega ao nada, destacando uma falta de sentido, evidenciando premissas hiper-realistas e as irrelevâncias da vida. Obriga-nos a refletir graças a seu humor irônico.
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Pedro 28/09/2017

Artífice de uma poesia leve e sofisticada, Paulo Henriques Britto investe no verso como forma de apreender a realidade. E essa forma, sempre frágil, se não diz tanto do mundo, revela muito do olhar de quem o vê. Ao refletir sobre a (in)utilidade da poesia num mundo de sirenes, impermanência e finitude, o poeta esboça um sorriso melancólico, mas mantém o bom humor. Afinal, "De vez em quando o mundo faz sentido. / Questão de ângulo, de na hora exata / não se atentar pra página do livro / supostamente sendo lido". Num mundo onde tudo já foi dito, o que resta dizer? Se nada permanece, para que registrar o que não dura? Mas Britto bate o pé e finca o verso: fica o universo então enquadrado no verso, mesmo que depois seja reduzido a uma "bolinha de papel, da qual você se livra com um peteleco".
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Adriano.Santos 06/09/2017

por isso
não era acaso as traduções estarem tão boas quanto via esse nome próximo do título, a expressão é límpida como um pensamento que nós mesmos tivemos.
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Aguinaldo 27/06/2012

formas do nada
Noutro dia, conversando com amigos em uma mesa de café improvisada na praça, em meio a algazarra de uma feira do livro morna e previsível, ouvi um punhado de histórias e reconheci aborrecido que o único pessimista ali era eu. Entre um sorriso hipócrita e o sarcasmo agressivo me perguntava: de onde tirar tal encantamento, alegria de viver, credulidade? Serão eles atores mais habilidosos que eu ou confrades de uma seita que alcançaram uma ilusão comum, porém satisfatória? Demorei um pouco para me recompor. Foi quando lembrei umas linhas que tinha lido já no primeiro dos poemas deste "Formas do nada", de Paulo Henriques Britto: "Ninguém busca a dor, e sim seu oposto, e todo consolo é metalinguístico". Ainda há pessimistas e hiper-realistas neste mundo, pensei, o pão que realmente nos alimenta também pode ser acre. Li e reli este livro várias vezes. É um volume pequeno, setenta e poucas páginas, mas cada poema é um assombro. São tantos os venenos, as aparições da morte, as frases que lembram da irrelevância da vida. Tudo isso está mesmo no livro ou em mim, no filtro de minha susceptibilidade? Ou será que o livro é o produto de alguém que transformou uma depressão silenciosa em arte fina? Em abril falei sobre o livro com o Galindo, il miglior fabbro, que conhece o Britto como poucos. Depois foi com a Maria Luiza, que recomendou-me o livro com entusiasmo. Já a Helga leu uns poucos poemas, mas parou logo, pois pensou haver algo de tóxico neles. Rimos um tanto quando lembrei do venerável Jorge de Burgos se envenenando ao folhear as páginas contaminadas da Poética de Aristótoles. A cada releitura encontrei mais vigor e potência nestes poemas. Paulo Henriques Britto fala das dificuldades do ofício: "Originalidade não tem vez neste mundo, nem tempo, nem lugar. O que você fizer não muda coisa alguma."; é irônico: "A realidade é um calhamaço insuportável? Tragam-me então resumos."; sarcástico: "O rancor é como um cão, melhor amigo do homem."; cruel: "Ao corpo, masmorra sem porta, pouco importa que você morra."; ainda mais que cruel: "Desista: não vai dar certo. O mundo é o mesmo de sempre, desejo é uma coisa cega."; tradutor de si mesmo: "This new one sags like an empty purse, a bat of sorts, all clammy wings and squeals. And yet it flies. We could have done far worse."; e no último dos poemas ele termina dizendo: "- pois todo poema é murmúrio frente ao amor e sua fúria." Cada livro de um autor forte tem sua lógica interna. E cada grande autor escreve um mesmo livro, lapida cada vez com mais precisão e esmero uma pedra bruta, arrancando dela cousas progressivamente mais preciosas e belas. Talvez seja esta espécie de proximidade com a perfeição que torne as soluções dele (as sínteses potentes que alcança) enebriantes como os vapores que inspiravam as Sibilas gregas nas suas previsões. É desta forma que Paulo Henriques Britto nos obriga a pensar, a escavar fundo em nossa sensibilidade. Muito bom mesmo este livro. Mas sigamos (crânios recheados de palha, ai de nós), sigamos. [início 16/04/2012 - fim 01/06/2012]
"Formas do nada", Paulo Henriques Britto, São Paulo: editora Companhia das letras, 1a. edição (2012), brochura 13,5x21 cm, 75 págs. ISBN: 978-84-359-2053-6


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